Felizmente – ou infelizmente – a offseason da National Football League começou, o que significa que estamos há alguns meses de uma nova temporada da NFL. A partir de agora, mediada pelas campanhas que tiveram em 2017, as equipes vão em busca de organizarem seus elencos para um ano ano. Já é hora de se preocupar com o Salary Cap, com a franchise tag e, é claro, com o Draft.
Todavia, cada vez mais temos visto termos desconhecidos surgindo neste mercado da NFL – a offseason parece atrair essas coisas. Sendo assim, por que não entender de vez o que significa as principais palavras usadas na intertemporada da NFL?
Offseason: antes de qualquer coisa, é preciso que o público brasileiro entenda de fato o que é a offseason da NFL – mesmo que o nome já indique diretamente o significado. A intertemporada da National Football League se incia no exato momento em que o Super Bowl termina. Mediada pelas datas do calendário imposto pela liga, os times na offseason, de modo geral, buscam ajeitar seus elencos, negociando contratos necessários, buscando free agents e escolhendo as opções certas no Draft.
Franchise Tag Exclusiva: criada para reduzir a quantidade de enormes negociações no mercado da NFL (e de certa forma beneficiar os times com menos dinheiro em caixa), a Franchise Tag pode ser vista como um “selo” em que determinado time coloca sobre um jogador a fim de mantê-lo no elenco por mais um ano (evitando que ele se torne um free agent), para que um novo contrato seja elaborado. Em outras palavras, as franquias usam esta Franchise Tag para aumentar o período de barganha por um jogador que vem sendo um dos principais do elenco.
No caso da Tag Exclusiva, a qual só pode ser usada uma vez por temporada, o jogador que ganhar este “ano a mais” receberá por ele a média dos cinco maiores salários da posição ou 120% do salário anterior deste jogador – dependerá de qual valor for maior.
Franchise Tag Não-Exclusiva: essencialmente, a Franchise Tag Não-Exclusiva se difere da Exclusiva em apenas um ponto. Nela, quando um jogador a recebê-la, mesmo não se tornando um free agent naquele ano, ele pode receber propostas de outras equipes, sendo que o time original tem a possibilidade de igualar essas ofertas nos próximos sete dias. Se fizer isso, mantêm o atleta no elenco. Lembrando que caso alguma dessas propostas não sejam igualadas, o time que perdeu o jogador será compensado com duas escolhas de primeira rodada.
“Ah, mas não seria melhor então usar a Tag Exclusiva sempre?” Não necessariamente. Tudo dependerá, em um primeiro momento, de qual jogador estará em questão e quanto de espaço no Salary Cap (ver definição abaixo) o time origial ainda tem. Se for um Franchise Player, por exemplo, a Tag Exclusiva é a ideal, uma vez que mostra as reais intensões da franquia em assinar um contrato longo com o jogador, garantindo-o. Contudo, em outros casos, querer segurar o jogador mas ao mesmo não ter uma grande folga no teto salarial, pode implicar numa Tag Não-Exclusiva.
Transition Tag: ao contrário das outras duas, a Transition Tag pagará a média dos dez maiores salários da posição. No mais, ela também dá a equipe original a chance de igualar eventuais propostas de outras equipes. Ainda, vale ressaltar novamente que apenas um das três Tags pode ser usada por temporada.
Salary Cap: é o teto salarial das franquias da NFL – como o próprio nome também já indica. Em outras palavras, é quanto determinada equipe ainda pode gastar. Principalmente no mês de março, quando a Free Agency começa, é comum vermos equipes fazendo de tudo para conseguir uma espacinho a mais no Salary Cap.
Cap Hit: se você está acostumado a ler sobre a NFL em inglês principalmente, já deve ter se deparado com o termo Cap Hit. Basicamente, ele se refere ao valor que determinado jogador custará ao seu time naquele ano. Tal conceito é importante uma vez que um atleta, mesmo cumprindo o mesmo contrato, pode não custar igualmente a franquia de um ano para o outro – isso dependerá de bônus, cláusulas, etc..
Um exemplo claro disso é Brock Osweiler, do Houston Texans. Osweiler assinou com os Texans no começo da temporada passada por quatro anos e US$ 72 milhões. Nessa divisão, levando em conta especialmente os bônus do time, vemos que o quarterback impactou em US$ 12 milhões da franquia em 2016, mas terá esse valor elevado para US$ 19 mi em 2017.
Free Agent: é um jogador que está disponível para assinar com qualquer equipe, uma vez que seu contrato não está mais em vigor.
Unrestricted Free Agent: são aqueles jogadores que, de fato, estão sem time, seja por dispensa ou término do contrato. Consequentemente, os Unrestricted Free Agents estão livres para assinarem com qualquer outra equipe, basta que essas façam suas propostas.
Restricted Free Agent: neste caso, o jogador também está livre no mercado e o “leilão” da free agency acontece. A diferença é que o último time do jogador tem a possibilidade de igualar/cobrir a melhor proposta recebida pelo atelta a fim de mantê-lo no elenco.
Lembrando que nos casos em que os times optam por não igualar as ofertas recebidas pelo jogador, com a saída desse, a equipe receberá uma Compensatory Pick (ver definição abaixo) no Draft, sendo a colocação dessa definida pela “qualidade” da troca.
Combine: é um evento destinado aos jogadores que estarão deixando o college football – rumo à NFL. No Combine, tais atletas devem demonstrar suas habilidades em diversos exercícios, como tiro de 40 jardas, supino, salto vertical. Em outras palavras, é uma excelente oportunidade para os prospectos impressionarem os olheiros da NFL algumas semanas antes do Draft. Este ano, o Combine acontecerá novamente no Lucas Oil Stadium, em Indianapolis.
Draft: quem acompanha qualquer um dos esportes americanos já deve estar familiarizado com este termo. Neste caso, Draft é o evento em que as franquias da NFL irão recrutar os jogadores que estavam atuando no futebol americano universitário. A ordem dessas escolhas é definida pela campanha de cada time no ano anterior. Por exemplo,a equipe de pior campanha na temporada regular, possui a primeira escolha geral em mãos.
Veja mais: Como funciona o Draft da NFL?
Mock Draft: traduzindo este termo, os Mock Drafts não são nada mais do que simulações/especulações sobre quais jogadores serão recrutados por cada time no Draft. Analista, especialistas, fãs, costumam simular como o Draft acontecerá, e é isso que estamos definindo aqui.
Suplemental Draft: de modo geral, o Draft Suplemental é aquele que dá uma nova chance aos jogadores de entrarem na NFL. Ele foi criado em 1977 uma vez que muitos atletas, por inúmeras circunstâncias, acabavam ficando fora do Draft (o qual estamos acostumados). Até hoje, apenas um jogador selecionado no Suplemental Draft foi eleito para o Hall da Fama (Chris Carter).
Compensatory Picks: se traduzirmos o termo, teremos “escolhas compensatórias”, e o pensamento é exatamente este. Se um time tiver um saldo positivo na quantidade de free agents de um ano para outro, ele não estará permitido a receber as Compensatory Picks. Todavia, quando isso não acontece, a NFL executa uma fórmula secreta (pode parecer estranho, mas realmente não se sabe como a liga define isso), levando em conta as atuações, tempo de jogo, salário e conquistas individuais de um jogador, a qual definirá qual escolha determinado time terá (3ª a 7ª rodada).
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