O último “Falando sobre…” abordou a carreira de Calvin Johnson e como seu legado permanece para com a NFL. Indiretamente, pelo desfecho precoce da carreira do wide receiver nos Lions, isso acabou originando um novo e interessante tema para ser abordado, o qual foi sugerido por alguns de nossos leitores ao longo da semana: jogadores da NFL que encerraram suas carreiras precocemente.
Desta maneira, alguns casos, das mais variadas razões e características, foram separados e explicados, apontando os motivos que fizeram tais profissionais tomar essas decisões e o porquê de considerarmos essas aposentadorias como adiantadas.
Calvin Johnson, wide receiver, 30 anos
Temporadas profissionais: nove (2007-2015)
Último ano na NFL: 16 jogos, 88 recepções, 1.214 jardas e nove TDs; foi ao Pro Bowl
Calvin Johnson talvez seja o último hall of famer a ser aposentar precocemente desta lista. Além de estar entre os principais recebedores da NFL quando pendurou as chuteiras, Megatron teve ótimos números, os quais, inclusive, foram melhores que os de 2014 e significaram a ele seis temporadas seguidas acima das 1.000 jardas recebidas. Em nove temporadas, ele marcou presença em seis Pro Bowls. O real motivo da aposentadoria de Johnson não ficou claro, contudo, especula-se que o medo por lesões graves e a desorganização do Detroit Lions como franquia tenham sido razões para a decisão do camisa #81.
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Barry Sanders, running back, 31 anos
Temporadas profissionais: dez (1989-1998)
Último ano na NFL: 16 jogos, 1.491 jardas corridas e quatro TDs; foi ao Pro Bowl
Em 1998, Barry Sanders teve – acredite ou não – um de seus piores anos com a camisa dos Lions, mesmo sabendo que a temporada protagonizada por ele na ocasião tem ótimos números. Além disso, saiba que Sanders pendurou as chuteiras a menos de 1.500 jardas corridas de ultrapassar Walter Payton, o líder do quesito na história da liga até o momento. Entretanto, pelo que disse o jogador após surpreender a todos com sua decisão há duas décadas, a fase ruim e desorganizada dos Lions fizeram com que ele perdesse o tesão pelo futebol americano.
Robert Smith, running back, 27 anos
Temporadas profissionais: oito (1993-2000)
Último ano na NFL: 16 jogos, 1.521 jardas corridas e sete TDs; foi ao Pro Bowl
Robert Smith chegou à NFL em 1993 e demorou até 1997 para ter seu primeiro ano realmente bom na liga, quando ultrapassou as 1.200 jardas terrestres. Depois disso, então, Smith evoluiu, protagonizando outros dois campeonatos acima das 1.000 jardas e 4,5 jardas por tentativa até chegar a 2000, seu melhor ano profissional. Na ocasião, o camisa #27 quebrou seus recordes pessoais de jogos disputados (16), jardas corridas (1.521), jardas por tentativa (5,2) e touchdowns (7). Ironicamente após seu auge, devido às questões físicas que fizeram com que muitos jogadores se aposentassem na época, Robert Smith decidiu parar.
Jake Plummer, quarterback, 32 anos
Temporadas profissionais: dez (1997-2006)
Último ano na NFL: 11 jogos como titular, 1.994 jardas, 11 TDs e 13 INTs
2005 foi o melhor ano profissional de Jake Plummer no futebol americano. Uma temporada mais tarde, as coisas não funcionaram para ele em Denver e a equipe optou por recrutar Jay Cutler no draft. A chegada de um novo e badalado QB, então, fez Plummer perder espaço, fato que chamou a atenção do Tampa Bay Buccaneers, que precisava de um franchise quarterback na época. Jake Plummer até chegou a ser trocado para os Bucs em 2007, todavia, no mesmo dia em que a transação aconteceu, ele surpreendentemente anunciou aposentadoria “visando o futuro com felicidade e saúde”.
Jim Brown, running back, 29 anos
Temporadas profissionais: nove (1957-1965)
Último ano na NFL: 14 jogos, 1.544 jardas corridas e 17 TDs; MVP e foi ao Pro Bowl
Jim Brown talvez seja aquele que mais tenha se destacado em seu ano derradeiro na NFL. Isso pois em 1965, Brown teve 21 touchdowns combinados, liderou a liga em jardas terrestres e ainda venceu o prêmio de MVP. Aliás, em nove temporadas profissionais, Jim Brown foi o líder de jardas corridas em oito; não à toa o camisa #32 é considerado um dos maiores jogadores que já existiu. Curioso é que ele se aposentou para seguir a carreira de ator no cinema – e se saiu bem também.
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Gayle Sayers, running back, 28 anos
Temporadas profissionais: sete (1965-1971)
Último ano na NFL: dois jogos e 38 jardas
O caso de Gayle Sayers é um exímio exemplo de carreira brilhante que sofreu com graves e constantes lesões. Entre 1965 e 1967, Sayers era um dos grandes jogadores da NFL, tendo sido eleito o Pro Bowl e All Pro Team em todos os anos desse período, além de liderar a liga em jardas e ser eleito o Calouro Ofensivo do Ano (1965). Entretanto, após nove partidas em 1968, ele sofreu uma lesão no joelho, a qual o deixou de fora pelo restante do campeonato. De volta em 1969 e saudável, Sayers brilhou novamente. Infelizmente, menos de um ano depois, o camisa #40 lesionou o joelho de novo, fato que fez com que ele disputasse somente quatro partidas totais em 1970 e 1971, e desistisse da carreira profissional depois disso. Ainda assim, ele entrou para o Hall da Fama em 1977.
Chris Borland, linebacker, 24 anos
Temporadas profissionais: uma (2014)
Último ano na NFL: 14 jogos, 107 tackles totais, um sack, cinco passes defendidos e duas INT
Você talvez nunca tenha ouvido falar em Chris Borland, porém ele foi um dos jogadores ícones da NFL que se aposentaram recentemente devido à questões de saúde após estudos aprofundados em concussões e impacto no cérebro. Borland foi uma escolha de terceira rodada e só fez parte do front seven dos 49ers por uma temporada, na qual ele jogou muito bem e deu esperanças como líder do setor aos fãs do time. Esperanças essas que duraram muito pouco.
Jake Locker, quarterback, 26 anos
Temporadas profissionais: quatro (2011-2014)
Último ano na NFL: cinco jogos como titular, 993 jardas, cinco TDs e sete INTs
Parece que foi ontem que Jake Locker era cotado como um dos principais quarterbacks do Draft 2011 e, mais tarde, recrutado como a oitava escolha geral do evento pelos Titans. A propósito, antes de Marcus Mariota, o futuro da equipe de Tennessee chegou a passar pelas mãos de Locker. Contudo, a evolução do QB na NFL não saiu como esperado e, após perder a titularidade na posição em 2014 e mais tarde se lesionar durante o campeonato, Jake Locker anunciou que estava pendurando as chuteiras em março de 2015, pois havia perdido “o interesse de jogar futebol americano para viver”.
Al Toon, wide receiver, 29 anos
Temporadas profissionais: oito (1985-1992)
Último ano na NFL: nove jogos, 311 jardas e dois touchdowns
Al Toon é um dos melhores jogadores que já vestiu a camisa do New York Jets, tendo representado o time em três Pro Bowls entre 1986 e 1988. Aliás, nesse período, Toon ainda foi o melhor jogador da Conferência Americana em um ano e liderou a NFL em recepções em outro. O talento deste wide receiver era indiscutível, todavia, estima-se que ele tenha sofrido nove concussões ao longo de sua carreira, a qual durou oito temporadas. Isso foi o ponto central da aposentadoria do atleta. Al Toon parou como o segundo atleta da NFL aposentado a totalizar mais de 500 recepções em menos de 110 partidas disputadas, ao lado de Kellen Winslow Sr.
Menções honrosas: Otto Graham, Patrick Willis, Aaron Schobel, Terrell Davis, Tony Boseli, Tiki Barber, BO Jackson, Heath Miller, Pat Tillman, Walter Thurmond.
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