O Cincinnati Bengals continua sendo uma pedra no sapato do Baltimore Ravens. A. J. Green segue como um dos melhores recebedores da NFL. A defesa de Cincy é decisiva. C. J. Mosley é, de longe, o jogador mais importante da defesa de Baltimore. E a AFC Norte está cada vez mais indefinida em 2018.
Todos os fatos resumidos no primeiro parágrafo, entre outros, estiveram em pauta no último Thursday Night Football entre Bengals e Ravens no Paul Brown Stadium. Foi a partida que abriu a semana 2 da NFL e garantiu que Cincinnati será o líder da AFC Norte por mais uma semana. A equipe chegou a 2-0 e não pode ser ultrapassada neste fim de semana na divisão.
O triunfo do Cincinnati Bengals foi resultado mais uma vez de uma excelente atuação individual no ataque e um desempenho decisivo na defesa. O protagonista da vez foi A. J. Green. O camisa #18 marcou três touchdowns, além de ter recebido 69 jardas em cinco recepções. Isso mesmo: de cinco passes recebidos de Green na noite, três foram para a end zone.
Coletivamente falando, o sistema defensivo dos Bengals apareceu em um momento crucial de novo. Depois de ter retornado um fumble para TD na semana 1 contra os Colts, a defesa de Cincinnati forçou novo fumble em Joe Flacco após sack de Shawn Williams. E detalhe: restavam menos de três minutos para o fim do jogo e a diferença no placar era de uma posse. Dre Kirkpatrick foi quem recuperou a bola na jogada.
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Vale ressaltar que A. J. Green, apesar de principal nome do confronto, não foi quem mais teve recepções e jardas recebidas nos Bengals. Tyler Boyd apareceu como uma grata surpresa. O WR recebeu seis passes, 91 jardas e um touchdown. Vimos um desempenho sólido também de Andy Dalton (24/42, 265 jardas e 4 TDs). A má notícia no setor é que John Ross foi apagado novamente. Ross, o qual foi o nono escolhido geral de 2017, teve uma recepção para oito jardas. Portanto, em duas partidas no ano foram apenas dois passes recebidos, 11 jardas e um TD.
Na defesa, Geno Atkins ganhou a bola do jogo. O camisa #97 teve dois sacks e quatro hits no QB. Aliás, Flacco sofreu com o pass rush do Cincinnati Bengals: foram quatro sacks e oito hits totais.
Pelo lado de Baltimore, o saldo positivo fica para os wide receivers da equipe. Aparentemente, os Ravens, enfim, reuniram um grupo de recebedores sólidos para Joe Flacco. Na semana passada, vimos Michael Crabtree marcando belo touchdown. Ontem, foi a vez de John Brown, o qual ainda obteve quatro recepções para 92 jardas.
Com isso, Flacco segue melhorando sua produção, apesar de não ter feito um bom jogo contra seu rival divisional. O camisa #5 completou 32 passes, para 376 jardas e dois touchdowns. O problema é que ele tentou 55 lançamentos, e teve duas interceptações e um fumble sofrido. Aliás, esta foi a primeira vez que Joe Flacco ultrapassa as 300 jardas aéreas desde a semana 14 de 2016.
Ainda sobre os Ravens, o que preocupa é a situação de C. J. Mosley, o qual saiu lesionado no primeiro período. Em geral, o pass rush do time não foi bem na noite e, após a saída do defensor, Cincy pontuou em quatro posses consecutivas.
Como devemos olhar para os Bengals?
No fim das contas, o Cincinnati Bengals continua um problema para o Baltimore Ravens. Desde que John Harbaugh chegou a Maryland, seu time tem campanha 9-12 contra o rival, sendo que Cincy levou a melhor em dois dos últimos dez encontros.
Nesta semana 2, os Bengals mereceram a vitória. Além de ter executado mais jogadas para vencer, Cincinnati correu melhor com a bola e – mais importante – não sofreu turnovers. Dalton segue sendo um bom líder por lá, Marvin Lewis já respira mais aliviado, a defesa vai bem e Green é muito especial.
Talvez seja hora de olharmos com outros olhos para esse Cincinnati Bengals. Estou certo ou ainda é cedo demais para isso? Esperar pode ser uma boa ideia, visto que a franquia agora enfrenta Falcons e Panthers (ambos fora de casa). Aí sim, serão testes que colocarão o time à prova.