As perguntas básicas de cada time para a temporada 2018 continuam. Falamos sobre o Indianapolis Colts no último texto. Desta vez, chegou a hora do Buffalo Bills.
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Depois de quase uma década, o Buffalo Bills conseguiu retornar aos playoffs da NFL. Curioso é que isso aconteceu em um ano instável da franquia, principalmente no que tange o sistema ofensivo da organização. Não à toa, mesmo com o jejum de pós-temporada tendo chegado ao fim no ano passado, os Bills deixaram seu quarterback, tackle e cornerback titulares saírem nesta offseason. Assim sendo, isso indica que mudanças – e consequentemente incertezas – estão à frente do segundo ano de Sean McDermott no time. Qual será o desfecho disso?
1) Quem será o quarterback titular?
A primeira das grandes dúvidas do Buffalo Bills para esta temporada está na posição mais importante do futebol americano. A equipe ainda não sabe quem será o quarterback titular, uma vez que três nomes brigam por isso até a semana 1. Mas não pense que essa disputa por posição é, necessariamente, algo bom. No caso de Buffalo, a indefinição quanto a Josh Allen, A. J. McCarron e Nathan Peterman se dá, principalmente, pelas incertezas sobre eles.
Allen é o mais talentoso, porém não aparenta estar preparado para estar under center como calouro. McCarron tem a experiência a seu favor, mas seu passado e produtividade geram desconfiança. Enfim, Peterman foi um desastre quando foi titular em 2017, todavia, é quem melhor tem liderado o sistema ofensivo nos treinamentos nesta offseason. Quem será o titular do time neste ano?
2) E os wide receivers?
Nenhum time da NFL teve um grupo de wide receivers tão improdutivo quanto o Buffalo Bills. Alguns fatos impressionam negativamente: a franquia não teve nenhum WR com mais de 27 (!) recepções, ou 430 jardas, ou três touchdowns. Nenhum, para nenhum dos três quesitos citados! A expectativa dos Bills, no entanto, é que isso mude consideravelmente, visto que os três principais wide receivers do elenco mudaram da semana 1 de 2017 para agora. Kelvin Benjamin está saudável e participará dos Training Camps de Buffalo pela primeira vez. O outro é Zay Jones, agora segundo-anista e que sofreu com a falta de experiência em 2017. Por fim, Jeremy Kerley, o qual defendeu os Jets no ano passado, foi contratado. Alguma diferença considerável acontecerá por lá?
3) Como estará a linha ofensiva em meio às perdas?
Entre 2015 e 2017, a linha ofensiva do Buffalo Bills esteve entre as melhores da NFL, tanto no ataque aéreo quanto no terrestre. Todavia, talvez os três nomes mais importantes do setor nesse período não estarão no elenco neste ano. Cordy Glenn foi trocado para os Bengals. Eric Wood teve que pendurar as chuteiras devido à uma lesão no pescoço. E Richie Incognito também anunciou aposentadoria alegando questões de saúde, surpreendentemente.
Se existe uma notícia boa nesse contexto é que Dion Dawkins substituiu bem Glenn na temporada passada enquanto o veterano estava contundido. Dawkins deve estar ainda melhor agora, em seu segundo ano profissional. De qualquer maneira, principalmente no meio da linha ofensiva, Buffalo tem questões a serem respondidas.
Fique de olho: Siran Neal, defensive back
O ataque do Buffalo Bills recebeu todas as perguntas acima, mas isso não significa que a defesa não merece destaque algum. Pelo contrário. É nela que se concentra uma das surpresas individuais que pode fazer a diferença para a franquia em 2018. Estou falando do novato Siran Neal. De fato, ainda não é nem certo que Neal estará no elenco oficial dos Bills nesta temporada, entretanto, tenha em mente que ele pode se desenvolver em um típico defensor dos Bills, em especial do técnico McDermott. Neal atuou como safety/linebacker enquanto no college até decidir executar a função de cornerback. Ele foi bem em todas as situações, aliás. Explosivo, versátil e ágil, o novato de quinta rodada pode se transformar em um trunfo da defesa de Buffalo, a qual chega com incertezas, e quem sabe até aparecer nos times especiais.
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