A semana mais aguardada da temporada 2016 do college football se passou! E com ela, o Comitê do futebol americano universitário recolheu as evidencias necessárias para definir os playoffs e Bowls da competição.
As decisões da Big Ten, Big 12, ACC, SEC e Pac-12 determinaram que Alabama, Clemson, Ohio State e Washington farão as semi-finais do college neste ano, com Penn State e Michigan ocupando respectivamente as posições #5 e #6.
Como já era esperado, as subjetivas escolhas do Top 4 por parte do Comitê gerou muitas discussões e críticas à organização, as quais devem permanecer em pauta nos próximos dias. Desta forma, concluímos quatro fatos das finais de conferência do college football combinadas com as decisões do Comitê e relatamos cada uma delas abaixo!
Um time com uma derrota sem título de conferência “vale mais” que um campeão de conferência com duas derrotas
Entre os quatro times ranqueados, acredito que seja válido dizer que dois eram “unanimidades” – ninguém deveria questionar as duas primeiras colocações sendo ocupadas por Alabama e Clemson. Em contrapartidas, as outras duas posições possíveis são de fato aquelas em maior discussão; Ohio State e Washington estão longe de agradarem a todos. Enquanto os Huskies serão abordados no item abaixo, fica a pergunta que os fãs principalmente de Penn State estão “martelando” neste momento: por que os Buckeyes e não os Nittany Lions?
É complicado explicar o Comitê, uma vez que suas seleções são essencialmente subjetivas. Os argumentos de que Penn State deveria substituir Ohio State existem, afinal os Nittany Lions, além de vencerem a Big Ten, já haviam derrotado os Buckeyes durante a temporada regular. Em contrapartida, aqueles que defendem o ranking como ele está também têm suas razões, uma vez que Ohio State perdeu apenas um jogo na temporada (para uma equipe que terminou o ano como #5 e ainda levou sua conferência) e derrotou três adversários do Top 10 do país, incluindo o #3 Michigan – um dos melhores times da atualidade – recentemente.
Em suma, Penn State (10-2) teve a vantagem do confronto direto e um título de Big Ten no currículo; Ohio State (11-1) foi um dos times mais dominantes da temporada e contra oponentes complicados. Quem levou a melhor foram os Buckeyes. Ao que tudo indica, o Comitê valoriza mais um não campeão de conferência com apenas uma derrota do que um campeão de conferência com duas derrotas.
Por favor, não questione Washington
Os questionamentos contra a presença de Washington no grupo dos quatro primeiros do college football são naturais, mas eles não deveriam acontecer. A campanha feita pelos Huskies, especialmente na reta final da temporada, foi praticamente indiscutível.
Com 11 vitórias e apenas uma derrota no ano, os Huskies se mostraram um dos times mais equilibrados da temporada, sem importar com o adversário que tivessem pela frente. A universidade totalizou quatro triunfos contra equipes ranqueadas, sendo que em três desses confrontos ela marcou pelo menos 40 pontos. Diga-se de passagem, nesses duelos, Washington terminou com um placar combinado de 161-57. E isso inclui um atropelamento sobre Washington State na “Apple Cup” e na decisão da Pac-12 sobre o sólido time de Colorado.
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De fato, equipes como Michigan e Penn State, pelos adversários que tiveram no ano, dificuldade de seus jogos e como jogaram durante a temporada, levantam questões contra Washington. Contudo, se olharmos bem, o único revés dos Huskies em 2016 veio para USC, a qual terminou sua campanha como um dos times mais “quentes” do college football. Wolverines e Nittany Lions, por sua vez, além de acumularem duas derrotas, viram uma dessas sendo para equipes não ranqueadas.
A campanha, o poder de decisão, o retrospecto e a maneira como Jake Browning tem jogado comprovam o que o Comitê decidiu no domingo: Washington tinha que estar entre as quatro melhores equipes do país nesta temporada.
Deshaun Watson tem pela frente o jogo mais importante de sua carreira universitária
Possivelmente o jogador mais talentoso dos playoffs do college football em 2016 é Deshaun Watson. O quarterback de Clemson já era apontado como um dos prospectos mais interessantes para o Draft 2017 e após suas atuações nos momentos mais cruciais dos Tigers na temporada, isso se intensificou ainda mais. Contudo, é bom lembrar que Watson já foi duramente criticado neste ano por algumas de suas decisões dentro de campo e até mesmo pela forma física (em termos de lesões) – existiram comparações até com Robert Griffin III.
Desta forma, o camisa #4 pode ter mais dois jogos nesta temporada, e que serão argumentalmente os dois mais importantes desde que começou sua carreira no futebol americano universitário.
Deshaun Watson enfrentará agora a sólida defesa de Ohio State, a qual tem sido cirúrgica contra bons quarterbacks e que cedeu apenas 282 jardas totais por partida, a 4ª melhor marca da NCAA. Se for capaz de vencer os Buckeyes – algo que até mesmo as casas de apostas consideram uma “zebra” – Watson será um dos poucos jogadores universitários da história a disputar duas finais nacionais consecutivas.
Aliás, última decisão do college football foi o momento máximo da carreira de Waston e que colocou o jogador no nível mais alto da competição. Naquela ocasião, ele acabou sendo derrotado pelos Crimson Tide. Se conseguir uma revanche contra Nick Saban e for capaz de mudar o vencedor do confronto, Deshaun Watson terá seu nome marcado na história como poucos conseguiram.
As chances matemáticas das equipes que chegaram à final resumem bem os confrontos
Pelo que já sabemos de Alabama e Clemson e pelo que vimos em dois dos tópicos acimas, pode-se dizer que o Top 4 do college football em 2016 é totalmente entendível. De certo modo, as quatro melhores equipes da temporada estarão disputando um lugar na final do futebol americano universitário. E tamanho equilíbrio entre esses times podem ser vistos também nas previsões feitas pelos matemáticos.
De acordo com o site FiveThirtyEight, Alabama tem 64% de chances de derrotar Washington e disputar mais uma decisão. Já Ohio State, mesmo como #3 do país, é o favorito diante de Clemson, 55% a 45%. Além disso, entre as quatro equipes, nenhuma tem mais de 40% de chances de levantar o caneco: os Crimson Tide lideram neste quesito novamente (com 39%) e são seguidos respectivamente por Ohio State (25%), Clemson (18%) e Washington (17%). Isso será demais!
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