14 semanas se passaram e, acredite ou não, o time mais quente da NFL talvez seja o Dallas Cowboys! Jason Garrett, aquele treinador que tinha demissão certa há semanas, talvez tenha agora, como certeza, uma sobrevida. Afinal, Dallas estará nos playoffs. Aquele grupo de recebedores que não amedrontava ninguém, agora também decide pelo jogo aéreo. E aquela defesa que estava “sozinha”, passou a ter apoio do outro lado da bola.
As drásticas mudanças em todos esses aspectos começaram coincidentemente após a chegada de Amari Cooper. O jovem wide receiver precisou de um jogo de adaptação, no qual ele até conseguiu marcar, para então se tornar um dos nomes mais importantes do elenco.
Depois que Cooper foi adquirido, a amarga campanha de 3-4 deu lugar a um retrospecto 5-1. E quer impacto melhor de um wide receiver quando esse melhora as coisas para o quarterback? Quando lança para Cooper, Dak Prescott soma 75,5% de aproveitamento, rating de 137,5 e 12,1 jardas por tentativa. Números muito inferiores a 67,1%, 90,8 e 6,8, respectivamente, que Prescott tem para outros recebedores.
Ademais, tenha em mente que Amari Cooper se juntou a Michael Irvin como os únicos WRs da história dos Cowboys a totalizarem 200/+ jardas recebidas e 3/+ TDs em um jogo. Irvin, caso você não saiba, é o maior recebedor que já passou pelo time, o qual fez parte do grande trio que a NFL presenciou…
O trio mais marcante da história da NFL pertenceu ao Dallas Cowboys
A história do Dallas Cowboys é caracterizada pelo trio mais marcante da NFL. O período mais glorioso da franquia até hoje aconteceu pelo protagonismo de três nomes, futuros hall of famers, os quais figuravam nas posições QB-RB-WR. Os lançamentos e poder de liderança de Troy Aikman, as corridas e talento absoluto de Emmitt Smith, e as recepções e determinação de Michael Irvin dominaram a NFL por algumas temporadas.
Com esse trio, os Cowboys disputaram 160 jogos, dos quais venceram 101. Além disso, foram três Super Bowls conquistados (XXVII, XXVIII e XXX), sem contar 19 Pro Bowls combinados. Ah, e todos os três estão no Hall da Fama, tanto do futebol americano profissional quanto do universitário.
Quando falamos em Dallas Cowboys, falamos de uma das maiores franquias da NFL. De um time que ficou marcado por treinadores geniais, décadas de regularidade e um trio especial. Por isso, fica inevitável relembrar Aikman-Smith-Irvin em Dallas quando a equipe demonstra algo especial nessas três funções. Neste momento, é isso que está acontecendo.
Com Cooper, o ataque funciona e Dallas tem outro trio para chamar de seu
Não, Prescott-Elliott-Cooper não é tão especial quanto Aikman-Smith-Irvin. Isso está fora de cogitação, a curto e longo prazo. A questão aqui é que o Dallas Cowboys, em um ano turbulento entre a offseason e a primeira metade da temporada, aos poucos se encontra. Hoje, os Cowboys têm uma das melhores defesas da NFL e um ataque capaz de marcar pontos de diversas maneiras.
E nada disso seria possível se não fosse pela troca feita por Amari Cooper. O impacto que Cooper teve para o sistema ofensivo de Dallas é imensurável neste momento e, por incrível que pareça, ele não aparenta ter chegado ao limite ainda. Lembre-se que única mudança considerável no Dallas Cowboys com o campeonato em andamento foi a chegada de Amari Cooper.
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O fato de o ex-WR dos Raiders estar no ataque faz com que a pressão sobre os outros recebedores da equipe seja menor. Afinal, enfim, Dallas encontrou um wide receiver nº 1. Agora, Cole Beasley pode ficar na maioria das vezes com espaço no slot, onde é melhor. E Allen Hurns não é marcado individualmente pelo melhor cornerback adversário, assim como não era em seus melhores dias em Jacksonville. Tampouco o novato Michael Gallup, o qual ainda está se adaptando à NFL. De um modo geral, Cooper, a partir do momento que se encaixou em campo, fez as peças ao seu redor se encaixarem também.
Isso para não falar em Ezekiel Elliott. Desde que Amari foi contratado, os dois primeiros níveis defensivos rivais não ficam tão cheios quanto antes. Sem Cooper, o jogo aéreo do Dallas Cowboys não era uma grande arma e, portanto, a defesa focava nas corridas com Elliott. Mas agora os safeties e os linebackers (em marcação em zona) precisam cumprir seus papeis à risca. Afinal, big plays através do jogo aéreo têm acontecido em Arlington. Em seis jogos, Cooper acumula seis TDs, sendo dois de 75/+ jardas.
O trio Prescott-Elliott-Cooper consegue dar competitividade ao sistema ofensivo do Dallas Cowboys. Por mais que “defesas ganhem campeonatos”, vimos ao longo dos anos que ataques precisam ser minimamente competitivos/eficientes para dar apoio ao outro lado da bola. E é isso que está acontecendo! Hoje, os Cowboys competem na NFC. Competem não apenas pois defendem bem, mas também porque, com o ataque, marcam pontos e fazem grandes jogadas. Como se diz no beisebol, batem home runs.