Cada vez mais, a National Football League tem sido um âmbito de negócios. Ao contrário do que estamos acostumados no futebol (da bola redonda) brasileiro, as equipes na NFL são tratadas como franquias, as quais têm proprietários definidos e que buscam lucros milionários a partir disso. Assim sendo, é preciso considerar que os times de futebol americano profissional, essencialmente, buscam o lucro. E quem gere tudo isso tem grande importância para a franquia, a curto, médio e longo prazo.
O responsável por tudo isso é o general manager. De um modo geral, o GM é o que está entre o dono do time e o elenco em si. Em outras palavras, é o general manager que deve buscar jogadores no mercado, definir como seu plantel deve ser reforçado, traçar estratégias nos Drafts, e representar a franquia nas etapas tardias de uma negociação, como definição de contrato, por exemplo. Se sua equipe tem feito boas escolhas de Draft e/ou tem acertado nas últimas trocas e contratações que fez, tenha certeza que isso se dá em função de boas ideias do seu GM. Caso contrário…
Não é coincidência que franquias que conseguem uma boa sequência de temporadas de sucesso apresentem boas transações – e os nomes mostrados abaixo ilustram isso. Entre os nomes citados a seguir, perceba claramente que eles têm planejamentos definidos, e eles impactam em resultados dentro de campo. Direta e indiretamente, o estilo de um general manager influencia no time em que ele está inserido, e sua importância, portanto, nunca pode ser descartada.
Na sua opinião, quem é o melhor general manager da NFL? Nós separamos alguns dos principais nomes do momento para ajudar nesta discussão!
Bill Belichick (New England Patriots)
Não é à toa que o New England Patriots tem sido o melhor time da NFL nos últimos anos. A genialidade de Bill Belichick dentro das quatro linhas como head coach, também aparece como um executivo, já que ele também atua como general manager dos Pats. Muitas pessoas consideram Belichick durão como GM, já que diversos jogadores se deram mal por não seguir o “padrão Belichick”, digamos assim – o exemplo mais recente disso foi a troca envolvendo Jamie Collins. Ainda assim, fica difícil questionar os atos de Bill uma vez que, por mais que não pareçam certos, resultem em troféus no fim do ano. Em 2000, foi ele quem bancou a permanência do então desconhecido Tom Brady no elenco.
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John Elway (Denver Broncos)
É quase impressionante lembrar que desde quando John Elway se tornou GM dos Broncos (em 2011) ele já foi capaz de construir uma das melhores defesas e possivelmente o melhor ataque da história da NFL, estatisticamente falando. Tudo isso foi fruto de um processo gradual que passou pelo recrutamento de Von Miller, contratação de Peyton Manning e aquisição de ferramentas pontuais para essas duas estrelas (Julius Thomas, Emmanuel Sanders, DeMarcus Ware, Aqib Talib, Derek Wolfe, Malik Jackson…Enfim). Desde 2012, Denver disputou dois Super Bowls, e em todas essas campanhas não houve nenhum protagonista para a franquia que não tenha chegado lá por outro meio que não fosse a concepção de Elway.
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Ted Thompson (Green Bay Packers)
O fato do Green Bay Packers ter se mantido extremamente competitivo após a saída do lendário Brett Favre tem muito a ver com a ideologia de Ted Thompson. Ele foi o responsável por draftar Aaron Rodgers e, gradualmente, colocá-lo no time titular. Além disso, é preciso reconhecer que os Packs têm adquirido boas peças via Draft, as quais praticamente garantem temporadas vitoriosas da franquia – desde 2009, os cabeças de queijo só não venceram pelo menos dez jogos uma vez, em 2013.
John Schneider (Seattle Seahawks)
Se você precisa de um general manager que faça boas escolhas de Draft – especialmente se essas não forem nas primeiras rodadas – o nome ideal é o de John Schneider. O Seattle Seahawks tem sido um dos principais times da liga nas últimas temporadas e é difícil imaginar isso acontecendo se não fosse por Schneider: ele foi o responsável pelas chegadas de Pete Carroll, Russell Wilson, Richard Sherman, Marshawn Lynch, Kam Chancellor (e vários outros bons nomes) ao elenco dos Hawks. Consequentemente, vieram duas aparições em Super Bowl, incluindo um anel.
Ozzie Newsome (Baltimore Ravens)
É difícil imaginarmos um general manager tão identificado à sua franquia quanto Ozzie Newsome é com o Baltimore Ravens. Ele está no time desde 1996, fato que nos deixa em posição de cravar que todo o sucesso da franquia está de alguma forma atrelado à ideologia de Newsome. Ray Lewis, Ed Reed, Terrell Suggs… Tudo isso fez os Ravens de Ozzie vencerem dois Super Bowls nesse período, sem necessariamente precisarem de um quarterback “de outro planeta”. Ozzie Newsome, sem dúvidas, sabe montar elencos competitivos.
Steve Keim (Arizona Cardinals)
Steve Keim se juntou ao Arizona Cardinals em 2013 e, desde então, conseguiu adquirir as peças necessárias para fazer a franquia voltar a ser competitiva na Conferência Nacional. Carson Palmer, Tyrann Mathieu, David Johnson, Chandler Jones, esses são apenas alguns exemplos de nomes que chegaram aos Cardinals na era Keim. Lembrando, é claro, que Bruce Arians também esteve neste pacote. Os méritos de Steve Keim não estão nem estritamente ligados ao fato da construção de ótimos times, mas sim de tornar elencos medianos em grupos extremamente competitivos – e pagando pouco para isso.
Outros nomes de destaque: Rick Spielman (Vikings), Kevin Colbert (Steelers), Jerry Jones/Stephen Jones (Cowboys), John Dorsey (Chiefs), Rick Smith (Texans), Dave Gettleman (Panthers).
Quem é o melhor general manager da NFL atualmente? Mande sua opinião para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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