É hora de recapitular a temporada 2018 da NFL!
Parece que foi ontem que os Eagles chamaram a Philly Special II.
Parece que foi ontem que Aaron Rodgers virou uma desvantagem de 20 pontos contra os Bears, ofuscando o show de Khalil Mack no Lambeau Field. Mas… Será que isso foi ofuscado para todos? Até mesmo para Jon Gruden em Oakland?
Você se lembra, leitor, quando Baker Mayfield encerrou o jejum de vitórias dos Browns, que era de 635 dias? Aquilo foi contra os Jets, na semana 3. Mesma rodada em que, aliás, Matt Patricia derrotou Bill Belichick no primeiro encontro entre ambos como head coaches.
Engraçado que o revés dos Patriots por 26-10 na ocasião foi logo após uma derrota por 31-20 contra os Jaguars.
Uma rodada mais tarde, Rams e Vikings protagonizaram até então o ótimo confronto do ano. Los Angeles dava indícios do que estava por vir em um MNF semanas mais tarde. Foi também na semana 4 que Patrick Mahomes converteu um first down lançando com a mão esquerda. Engraçado como aquele foi apenas um dos vários lançamentos “impossíveis” na histórica temporada de Mahomes.
Depois disso, tivemos Graham Gano com o field goal da vitória de 63 jardas pelos Panthers, o show de DeAndre Hopkins contra Dallas, Drew Brees quebrando o recorde de jardas lançadas, a “introdução” da futura final da AFC e até mesmo Justin Tucker errando um extra point. Os Ravens, aliás, perderam para os Saints na ocasião, por um ponto de diferença.
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A semana 9, confesso, foi uma que me marcou bastante. Nick Mullens estreou com um show diante dos Raiders. Os Panthers ainda deixavam todos iludidos. Os Steelers, que derrotaram os Ravens na rodada, idem. Aquele ainda foi o domingo que teve (o primeiro) Saints vs Rams e Patriots vs Packers. A partida que encerrou aquela semana, lembro-me bem, foi Cowboys vs Titans, na qual Dallas sofreu uma pífia derrota. Curiosamente, o revés foi o começo da melhor fase do time no ano.
Duas semanas mais tarde, vimos uma das grandes partidas de temporada regular da história da NFL. Los Angeles Rams e Kansas City Chiefs combinaram para 105 pontos e 1.001 jardas. “Só isso”.
Já na semana nº14, a primeira no mês de dezembro, as coisas estavam diferentes. Os Panthers se aproximavam do fundo do poço. Os Steelers, que perderam para os Raiders na rodada, concretizaram uma série de oscilações. Os Colts ganhavam momento após uma importante vitória contra os Texans em Houston. Os Ravens estavam 4-1 sob a liderança de Lamar Jackson. Os Bears se firmavam como candidatos na NFC após um imponente triunfo frente aos Rams. E os Cowboys eram, possivelmente, o time mais “quente” da NFL.
Foi nesse mesmo domingo que protagonizamos o “Miami Miracle”, vale ressaltar. Que Nick Foles voltou a estar under center em Philly, idem.
Tudo isso encaminhava o cenário dos playoffs para a semana 17; faltava apenas alguns detalhes. E esses foram definidos: sem Pittsburgh na AFC. Com Baltimore, Texans e Colts. Na NFC, Seahawks e Eagles ficaram com o Wild Card, para a surpresa de muitos. Kirk Cousins, Matt Ryan, Aaron Rodgers, Cam Newton… Todos eles assistiriam a pós-temporada de casa.
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Quem também teve que fazer isso — e fará de agora em diante — foi Julius Peppers, o qual pendurou as chuteiras em 2018. O sack do futuro hall of famer na semana 17 foi um dos grandes momentos deste campeonato. Peppers se aposenta como o nº 4 da história da NFL em sacks.
Outras marcas impressionantes: 50 touchdowns aéreos de Mahomes, 20,5 sacks de Aaron Donald, 1.377 jardas de George Kittle, 116 recepções de Zach Ertz… Entre várias outras (de vários outros) jogadores. Foram muitas em 2018/19!
Em janeiro, então, vimos Foles com mais uma “mágica” ao desbancar os Bears no Soldier Field, porém sem o mesmo fim em New Orleans.
Os Colts mostraram autoridade contra os Texans, mas não foram páreos para os Chiefs.
Os Cowboys mereceram passar pelos Seahawks, porém não jogaram como deveriam diante dos Rams de Todd Gurley C. J. Anderson, um dos importantes (e surpreendentes) personagens de L. A.
E os Chargers claramente não estavam preparados para os “Patriots de janeiro”.
As finais de conferência tiveram o desfecho esperado: ambos foram ótimos duelos. Quem diria que os Patriots iriam a Kansas City como “zebras”. E que Mahomes conseguiria levar o duelo para a prorrogação com pouco tempo no relógio. Ademais, infelizmente, o segundo capítulo de Saints vs Rams na temporada 2018/19 ficou marcado pela não marcação da interferência defensiva de passe que poderia ter definido o duelo.
Não tivemos Brady vs Brees no Super Bowl, tampouco um reencontro entre Rams e Chiefs. Mas pudemos ver o encontro de gerações — e de ideologias de jogo — entre Bill Belichick e Sean McVay. Imperdível.
O campeão? Por mais que a temporada tenha sido dominada pelos ataques, não se esqueça: defesas ganham campeonatos.
A temporada 2019/20 já é bem-vinda.
O futuro da NFL está em boas mãos
Há praticamente um ano, falamos sobre a classe de quarterbacks no Draft 2018. Em geral, podemos estar diante do melhor grupo de QBs prospectos desde a histórica classe de 1983. Não por acaso, cinco quarterbacks foram chamados na primeira rodada, incluindo quatro no Top 10.
Baker Mayfield esteve nas conversas para calouro ofensivo do ano. Sam Darnold se saiu bem pelos Jets. Josh Allen, apesar dos erros infantis, surpreendeu os Bills. Josh Rosen foi o menos impressionante deles, mas certamente acabou atrapalhado pelo ano ruim dos Cardinals. Por fim, Lamar Jackson desbancou Joe Flacco e liderou os Ravens aos playoffs. Hoje, todos eles são titulares e parte indispensável do futuro de suas respectivas franquias.
Vale ressaltar ainda que, se considerarmos o Draft 2017, temos um grupo adicionado por Deshaun Watson e Patrick Mahomes, o atual MVP da liga.
O MVP da NFL está em boas mãos.
Andrew Luck é elite
Andrew Luck sofreu com lesões entre 2015 e 2017. Ele atuou em somente sete partidas em 2015, 15 em 2016 mesmo sem estar 100% e sequer entrou em campo em 2017. Isso, de um modo geral, fez com que os fãs de futebol americano “esquecessem” o quanto o camisa #12 é bom. Luck está na prateleira de elite da liga — e 2018 deixou isso claro.
Luck, além de ter vencido dez jogos com os Colts e chegado aos playoffs, obteve 4.593 jardas e 39 touchdowns, a segunda melhor marca da temporada. Houve jogos em que o QB oscilou, como diante dos Jets, por exemplo. Todavia, ele voltou a dar competitividade a um time de Indianapolis que poucos acreditavam. E detalhe: salvo uma linha ofensiva que terminou como uma das melhores, Luck não tinha um jogo corrido brilhante, tampouco um excelente grupo de recebedores ao redor.
Não tenha dúvidas de que as altas pretenções do Indianapolis Colts para 2019 passa pelo impulso que uma classe invejável de calouros em 2018. Contudo, não esqueça que, por trás de tudo isso, está um quarterback competitivo. De elite.
Khalil Mack e Amari Cooper valem o (alto) valor pago por eles
O Chicago Bears deu duas escolhas de primeira rodada – e um novo (e gigante) contrato – pelos serviços de Khalil Mack. O Dallas Cowboys, com a temporada em andamento, gastou uma escolha pick de primeira rodada por um Amari Cooper em baixa. Meses depois, com a temporada concluída, ambas as franquias têm a certeza que fizeram a coisa certa.
Mack foi o melhor jogador da melhor defesa da NFL. 12,5 sacks, seis fumbles forçados, uma interceptação, um touchdown… O edge rusher fez de tudo pelos Bears em 2018. Diga-se de passagem, os Raiders, time que trocou Mack antes da semana 1 por não se acertar em termos de contrato com o jogador, terminaram o campeonato com 13 sacks totais. Chicago deu ao camisa #52 um acordo de US$ 141 milhões, por seis anos, sendo US$ 90 milhões garantidos. Bingo!
No caso de Cooper, o motivo por Oakland ter aceitado trocar o jogador passa pela reformulação do elenco sob o comando de Jon Gruden. Diga-se de passagem, não sei exatamente como isso faz sentido visto que o recebedor tem 24 anos de idade. Enfim.
Mas a verdade é que os Cowboys, com a temporada em andamento (Cooper tinha marcado um TD em seis partidas), gastaram uma escolha de primeira rodada no wide receiver. Dallas precisava desesperadamente de um WR nº 1 — e encontrou. Em nove partidas disputadas, Cooper totalizou 53 recepções, 725 jardas e seis touchdowns, sendo peça crucial na campanha do Dallas Cowboys. E detalhe: nenhum wide receiver dos Raiders teve mais que três TDs durante a temporada.
Três destaques: Patrick Mahomes, Saquon Barkley e Aaron Donald
Certamente, esses são apenas três dos destaques individuais da NFL em 2018. O principal motivo para este trio estar aqui é que suas ótimas temporadas vão além de números impressionantes.
Patrick Mahomes lançou 50 touchdowns, algo que somente outros dois quarterbacks conseguiram na história da NFL, e mais de 5.000 jardas. Ele esteve under center pela franquia de melhor campanha da AFC e ainda chegou à final de conferência. Mahomes fez isso aos 23 anos de idade, em seu primeiro ano como titular. Adicionalmente, quem assistiu aos jogos dos Chiefs viu passes “surreais” protagonizados pelo camisa #15, algo que não aparece nas estatísticas. Ele talvez seja ícone da nova era de QBs da liga.
Saquon Barkley já é um dos melhores jogadores da NFL. Como calouro, o ex-Penn State totalizou 15 touchdowns e 2.028 jardas de scrimmage, em uma média de 5,8 jardas por toque na bola. Barkley foi o melhor jogador do New York Giants e, acredite, talvez tenha até superado as altas expectativas pré-Draft 2018. Há anos a liga não via um corredor com tanto talento puro como no camisa #26.
Aaron Donald liderou a NFL em sacks pela primeira vez na carreira. O mais impressionante é que ele fez isso ao obter 20,5 sacks. Ele é o primeiro defensive tackle da história a ultrapassar 20 sacks, aliás. E ele ainda liderou a liga em tackles para perda de jardas e pressão ao QB adversário. Tudo isso rendeu a ele, pelo segundo ano seguido, o prêmio de Jogador Defensivo do Ano.
Três surpresas: Chicago Bears, Indianapolis Colts e Nick Mullens
P. S Essas não são as únicas surpresas da NFL em 2018. Apenas três delas.
O Chicago Bears venceu a NFC Norte com campanha 12-4, tendo a melhor defesa da NFL, depois de um 2017 com apenas cinco vitórias. Definitivamente, não foi por acaso que Matt Nagy foi premiado com o Técnico do Ano. O futebol americano respira em Chicago. E nem mesmo o mais fanático torcedor do time poderia esperar que isso aconteceria tão rápido.
O Indianapolis Colts começou 2018 com somente uma super-estrela no elenco. Essa, aliás, não havia entrado em campo em 2017 devido à uma lesão. Além disso, é possível argumentar que os outros dois melhores jogadores dos Colts neste campeonato eram calouros. Ah, e o head coach era estreante. Em meio a tudo isso, Indy venceu dez partidas na temporada regular, foi aos playoffs e chegou até a Rodada Divisional. Em pontos por jogo, tanto o ataque quanto a defesa do time foram Top 10 na NFL.
Pode ser estranho ver o nome de Nick Mullens aqui. No entanto, saiba que o quarterback teve surpreendentes desempenhos como substituto de Jimmy Garoppolo em San Francisco. Mullens, em oito confrontos em que foi titular, venceu três. Ele obteve média de 64% de aproveitamento nos passes e 284 jardas lançadas, com um total de 13 TDs e 10 INTs. Seu rating foi de 90,8.
De fato, Mullens enfrentou algumas das piores defesas da liga e foi coordenador por Kyle Shanahan, um especialista em ataques/quarterbacks. Entretanto, ele também teve desafios contra Seahawks e Bears, por exemplo. Em geral, o camisa #4 se saiu bem para um QB não draftado em 2017 que, até 2018, jamais havia participado de um snap oficial.
Em uma era de quarterbacks, na qual equipes ainda buscam por um titular under center e que os backups estão cada vez mais importantes, Mullens é um nome para ficar de olho.
Três decepções: Kirk Cousins, Pittsburgh Steelers e Carolina Panthers
P. S Essas não são as únicas decepções da NFL em 2018. Apenas três delas.
Kirk Cousins foi o principal quarterback free agent na última offseason. Não por acaso, o Minnesota Vikings o garantiu 100% dos US$ 84 milhões do contrato assinado. A expectativa era que Cousins complementasse o já sólido elenco dos Vikings, fazendo desse, portanto, um real candidato ao Super Bowl. Todavia, Minnesota não teve consistência durante o campeonato e, principalmente no ataque, deixou a desejar, marcando menos de 23 pontos por jogo. Cousins venceu apenas um dos cinco jogos de horário nobre neste campeonato (contra os Packers de 4-6-1).
É quase inacreditável olhar para os playoffs da Conferência Americana e Nacional e não ver Pittsburgh Steelers e Carolina Panthers, respectivamente. Os Steelers estavam em ótima posição na AFC Norte e sonhavam até com uma folga na primeira rodada da pós-temporada em determinado momento. Já os Panthers, chegaram a ter campanha 6-2 e ameaçar os Saints na NFC Sul. Dávamos como certo que uma das vagas de Wild Card na NFC seria de Carolina. Algo como fizemos com os Chargers na AFC, por exemplo. Mas não.
Aquele time de Pittsburgh que perdeu somente duas vezes nos dez primeiros jogos que disputou, sofreu quatro derrotas nas últimas seis partidas. E isso inclui um revés diante dos Raiders.
Já Carolina, acabou derrotada em sete dos últimos oito jogos do calendário. A única vitória, verdade seja dita, foi na semana 17 contra os reservas dos Saints. Em outras palavras, os Panthers não vencem um “embate normal” desde a semana 9 (4 de novembro) frente aos Bucs.
Perguntas 2019
E agora, Cleveland Browns?
Em 2017, o Cleveland Browns não venceu nenhuma partida, depois de ter triunfado apenas uma vez em 2016. Todavia, 2018 marcou o começo de uma nova era na franquia. Foram sete vitórias no ano. Com Baker Mayfield under center, os Browns enfim encontraram uma referência para comandar o restante do talento individual presente no elenco. Mas e agora, o que devemos esperar da equipe de Cleveland?
O que o Miami Dolphins deve fazer com seu ataque?
Com Adam Gase, um head coach reconhecido pela inteligência ofensiva na NFL, o Miami Dolphins não engrenou. Ryan Tannehill, quando saudável, pecou por inconsistência. A linha ofensiva está longe do ideal. O grupo de recebedores não tem profundidade. E os corredores vivem de lampejos atualmente. Tudo isso fez com que os Dolphins demitissem Gase e acertassem com Brian Flores, ex-técnico de linebackers dos Patriots.
Carson Wentz ou Nick Foles?
Como analisado outrora, não existe uma controvérsia de QBs em Philadelphia. Wentz é o titular. Foles, o reserva; talvez em outro destino, diga-se de passagem.
Quem ficará com Le’Levon Bell?
Na última temporada, Le’Veon Bell sequer entrou em campo pelos Steelers. Os motivos por trás da decisão do running back são mediados por um novo contrato, o qual o jogador e o time não se acertam a respeito. Pittsburgh não tem intenção de manter Bell para 2019. E estamos falando de um dos melhores jogadores da NFL, não se esqueça disso. O backfield de alguma franquia receberá um reforço de peso em breve.
Momentos marcantes da temporada 2018/19
Combinando a jogada em si, o impacto dela no contexto inserido e o valor em determinada situação, esses são os dez momentos que, definitivamente, não poderíamos deixá-los de lado ao falar da temporada 2018 da NFL!
Menções honrosas
- Justin Tucker erra o extra point e os Ravens perdem por um ponto
- Derrick Henry se torna o segundo jogador da história com um TD corrido de 99 jardas
- Graham Gano acerta field goal de 63 jardas para dar a vitória aos Panthers contra os Giants
- Na semana 17, Julius Peppers anota seu último sack na NFL (o nº 159,5 da carreira)
- Em sua estreia, Khalil Mack totaliza sack, fumble forçado (e recuperado), interceptação e touchdown
- Depois de estarem perdendo por 14 pontos no último período, Chargers viram sobre os Chiefs com uma conversão de dois pontos nos segundos finais
- Patriots derrotam Chiefs como “zebra” no Arrowhead Stadium e vão a mais um Super Bowl
10) A temporada dos Bears termina com um field goal na trave
Na semana 10, contra o Detroit Lions, o Chicago Bears venceu por 34-22. Porém, o confronto ficou marcado por quatro chutes perdidos (dois field goals e dois extra points), todos eles acertando a trave, por Cody Parkey. O kicker continuou no time e, pouco tempo depois, desperdiçou outra tentativa contra os Vikings, a qual também parou no poste. E não foi “só” isso: o último field goal de Parkey no ano foi desviado na linha de scrimmage e acertou a trave de novo! Chicago perdia por um ponto, nos segundos finais da Rodada de Wild Card, diante dos Eagles na ocasião. Após bater na trave, a bola ainda tocou na parte de baixo do Y. Chicago foi eliminado naquela noite.
9) Philly Special (parte II)
O Philadelphia Eagles estrearam na temporada contra o Atlanta Falcons. Não recuperado ainda, Carson Wentz ficou fora da partida, vendo Nick Foles como o titular novamente. Mas essa não foi a única semelhança dos Eagles com a última partida da temporada 2017 (o Super Bowl LII): Philly, em uma terceira descida para cinco jardas no terceiro período, chamou a Philly Special parte II. Desta vez, Nelson Agholor lançou a bola para Foles, que conseguiu o first down.
8) Miami Miracle
Miracles, que em geral são os touchdowns que acontecem com o cronômetro zerado no futebol americano e protagonizam uma virada no placar, não acontecem todo dia. Em 2018, o Miami Dolphins desbancou o New England Patriots na semana 14 com uma “jogada de rugby” já com o zero no relógio.
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7) Patrick Mahomes lança 50 touchdowns na temporada
2018 marcou o primeiro ano de Patrick Mahomes como titular absoluto na NFL. Recrutado em 2017, Mahomes foi reserva do Kansas City Chiefs em seu ano de calouro e, uma temporada depois, assumiu a titularidade da franquia como um “projeto a longo prazo”. Contudo, o camisa #15 brilhou imediatamente. Além de ter liderado os Chiefs à final de conferência, com a melhor campanha da AFC, Mahomes, com dois touchdowns lançados na semana 17 diante dos Raiders, totalizou 50 TDs no ano. 50 passes para touchdown em uma temporada é algo que apenas dois outros quarterbacks conseguiram na história da NFL – Tom Brady e Peyton Manning.
6) Baker Mayfield sai do banco, vira partida, e Browns voltam a vencer
No Thursday Night Football da semana 3, o Cleveland Browns estava há 635 dias sem vencer uma partida oficial. Para piorar, na primeira metade do confronto, as coisas não iam bem para a franquia e um novo revés parecia encaminhado — os Jets lideravam por 14-0. Na volta dos vestiários, então, Baker Mayfield voltou como titular, fazendo sua estreia na NFL. Vale ressaltar que do outro lado estava Sam Darnold, também calouro. Mayfield entrou na partida, “deu vida” ao ataque dos Browns e comandou uma das grandes viradas da temporada.
5) Adam Vinatieri quebra o recorde de field goals na história da liga
Na semana 4, com os dois field goals convertidos, Adam Vinatieri ultrapassou Morten Anderson (565) e se tornou o jogador com mais field goals acertados na história da NFL. Ademais, o futuro hall of famer terminou 2018 com 582 FGs certeiros, em uma carreira que começou em 1996. Pasmem, Vinatieri tem tudo para aumentar essa marca: aos 46 anos de idade, ele confirmou sua presença na temporada 2019.
4) Drew Brees quebra o recorde de jardas aéreas
O grande recorde quebrado na temporada 2018 da NFL foi o de jardas aéreas. Na semana 5 diante dos Redskins, Drew Brees ultrapassou Peyton Manning (71.940) no quesito após um passe para TD de 62 jardas para Tre’Quan Smith. O quarterback do New Orleans Saints ainda se isolou no topo da lista ao terminar o campeonato com 74.473.
3) O melhor Monday Night Football da história
14 touchdowns (três defensivos), 105 pontos (com dois times marcando mais de 50 pela primeira vez na história), seis viradas (quatro no último período), 1.001 jardas combinadas, dez passes para TD… Assim foi o épico embate entre Los Angeles Rams e Kansas City Chiefs no Monday Night Football da semana 11. Estamos falando provavelmente do melhor MNF de todos os tempos. De um dos maiores jogos da história da NFL, idem.
2) A (não chamada) interferência de passe defensiva em Saints vs Rams
A final da Conferência Nacional configurou talvez a pior (não) chamada da arbitragem na história da NFL. No lance, Nickell Robey-Coleman, dos Rams, claramente interferiu na rota/recepção do recebedor Tommylee Lewis, dos Saints. Naquele momento da decisão, restavam 1:40 para o fim do confronto, era uma terceira descida e New Orleans vencia por três pontos. Ou seja, conseguir um first down era praticamente assegurar a ida ao Super Bowl. Mas o passe foi marcado incompleto, Los Angeles empatou o embate e acabou vencendo na prorrogação.
1) Seis vezes New England Patriots
Nenhum momento da temporada é mais marcante do que o apito final do Super Bowl. Neste ano, o SBLIII viu o New England Patriots campeão. Foi o sexto título da franquia, igualando o Pittsburgh Steelers como os maiores campeões da era. Foi também o sexto desde 2001 e o segundo nas últimas três temporadas. A dupla Tom Brady-Bill Belichick continua fazendo história e agora concretiza de fato uma soberania em duas décadas na NFL, algo sem precedentes até então.
A segunda chance para Kareem Hunt: Cleveland Browns contrata o RB
O running back Kareem Hunt terá mais uma chance na NFL. Depois de ter sido dispensado pelos Chiefs em novembro de 2018 após divulgado um vídeo no qual Hunt agride uma mulher, o corredor recebeu um contrato com duração de um ano, podendo valer mais de US$ 1 milhão em 2019. John Dorsey, atual general manager dos Browns, estava em Kansas City quando a equipe recrutou Hunt e tem bom relacionamento com o atleta. Vale ressaltar ainda que a liga ainda não concluiu a investigação do caso de Hunt. É esperado que o RB seja suspenso por, no mínimo, seis partidas.
Arizona Cardinals assina com Robert Alford, ex-Falcons
O Arizona Cardinals já fez aquisições para a temporada 2019: a franquia assinou com Robert Alford, cornerback ex-Atlanta Falcons. A equipe da Georgia dispensou Alford, 30, o qual iria receber US$ 8,5 milhões em 2019. O contrato do defensor com os Cardinals tem duração de três anos, valendo US$ 22,5 milhões, além dos incentivos. Desses, US$ 13,5 milhões são garantidos. Alford é mais uma tentativa de Arizona de encontrar um CB nº 2 para jogar ao lado de Patrick Peterson.
Alford não é o único novo membro da defesa dos Cardinals…
Arizona também assinou com o outside linebacker Brooks Reed, o qual estava nos Falcons em 2018. Reed foi cortado por Atlanta depois de uma temporada na qual ele disputou todos os jogos, totalizando 24 tackles, um sack e um fumble forçado.
Os oito indicados ao Hall da Fama do futebol americano em 2019
Champ Bailey, Pat Bowlen Gil Brandt, Tony Gonzalez, Ty Law, Kevin Mawae, Ed Reed e Johnny Robinson. Esses são os oito novos integrantes do Hall da Fama do futebol americano profissional. Bowlen e Brandt foram “imortalizados” como proprietário e executivo, respectivamente. Pelo segundo ano seguido, três nomes entraram para o Hall em seus respectivos primeiro ano de elegibilidade (Bailey, Gonzalez e Reed). Law e Mawae talvez tenham sido as duas maiores surpresas da classe. Tony Boselli e Edgerin James, ambos fora da lista, precisarão esperar pelo menos mais um ano para chegar em Canton.
Kyler Murray confirma presença na NFL
Kyler Murray confirmou que escolherá o futebol americano ao invés do beisebol nesta segunda-feira (11). O ex-Oklahoma e atual vencedor do Troféu Heisman já foi recrutado pelo Oakland Athletics, da MLB, porém é visto como um dos principais quarterbacks para o Draft 2019 da NFL. Havia dúvidas quanto ao destino de Murray, mas o jogador confirmou sua ida pelo futebol americano. “(…) Estou firme e totalmente comprometendo minha vida e tempo para me tornar um quarterback na NFL (…)”, disse em seu Twitter.
Na semana passada, Murray já havia confirmado que participará do Combine 2019. Combine, em geral, é uma série de atividades que os prospectos realizam visando mostrar (ainda mais) seu potencial para as franquias da NFL. Neste ano, o evento acontece entre os dias 26 de fevereiro e 04 de março.
Horas após o Super Bowl, Dolphins e Bengals confirmaram novos treinadores
Miami Dolphins e Cincinnati Bengals oficializaram quem será o substituto de Adam Gase e Marvin Lewis, respectivamente. Os Dolphins contrataram o técnico de linebackers (e quem chamava as jogadas de defesa) do New England Patriots: Brian Flores. Flores terminou a temporada em alta depois de um desempenho defensivo espetacular dos Patriots no Super Bowl LIII.
Os Bengals, por sua vez, fecharam com Zac Taylor, técnico de quarterbacks do Los Angeles Rams no ano passado. Taylor trabalhou com Sean McVay em 2017 e 2018 e é uma das jovens apostas da NFL como head coach.
Miami e Cincinnati combinaram para uma campanha 13-19 em 2018.