Se alguém estava reclamando da temporada 2016 da NFL em termos de emoção, algo parece ter ouvido essas críticas atenciosamente. A semana 8 da liga foi marcada por emoções: mais uma vez tivemos um empate e outras duas partidas foram decididas apenas na prorrogação. Além disso, podemos dizer que mais quatro jogos terminaram com uma diferença igual ou inferior a oito pontos, ou seja, uma posse de bola.
Em meio à partidas agitadas, separamos quatro fatos da semana 8 da NFL e que merecem ser analisados detalhadamente!
Os Raiders parecem ser capazes de derrotar qualquer time da NFL
Quem olha para as estatísticas da partida entre Oakland Raiders e Tampa Bay Buccaneers pode pensar que ela terminou com uma grande goleada do time californiano. Veja bem: 626-270 em jardas totais, 1-0 em turnovers, 44:12-29:03 em posse de bola e 27-18 em first downs. Mas o placar final foi de 30-24 Oakland. Como assim? É que os Raiders, assim como brilharam ofensivamente, foram responsáveis por 23 penalidades ao longo do jogo (um recorde da NFL), as quais custaram 200 jardas para a franquia. Mas então esse time dos Raiders cometeu 23 faltas e ainda assim venceu?
O confronto contra os Bucs mostrou exatamente como os Raiders estão na temporada até agora. A equipe tem uma defesa ainda vulnerável, precisa corrigir erros “de jogo” (como as faltas, por exemplo), mas detém um dos melhores ataques da atualidade, o qual, em um dia inspirado, pode derrotar qualquer adversário. O triunfo ante à Tampa Bay foi o quinto consecutivo como visitante para Oakland, a maior sequência da franquia desde 1977.
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Derek Carr mostrou também porquê é considerado um dos melhores quarterbacks jovens da NFL. Ele fez 59 lançamentos – algo que, aliás, precisará ser corrigido por Jack Del Rio caso Oakland queira incomodar as potências da Conferência Americana, e completou 40, produzindo ainda 513 jardas e quatro touchdowns.
Como falado, os Raiders ainda têm muita coisa para melhorar. Todavia, tratando-se de um único jogo, a equipe tem armas suficientes para bater qualquer oponente. O encontro contra os Broncos no próximo domingo pode ser “o jogo do ano” até então.
Dak Prescott não foi perfeito, mas mostrou novamente que tem algo especial
Philadelphia Eagles e Dallas Cowboys protagonizaram uma partida digna do momento dos dois times e da importância que tal confronto tinha para ambos. Sendo o duelo decidido apenas na prorrogação, os Cowboys viram mais uma vez o poder de decisão de Dak Prescott.
Verdade seja dita, Prescott não foi impecável por todo o jogo, como vinha sendo na temporada durante as primeiras sete semanas. Contra os Eagles, o novato completou 48,7% dos passes que tentou, para 287 jardas, dois touchdowns e uma interceptação – seu rating foi de 79.8. Como falado, Dak Prescott não brilhou durante os 60 minutos de partida, tanto que sua porcentagem de passes completos foi a pior de sua carreira profissional até agora e seu rating o segundo pior (semana 1, 69.4).
Entretanto, o camisa #4 de Dallas mostrou personalidade de veterano mais uma vez e, jogando sob os olhares de mais de 90 mil pessoas, contra um grande rival de divisão e perdendo por dez pontos no começo do 4º período, foi capaz de virar a partida para os Cowboys.
Assim sendo, o Dallas Cowboys agora lidera a NFC Leste isoladamente. Além disso, tem seis vitórias seguidas na temporada, a maior sequência da NFL em 2016. A franquia também, se a temporada terminasse hoje, seria a #1 da Conferência Nacional. Tudo isso, sob a liderança de Dak Prescott, quem de fato merece os grandes méritos por tudo isso.
(Sim, as conquistas vão para Prescott e ele merece os elogios. Mas e quando Tony Romo estiver totalmente recuperado?)
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A defesa dos Saints jogou bem por mais uma semana
Pode soar estranho isso, mas foi o sistema defensivo do New Orleans Saints o ponto principal da franquia no surpreendente triunfo contra o Seattle Seahawks no domingo. Foram apena 13 pontos cedidos ao ataque comandado por Russell Wilson. Pela segunda semana seguida, aquela defesa de New Orleans que permitiu pelo menos 34 pontos aos oponentes em quatro dos primeiros cinco jogos do ano, nas semanas 7 e 8 combinou para “apenas” 47 tentos sofridos, o que já é um grande avanço para esse grupo.
Em complemento à sólida atuação da defesa, o ataque dos Saints foi eficiente mais uma vez, mantendo a posse de bola por mais de 36 minutos, sofrendo apenas um turnover, conquistando 28 first downs e marcando 25 pontos.
Este sim é o New Orleans Saints que os torcedores esperavam ver, um time equilibrado e que aparece – ofensiva e defensivamente – nos momentos mais importantes das partidas. Para comprovar o bom momento, chegar aos 50% de aproveitamento pela primeira vez na temporada e quem sabe entrar de vez na briga pela NFC Sul, os Saints vão até San Francisco para enfrentar os 49ers. Por que não acreditar?
Os kickers preocuparam novamente
Pela segunda semana consecutiva, a NFL viu seus kickers fracassarem assustadoramente, e de maneiras bem similares, diga-se de passagem. E foi pela segunda semana consecutiva, coincidentemente, que tivemos um empate na liga – essa foi a primeira vez desde 1997 que tivemos empate em duas semanas consecutivas.
Aquele empate por 6-6 entre Cardinals e Seahawks no Sunday Night Football da rodada passada que viu dois field goals de menos de 30 jardas perdidos na prorrogação, foi inevitavelmente relembrado quando kicker dos Redskins Dustin Hopkins perdeu um field goal de 34 jardas já nos minutos finais do overtime; e ele já havia perdido um de 55 jardas. Mas não pense que Cincinnati Bengals e Washington Redskins empataram em 27 pontos apenas por isso: Mike Nugent, dos Bengals, também perdera dois chutes cruciais durante o temporada regulamentar, um field goal de 51 jardas e um extra point.
Quem acompanha a NFL há algum tempo sabe a importância que um kicker tem durante as partidas. Quem não acompanhava ou não tinha percebido isso ainda, está repleto de provas do quanto esse posição é importante.
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