A offseason do Seattle Seahawks continua repleta de incertezas: no último domingo (10), o safety Earl Thomas anunciou via Twitter que não participará do mandatory minicamp (treinamentos aos quais os atletas devem comparecer). A decisão do jogador é justificada por questões contratuais. De acordo com Thomas, ele permanecerá ausente das atividades da franquia “até que minha situação contratual seja resolvida”.
2018 marca o último ano do atual contrato de Earl Thomas, o qual foi assinado em 2014 por um valor total de US$ 40 milhões. Nesta temporada, seu salário será de US$ 8,5 milhões, valor que fica muito abaixo da média e principalmente dos principais jogadores da posição.
Thomas, 29, mais que um alto salário anual, aparentemente está em busca de segurança para seu futuro na NFL: “Eu quero ter mais certezas no que tange os próximos anos da minha carreira. Eu vou continuar fazendo minha função e trabalhando, para então poder acrescentar ao meu time e nos dar a melhor chance de vencer. Eu espero que meus colegas de time entendam; Eu acredito que esta é a melhor coisa a fazer.”, disse por meio de uma mensagem no Twitter.
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Earl Thomas chegou à NFL em 2010 como escolha de primeira rodada, vindo da Universidade do Texas. Desde então, tem sido um dos melhores defensores de toda a liga. Nesse período, Thomas esteve em seis Pro Bowls (incluindo em 2017), três All Pro Team e dois Super Bowls, tendo conquistado um anel. Além disso, ele totaliza 642 tackles, 63 passes defendidos e 25 interceptações na carreira.
O mandatory minicamp do Seattle Seahawks, que terá duração de três dias, está marcado para começar nesta terça-feira (12). A ausência de Thomas à atividade irá resultar em uma multa combinada (por dia) que pode chegar a US$ 84.400. Vale destacar que o camisa #29 não será o único jogador a “protestar” em busca de melhorias contratuais; nomes como Khalil Mack, Julio Jones e Aaron Donald, por exemplo, também não são esperados para comparecer aos seus respectivos minicamps.
O que pode acontecer com Earl Thomas?
Ao que tudo indica até agora, parece ser questão de tempo até Earl Thomas deixar Seattle. De acordo com repórteres, não há perspectiva de reuniões futuramente entre o jogador e a franquia, fato que, além de manter o defensor fora do mandatory minicamp, pode deixá-lo ausente até mesmo do Training Camp.
Como citado, Earl Thomas está em seu último ano de contrato e, portanto, à procura de um aumento salarial (que corresponda à sua produção dentro de campo) por um tempo interessante de contrato, visto que ele completará 30 anos na próxima temporada e sofreu com algumas lesões nos últimos anos. Após ter disputado 96 jogos consecutivos na NFL (sequência que começou em 2010), Thomas perdeu sete partidas desde 2015.
Essas lesões, por outro lado, colocam a decisão dos Seahawks de aumentar o contrato do defensive back em xeque, afinal, o time não quer correr o risco de perder dinheiro, ainda mais em uma defesa que atravessa um processo de renovação. Nesta offseason, Seattle trocou Michael Bennett, cortou Richard Sherman, perdeu Sheldon Richardson na free agency e liberou Cliff Avril (questões médicas). Ademais, lembre-se que Kam Chancellor não sabe como – e se – estará na temporada 2018 devido à uma lesão no pescoço. Ou seja, com todas essas saídas, os Hawks podem optar por não reestruturar o contrato de Thomas e, caso esse não aceite jogar sob os atuais valores, aceitar uma troca pelo jogador antes do começo do campeonato.
No fim das contas, a bola do jogo está nas mãos do Seattle Seahawks. Se esse optar por manter o principal nome de sua secundária na última década, terá que aumentar seu salário. Caso Earl Thomas não esteja de fato nos planos futuros de Seattle, uma troca estará por vir; Thomas não irá (e nem deve) jogar recebendo menos de US$ 9 milhões por mais ano.
O que o Seattle Seahawks deve fazer com Earl Thomas? Mande sua opinião para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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