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Deixe as conclusões precipitadas, as análises rasas e os pré-julgamentos de lado, é hora de falar de números. Afinal, tem alguma coisa mais precisa e ideal de analisar a NFL do que através das estatísticas?
Nesta semana, colocamos Packers, Vikings, Stefon Diggs, Chargers e Steelers em pauta e concluímos fatos incríveis (digamos assim) sobre suas partidas na semana 10. Esteja preparado para se surpreeneder e em momento algum dúvida do que está no texto, pois os números não mentem e eles indicam que…
Para os Steelers, a derrota diante dos Cowboys foi “uma raridade”
Entre os vários ótimos jogos que tivemos na semana 10 da NFL, um dos mais emocionantes foi o encontro entre duas das franquias mais tradicionais da liga em Steelers e Cowboys. Em campo, o talento, especialmente ofensivo dos dois lados, fico evidente e a partida só foi decidida nos segundos finais. Sim, o Dallas Cowboys triunfou mais uma vez, pelo placar de 35 a 30. Todavia, tendo em mente os números de Ben Roethlisberger na partida, isso não deveria ter acontecido.
Em 12 temporadas na NFL, Big Ben totaliza 37 partidas nas quais ele teve um rating igual ou superior a 120 – incluindo na semana passada (125,4) após completar mais de 80% dos passes que tentou e totalizar 408 jardas e três touchdowns. Nessas ocasiões (rating igual ou maior que 120), o camisa #7 de Pittsburgh foi derrotado apenas cinco vezes (13%), sendo que o último revés havia acontecido em setembro de 2014 para o Tampa Bay Buccaneers.
A derrota dos Packers para os Titans talvez foi a pior da carreira de Mike McCarthy
A relação franquia-treinador nunca é fácil na NFL, entretanto, desde que chegou ao Green Bay Packers em 2006, mesmo com algumas críticas, Mike McCarthy foi um dos head coaches mais vencedores da liga. Neste período, foram cinco títulos divisionais, 116 vitórias e um Super Bowl conquistado. Todavia, a temporada 2016 não vai bem para os Packers (muito menos para McCarthy) e isso ficou claro na partida do último domingo. Contra o Tennessee Titans, um time que tem jogadores talentosos mas ainda busca se firmar na liga, Green Bay foi derrotado por 47-25.
Não é comum vermos os Packs sofrendo 47 pontos. Na realidade, desde 2006, isso aconteceu apenas três vezes (2008, 2009 e 2016 – incluindo playoffs). Todavia, avaliando cada uma dessas derrotas, ofensiva e defensivamente falando, o Green Bay Packers nunca esteve tão apático. Em 2008, a goleada veio para o New Orleans Saints, que marcou 51 pontos na ocasião. Naquela partida, os Saints totalizaram 416 jardas totais e os Packers, por sua vez, marcaram 29 pontos, sofreram três turnovers, converteram 22 first downs e saíram de campo com aproveitamento de 10/17 em terceiras descidas.
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Já contra o Arizona Cardinals, na rodada de Wild Card da temporada 2009, Green Bay também permitiu 51 pontos ao seu oponente, mas na ocasião marcou 45 tentos, totalizou mais de 400 jardas e 30 first downs e claramente fora derrotado pelo poderio ofensivo do adversário e fragilidade defensiva.
Em contrapartida aos dois casos citados, nesta semana 10, diante do Tennessee Titans de Marcus Mariota, o time comandado por Mike McCarthy, além dos 47 pontos cedidos ao adversário, viu ele totalizar 446 jardas totais. Ademais, os Packers ficaram restritos à 21 first downs, sofreram três turnovers (não forçaram nenhum), converteram apenas quatro de 15 tentativas em terceiras descidas e marcaram 25 pontos.
O ataque dos Vikings é o principal (e quase único) motivo das quatro derrotas seguidas do time
É complicado apontar culpados no futebol americano, ainda mais quando o time em questão vem de quatro derrotas consecutivas após ter vencido as cinco primeiras partidas do ano, como é o caso do Minnesota Vikings. Entretanto, nesta situação é possível afirmar que o sistema ofensivo de Minnesota tem quase total responsabilidade pela sequência negativa da franquia.
De fato, a defesa da equipe piorou um pouco estatisticamente falando, mas é o ataque que tem impactado negativamente dentro de campo – e os números não mentem. Entre as semanas 1 e 5, quando os Vikings estiveram invictos, o ataque, comandado em quatro partidas por Sam Bradford, marcou em média 23,8 pontos por jogo. Além disso, naquele período o sistema ofensivo do time sofreu apenas um turnover e Bradford foi “sackado” oito vezes no total.
Todavia, o Minnesota Vikings teve sua semana de folga e viu toda sua consistência ir “por água abaixo”. A marca de pontos por partida do time caiu para 14 – em nove partidas disputadas em 2016, as três piores marcas de pontos em um jogo (10, 10 e 16) foram vistas recentemente, entre as semanas 7 e 10. Além disso, o ataque terrestre do time segue piorando e nessas ocasiões totalizou apenas 68,75 jardas por confronto.
Ainda, vale ressaltar que aquele um turnover das primeiras cinco semanas do ano se converteu em cinco, nas últimas quatro rodadas; e a linha ofensiva da franquia, que talvez tenha sido o setor que mais piorou em relação ao começo do ano, já permitiu mais 16 sacks, dando uma média de quatro sacks sofridos por derrota dos Vikings (nas vitórias, esse número cai para dois).
Não tem sido fácil ver o ataque do Minnesota Vikings em campo.
Philip Rivers poucas vezes em sua carreira errou tanto como contra os Dolphins
Se um quarterback lança quatro interceptações em uma partida já é algo muito preocupante e que provavelmente resultará em um revés de seu time. Mas e quando essa marca e atingida em apenas um período e que esse seja o último da partida? Bem, na semana 10 Philip Rivers sofreu com as interceptações e consequentemente viu o San Diego Chargers sair de campo derrotado.
Em toda a partida, Rivers totalizou 23 passes certos (em 44 tentados), para 326 jardas, três touchdowns e quatro interceptações – todas elas lançadas no último quarto. Na carreira do camisa #17, contudo, isso não é algo comum, e portanto os números indicam que esta foi uma das piores performances da carreira do quarterback.
A marca de quatro interceptações empatou a pior marca da carreira de Philip Rivers. A outra ocasião aconteceu no dia 15 de outubro de 2012 contra os Broncos. A atuação contra Miami ainda teve Rivers completando 52,2% de seus passes e totalizando um rating de 61.4; ambas são a 6ª pior marca de sua carreira em partidas que ele tenta pelo menos 40 lançamentos.
Stefon Diggs é mais que apenas um bom wide receiver
Em meio ao caótico cenário vivido pelo ataque do Minnesota Vikings, entre as poucas coisas que se salvam, está o rendimento de Stefon Diggs. O camisa #14, escolhido na 5ª rodada do Draft de 2015 e portanto um dos grandes steals da atualidade na NFL, a cada semana que passa parece melhorar.
No último domingo contra o Washington Redskins, Diggs, o qual tinha totalizado 13 recepções na semana passada contra diante dos Lions, repetiu o feito e novamente computou 13 passes recebidos. Esta é a primeira vez em toda a história da NFL que um jogador tem dois jogos consecutivos com pelo menos 13 recepções.
Como falado anteriormente, não tem sido fácil ver o ataque dos Vikings em campo nesta temporada, mas se ele estivesse sem Stefon Diggs, talvez fosse impossível assistir.
Tem alguma outra estatística de destaque da semana 10? Mande para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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