Torcedores de Dallas Cowboys e Pittsburgh Steelers se depararam, nas semanas 2 e 3, respectivamente, com notícias preocupantes para a temporada 2015 da NFL.
No Texas, os fãs receberam a notícia de que Tony Romo, o melhor jogador do time, sofrera lesão na clavícula e ficará fora até a semana 11, aproximadamente. A questão para os Cowboys é que a ausência de Romo se combina à duas outras baixas importantíssimas em relação ao ano passado. O trio espetacular entre Romo (551 jardas, 3 TDs e 2 INT em 2015), D. Murray e D. Bryant (5 recepções e 48 jardas em 2015), pelo menos no momento, não tem nenhum integrante em ação. Murray, como sabemos, agora é jogador do Philadelphia Eagles. Diga-se de passagem, ele não atuou nesta semana 3, por contusão também. Dez Bryant, por sua vez, permaneceu nos Cowboys, mas também deve ficar fora por mais ou menos cinco semanas com uma fratura no pé.
Nem mesmo o mais pessimista torcedor do Dallas Cowboys poderia imaginar um cenário tão ruim para a franquia atualmente; veja que não estou nem citando alguns lesionados (ou suspensos) que desfalcam a defesa do time. E logo agora, em que a equipe poderia garantir uma folga na divisão devido ao momento instável de Eagles, Giants e Redskins. Enfim, está tudo em aberto.
Então agora, os torcedores dos Cowboys que imaginaram ter Tony Romo jogando como MVP – ele fez por merecer tal expectativa -, Joseph Randle e Darren McFadden com boas corridas e tudo mais, e Dez Bryant com estatísticas brilhantes, pelo menos por um mês verão um cenário de Brandon Weeden (29/33, 305 jardas, 1 TD e 1 INT em 2015) como QB, Randle e McFadden buscando a titularidade em uma disputa nivelada por baixo, e Terrence Williams (9 rec., 144 yds. e 1 TD este ano) fazendo dupla com Cole Beasley (12 recepções, 112 jardas em 2015) para, combinados, igualarem Bryant, numericamente falando.
Ontem, terceiro domingo do ano com NFL, na reta final do terceiro quarto da partida entre Pittsburgh Steelers e St. Louis Rams, Ben Roethlisberger foi atingido no joelho e logo foi o chão. Assistindo à partida, confesso ter imaginado que a lesão, naquele momento, teria tirado Big Ben de toda a temporada. Felizmente, ele voltará “em breve”, em aproximadamente cinco jogos. Felizmente também, seu reserva era Michael Vick, que voltará a ser titular.
Estou realmente curioso para ver como os Steelers irão sem seu quarterback titular. Desde o ano passado, todos sabem, a principal força do time de Pittsburgh é o ataque. Roethlisberger, em 2014, foi um Top 3 da NFL em produtividade. Nesta temporada, ele vinha jogando muito bem, com um dos melhores aproveitamentos (75,3%) e rating (113.1) da Liga.
Para Pittsburgh, felizmente, Le’ Veon Bell está de volta (19 corridas, 62 jardas e 1 TD contra o Rams). Apesar de não ter sido tão brilhante em sua estreia na temporada, não tenha dúvida que ele tem tudo para repetir as excelentes atuações de 2014. Todavia, sem Big Ben ele pode render tanto? Em termos de rendimento, temo ainda mais por Antonio Brown. Admito estar deslumbrado com as performances de Brown. Ele acumula 29 recepções, 436 jardas e 2 TDs na temporada, incluindo uma atuação de 195 jardas na semana 2.
Sem Roethlisberger, M. Vick (5/6 e 38 jardas na temporada) terá o papel principal neste sistema ofensivo. É difícil cogitar que Vick terá desempenho relativamente parecido com o de Big Ben, não tem como. Contudo, Michael Vick tem outros bons recursos. Seu braço é forte, experiência ele tem e a agilidade também está lá. Talvez, se ele conseguir combinar bem isso com o dinâmico ataque dos Steelers, pode ter bons resultados.
De uma perspectiva geral, antes de ver o jogo entre Falcons e Cowboys do último domingo (27), eu estava convicto de que o Pittsburgh Steelers sentiria mais falta de Ben Roethlisberger do que o Dallas Cowboys de Tony Romo. Tudo isso porque vejo Dallas com um elenco mais equilibrado do que Pittsburgh. A linha ofensiva do time texano é muito melhor, a defesa também – por mais que não tenha tantos craques – já provou mais na National Football League. Enfim. Contudo, após a rodada, confesso estar indeciso em relação a isto.
No confronto entre Atlanta Falcons e Dallas Cowboys, vimos um primeiro tempo muito interessante dos Cowboys, que jogando em casa produziu 28 pontos contra apenas 17 de seu rival. Mas, nos dois últimos quartos, o Falcons atropelou, e anotou 22 tentos. Dallas, em contrapartida, ficou restrito a zero ponto. Isto mesmo, zero. Não consigo imaginar outra razão para este “apagão” do time mandante que não seja a ausência de Tony Romo.
Fica fácil entender porque afirmo que com Romo o resultado de ontem teria sido diferente se voltarmos nas duas primeiras partidas dos Cowboys neste ano, ainda com seu melhor QB. Na estreia, contra os Giants, excepcional campanha do ataque que terminou com touchdown de Jason Witten a menos de dez segundos para o fim do jogo. Na partida seguinte, contra os Eagles, Dallas chegou no último quarto vencendo por 13 a 0 e conseguiu cadenciar muito bem o relógio e garantir mais um triunfo.
Fica difícil prever como os Steelers serão sem Big Ben, pois poucos vimos Michael Vick atuando. No último quarto da partida contra os Rams, o primeiro de Vick em 2015, ele completou bons passes e capitalizou um field goal. Mesmo assim, são poucas evidências.
Se internamente estamos com incertezas nessas duas franquias – que são das maiores de todos os tempos –, acho um bom momento para analisarmos tais situações no lado externo, olhando os calendários. Até a semana 11, os Cowboys têm Saints fora de casa (F), Patriots em casa (C), Giants (F), Seahawks (C), Eagles (C), Bucs (F) e Dolphins (F). Tendo em mente que romo cresce em dezembro e como anda os rivais de divisão, afirmo que o ideal para Dallas é vencer pelo menos três jogos entre esses sete – de preferência os contra PHI e NYG.
Os médicos afirmaram que Roethlisbeger ficará fora entre quatro e seis semanas. Deste modo, veja os próximos cinco jogos dos Steelers: Ravens (C), Chargers (F), Cardinals (C), Chiefs (F), Bengals (C). Nada fácil, também. Creio que Pittsburgh deveria arrumar algum meio de triunfar em pelos menos duas ocasiões, e chamo atenção para os confrontos contra Ravens e Bengals, em casa.
Está cada vez mais complicado vencer na NFL, o número de bons times está crescendo assim como a quantidade de lesões de jogadores importantes, fato que talvez seja o maior desafio de alguns times da Liga ao longo dos anos. De todo modo, fica a torcida para um retorno tranquilo dos lesionados e que esses estejam saudáveis – e classificados aos playoffs – em janeiro, quando cada detalhe ganha ainda mais importância.