Ansioso para o começo dos playoffs, certo? É normal que isso aconteça nas proximidades do momento mais importante da temporada da NFL para muitos times. Não importa se seu time estará em campo ou não (no caso de Patriots, Chiefs, Cowboys e Falcons), qualquer torcida a mais é válida para o desdobramento do mata-mata, tanto pela Conferência Americana quanto pela Nacional.
Mas como as equipes da AFC chegam para esta pós-temporada? Qual a principal questão acerca de cada uma delas?
#1 New England Patriots – A consistência do time permanecerá por toda a pós-temporada?
Por mais uma temporada o New England Patriots teve uma campanha quase irretocável, a qual garantiu a melhor campanha da Conferência Americana ao time da Nova Inglaterra. Assim sendo, após um ano produtivo em que a equipe apresentou melhor em setores importantes – e aqui dê uma atenção especial para o jogo corrido e linha ofensiva – é esperado que Bill Belichick e companhia estejam preparados para evitar o que aconteceu em 2015.
No ano passado, os Pats chegaram bem aos playoffs, venceram na primeira rodada, mas tiveram enormes dificuldades contra a defesa dos Broncos. Naquele jogo, a linha ofensiva não jogou bem, Tom Brady teve problemas e a equipe acabou ficando fora do Super Bowl. Em 2016, novos desafios podem surgir, e o que New England demonstrou até agora dá sinais que o time estará pronto para qualquer coisa. Estou certo?
#2 Kansas City Chiefs – O equilibrio dos dois lados da bola continuará?
Talvez tenha chegado o maior momento da carreira de Alex Smith. Se não for o maior, fatalmente podemos dizer que é o mais importante. Sem contar o fato de ele ser um dos quarterbacks mais questionados da atualidade, é preciso ressaltar que ele estará liderando um esquema ofensivo que precisa dele, essencialmente falando. O Kansas City Chiefs é um dos times que melhor cuida da bola na NFL – Smith tem isso como uma de suas principais características. Travis Kelce surgiu em 2016 como um dos melhore tight ends da liga – e isso não seria possível se não fosse por seu quarterback. E por aí vai.
A consistência de Alex Smith – quando ela aparece – é o fator mais importante dos Chiefs, de um modo geral. Pois é com ela que a equipe ganha força nos dois lados da bola nos três lados da bola: Smith lançando com qualidade e sendo ajudado pelo jogo corrido; a defesa roubando bolas (ela forçou 33 turnovers neste ano, a melhor marca da NFL) e o time de especialistas também aparecendo – seja bem-vindo à liga, Tyreek Hill.
Em 2016, Kansas anotou oito touchdowns não-ofensivos (melhor da liga neste quesito), sendo quatro retornos de interceptação, um retorno de fumble, um retorno de kickoff e dois retornos de punt.
#3 Pittsburgh Steelers – Dá pra confiar na defesa de Pittsburgh?
O ataque do Pittsburgh Steelers não é detentor de muitas incertezas. A linha ofensiva foi uma das melhores da NFL nesta temporada e, do quarterback ao tight end, o sistema ofensivo de Pittsburgh está bem representado. Ainda mais agora que algo inédito acontecerá para Ben Roethlisberger, Le’Veon Bell e Antonio Brown: não me pergunte como, mas está será apenas a primeira vez que o trio Roethlisberger-Bell-Brown (com todos eles em campo) disputam uma partida de pós-temporada.
Todavia, neste momento, as atenções devem estar voltadas para a defesa dos metaleiros. O sistema defensivo dos Steelers será capaz de conter os ataques agressivos (e distintos ao mesmo tempo) dos adversários da Conferência Americana? Contra os Dolphins, Pittsburgh terá pela frente Jay Ajayi, que totalizou mais de 200 jardas no primeiro confronto entre os times. Se vencer, pegará Kansas, time que ataca bem tanto pelo ar quanto pelo chão (Tyreek Hill simplifica esse sistema). Posteriormente, se o favoritismo for confirmado, terá pela frente os Patriots de Tom Brady, fato que dispensa comentários. Três ataques perigosos e com armas totalmente distintas.
Ataques vencem jogos, defesas ganham campeonatos. Os playoffs chegaram e a defesa do Pittsburgh Steelers precisa saber disso.
#4 Houston Texans – Tom Savage, Brock Osweiler ou nenhum dos dois?
Os Texans têm uma linha ofensiva competitiva? Sim. E um jogo corrido de qualidade? Também, Lamar Miller foi um dos melhores da NFL em 2016. Uma comissão técnica competente? Podemos dizer que sim. E a defesa, que tanto pesa no mata-mata? É uma das melhores da liga. Finalmente, quem é o quarterback? Eis a questão…
Hoston não tem certeza alguma na posição de quarterback. Seja com Brock Osweiler, o qual está entre as grandes decepções do ano, seja com Tom Savage, que está longe de passar confiança ao time e nem sabe se estará saudável para os playoffs, a realidade é que o Houston Texans tem um vazio na posição mais importante de um time de futebol americano. Vazio esse que, seja qualquer opção que tente completá-lo, parece não sair da franquia nesta temporada.
#5 Oakland Raiders – Existe vida sem Derek Carr?
Poucas notícias desta temporada da NFL foram tão lamentáveis quanto à da lesão de Derek Carr, o protagonista deste novo Oakland Raiders. Mas, como se diz popularmente, “não adianta chorar pelo leite derramado”, e agora é vida que segue para os Raiders. Isso será possível? Khalil Mack conseguirá ser ainda melhor do que está acostumado? Quem será o quarterback? Latavius Murray estará saudável? Como deve se comportar Jack Del Rio neste tipo de situação?
Carr é capaz de eliminar todas as perguntas feitas acima. Em campo, até quando ele está mal, no fim tudo parece dar certo. Entretanto, na atual conjuntura da equipe, será preciso vida nova em Oakland para que o time conheça sua primeira vitória em playoffs desde 19 de janeiro de 2002.
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#6 Miami Dolphins – Ryan Tannehill estará de volta? Jay Ajayi continuará em alta?
Ao contrário do que temos visto em alguns casos por aí, este Miami Dolphins não é um completo “saco de pancadas” que não tem chances de incomodar nesta pós-temporada. De fato, a equipe é apenas a #6 da Conferência Americana, o que implica que a caminha dos Dolphins será toda como visitante. Além disso, a saúde de Ryan Tannehill (combinada com a posição de quarterback de um modo geral) também são preocupações. Mas não tenha dúvidas que ainda assim Miami tem fatores suficientes para fazer barulho nos playoffs – o trabalho de Adam Gase tem sido excelente.
Disse acima sobre a posição do Miami Dolphis e a forma de Tannehill, já que ambos são pontos em xeque neste momento. Contudo, algo que não pode estar contra a parede é a boa fase de Jay Ajayi. A menos que uma partida completamente inesperada aconteça, não imagine os Dolphins com chances no jogo se Ajayi não correr bem com a bola.
O camisa #23 foi uma das grandes surpresas desta temporada e, mesmo tendo começado uma partida apenas na semana 5, fechou o ano com 1.272 jardas e oito touchdowns. É possível dizer ainda que sua melhor atuação do ano foi justamente contra os Steelers (adversário do próximo domingo), quando correu para 204 jardas e dois TDs. Qual será o desfecho desta rodada de Wild Card?
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