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Enfim foram concluídas as 17 semanas da temporada regular da NFL em 2016. Após os 256 jogos da temporada, restaram apenas 12 equipes na disputa pelo Super Bowl LI. Como já era esperado, na rodada final da liga, muita coisa estava em jogo, visto que a Conferência Americana precisava definir a colocação de seus classificados, e a Nacional ainda não conhecia dois de seus integrantes para os playoffs.
Após as 16 partidas derradeiras, então, ficam algumas perguntas: o que faltou para os Redskins chegaram aos playoffs? Como devemos olhar para este Atlanta Falcons? O que dizer sobre Drew Brees? Como os Chiefs venceram os Chargers e garantiram o seed #2 da AFC? O quão ruim é este ataque dos Rams? Ufa, são tantas perguntas…
Em meio à todas elas, pode não ser tranquilo encontrar respostas baseado apenas na teoria e/ou em análises rasas. É preciso mais que isso. Desta forma, como estamos acostumados a fazer semanalmente, pedimos ajuda às estatísticas e argumentamos em favor aos itens levantados anteriormente.
Pegue a caneta, sente-se e não tenha dúvidas em nenhuma resposta, pois Os Números Não Mentem e eles indicam que…
O que impressionou de Kirk Cousins em 2015, complicou-o em 2016
Uma das histórias mais intrigantes da última offseason envolveu Kirk Cousins e o Washington Redskins. A franquia precisava de um quarterback competitivo. O quarterback queria permanecer por lá e mostrou que podia liderar a franquia em jogos importantes (o que aumentou consideravelmente seu valor no mercado). Tudo isso poderia ser simplificado pelas seguintes estatísticas: nas últimas quatro partidas da temporada passada, Cousins venceu todas elas, tendo totalizado três jogos com 300/+ jardas, 12 touchdowns e apenas uma interceptação. Seu rating em média foi de 133.3. Tal rendimento fez com que Washington retornasse à pós-temporada pela primeira vez desde 2012.
Desta forma, em 2016, as expectativas sobre Kirk Cousins eram altas. Todavia, com a temporada em andamento – especialmente no último mês dessa – as coisas não saíram como esperado. Nos últimos quatro jogos do ano, contrapondo o que foi visto em 2015, o camisa #9 não conseguiu repetir as boas atuações e viu os Redskins ficarem fora dos playoffs. Nesses jogos, Cousins teve campanha 2-2, tendo alcançado as 300 jardas aéreas em apenas um e totalizado quatro touchdowns e quatro interceptações.
O próximo contrato de Cousins, seja em Washington ou em qualquer outro lugar, será algo para ficarmos de olho na inter-temporada.
O ataque dos Falcons só está melhorando – e o pass rush também
No último mês da temporada regular – e isso inclui a semana 17 – vimos novamente o Atlanta Falcons despontar. A equipe, que começou a temporada em alta, teve alguns tropeços no meio da temporada, mas parece ter voltado aos seus melhores dias (e dois pontos mostram isso).
O sistema ofensivo dos Falcons chegou ao terceiro jogo consecutivo com pelo menos 400 jardas totais. Mais que isso: em todas essas partidas a equipe foi capaz de acumular 250/+ jardas aéreas e 140/+ jardas terrestres, o que mostra o balanceamento do setor.
Ainda, vale dizer o quanto o pass rush da equipe tem evoluído se comparado à temporada passada. Em 2015, Atlanta teve o pior pass rush da NFL, com apenas 19 sacks no ano. Nesta temporada, contudo, esse número subiu para 34, sendo que Vic Beasley (com 15,5 sacks) terminou o campeonato como líder da liga. 34 é um número excelente? Não, não é. Porém, tendo em mente como este setor atuou há um ano e o fato de que foram dez fumbles forçados em 2016, tem-se um ponto de auxílio importante ao ataque de Matt Ryan.
Drew Brees é humano (?)
Na história da NFL, houveram nove temporadas em que um quarterback teve pelo menos 5.000 jardas aéreas. Dessas nove, cinco pertencem a um só jogador, que alcançou este número após as 350 jardas lançadas na semana 17. O autor de tudo isso é Drew Brees, que se encaminha para quebrar todos os recordes de passe importante da NFL.
Aos 37 anos, o veterano não demonstra grandes sinais de aposentadoria; pelo contrário. Seu braço parece o mesmo, suas estatísticas estão ainda melhores e a impressão que fica é que ele é uma “máquina de lançar bolas”. E muito boa, aliás.
A vitória dos Chiefs poderia ser resumida a apenas um lance
Em 2016, vimos mais uma boa campanha do Kansas City Chiefs, que tem se firmado como uma das melhores equipes da Conferência Americana. Além disso, a franquia viu uma grata surpresa surgir em seu grupo de recebedores, corredores ou time de especialistas (é difícil cravar uma posição específica para ele): o calouro Tyreek Hill roubou a cena nos jogos dos Chiefs, tendo liderado o time em touchdowns com 12 e sido peça fundamental na campanha de 12-4.
Contudo, os números mostram que algo em Hill é ainda mais especial nos triunfos de Kansas: nesta temporada, assim como na semana 17, o novato marcou pelo menos um touchdown em nove partidas diferentes. Nesses jogos, então, os Chiefs triunfaram em sete, aproveitamento que nenhum outro jogador do elenco conseguiu (contando aqueles que participaram de todos os jogos e começaram pelo menos um).
Assim sendo, no duelo contra os Chargers, o qual garantiu a seed #2 ao Kansas City Chiefs, para conhecermos o vencedor, praticamente bastaria que assistíssemos apenas ao touchdown de 95 jardas de Tyreek Hill em retorno de punt…
O ataque dos Rams é pior do que parece
Há muito (!) tempo não víamos um ataque tão pífio na NFL quanto o do Los Angeles Rams em 2016. Em qualquer quesito que analisarmos, seja esse básico ou avançado, de corrida ou de passe, de linha ofensiva ou de wide receiver, os Rams não escapam: têm os piores índices da liga. Separei cinco fatos (tendo como base apenas os dados/estatísticas) que provam isso
LEIA TAMBÉM: Sete fatos que merecem destaque após a semana 17 da NFL
Começando em ordem “crescente”: 1) 32º (14,0), 32º (262,7), 31º (184,4) e 31º (78,2); em parênteses estão a quantidade de pontos por jogo, jardas totais por partida, jardas aéreas e jardas corridas por jogo dos Rams. Antes deles, a posição que esses números permeiam tendo como base os 32 times da NFL;
2) Na semana 17, com os seis pontos marcados contra os Cardinals, Los Angeles chegou ao quinto jogo da temporada sem ter anotado ao menos um touchdown – de longe, a pior marca da liga;
3) Contando os 16 jogos da temporada, os Rams acumularam 44 quartos sem terem anotado touchdown;
4) Jared Goff, 1ª escolha geral do Draft 2016, terminou seu ano de calouro tendo sofrido sack em 11,2% das ocasiões que ia para o passe, uma das piores marcas que a NFL já viu. Por viés de comparação, o Arizona Cardinals teve o pass rush mais eficiente da liga neste quesito, conseguindo um sack em 8% dos snaps possíveis. São praticamente 3% de diferença; é muita coisa;
5) Na última segunda-feira, USC e Penn State disputaram o Rose Bowl, que teve vitória dos Trojans por 52-49. Esses 91 pontos marcados no Rose Bowl superam o total de pontos marcados pelo Los Angeles Rams jogando em casa em toda a temporada, que foi 89.
Tem alguma outra estatística de destaque da semana 17 para analisarmos no “Os Números Não Mentem”? Mande para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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