Jay Ajayi, Danielle Hunter, Dak Prescott, Tyreek Hill, Alvin Kamara, George Kittle… Nenhum desses nomes fora recrutado acima da terceira rodada no Draft da NFL. E detalhe: essa lista inclui alguns nomes selecionados desde 2015.
Enquanto as primeiras rodadas do draft chamam mais atenção pois reunem os prospectos mais promissores, é comum encontrar jogadores de grande destaque no último dia de recrutamento. E todo ano temos grandes steals na NFL. Com isso em mente, separamos uma lista com (só) 10 nomes dos vários nomes pouco badalados para se ter em mente nos dias 26 e 27 de abril.
Por que eles são pouco badalados? Na maioria dos casos, pois os prospectos em questão vêm de universidades menores, fora da primeira divisão do college football. Além disso, há também casos de jogadores que não estavam em um sistema ofensiva propício, foram vítimas de um programa desarrumado em 2019, ou simplesmente não aparentam ter tantas questões quanto muitos especialistas apontam. Enfim.
No fim das contas, anote os 10 nomes abaixo. Eles não são steals certos, mas não se surpreenda se algum deles o impressionar em um futuro próximo na NFL.
Devin Singletary, running back, Florida Atlantic
Apesar da força e capacidade de improviso acima da média, Devin Singletary deve ter uma queda no seu valor no draft também pois não fez um bom Combine 2019 de um modo geral. Ao que tudo indica, Singletary cairá até no mínimo a terceira rodada, sendo mais cotado para o quarto ou até mesmo quinto round. Nada mal para um jogador que já provou que eventualmente pode ser um three-down back*.
Em 2017, Singletary totalizou 32 touchdowns corridos. Trinta e dois! Ao todo, em três anos universitários, foram 66 TDs, 22 desses em 2018.
*O termo “three-down back” significa “um corredor para as três descidas”. Em outras palavras, de um modo geral, é aquele running back que não depende da situação da partida para estar em campo.
Oshane Ximines, edge rusher, Old Dominion
Oshane Ximines é provavelmente o melhor prospecto das universidades de menor expressão no Draft 2019 da NFL. Os 11 sacks e 18 tackles para perda de jardas em 2018 provam a ascensão do pass rusher, mas ao mesmo tempo questionam a competitividade enfrentada pelo jogador. Ximines certamente ainda precisa provar mais contra as melhores equipes, algo que não teve a oportunidade enquanto no college football.
De qualquer maneira, a combinação de habilidade atlética e estatura, bem como os lampejos em jogadas específicas do atleta, colocam-no em posição interessante neste recrutamento. Ximines não será uma escolha de primeira rodada. Depois disso, mesmo precisando de uma considerável evolução/adaptação, o teto potencial do ex-Old Dominion deve valer a aposta.
Andy Isabella, wide receiver, UMass
Principalmente para a função de slot receiver, Andy Isabella é um prospecto para ficar de olho no Draft 2019. Ele vem de duas temporadas com mais de 1.000 jardas no futebol americano universitário e, mais que isso, impressiona na velocidade. Na regularidade, idem. Trabalhar com Randy Moss semanas antes do recrutamento foi uma de suas estratégias do WR para evoluir ainda mais.
Sione Takitaki, linebacker, BYU
Sione Takitaki divide opiniões entre os scouts. Todavia, isso não acontece pela parte técnica, tampouco talento, do jogador. O problema para Takitaki era fora dos campos. Em 2016, ele se afastou do futebol americano para resolver questões pessoais e “colocar a cabeça no lugar” depois de se envolver em confusões no college. Dois anos se passaram e ao que tudo indica ele está focado apenas em seguir a carreira profissional de futebol americano.
Em 2018, foi capitão de BYU e totalizou 118 tackles. Meses depois, já em 2019, realizou testes no Tennessee Titans e Kansas City Chiefs, impressionando pelo discurso e instinto dentro das quatro linhas.
Jalen Hurd, wide receiver, Baylor
O que mais impressiona em Jalen Hurd é a habilidade atlética e versatilidade. Ele começou a carreira universitária como running back em Tennessee. Aliás, em 2016, foi mais acionado no backfield dos Volunteers do que Alvin Kamara. Contudo, após aquela temporada, Hurd decidiu se transferir para Baylor, onde se tornou slot receiver. Medindo 1,96m, ele pode criar confrontos individuais desfavoráveis aos adversários constantemente.
Larry Allen Jr., guard, Harvard
Não é todo dia que vemos um prospecto de Harvard entre os destaques do draft da NFL. Em quatro temporadas no college football, Larry Allen Jr. foi eleito o melhor guard de sua conferências duas vezes (2016 e 2018), tendo perdido 2017 por lesão. Sim, a saúde de Allen pode ser uma questão, porém nada que abale sua técnica tanto para o jogo corrido quanto para o aéreo. Tampouco sua relação/tradição no futebol americano: ele é filho do ex-Cowboys e Hall of Famer Larry Allen.
Easton Stick, quarterback, North Dakota State
Easton Stick foi o sucessor de Carson Wentz em North Dakota State — e se saiu muito bem, vencendo 49 das 52 partidas que disputou. O entendimento de jogo de Stick é acima da média e ele tem o potencial para ser um sólido backup, quem sabe até um titular momentâneo, na NFL. Tudo dependerá da transição do quarterback para o nível profissional, longe do sistema ofensivo que se acostumou nos últimos anos .
Terrill Hanks, linebacker, New Mexico State
O linebacker de New Mexico State é especialista contra o jogo terrestre pela velocidade que tem. Adicionalmente, tal característica dá a ele uma multifucionalidade interessante no segundo nível da defesa. De fato, a cobertura contra o passe de Terrill Hanks está longe do ideal. Entretanto, adquirí-lo no terceiro dia do draft, por exemplo, é ganhar um valor interessante para o elenco.
Josh Oliver, tight end, San Jose State
A estatura, velocidade e habilidade como recebedor fazem de Josh Oliver um alvo interessante para a classe de tight ends em 2019. Essa, aliás, tem vários nomes de destaque e, em meio aos principais, Oliver é um dos “patinho feio”. Atuar por San Jose State e não ser especialista em bloqueios certamente diminui o valor de Oliver para o recrutamento, porém os confrontos desfavoráveis possíveis criados pelo jogador, em especial na red zone, precisam ser levados em consideração neste caso.
Adarius Pickett, safety, UCLA
O instinto para a posição de strong safety impressiona em Adarius Pickett. A falta de velocidade e até mesmo versatilidade não o coloca entre os melhores da posição na classe, contudo, se bem encaixado em um sistema defensivo, deverá render bons frutos. O combate ao jogo corrido e a leitura de jogo são os quesitos substanciais do defensive back.