Já estamos na semana 11 do college football em 2018. Neste ponto, podemos cravar que mais de 120 times foram eliminados e que, a menos que algo sem precedentes aconteça nas três rodadas até dezembro, a disputa até os playoffs está resumida em nove equipes.
Abaixo, falei mais sobre o cenário de todos esses times. Entenda por que eles ainda devem acreditar com uma classificação e, em alguns casos, como essa esperança pode cair a qualquer momento.
#1 Alabama (9-0)
Por que tem chances? Nas duas últimas temporadas, sabíamos que Alabama era o melhor time do college football, mas havia times que ameaçavam este topo dos Crimson Tide. Em 2018, isso é diferente. Pelo que vimos até agora, Alabama é, de longe, o time mais competitivo do college football. Não à toa, a universidade é a favorita para vencer novamente. O equilíbrio habitual de Nick Saban, a invencibilidade e a liderança na SEC. Pasmem, há argumentos fortes para Alabama terminar no Top 4 mesmo se esses dois últimos fatores citados caírem.
O que anima o time? Foram nove jogos e nove vitórias, por um placar combinado de 462-127. Estamos falando do melhor ataque e da sétima melhor defesa em pontos nesta temporada. Saiba ainda que o QB Tua Tagovailoa é o favorito ao Heisman.
O que pode complicar o time? Na prática, nada ameaça os planos de Alabama. Na teoria, incluindo a decisão da SEC contra Georgia, três dos próximos quatro confrontos dos Crimson Tide serão contra oponentes ranqueados.
#2 Clemson (9-0)
Por que tem chances? Assim como não existe discussão para Alabama como #1, o mesmo pode ser dito para Clemson como #2. Os Tigers simplesmente parecem melhorar a cada semana nesta reta final da temporada. Além de estar invicto, Clemson tem dois jogos de vantagem sobre qualquer adversário na ACC. Um novo título de conferência parece provável, bem como uma campanha com no máximo uma derrota (no pior dos casos). A equipe de Dabo Swinney estará nos playoffs!
O que anima o time? Como citado, Clemson está jogando seu melhor futebol americano nas últimas rodadas. Em um jogo ou outro, a equipe laranja teve oscilações, contudo, atualmente, tudo parece ter voltado aos trilhos. A universidade venceu os últimos quatro confrontos por uma placar somado de 240-36.
O que pode complicar o time? Os Tigers também atravessam uma fase muito sólida. Se há algum desafio maior para este time, será na semana 11 da temporada, contra #17 Boston College (7-2). Uma derrota para os Eagles aumentaria relativamente a pressão sobre Clemson.
#3 Notre Dame (9-0)
Por que tem chances? Notre Dame controla seu destino para chegar aos playoffs do college football em 2018. Os confrontos restantes (contra Florida State, #13 Syracuse e USC) podem ser intrigantes, porém os Fighting Irish neste momento estão em ótima posição para terminarem no Top 4. Lembrando que ND tem três triunfos contra ranqueados, incluindo Michigan, no currículo.
O que anima o time? Ian Book tem dado conta do recado desde que assumiu a titularidade como quarterback. Em seis partidas como titular, totalizou 18 touchdowns totais e quatro interceptações.
O que pode complicar o time? O fato de Notre Dame estar fora do Power 5 significa que dificilmente o time chegará aos playoffs caso seja derrotado. Nos caso dos outros bem ranqueados, há margem para erro, digamos assim. Aqui, isso não acontece. Em outras palavras, para não correr riscos, os Fighting Irish não podem derrapar.
#4 Michigan (8-1)
Por que tem chances? Estamos falando do líder da Big Ten, o qual tem apenas uma derrota. Para Michigan, basta vencer seus compromissos restantes na temporada regular (Rutgers, Indiana e #10 Ohio State) e posteriormente a decisão da conferência. Pelo que o time vem jogando, é sensato imaginar tudo isso acontecendo.
O que anima o time? Os Wolverines têm, possivelmente, a melhor defesa do college football em geral. Chama atenção que o ataque, que não empolgava nas primeiras semanas, está jogando bem liderado por Shea Patterson.
O que pode complicar time? Michigan já perdeu uma vez e ainda tem o clássico contra #10 Ohio State pela frente. Sem falar na eventual final da Big 10. Ou seja, pelo menos dois dos confrontos restantes para o time de Jim Harbaugh são complicados e têm status de “vida ou morte”.
#5 Georgia (8-1)
Por que tem chances? Georgia foi finalista em 2017, tem campanha 8-1 agora mesmo estando na SEC e acumula quatro triunfos contra adversários ranqueados. Este time merece respeito mesmo não se mostrando tão sólido quanto no ano passado. Além disso, um embate contra Alabama, o qual será um divisor de águas nas chances do time, já está marcado.
O que anima o time? O jogo corrido dos Bulldogs tem melhorado a cada semana, auxiliando ainda mais Jake Fromm. Comandado por D’Andre Swift e Elijah Holyfield, o setor somou 501 jardas terrestres nas duas últimas partidas.
O que pode complicar o time? Georgia foi derrotada por 36-16 contra um adversário ranqueado que Alabama venceu pelo placar de 29-0. Em outras palavras, o caso dos Crimson Tide está muito mais forte do que o dos Bulldogs. Isso obriga Georgia a derrotar Alabama na final da SEC para ter chance de ir aos playoffs.
#6 Oklahoma (8-1)
Por que tem chances? Os Sooners estiveram nos playoffs na temporada passada e, essencialmente, mantiveram um grupo capaz de competir. Oklahoma só perdeu uma vez, ainda tem um duelo (talvez dois) contra #9 West Virginia marcado e pode vencer a Big 12.
O que anima o time? Em quatro dos últimos cinco jogos, Oklahoma marcou 50/+ pontos. A exceção foi contra Texas, quando o time anotou 45 tentos. O ataque dos Sooners é empolgante em todos os sentidos e tem em Kyler Murray um candidato ao Troféu Heisman.
O que pode complicar o time? Imaginando que o favoritismo prevaleça, Oklahoma terá que derrotar #9 West Virginia duas vezes em praticamente um mês para sonhar com playoffs. Ainda assim, é preciso destacar que, se Alabama, Clemson e Notre Dame estiverem invictos, sobrará apenas uma vaga. Essa provavelmente ficará para o melhor campeão de conferência (Oklahoma/West Virginia, Michigan/Ohio State ou Washington State). E os Sooners não aparentam ser o mais forte desse grupo atualmente.
#8 Washington State (8-1)
Por que tem chances? Independentemente da conferência, toda vez que um campeão do Power 5 tiver no máximo uma derrota, ele estará sonhando. Esse é o caso de Washington State em 2018. A Pac-12 não é a conferência mais forte do mundo, porém uma campanha 11-1 dos Cougars com algumas combinações de resultados criaria um contexto interessante para eles.
P. S. Uma grande dúvida neste momento é: quem o Comitê escolheria entre Wasghinton State com 11-1, mais conquista da Pac-12, e Notre Dame com uma derrota?
O que anima o time? Nenhum quarterback tem mais jardas aéreas que Gardner Minshew neste ano (397,4 por partida em média). E este é um time que parece saber a hora certa de forçar turnovers.
O que pode complicar o time? Os Cougars estão na conferência mais fraca do Power 5. Portanto, se tivermos uma penca de campeões de conferência com uma derrota, Washington State estará fora. Para a universidade, então, Alabama e Clemson precisam se manter invictos. Todavia, para Notre Dame, Michigan, Georgia e Oklahoma, derrotas seriam comemoradas por WSU.
#9 West Virginia (7-1)
Por que tem chances? O cenário de West Virginia é similar ao de Oklahoma. Os Mountarineers também estão na disputa pela Big 12 com somente uma derrota. Para alcançar os playoffs do college football, então, West Virginia precisa vencer todos os seus desafios de agora em diante, e isso inclui duelo contra Oklahoma na última rodada e provavelmente na final de conferência. Só um dos dois passa. Mas ambos podem “morrer na praia”.
O que anima o time? Will Grier. O quarterback não é um forte candidato ao Troféu Heisman por acaso. Ele é um dos jogadores mais empolgantes do college football e a principal razão para o ataque de West Virginia ser a maior arma do time. Em 2018, Grier totalizou 3/+ TDs e nenhuma interceptação em quatro dos oito jogos que disputou.
O que pode complicar o time? Deixando de lado o fato de que West Virginia provavelmente enfrentará #6 Oklahoma duas vezes nos próximos 30 dias, os Montaineers sabem que a Big 12 é mais fraca que SEC e Big 10. Em outras palavras, será preciso encontrar alguma maneira de impressionar o Comitê mais do que alguns representantes dessas conferências fizerem.
#10 Ohio State (8-1)
Por que tem chances? As duas últimas atuações de Ohio State foram nada empolgantes (derrota para Purdue e vitória apertada contra Nebraska). Todavia, os Buckeyes ainda podem chegar lá. Afinal, o time só foi derrotado uma vez e tem confrontos pesados pela frente. Na semana 11, enfrenta Michigan State. Duas rodadas mais tarde, Michigan. Logo depois, há a final da Big 10 (caso se classifique, claro). Se OSU for capaz de passar por todos esses desafios, certamente o Comitê terá argumentos para compensar a goleada ante a Purdue.
O que anima o time? A defesa melhorou contra Nebraska, apesar de ainda estar longe do ideal. Ademais, poucos times têm dois playmakers como Dwayne Haskins e J. K. Dobbins no ataque.
O que pode complicar o time? Nenhum time dos destacados neste texto tem uma derrota tão “feia” quanto a de Ohio State para Purdue. Além disso, como citado, o sistema defensivo de Urban Meyer tem sido pífio de um modo geral nas últimas semanas. O Comitê levará tudo isso em consideração, especialmente nos complicados confrontos que estão pela frente.
Respostas rápidas
Por que #7 LSU e #11 Kentucky estão fora da briga? Pois têm duas derrotas e a final da SEC já está definida, sem a presença de ambos.
E onde está UCF nesta história? Boa pergunta! Os Knights ainda estão invictos e o Comitê os ranquearam como #12. Muito dificilmente eles chegarão aos playoffs do college football. A menos que Big 10, Big 12 e Pac-12 (as três!) tenham campeões com duas ou mais derrotas…