Com 13 semanas disputadas, é certo dizer que o New Orleans Saints é uma das melhores surpresas da temporada. Aquele time que vinha com três campanhas 7-9 consecutivas (sem se classificar aos playoffs, é claro), simplesmente tem uma das melhores campanhas da NFL neste momento, com nove vitórias em 12 jogos. Curioso é que isso não vem acontecendo porque Drew Brees está com números extraordinários, como já vimos em outros anos. As estatísticas de Brees em 2017 são muito boas e consistentes, mas quem acompanha o camisa #9 há algum tempo sabe que 17 TDs em 12 partidas está longe de ser a melhor marca do QB.
De certa forma, essa “não-dependência” que os Saints apresentam quanto a Drew Brees é ótimo para a franquia. Afinal, mostra que tudo ao seu redor está funcionando e, portanto, o quarterback não precisa passar a bola 40 vezes e obter 400 jardas e 4 TDs toda partida para ter chance de vitória nos jogos. O que vem chamando a atenção do New Orleans Saints em 2017 é o equilíbrio do elenco em todos os setores, e dos dois lados da bola, sendo isso corrigido em especial por prospectos recém-chegados. A franquia foi um exemplo no Draft 2017!
No começo do ano, a grande evolução dos Saints aconteceu na defesa, que foi uma das piores da NFL nas últimas temporadas, mas agora sabe o que está fazendo dentro de campo, especialmente contra o jogo aéreo dos adversários. É incrível o que os calouros Marshon Lattimore e Marcus Williams vêm fazendo até agora. Depois disso, é impossível não falar da linha ofensiva de New Orleans: em todos os quesitos importantes, ela é uma das cinco melhores do campeonato. Mais uma vez, destaque para um novato, já que Ryan Ramczyk superou as expectativas e vem dando conta do recado adequadamente.
O que acontece neste Saints é que nem Lattimore (para mim, o melhor calouro de defesa deste ano), nem Ramczyk, nem Williams, acabam sendo considerados o melhor novato deste time. E isso só acontece porque Alvin Kamara, running back selecionado na 3ª rodada (67ª escolha), vem tendo uma das melhores temporadas de todos os tempos por um calouro. Tem sido bom ver os jogos de New Orleans. Desde que Drew Brees chegou por lá, aliás, vale a pena assistir às partidas do time. Porém, com Alvin Kamara brilhando, isso ficou ainda melhor.
Recordes, recordes e mais recordes
Está se tornando uma constante. Após cada rodada da National Football League, vermos o nome de Alvin Kamara ser relacionado a algum recorde histórico do futebol americano tem sid comum. É impressionante o que este corredor vem fazendo em seu primeiro ano na liga, tendo saído em uma terceira rodada, considerado a terceira opção entre RBs no começo do ano (lembre-se que Adrian Peterson estava em New Orleans). Depois de 13 semanas passadas, existe alguma forma de ele não receber o prêmio de Calouro Ofensivo do Ano (ainda mais com Deshaun Watson lesionado)?
Após 13 semanas, é possível contar dezenas de recordes e conquistas individuais alcançados por Kamara. Neste momento, ele tem em méda 5,89 jardas depois do primeiro contato por tentativa, a melhor da NFL. Além disso, ao que tudo indica, suas cinco nomeações seguidas para o prêmio de calouro da semana da NFL é apontada como a série mais longa desde que a premiação foi instaurada na liga.
Ele acabou de se tornar, também, o terceiro running back na história do New Orleans Saints com 115/+ jardas de scrimmage em cinco partidas consecutivas. Deuce McAllister fez isso duas vezes, em 2002 (5 jogos) e 2003 (9). Ricky Williams conseguiu uma, em 2000, quando emplacou seis confrontos em série. E o primeiro jogador da história da National Football League a ter pelo menos 75 jardas totais em oito jogos seguidos tendo ao máximo 17 toques na bola nessas partidas.
Por fim, sua última dessas conquistas foi ter se tornado, mesmo ainda restando quatro partidas para o fim da temporada regular, o terceiro calouro da história da NFL a totalizar pelo menos 600 jardas tanto recebidas quanto corridas em um ano – as outras duas vezes que isso aconteceu foi em 1964 com Charley Taylor (Washington) e 1980 com Billy Sims (Detroit).
Karama é um dos motivos deste New Orleans Saints ser tão competitivo
Sabemos que no futebol americano profissional, defesas sólidas acabam sendo um dos requisitos básicos para se ter um time campeão. No caso do New Orleans Saints de Drew Brees, especificamente, isso acaba sendo um pouco diferente. Querendo ou não, essa franquia, sob a liderança do camisa #9, sempre estará refém do sistema ofensivo. Diga-se de passagem, será justamente no ano em que a defesa conseguir jogar bem – ou que o ataque estiver ainda melhor – que maiores conquistas serão atingidas. E por isso 2017 pode ser especial para New Orleans.
Como introduzido, o sistema defensivo dos Saints vem sendo pontual e consideravelmente eficiente em situações específicas (e importantes) dos jogos. Além disso, não se esqueça que o ataque também não está mais dependente de Brees por inteiro. O quarterback sabe que agora tem outras ótimas peças ao seu redor.
No fim das contas, tenho a impressão que este New Orleans Saints pode derrotar qualquer adversário da NFL nesta temporada. Simplesmente, são muitas armas ofensivas capazes de fazerem grandes jogadas. Drew Brees pode resolver com o braço (ainda mais sendo tão bem protegido). Se alguém conseguir pará-lo, uma nova alternativa será entregar a bola para Mark Ingram, que tem média superior a 5,1 jardas por tentativa e 9 touchdowns na temporada. Mas já vimos Ingram tendo problemas e sendo anulado por defesas adversárias. Tudo bem, Alvin Kamara está pronto no backfield para fazer estragos. Mas se algum oponente parar Kamara… Bom, deixemos esse hipótese suspensa por ora. Afinal, as defesas adversárias ainda não encontraram alguma maneira nem de tacklear efetivamente o camisa #41.
O que você está esperando deste New Orleans Saints (de Alvin Kamara) em 2017? Deixe sua opinião nos comentários ou nas redes sociais!
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