Já avaliamos todos os calouros de primeira rodada em 2018. Os de segundo round, idem. Agora, então, separamos os melhores novatos selecionados na terceira rodada ou abaixo disso. Não se esqueça de incluir os nomes não recrutados na lista, claro.
Critérios de avaliação: estamos tratando de novatos que foram recrutados abaixo da 64ª colocação no último Draft. Ou seja, as expectativas para eles não eram tão altas no primeiro ano profissional e, ao contrário do que muitos esperavam, eles surpreenderam. Portanto, avaliei a rodada, posição e importância para o time de cada um dos atletas escolhidos. Como ressaltei nos outos textos de notas, de nada adianta comparar um calouro desse artigo com o artigo sobre os calouros de 1ª rodada. Afinal, um A para um prospecto escolhido na 15ª colocação vale mais do que um A+ de um novato que saiu na 100ª, por exemplo.
Menção honrosa: Da’Shawn Hand (Lions), Jerome Baker (Dolphins), Tre’Quan Smith (Saints), Michael Gallup (Cowboys), Bilal Nichols (Bears), Marquez Valdes-Scantling (Packers), Taron Johnson (Bills), DaeSean Hamilton (Broncos).
10) Maurice Hurst, DT, Oakland Raiders (140ª escolha)
Não hesite em afirmar que Maurice Hurst foi um dos grandes steals do Draft 2018. Em termos de talento puro, ele estava entre os três melhores defensive tackles da classe, ao lado de Vita Vea e Daron Payne. O problema para Hurst é que a parte física (condição cardíaca) coloca a longevidade de sua carreira em xeque. Isso o fez cair da primeira/segunda rodada para o quinto round. Ainda assim, o ex-Michigan passou no teste e foi uma das poucas boas notícias na defesa de Oakland em 2018. Com quatro sacks totalizados, o calouro liderou os Raiders no quesito.
Nota: C+
9) Antonio Callaway, WR, Cleveland Browns (105ª escolha)
O ataque dos Browns atravessou em um processo de transição em 2018, do qual Antonio Callaway fez parte. Em geral, o calouro pecou em alguns aspectos (rotas, por exemplo), mas deu sinais de que pode ser um sólido alvo para Baker Mayfield nos próximos anos. Ao todo, Callaway teve 43 recepções, 586 jardas e cinco touchdowns.
Nota: B-
8) Chris Herndon, TE, New York Jets (107ª escolha)
Chris Herndon foi chamado na quarta rodada e se tornou uma peça importante do ataque dos Jets em 2018. Principalmente no que diz respeito ao entrosamento com Sam Darnold, Adam Gase pode ter em Herndon um trunfo interessante para o futuro. O tight end obteve 39 recepções, 502 jardas e quatro touchdowns como novato.
Nota: B
7) Jason Sanders, K, Miami Dolphins (229ª escolha)
Jason Sanders ganhou consideração ao Pro Bowl após sua primeira temporada profissional. E não tem como negar que ele mereceu isso: Sanders converteu 18 dos 20 field goals tentados ao longo de 2018, após ter sido chamado em uma classe com apenas dois kickers recrutados. Em um ano que os chutadores foram tão importantes, os Dolphins viram em Sanders uma grata surpresa.
Nota: B
6) Orlando Brown Jr., OT, Baltimore Ravens (83ª escolha)
O Combine 2018 de Orlando Brown ficou marcado como um dos piores da história da NFL. Isso foi levado em conta pelos olheiros da liga, o que acabou diminuindo o valor do bloqueador no draft. E a temporada de calouro de Brown também foi memorável, porém por motivos diferentes. O ex-Oklahoma foi titular em 16 partidas, participou de 767 snaps e não permitiu nenhum sack no campeonato.
Nota: B+
5) Fred Warner, LB, San Francisco 49ers
O primeiro mês de temporada regular para Fred Warner foi espetacular, com pelo menos 10 tackles em todos os confrontos. Depois disso, o ex-BUY caiu de produção, porém de um modo geral seu desempenho como calouro foi positivo (os 124 tackles totais foram a 12ª melhor marca da NFL em 2018). Warner foi referência em um sistema defensivo instável de San Francisco.
Nota: B+
4) Anthony Miller, WR, Chicago Bears
Matty Nagy conseguiu extrair o melhor do jogo de Anthony Miller, apesar de algumas lesões. O wide receiver liderou os Bears em touchdowns na temporada com sete, tornando-se o novato de Chicago com mais TDs desde 1983 (Willie Gault). Mais que isso, Miller mostrou que é bom nas rotas e um alvo confiável. Ele deve ser visto como um titular já para 2019.
Nota: A-
3) Justin Reid, S, Houston Texans (68ª escolha)
As expectativas para Justin Reid eram boas no Draft 2018. A escolha na terceira rodada talvez tenha sido até baixa pelo talento do jogador, diga-se de passagem. Todavia, uma vez estabilizado na secundária dos Texans, Reid se tornou fundamental para o time. 12 jogos como titular, 88 tackles, um fumble forçado, 10 passes desviados, três interceptações e um touchdown. Houston encontrou um safety titular para as próximas temporadas.
Nota: A
2) Michael Dickson, P, Seattle Seahawks (149ª escolha)
Sabíamos que Michael Dickson era o melhor punter disponível no último draft. O que não esperávamos, contudo, era que Dickson se firmase logo de cara como um dos melhores punters da NFL — se não o melhor. A média de 48,2 jardas em 80 punts e efetividade em chutes complicados/inusitados (como os drop kicks) fizeram de Dickson mais que um chutador para os Seahawks; ele foi parte da estratégia de território do time. O reconhecimento de tudo isso foi resumido com sua indicação ao All Pro Team da NFL.
Nota: A+
1) Philip Lindsay, RB, Denver Broncos (não draftado)
Se o Draft 2018 acontecesse hoje, Philip Lindsay provavelmente seria o segundo running back recrutado. Afinal, depois de Saquon Barkley, nenhum corredor novato foi melhor que ele. O ex-Colorado totalizou 1.278 jardas e 10 TDs em 2018, sendo a principal arma no ataque dos Broncos. Tudo isso de um nome que não foi recrutado inicialmente. Em consequência, Lindsay se tornou o primeiro novato não-draftado de ataque na história a ser eleito ao Pro Bowl.
Nota: A+