Quatro times (os quatro melhores do país, que representam três conferências diferentes), duas semifinais (sendo uma delas com cara de final nacional) e um objetivo: que é chegar na final nacional do college football em 2017.
Saiba tudo sobre os confrontos dos playoffs do futebol americano universitário desta temporada, incluindo meu palpite para eles!
Fique ainda mais por dentro das decisões:
– Por que Alabama, e como todos os times chegaram até os playoffs?
– Quatro coisas que você deveria saber sobre Baker Mayfield
Semifinal I: Rose Bowl: #2 Oklahoma Sooners vs. #3 Georgia Bulldogs
Segunda-feira (1º de janeiro), às 20h (Brasília), Rose Bowl (ESPN/WatchESPN)
VOCÊ SABIA? Este será o primeiro confronto da história do futebol americano universitário entre Oklahoma e Georgia.
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Com Alabama e Clemson se mantendo nos playoffs do college football por mais uma temporada, em 2017, Oklahoma e Georgia foram as duas caras nova do mata-mata. Verdade seja dita, de uma maneira geral, não confiávamos tanto nessas duas universidades para chegarem até aqui. Contudo, elas conseguiram, e com totais méritos. Os Sooners tiveram possivelmente o melhor ataque do campeonato e não tiveram tantas dificuldades para vencerem a Big 12. Já os Bulldogs, tiveram um ano quase perfeito, o qual foi coroado com o título da SEC!
Oklahoma
Oklahoma entra no Rose Bowl com um dos melhores ataques do college football. Em média, foram 580 jardas por partida, a melhor marca da temporada. Além disso, a equipe terminou como o 4º melhor ataque do país em pontos por partida. Tudo isso, é claro, principalmente em decorrência das ótimas atuações de Baker Mayfield, que venceu o Troféu Heisman em 2017. Mayfield terminou o ano com 4.330 jardas, 41 touchdowns e apenas cinco interceptações. No mais, saiba ainda que Rodney Anderson e Trey Sermon, os dois principais running backs dos Sooners, combinaram para 1.670 jardas e 16 TDs na temporada.
Do outro lado da bola, Oklahoma tem a mairo “dor de cabeça”. Afinal, a defesa do time não está no mesmo nível do ataque, pelo contrário, fato que preocupa uma vez que do outro lado estará o explosivo ataque de Georgia. O sistema defensivo dos Sooners é o único entre as equipes que estão nos playoffs que não é Top 10 do futebol americano universitário. De qualquer maneira, em meio à várias lesões, nomes como o de Ogbonnia Okoronkwo (8 sacks em 2017) dão alguma esperança que o pass rush de OU pode repetir alguma boa atuação e, portanto, ter mais equilíbrio dentro de campo (como contra Ohio State, por exemplo).
Georgia
Esta é a primeira vez que Georgia disputa o Rose Bowl desde 1943 e, com uma campanha 12-1 até agora, é imaginável a empolgação que este grupo terá dentro de campo no Rose Bowl. Durante esta temporada do college football, os Bulldogs demonstraram ser um dos times mais equilibrados e consistentes da competição, tendo marcado 34,9 pontos por partida, e sofrido apenas 13,2 em média. A questão neste confronto contra Oklahoma é se esse equilíbrio continuará intacto contra um dos grandes ataques e melhor jogador universitário da temporada. Para isso, primeiramente, Georgia sabe que deve pontuar – você não irá derrotar Oklahoma marcando menos de 20 pontos (na melhor da hipóteses). Portanto, Jake Fromm (2.173 jardas e 21 TDs aéreos) e Nick Chubb (1.175 jardas 13 TDs corridos) precisam aparecer.
No mais, os olhares se voltam para o sistema defensivo dos Bulldogs. Esse conseguirá parar (ou menos limitar) o forte sistema ofensivo dos Sooners? Em tese, isso pode acontecer. Georgia entrará nesta semifinal liderada pelo melhor linebacker do college football em 2017, Roquan Smith, além de ter ainda uma das defesas mais estáveis da competição até agora.
O que esperar
Ao que tudo indica, deveremos ver muitos pontos no Rose Bowl. Afinal, como visto, estarão em campo dois dos ataques mais talentosos do college football neste ano, incluindo o mais – e por isso os fatores decisivos do confronto se voltam para as defesas. A defesa de Oklahoma conseguirá jogar bem (ou pelo menos aparecer bem em situações específicas, como fez várias vezes ao longo do ano) contra o balanceado ataque de Georgia? E o sistema defensivo dos Bulldogs, que foi bastante sólido até agora, terá uma resposta para Baker Mayfield e companhia? No fim das contas, a defesa que conseguir fazer melhores jogadas deve desequilibrar a partida, seja com um turnover, forçando field goals ou evitando terceiras descidas.
Eu sei que ataques vencem jogos, e defesas ganham campeonatos – e isso talvez seja o que impeça os Sooners de vencerem na final desta temporada, se chegarem até lá. Contudo, para esta semifinal, ainda gosto do ataque de Oklahoma, ainda mais contra uma defesa que ainda não enfrentou um desafio tão complicado assim neste ano.
Palpite: 34-28 Oklahoma
Semifinal II: AllState Sugar Bowl: #1 Clemson Tigers vs. #4 Alabama Crimson Tide
Segunda-feira (1º de janeiro), às 23h45min (Brasília), Mercedes-Benz Superdome (ESPN/WatchESPN)
Por que Clemson? Alabama sofreu mais de 30 pontos apenas duas vezes nas três últimas temporadas. Todas elas protagonizadas por Clemson. Além disso, nos dois encontros mais recentes entre os times, os Tigers tiveram média superior a 37 pontos marcados por jogo. Essa é a maior média de um adversário contra os Crimson Tide por um período de pelo menos dois jogos na era Nick Saban.
Por que Alabama? Desde 2011, Alabama não sabe o que é perder duas partidas seguidas – a equipe vem de uma derrota para Auburn na última rodada da temporada regular. Em 26 partidas como titular, Jalen Hurts totaliza 24 vitórias.
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Antes do começo desta temporada do college football, o confronto mais aguardado do calendário era Alabama contra Clemson, por mais que esse não estivesse programado para o campeonato regular. As equipes se enfrentaram na final nacional do ano passado e têm sido as duas melhores do futebol americano universitário nos últimos anos. Agora, elas têm um novo encontro marcado.
Verdade seja dita, esse embate não será na grande decisão, como muitos apostavam no começo do ano – os Crimson Tide acabaram ficando fora da final da SEC e impediram que isso acontecesse. Contudo, as expectativas continuam sendo as melhores possíveis e há quem diga que essa é a final antecipada da competição.
Clemson
De um lado, o atual campeão Clemson tenta chegar à segunda final seguida, a qual também marcara a quinta conquista de Bowl consecutiva do time. Em 2017, depois da saída de Deshaun Watson, Kelly Bryant foi o titular do elenco ao longo do ano e acabou surpreendendo positivamente – e Dabo Swinney soube usar o quarterback, que tem um estilo de jogo diferente de Watson. Os passes curtos, as jogadas option e as corridas passaram a fazer parte do sistema ofensivo dos Tigers e foram os responsáveis pelo equilíbrio nos dois lados da bola do time. Clemson terminou a temporada com médias de pontos marcados e sofridos por partida, de 35,4 e 12,8, respectivamente.
Além disso, é preciso destacar o potencial presente na linha defensiva de Clemson, e como essa pode mudar o jogo. Vejo a linha de defesa da equipe laranja sendo a melhor entre os quatro participantes dos playoffs, diga-se de passagem. No futebol americano, vencer a batalha das trincheiras é um dos grandes fatores para sair de campo vitorioso. Neste caso, pelo menos em tese, Clemson tem a vantagem nas linhas nos dois lados da bola e, para que o time derrote os Crimson Tide, isso precisará continuar. Definitivamente, Alabama precisa estar atenta a Dexter Lawrence, Clelin Ferrell e Christian Wilkins.
Alabama
Do outro lado, Alabama tentará chegar à mais uma decisão – seria a quinta da universidade desde 2011. Apesar de ter chegado aos playoffs como #4 no ranking, os Crimson Tide jogaram um dos melhores futebol americano do planeta durante a temporada, mereciam mais que isso e, por mais um ano, tiveram a melhor defesa do college football. Nesta temporada, os oponentes marcaram em média apenas 11,5 pontos no grupo comandado por Nick Saban. Ademais, a equipe ainda é comandada por Jalen Hurts (24-2 na carreira) na posição de quarterback – e os torcedores da universidade sabem que será preciso uma boa atuação do camisa #2 para conseguir uma revanche contra Clemson.
No mais, de uma maneira geral, a performance da linha ofensiva de Alabama deverá ser um dos principais fatores do confronto. Damien Harris totaliza mais de 900 jardas e 11 TDs na temporada. Ele conseguirá correr bem com a bola? E mais: Hurts será bem protegido contra a a ótima linha defensiva dos Tigers? Se Saban conseguir encontrar uma resposta positiva para essas duas questões, assumindo que o sistema defensivo dos Tide continue em boa fase, Alabama pode fazer história novamente.
O que esperar
Como adiantado, em termos de futebol americano praticado, essas talvez sejam as duas melhores equipes do país e, portanto, espere um jogo equilibrado, decidido nos detalhes e dominado por estratégias. Lembre-se como foi os dois últimos encontros entre os times; esse terceiro embate promete ser espetacular. Algo comum nos encontros entre Saban e Swinney!
Se olharmos friamente pelos resultados e estatísticas básicas na temporada, Clemson deve ser considerada favorita e não à toa terminou como #1 para o Comitê. Entretanto, é preciso reconhecer a força de Alabama que, como falado, jogou melhor do que o ranking final indica, tem uma defesa sólida e um dos (se não o) melhor head coach da história do college football.
Pela experiência de Hurts (que precisa atuar melhor do que mostrou ao longo do ano), momento inverso (os Tide raramente chegam em um jogo “inferiores” ao adversário) e genialidade de Nick Saban (ele teve muito tempo para preparar o elenco) gosto mais de Alabama para o Sugar Bowl. Como falado, nos detalhes.
Palpite: 28-17 Alabama
Qual será a final nacional do college football em 2017? Mande sua opinião nos comentários ou pelas redes sociais.
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