Mais cedo ou mais tarde, Dak Prescott se tornará um dos quarterbacks mais bem pagos da NFL, e ele será pago defendendo as cores do Dallas Cowboys. Isso é tudo o que sabemos de fato neste momento sobre esta esperada indefinição para com um dos melhores jovens quarterbacks da liga.
Por mais raro que seja longas extensões contratuais durante a temporada, foi reportado que Prescott e Cowboys continuam distantes de um acerto após a semana de folga da equipe. Nesse caso, portanto, é possível que Dallas até coloque a franchise tag no quarterback, o que prolongaria o período para negociações entre as partes — A tag para os QBs em 2020 será em torno de US$ 25 milhões.
E essa prorrogação na negociação, a cada semana que passa, prova-se pior para os Cowboys.
De fato, embora noticiado que o signal caller almeja algo na casa dos US$ 40 milhões de dólares por ano, não se sabe pequenos detalhes sobre o que separa este acerto no momento. Pode ser o valor total, a duração, o montante garantido.
A questão é que, em algum momento, Dallas terá que encontrar uma solução para a situação. E Prescott é o maior beneficiado a medida que o tempo de indefinição aumenta, financeiramente falando.
Em primeiro lugar, o quarterback caminha a passos largos para ter a melhor temporada da carreira. Após nove partidas disputadas, ele completou 68,3% dos passes que tentou, com 2.777 jardas, 18 touchdowns e nove interceptações.
A duvidosa campanha 5-4 dos Cowboys em 2019 certamente não tem em Prescott um grande culpados, pelo contrário. Contra o Minnesota Vikings na semana 10, por exemplo, o camisa #4 totalizou 397 jardas e três touchdowns aéreos e Dallas saiu derrotado. Nesse embate, 22 dos 24 first downs de Dallas foram convertidos em jogadas aéreas (os outros dois por penalidades, diga-se de passagem).
Além disso, o mercado da posição de quarterback fica cada vez mais inflacionado, o que deve impulsionar os valores finais do futuro acerto entre a franquia e o quarterback.
Russell Wilson se tornou o jogador mais bem pago da liga na última offseason, com média de US$ 35 milhões por temporada. E outros dois dos cinco quarterbacks de maior média salarial por ano assinaram os milionários vínculos também em 2019 (Jared Goff e Carson Wentz).
Goff foi o mais recente deles (3 de setembro), oficializando um acerto com o Los Angeles Rams de quatro anos, US$ 135 milhões, sendo US$ 110 milhões garantidos, um recorde na NFL. Para viés de comparação, Prescott e Goff tem números bastante parecidos desde 2018. Nesta temporada, Dak é significativamente melhor.
Tenha em mente ainda que Patrick Mahomes estará apto a extender seu contrato com o Kansas City Chiefs a partir da temporada 2019. A expectativa é que Mahomes extrapole os valores da posição mais importante do futebol americano, provavelmente inflacionando as conversas entre Prescott e Cowboys.
A atuação de Pescott diante dos Vikings no Sunday Night Football — o quarto confronto do ano com pelo menos três touchdowns do camisa #4 — serviu para ilustrar que adiar negociações com quarterbacks na NFL raramente é uma boa ideia para a franquia em questão. Principalmente quando isso envolve um jogador no auge, como é o caso agora, e com o mercado super-inflacionado.