A offseason 2018 da NFL protagonizou sete mudanças de treinadores. Essas transações são sempre intrigantes no futebol americano, visto que engloba o passado dos head coaches em questão, seu relacionamento com os jogadores, conhecimento do jogo nos dois lados da bola… Enfim, uma série de fatores precisa ser levado em conta quando o assunto é novos técnicos principais na National Football League. Assim sendo, o “Falando sobre”desta semana aborda o que está por trás desses sete nomes recém-contratados. É hora de falar mais sobre eles e que desafios estão por vir!
Frank Reich, Indianapolis Colts
O que fazia em 2017: coordenador ofensivo dos Eagles
Pergunta-chave: se preciso, Frank Reich conseguirá vencer sem Andrew Luck?
Frank Reich chega a Indianapolis em meio a um ambiente conturbado. Dentro e fora das quatro linhas, os Colts têm sido agitados. Certamente que tudo isso tem um agravante a mais que são as campanhas ruins do time nas últimas temporadas. Indy venceu apenas 20 dos últimos 48 jogos que disputou. Desta maneira, a função de Reich é, primeiramente, ajeitar a casa. Um dos grandes desafios para ele será encontrar a melhor formação para o sistema defensivo da equipe, o qual busca se encontrar na era Chris Ballard. As contratações recentes do novo general managar não engrenaram. No mais, será interessante ver como os defensores do Indianapolis Colts se encaixam com a volta de nomes importantes e prospectos recrutados recentemente.
Além disso, todos os olhares se voltam para Andrew Luck. O camisa #12 voltará a atuar em alto nível? Até que ponto Reich pode ajudá-lo nisso? Lembrando que Frank tem um passado positivo trabalhando com talentosos quarterbacks. Ele esteve ao lado de Peyton Manning (2009-2010) e de Philip Rivers (2014-2015). Em 2017, tanto Carson Wentz quanto Nick Foles brilharam sob sua coordenação.
Jon Gruden, Oakland Raiders
O que fazia em 2017: comentarista da ESPN
Pergunta-chave: como Jon Gruden se preparou para retornar à NFL, uma década depois?
Jon Gruden está de volta ao Oakland Raiders! Ele chega após uma decepcionante temporada que teve Jack Del Rio nas sidelines. Aquele time dos Raiders que era apontado como um dos favoritos para 2017 após campanha 12-4 no ano anterior, chega nesta temporada marcado por incertezas. A missão de Gruden, portanto, é concretizar o talento dos promissores jogadores que fazem parte do elenco. Para isso, o passo inicial talvez seja desenvolver Derek Carr, o qual regrediu no ano passado. Ademais, o pass rush com Khalil Mack de referência merece destaque, bem como a secundária, que foi a menos efetiva da NFL na temporada passada. O talento está presente em Oakland, a questão agora é saber organizar tudo que estará em volta dele.
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Matt Patricia, Detroit Lions
O que fazia em 2017: coordenador defensivo dos Patriots
Pergunta-chave: o ataque os Lions, enfim, deixará de ser unidimensional?
O argumento de que Matt Patricia era o nome mais apropriado para o Detroit Lions neste momento é válido. Isso pois a franquia precisa, principalmente, evoluir na defesa. O sistema defensivo dos Lions terminou como o sexto pior da NFL em 2017. Patricia trabalhou como coordenador defensivo dos Patriots desde 2012, aprendendo com Bill Belichick, inclusive. Portanto, isso é algo que pode dar certo. No mais, já contando com um bom quarterback, ele terá um grande obstáculo em melhorar o jogo terrestre de Detroit, o qual foi o pior da liga na última década.
Matt Nagy, Chicago Bears
O que fazia em 2017: coordenador ofensivo dos Chiefs
Pergunta-chave: qual será a evolução de Mitchell Trubisky com Matt Nagy?
O Chicago Bears, principalmente por ter o promissor Mitchell Trubisky no elenco, precisa melhorar ofensivamente. Estamos falando de um ataque que marcou em média 16,5 pontos por partida no ano passado. Matt Nagy chega à Windy City com Trubisky em apenas seu segundo ano na NFL, Jordan Howard como um dos melhores running backs do futebol americano e vários reforços para o grupo de recebedores. A questão para Nagy, então, será juntar tudo isso sem tirar o brilho de nenhuma das partes. Considerando que a defesa mantenha as atuações recentes, solidificar o ataque pode ser o que falta para Chicago voltar a ser realmente competitivo.
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Pat Shurmur, New York Giants
O que fazia em 2017: coordenador ofensivo dos Vikings
Pergunta-chave: quanto tempo Pat Shurmur terá para organizar os Giants?
Sempre que estamos tratando de New York, é preciso falar de pressão. Sobretudo para os Giants, que vêm de apenas três vitórias no ano passado. Houve problemas entre jogadores no vestiário. Eli Manning foi para o banco de reservas. E Ben McAdoo não suportou tudo isso. Logo, Pat Shurmur chega pressionado, até porque ele vem de um bom trabalho como coordenador ofensivo dos Vikings. No ataque novaiorquino, ele terá que construir o melhor setor para Manning. Lembrando que Saquon Barkley acabou de ser recrutado. Do outro lado da bola, é perceptível que defensores importantes dos Giants não têm jogado tudo que sabem. Eli Apple, Olivier Vernon, Janoris Jenkins, são alguns exemplos. Assim sendo, elevar o nível desses jogadores em geral será crucial para o sucesso da equipe.
Mike Vrabel, Tennessee Titans
O que fazia em 2017: coordenador defensivo dos Texans
Pergunta-chave: como Mike Vrabel ajeitará o ataque dos Titans?
Mike Vrabel foi linebacker na NFL (um muito bom, diga-se de passagem). Seus trabalhos como técnicos foram nas posições de linebacker e linha defensiva. No mais, foi coordenador dos Texans na temporada passada. Ou seja, ele sabe muito de sistema defensivo. Também percebe-se que tudo tem acontecido muito rápido na carreira de Vrabel nas sidelines – e a junção desses dois fatores pode pesar no começo de seu trabalho em Tennessee. Isso pois o ataque dos Titans piorou no ano passado quando comparado a 2016, em todos os sentidos. Até mesmo o próprio Marcus Mariota vem de um ano de 2017 com mais touchdowns do que interceptações. Esteja atento ao trabalho de Vrabel (bem como do novo coordenador ofensivo Matt LaFleur) neste lado da bola.
Defensivamente, também existe espaço para melhora. Contudo, isso aparenta ser uma mera questão de extrair o melhor de todos os nomes que estão por lá. Tenha em mente que ótimas aquisições, como Malcolm Butler e Rashaan Evans, por exemplo, aconteceram para o elenco do Tennessee Titans. Ademais, uma das principais características de Mike Vrabel, que são relacionamento e recrutamento dos atletas, já foram vistas por lá: não foi por acaso que o Draft 2018 da franquia foi acima da média!
Steve Wilks, Arizona Cardinals
O que fazia em 2017: coordenador defensivo dos Panthers
Pergunta-chave: quem será o próximo franchise quarterback dos Cardinals?
Steve Wilks foi um dos nomes mais badalados para o cargo de head coach nesta offseason. Os Cardinals, então, conseguiram persuadir o treinador da melhor forma. Em Arizona, Wilks precisa de respostas dos dois lados da bola. Enquanto o ataque deve definir quem será o quarterback titular, encontrar um companheiro à altura para Larry Fitzgerald e organizar a linha ofensiva, a defesa precisa garantir que a saída de Tyrann Mathieu não tenha um grande impacto. Aliás, Steve Wilks talvez seja o nome mais apropriado para isso, por já ter trabalhado como técnico de defensive backs diversas vezes. O Arizona Cardinals não vai aos playoffs da NFL desde 2015.
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