Já destaquei 10 fatos importantes da semana 3 da NFL em 2019, expondo resumos/considerações sobre o que aconteceu na rodada.
Agora, é hora de opinar sobre fatores específicos do que vimos na liga até agora durante o mês de setembro.
É simples a receita para os Saints vencerem sem Brees
Assim como o Indianapolis Colts nas três primeiras semanas sem Andrew Luck em 2019, ou o Philadelphia Eagles quando teve Nick Foles em 2017 e 2018, o elenco do New Orleans Saints precisará dar o apoio necessário a Teddy Bridgewater no período que esse substituir Drew Brees..
Contra o Seattle Seahawks, ficou claro o que precisa ser feito para que os Saints prosperem sem Brees: Alvin Kamara deve brilhar, a linha ofensiva subir de produção e o sistema defensivo deve fazer jogadas especiais. Se o time de especialistas puder contribuir também, como aconteceu, melhor ainda.
É simples, mas não necessariamente fácil.
A situação dos Steelers pode ser mais complicada do que parece
A ideia do Pittsburgh Steelers é vencer mais um Super Bowl antes que Ben Roethlisberger se aposente. Contudo, contra o San Francisco 49ers, ficou claro mais uma vez que a franquia tem muitos problemas. Os wide receivers estão fora de sintonia e incompletos ao lado de JuJu Smith-Schuster e o jogo corrido com James Conner não engrena. A defesa, que apareceu pela maioria da partida, não conseguiu parar os 49ers na campanha derradeira depois de Mason Rudolph ter assumido a liderança do placar.
Sem Big Ben, falta protagonismo. Mas as atuações de Pittsburgh até agora em 2019 mostram que os problemas podem ir muito além disso. E não ter uma escolha de primeira rodada em 2019, algo que não acontece desde 1967, pode fazer as coisas ainda mais complicadas.
É óbvio o MVP após três semanas
O fato de o Kansas City Chiefs estar invicto após três partidas disputadas em 2019 é apenas um detalhe na maneira como Patrick Mahomes vem mudando os padrões da posição de quarterback neste ano. Até agora, o camisa #15 tem média de 71,9% de aproveitamento, 398 jardas e 3,3 touchcowns por partida. E Mahomes vem fazendo isso sem o wide receiver nº 1 desde a semana 1, e acabou de derrotar o então invicto Baltimore Ravens sem o offensive tackle e running back titulares. Os números deixam claro que um QB nunca jogou tão bem aos 24 anos de idade quanto Mahomes.
Os Jets erraram ao contratar Gase
A ideia do New York Jets ao contratar Adam Gase na última offseason era encontrar uma mente ofensiva capaz de evoluir Sam Darnold. Mas Gase vinha de trabalhos fracassados e a tendência era de dificuldades ainda maiores em New York. Dificuldades essas que, diante de várias adversidades no primeiro mês de temporada, indicaram que os Jets não são um bom time de futebol americano.
A linha ofensiva é muito abaixo da média, o grupo de recebedores limitado e, para piorar, a chamada de jogadas está entre as piores da liga. As lesões de Darnold, C. J. Mosley e Quinnen Williams “aliviam” a má fase novaiorquina, apesar de que já sabemos que não houve a evolução esperada, como em outras equipes com jovens QBs. Parece ser apenas questão de tempo até Gase perder o emprego.
Os Eagles não estão encontrando ajustes
O começo de temporada do Philadelphia Eagles fica marcado por lesões em três setores específicos: grupo de recebedores, secundária e linha ofensiva. Depois de três semanas, os Eagles são o quarto pior time da NFL em jardas aéreas cedidas por jogo (293,7), Carson Wentz foi sackado três vezes e sofreu outros quatro hits contra o Detroit Lions, e os wide receivers agora acumulam dois drops em cada uma das campanhas derradeiras (e talvez da vitória) nos dois últimos jogos.
Combinando as semanas 2 e 3, Philadelphia teve 33 jogadas ofensivas as mais do que os oponentes. Todavia, foi capaz de totalizar somente 43 jardas totais a mais. Em uma liga como a NFL, onde as lesões são inevitáveis, é preciso ajustes nos setores em questões. Isso está em falta em Philly neste momento.
Uma nova era começará em breve em Washington
Oficialmente, uma nova era de quarterbacks está surgindo na NFL, com 20 quarterbacks de 26/- anos de idade começando under center na semana 3. Entre eles, vários nomes promissores recrutados em primeira rodada recentemente, como Patrick Mahomes, Lamar Jackson, Deshaun Watson, Baker Mayfield, Josh Allen, Josh Rosen, Kyler Murray e até mesmo Daniel Jones.
Enquanto isso, o Washington Redskins fez uma atuação ruim em casa contra o Chicago Bears, totalizando cinco turnovers, todos eles de Case Keenum. A conjuntura da liga, então, beneficia jovens quarterbacks buscando ganhar uma chance. Por mais que Dwayne Haskins ainda não esteja exatamente pronto, em um futuro (provavelmente próximo) será inevitável que os Redskins escalem a 15ª escolha geral de 2019. É algo natural pelos padrões atuais.
Os Lions não jogam um futebol americano de time invicto
Um dos oito times invictos na temporada 2019 da NFL é o Detroit Lions, com duas vitórias e um empate. Tirar os méritos dos Lions neste momento seria injusto, mas o futebol americano apresentado pelo time fica abaixo de outras equipes neste mesmo patamar. Dizer que o “destino está do lado de Detroit” pode ser sensato.
Um apagão contra os Cardinals e depois um drop da defesa de Arizona resultou no empate. Contra os Chargers, a quantidade de erros que Los Angeles teve era quase impossível para qualquer time não derrotá-los. Por fim, na semana 3, os Lions venceram a batalha dos turnovers, contaram com os drops dos Eagles e contaram com um impressionante TD do time de especialistas.
Detroit ainda não convenceu em nenhum dos resultados que teve. Houve momentos sólidos, mas nada duradouro. Um duelo em casa contra os Chiefs na semana 4 pode mudar tudo isso.
Este Titans o torcedor da equipe já conhece
Ver o Tennessee Titans com uma grande atuação depois de um considerável tempo de preparação não é novidade para o torcedor do time na era Marcus Mariota, em especial desde que Mike Vrabel se tornou o treinador. Tampouco uma brusca queda de rendimento, principalmente com um desequilíbrio/inconsistência em alguns setores.
O grupo de recebedores é limitado para situações específicas das partidas, o que coloca a pressão sobre a linha ofensiva e backfield. Quando o grupo de bloqueadores permite nove sacks, 14 hits, e 3,5 jardas por tentativa em uma única partida, obviamente as coisas não vão bem. Nem mesmo com a defesa com atuações acima da média. Mariota não conseguirá vencer jogos assim, é preciso de mais apoio. E os torcedores dos Titans já viram este filme antes.