O ano de 2017 não foi bom para o Green Bay Packers. Um ano após chegar à final da Conferência Nacional contra os Falcons, a franquia, além de não ter nem chegado aos playoffs, protagonizou uma campanha com mais vitórias do que derrotas; ambos os fatos não aconteciam desde 2008 com os cabeças-de-queijo. Em 16 partidas disputas, foram sete triunfos apenas, tendo dois jogadores eleitos ao Pro Bowl e um ao All Pro Team da NFL.
Ademais, estatisticamente falando, os Packers não foram bem de um modo geral. No ataque, médias de 20 pontos por partida, menos de 200 jardas aéreas por jogo e basicamente 300 jardas totais por confronto. Do outro lado da bola, acredite, a situação talvez tenha sido pior: somente seis defesas foram piores do que a do Green Bay Packers no quesito pontos sofridos por rodada, já que os adversários marcaram em média 24 tentos contra a equipe.
Mas por que Green Bay foi tão mal assim? O que saiu errado para a equipe a ponto de, em nenhum setor do elenco, essa apresentar atuações impecáveis durante todos os jogos da temporada passada? Melhor que apontar o que não funcionou em 2017 para o Green Bay Packers é listar o que o time precisa fazer para voltar a ser um dos mais competitivos da liga neste ano – e são três pontos principais para isso.
Aaron Rodgers ficar saudável
É impossível falar da temporada 2017 do Green Bay Packers e não citar o fato de Aaron Rodgers ter ficado fora de praticamente metade do campeonato devido à uma lesão. Rodgers foi titular em somente sete partidas dos Packers no ano, sendo que uma dessas foi na semana seis contra os Vikings, quando ele se lesionou. Na prática, Rodgers atuou bem fisicamente em cinco confrontos e “foi para o sacrifício” em outro, na penúltima semana, diante dos Panthers.
Sem o camisa #12, o quarterback under center para Green Bay foi Brett Hundley e, em meio à atuações instáveis e muitas vezes pífias, os fãs de futebol americano viram algo que estava “apagado” pelo brilho de Rodgers: o elenco dos Packers tem muitas limitações. Hundley ainda conseguiu vencer três partidas como titular, porém, na maioria dos casos, não teve o apoio dos outros setores do elenco verde-amarelo, os quais, como adiantado, ficaram abaixo da média. E essa é a grande diferença quando Aaron Rodgers está em campo para o Green Bay Packers; seu talento ofusca a maioria dos problemas do time e deixa esse em posição de vencer seus jogos. Quando começou e terminou um jogo, A-Rod teve campanha 4-2 com seu ataque marcando 26,8 pontos por jogo; Hundley, 3-6 e 16,5, respectivamente.
Talvez o certo aqui fosse cobrar outros pontos do sistema ofensivo do Green Bay Packers, como uma melhor participação dos running backs, grande quantidade de drops dos recebedores, atuações mais sólidas dos tight ends e uma linha ofensiva consistente (mais no último tópico), por exemplo. Todavia, devido ao impacto, talento do jogador e menor complexidade em conseguir tudo isso, ainda é preciso apostar em Aaron Rodgers.
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A secundária encaixar
Nos últimos anos, os problemas predominaram sobre as soluções na defesa do Green Bay Packers de uma maneira geral. Contudo, para apontar o maior problema dos setor, talvez o mais apurado seja olhar para a secundária. De acordo com o Football Outsiders, os cornerbacks dos Packers foram os piores da NFL em 2017 marcando WRs nº1, na red zone e coberturas em geral. Fato esse bastante intrigante, já que ano após ano têm chegado defensive backs interessantes em Wisconsin; três das últimas quatro escolhas de primeira rodada dos Packers foram destinadas à função. E mais: todas as escolhas de primeira e segunda rodadas do time em 2017 e 2018 foram DBs (três cornerbacks e um safety).
Para este ano em específico, a secundária segue sendo um ponto preocupante do elenco, porém devido ao passado recente (e não à falta de qualidade). Estamos falando de um setor que tem dois dos melhores CBs novatos deste ano em Jaire Alexander e Josh Jackson, terá Josh Jones e Kevin King com mais experiência e a volta de Tramon Williams, que estava nos Cardinals. Esses nomes, jogando ao lado de Ha Ha Clinton-Dix, devem ser suficientes para suprir a saída de Damarious Randall, o líder de interceptações do time em 2017.
No fim das contas, quem considera a secundária do Green Bay Packers a pior da NFL em termos de desempenho não está maluco. Para ter competitividade, isso precisa melhorar, mesmo com um ataque comandado por um futuro hall of famer.
Vencer nas trincheiras, dos dois lados da bola
As linhas (ofensiva e defensiva) do Green Bay Packers também poderiam render mais no ano passado. Enquanto os bloqueadores da franquia deixaram seus quarterbacks em apuros muitas vezes (foram 104 hits sofridos por eles, além de 51 sacks), os defensores não pressionaram os oponentes como imaginado, especialmente nos jogos e momentos mais importantes (acredite ou não, mas a apenas decente marca de 37 sacks conquistados chega a ser enganosa neste caso).
Para 2018, então, a volta de Bryan Bulaga deve dar um apoio merecido a David Bakhtiari, do outro lado da linha ofensiva. Na defesa, nem mesmo Clay Matthews conseguiu se sair bem nesse sentido, e ele espera que isso mude com a chegada do defensive end Muhammad Wilkerson.
De fato, a secundária do Green Bay Packers precisa melhorar; todavia, além da chegada de novos e talentosos jogadores, isso pode acontecer com o pass rush dificultando os lançamentos dos QBs adversários, pressionando-os. Ainda, proteger seu quarterback nunca é demais, ainda mais tendo o ano passado como exemplo para a situação.
Qual será a campanha do Green Bay Packers em 2018? Mande sua opinião para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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