Todos os times da NFL neste momento têm questões a serem melhoradas ou dúvidas para solucionarem. E vale lembrar que cada vez mais a temporada se aproxima; os Training Camps já estão começando e os problemas parecem vir a tona intensamente. Como os calouros irão em 2016? Quem será o quarterback titular do seu time? Alguma lesão importante?
Continua lendo as principais incertezas de cada time da liga neste momento!
Carolina Panthers: “A secundária do time continuará a mesma?”
Nenhum torcedor do Carolina Panthers esperava (e desejava) que Josh Norman deixasse a equipe nesta offseason. Mas ele se foi, deixando uma grande incerteza na secundária dos Panthers. Sem Norman, um dos melhores defensores da NFL atualmente, os quatro melhores cornerbacks de Carolina para 2016 terão dois calouros – James Bradberry e Daryl Worley – e uma grande dúvida se conseguirão manter a solidez defensiva que o time apresentou na ótima campanha do ano passado.
New Orleans Saints: “Por quanto tempo ainda veremos Drew Brees?”
Não pense que esta incerteza é absurda no que tange o New Orleans Saints e seu quarterback. De fato, Drew Brees terminou a temporada em alta e liderou a NFL em jardas aéreas pela segunda vez consecutiva (sexta na carreira). Contudo, até que Brees engrenasse as boas atuações, conversas a respeito que a força e precisão de seu braço estava em declínio e tudo mais surgiram. O camisa #9, apesar de não sofrer tanto com lesões recentes, já tem 37 anos, o que gera certa e plausível preocupação.
Tampa Bay Buccaneers: “O pass rush será realmente efetivo?”
Há muito tempo os Bucs estão flertando com um pass rush de elite, ou pelo menos sólido, assim dizendo. Para se ter uma noção, desde Simeon Rice (que teve 14) em 2005 Tampa Bay não tem um jogador com dez ou mais sacks em uma temporada. Considerando que o corpo de linebackers e a secundária do time estarão em forma, a maior dúvida fica realmente para as performances dos pass rushers do elenco. Na tentativa de melhora, Robert Ayers (9,5 sacks em 2015) e o calouro Noah Spence foram contratados.
Atlanta Falcons: “A defesa conseguirá ter sucesso?”
Como definir o Draft 2016 dos Falcons? Complicado; o time até recrutou bons nomes, mas não enfatizou as posições de maior necessidade. Todos viram o quão apática este sistema defensivo se mostrou na temporada passada e, por mais que o safety Keanu Neal tenha sido escolhido na primeira rodada – algo que deve agradar muito ao técnico Dan Quinn -, vale ressaltar que nenhum pass rusher fora selecionado, o que pode ser um grande problema já que Atlanta foi o time que teve menos sacks em 2015, com apenas 19.
Arizona Cardinals: “Tyrann Mathieu estará saudável para a temporada?”
O conjunto e organização da eficaz defesa do Arizona Cardinals foi o que fez este setor tão especial na temporada passada. E aquela unidade tinha uma referência claramente definida em Tyrann Mathieu. Quando ele esteve fora dos três últimos jogos do ano por lesão, os Cardinals sofreram 105 pontos. Tudo bem que Carson Palmer decepcionou e sofreu muitos turnovers, mas Mathieu, de longe, mostrou-se o atleta mais valioso do sistema defensivo de Arizona e era forte candidato ao prêmio de Defensor do Ano até romper os ligamentos do joelho. A medida que nos aproximamos da temporada, uma boa (e rápida) recuperação de T. Mathieu se torna cada vez mais crucial para o sucesso completo da franquia.
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Seattle Seahawks: “Qual será a postura de Russell Wilson em 2016?”
O ataque do Seattle Seahawks está repleto de incertezas. Como será o comportamento do setor sem Marshawn Lynch? Jimmy Graham conseguiu se adaptar ao estilo de jogo de Seattle? Doug Baldwin está pronto para ser um dos melhores recebedores da liga? Sim, são muitas dúvidas, mas nenhuma é tão significativa quanto aquela que envolve a postura de Russell Wilson dentro de campo.
Vale lembrar que Wilson, na segunda metade da temporada passada, foi fenomenal e, a partir da semana 10, fechou o ano com 25 touchdowns e apenas duas interceptações. Pela pela primeira vez na carreira, passou da marca de 30 passes para touchdown. Ainda, seu rating nos últimos cinco jogos de 2015 (os quais não tiveram J. Graham, aliás) foi de 125! Ou seja, Russell Wilson aparentemente evoluiu como passador, o que faz dele um dos quarterbacks mais perigosos da liga neste momento. Se isso se confirmar, e Wilson estiver bem dentro do pocket, todos ao seu redor devem render mais.
San Francisco 49ers: “A parceria entre Colin Kaepernick e Chip Kelly funcionará?”
Pelos primeiros atos, não é esperado que a parceria entre Chip Kelly e Colin Kaepernick dê bons frutos. Como os próprios jogadores dos 49ers declararam, Kaepernick se distanciou do restante do time. Ele não queria permanecer em San Francisco para a temporada 2016, todos sabem disso, mas as trocas que envolveram o atleta não foram bem sucedidas.
Agora, Colin Kaepernick deverá lidar com Chip Kelly, que não teve sucesso no quesito popularidade em Philadelphia. Esta parceria tem razões para dar certo, fatalmente. Mas é importante lembrar que os contrapontos predominam neste momento.
Los Angeles Rams: “Quem será o quarterback titular na semana 1?”
A briga pela titularidade da posição de quarterback do Los Angeles Rams está totalmente em aberto. Case Keenum, Nick Foles e Jared Goff brigam pela posição. Neste momento, pelo desenrolar da temporada passada, Keenum é o favorito a vencer esta disputa; Foles ainda atrai (as últimas) expectativas para repetir o ano que teve em 2013; e Goff vem como 1ª escolha geral do último Draft. Realmente, a situação está incerta neste momento, mas a paciência dos torcedores de Los Angeles devem deixar Jared Goff mais confortável em um futuro próximo.
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Dallas Cowboys: “Qual será o impacto de Ezekiel Elliott?”
Surpreendente ou não, a escolha de Ezekiel Elliott na primeira rodada do Dallas Cowboys foi muito interessante. O running back é um dos prospectos mais talentosos na atualidade e, se tudo for como esperado, seu impacto deve ser enorme para o elenco. Vale lembrar que em 2014, quando os Cowboys tiveram o melhor corredor da temporada, DeMarco Murray, o time controlou muito bem a bola, dominou a maioria de suas partidas e acabou “camuflando” as fragilidades defensivas que o time tinha.
A chegada de Elliott neste elenco traz expectativas similares às de dois anos atrás. Com ele, Tony Romo e Dez Bryant ganham um ótimo parceiro, o que será interessante também para controlar a posse de bola mais uma vez, deixando a defesa da equipe, a qual terá as ausências de DeMarcus Lawrence e Randy Gregory nos primeiros quatro jogos do ano, fora de campo por mais tempo.
New York Giants: “Victor Cruz ainda é aquele que conhecemos?”
Nas duas últimas temporadas, Victor Cruz atuou em apenas seis partidas, fato que faz os fãs da NFL duvidarem se ele conseguirá, em algum momento, retomar a ótima forma já apresentada, a qual vimos dele entre 2011 e 2013. E esse é realmente um ponto para ficarmos de olho.
Cruz tem grande impacto no sistema ofensivo do New York Giants e de fato facilitaria muito a vida da dupla Eli Manning e Odell Beckham Jr.. Além disso, se Victor Cruz estiver saudável, Sterling Shepard (escolha de 2ª rodada em 2016) poderá ser movido para o slot (mais centralizado), deixando os Gitans com um dos grupos de recebedores mais interessantes de toda a liga.
Philadelphia Eagles: “Por quanto tempo Sam Bradford permanecerá como titular?”
A novela Sam Bradford e Philadelphia Eagles ganhou capítulos ainda mais interessantes e, por isso, pode trazer consequências diretas para a posição de quaterback titular da franquia em 2016. Relembrando: nesta offseason, Bradford renovou com os Eagles – agora com o novo treinador Doug Paderson – por mais duas temporadas e assinou com Chase Daniel como segunda opção para quarterback. Contudo, pouco antes do Draft, Philadelphia se envolveu em uma grande troca que colocou a equipe na segunda posição geral da primeira rodada. Assim sendo, a franquia escolheu Carson Wentz, quarterback que veio da Universidade de North Dakota State. Com a chegada de um claro concorrente, Bradford desejou deixar o Philadelphia Eagles. Após conversas e mais conversas, o camisa #7 voltou atrás e continua um membro do time da Pensilvânia.
Neste momento, tudo indica que Sam Bradford é o quarterback titular dos Eagles. Contudo, sua insatisfação com algumas decisões da franquia fazem total sentido. Todos sabem da pressão que circunda o Philadelphia Eagles. Digamos que nas primeiras semanas da temporada, Bradford tenha problemas e não dê continuidade às boas atuações de dez touchdowns e quatro interceptações nos últimos sete jogos de 2015; fatalmente os torcedores dos Eagles não pensarão muito em pedir o nome de Carson Wentz, um jovem e promissor quarterback que pretender mostrar seu valor no nível profissional. Portanto, Sam Bradford tem algo a mais que apenas a pressão dos torcedores locais para incomodá-lo. A competitividade pela posição pode mudar seus rumos na próxima temporada.
Washington Redskins: “É possível confiar em Matt Jones?”
Ao manter Kirk Cousins no time e selecionar Josh Doctson na primeira rodada do último Draft, o general manager do Washington Redskins Scot McCloughan pretende evoluir consideravelmente seu sistema ofensivo, o qual já teve boa produção em 2015. Contudo, para que isso realmente aconteça será de suma importância que o running back Matt Jones tenha sucesso. Jones, na temporada passada, participou de 13 jogos e teve apenas 3,4 jardas por corrida de média, além de ter perdido quatro fumbles. Com a saída de Alfred Morris, Matt Jones precisará brilhar, caso contrário, os Redskins podem encontrar sérios problemas.
Green Bay Packers: “Como estará Eddie Lacy?”
Internamente no Green Bay Packers um dos principais assuntos abordados é o emagrecimento de Eddie Lacy, que perdeu cerca de dez quilos neste offseason. A temporada passada não foi nada boa para ele (com apenas três touchdowns), e o fez não estar nem próximo de repetir as boas performances de seus dois primeiros anos na NFL, quando totalizou 2.317 jardas e 20 touchdowns. Visivelmente, vimos Aaron Rodgers sofrer para encontrar bons alvos em alguns momentos de 2015. Para que isso não se repita, será necessário um ataque bem mais equilibrado, e isso dependerá majoritariamente de como Lacy estará em 2016.
Chicago Bears: “A defesa do time chama atenção. Mas ela já está pronta?”
Recentemente, temos visto muita agitação no Chicago Bears quando o assunto é defesa. Após algumas contratações e escolhas falhas, a franquia decidiu se reforçar bem novamente, e trouxe bons nomes em Danny Trevathan, Jarrell Freeman e Akiem Hicks. Além deles, os Bears escolheram Leonard Floyd na primeira rodada do último Draft, o que pode tornar o corpo de linebackers do time um dos mais interessantes da NFL.
Sim, na teoria, Chicago tem bons jogadores e que podem realmente engrenar com o decorrer do ano. Todavia, a dúvida quanto à competitividade deste elenco contra o produtivo ataque dos Packers, por exemplo, ainda persiste. Lembrando que a última vez que os Bears venceram a divisão foi em 2010.
Minnesota Vikings: “Teddy Bridgewater é o líder ideal para a franquia?”
2015 foi um ano que não se desenrolou como esperado para Teddy Bridgewater. O jovem quarterback do Minnesota Vikings, que era cogitado para estourar na temporada passada, acabou tendo dificuldades em passar a bola e tomar as melhores decisões ao longo das partidas. Agora, um pouco mais pressionado, Bridgewater chega para seu terceiro ano na NFL, e espera finalmente assumir o controle deste ataque, que cada vez mais vem colocando bons nomes ao redor do seu quaterback.
Detroit Lions: “Como será os Lions pós-Megatron?”
Verdade seja dita, em termos de talento ofensivo, não podemos questionar o time do Detroit Lions, ele realmente tem potencial. Contudo, tudo está diferente agora. Por muito tempo, Matthew Stafford se acostumou a olhar “99% das vezes” para Calvin Johnson em seus lançamentos. Com a aposentadoria de Megatron, o quarterback terá que se adaptar para manter a produção em alta no ataque dos Lions. Assim sendo, outras incertezas surgem: Marvin Jones dará conta do recado? Golden Tate tem capacidade para ser o principal wide receiver do time? Como dito, Detroit, caso queira incomodar na próxima temporada, precisa buscar as respostas positivas para tudo isso o mais rápido possível.
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Por Caio Miari
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