Em tese, o Thursday Night Football que abriu esta semana 9 não foi dos mais atraentes. Em campo, a rivalidade de New York Jets e Buffalo Bills ganhava mais um capítulo, sendo que os Jets buscavam manter sua temporada de “recuperação”, enquanto os Bills defendiam sua vaga entre os candidatos aos playoffs da Conferência Americana, no MetLife Stadium.
Desta maneira, Buffalo entrou em campo como favorito, já que ainda estava com campanha 5-2, surpreendentemente, uma das melhores da NFL. Além disso, saiba que a equipe era a que melhor tomava conta da bola, tendo sofrido apenas três turnovers nos primeiros sete jogos da temporada (a melhor marca da história da liga).
Resumidamente, então, a ótima primeira metade de temporada dos Bills se resumia em quatro grandes façanhas do time: proteger bem a bola, ter o jogo corrido produzindo, defender o ataque terrestres do oponente e manter o pocket confortável para seu quarterback. Quando olhamos para o placar de 34-21 para os Jets, num primeiro momento podemos não entender o que aconteceu e ficar surpreso com o resultado. Entretanto, saiba que essas três “armas principais” de Buffalo foram anuladas pelo seu rival – e a franquia relembrou seus torcedores de pífias performances antepassadas.
Como citado, O Buffalo Bills era o time que menos sofria turnovers da história da NFL, com três após sete jogos. Diante do New York Jets, então, foram três turnovers sofridos, dobrando o total da franquia no ano.
Vale destacar também o grande trabalho feito por New York nas trincheiras: os Bills chegaram na rodada com média superior à 115 jardas terrestres por partida – nesta quinta-feira (02), foram 63 jardas pelo chão apenas. Ainda, os Jets conseguiram conter LeSean McCoy à 25 jardas corridas e nenhum TD, sendo que o veterano running back havia totalizado 242 jardas terrestres e três touchdowns nas semanas 7 e 8 combinadas. Além disso, tenha em mente que o time da casa correu 41 vezes com a bola, para 194 jardas (média de 4,7 jardas por tentativa) e três touchdowns. Na primeira metade de 2017, os Bills permitiam em média 94 jardas corridas por jogo, sendo que apenas dois adversários haviam ultrapassado as 100 jardas pelo chão contra o grupo comandado por Sean McDermott até então.
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Por fim, o principal fator diferencial do duelo talvez tenha sido a pressão exercida pelo New York Jets em Tyrod Taylor (29/40, 285 jardas, 2 TDs). Acredite ou não, mas dificilmente encontraremos nesta temporada um time que tenha dominado tanto o oponente em termos de pressão no pocket quanto os Jets fizeram nesta semana 9. Ao todo, Taylor foi sackado sete vezes, sofreu outros 11 hits e ainda viu New York totalizar dez tackles para perda de jardas no total.
No fim do dia, este TNF foi o jogo do Buffalo Bills neste ano em que o time mais cometeu turnovers, mais sofreu sacks, teve a menor quantidade de jardas terrestres e permitiu o maior montante de jardas pelo chão. Ah, para não passar batido, foi só o segundo confronto da temporada em que a franquia não forçou turnovers, e a segunda derrota, por consequência.
Mas não seria justo analisar apenas os erros dos Bills, como se o time tivesse feito isso por desmérito próprio. Os Jets fizeram mais uma boa atuação na temporada, e não deram chances para seu rival, o qual vinha em uma caminhada de quatro vitórias nos últimos cinco jogos que havia disputado. Destaque inicial para Josh McCown, que teve 14/20 nos passes, 140 jardas e 1 touchdown, tendo ainda marcado uma vez pelo chão. McCown, diga-se de passagem, jogou bem no mês de outubro e dá a entender que pode repetir isso em novembro.
Ademais, Matt Forte (14 corridas, 77 jardas e 2 TDs) marece créditos. De longe, esta foi a melhor performance do veterano nesta temporada, já que, entre outros fatores, ele ainda não havia marcado TD em 2017. Além do RB, Roby Anderson marcou seu segundo touchdown em duas semanas, e os defensores Jamal Adams, Darron Lee e Jordan Jenkins apareceram muito bem novamente. Como falado em outra ocasião, Todd Bowles conseguiu encaixar este elenco novaiorquino, extraindo dele um talento que muitos acreditavam não estar lá.
Conclui-se então que o New York Jets mostrou mais uma vez que não é um time inofensivo como pensávamos no começo da temporada, pelo contrário. A franquia vem dificultando a maioria de seus confrontos neste ano. Por outro lado, Buffalo Bills fez aquilo que temíamos antes da temporada começar, mas que até então basicamente não havia acontecido 2017. O resultado disso foi uma derrota inesperada para a franquia, a qual pode custar caro no fim do campeonato (e os fãs dos Jets ficarão felizes se isso acontecer). O Buffalo Bills deste ano é um time realmente competitivo e que merece almejar a pós-temporada. O antigo, por sua vez, não é – e não está nem perto disso.
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