Minha nossa, o primeiro fim de semana com NFL de 2017 começou com tudo! E engana-se que estou me referindo às partidas da semana 1 da pré-temporada. De fato, essas tiveram fatos interessantes acontecendo (principalmente com alguns calouros), todavia, desde a última sexta-feira (11), a liga se deparou com algumas notícias inesperadas. Cortes, suspensões, “troca tripla”, enfim, muita coisa aconteceu no último fim de semana na National Football League.
Entretanto, não consegui postar basicamente nada no Shotgun (ou em sua página no Facebook, Twitter ou Instagram), tanto em termos de notícias quanto em aspectos de opinião, mostrando o que achei de tudo isso, por motivos aleatórios.
É com isso em mente que decidi fazer um pequena retrospectiva dos três principais acontecimentos que aconteceram nos últimos dias, informando os principais detalhes e deixando minha opinião/reação para cada um deles. O que esperar da suspensão de Ezekiel Elliott? Quem venceu na troca entre Buffalo, Los Angeles e Philadelphia? Aguayo ainda conseguirá ter uma sólida carreira na NFL?
Ezekiel Elliott suspenso
O que aconteceu: Depois de quase um ano de investigação, a NFL decidiu suspender o running back Ezekiel Elliott, do Dallas Cowboys, por seis partidas desta temporada regular. A suspensão se dá em decorrência de acusações de violência doméstica à sua então namorada em Ohio, antes do corredor entrar para a liga (fevereiro e julho de 2016). O corredor tem até terça-feira para apelar à decisão.
Teria a NFL “acertado” desta vez em uma suspensão?
Os casos de acusações de violência doméstica continuam acontecendo na NFL. É impressionante a quantidade de vezes que a liga se depara com isso, principalmente se considerarmos que muitos dos acusados são pelo menos sólidos titulares. Desta vez, o nome em pauta é o de Ezekiel Elliott, running back com mais jardas terrestres da temporada passada.
Claramente, a suspensão de Elliott não é uma decisão unânime. Afinal, esse é mais um caso em que a Justiça não age, mas a NFL não deixa passar. De acordo com a polícia, ela não tinha evidências suficientes para punir o running back. Em contrapartida, a liga disse que ao longo de suas investigações encontrou “evidencias substanciais e persuasivas suportando que Elliott esteve envolvido em violência física”, contra uma vítima que o acusou múltiplas vezes disso. Ao que tudo indica, esse “confrontamento” entre as leis e a NFL está longe de ter um fim. Entretanto, a decisão da liga é entendível e gera algumas conclusões.
Está evidente que a NFL está tentando corrigir qualquer tipo de “jogador problema”. Para se ter uma noção, durante o tempo de investigação da liga às acusações de violência doméstica contra Ezekiel Elliott, esse mesmo apareceu nos noticiários outras duas vezes. A primeira delas foi em março, em uma parada de St. Patrick’s Day, quando ele abaixou o top de uma mulher; a segunda foi em julho, após o nome de Elliott ter sido conectado à uma briga no fim da noite em um bar.
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Apesar da liga ter declarado (corretamente) que esses dois acontecimentos posteriores não tiveram influência algum na decisão de suspender Elliott por seis jogos, por tudo que vimos acontecer na NFL nas últimas temporadas, não é nenhum absurdo pensar que essencialmente a National Football League esteja procurando uma maneira de evitar qualquer tipo de problema extra-campo, com um jogador que possibilita esse tipo de julgamento.
Enquanto essa suspensão – a primeira de sua carreira profissional – pode agir como um motivador para Ezekiel Elliott repensar seus atos fora de campo, a principal lamentação para ela se dá em vista do que o camisa #21 fez dentro dos gramados na temporada passada. Como calouro, Elliott liderou a liga em jardas terrestres, com 1.631, tendo ainda marcado 15 touchdowns, e foi um dos destaques da campanha 13-3 do Dallas Cowboys. Caso efetivada a suspensão, o corredor voltará a atuar apenas para o confronto contra os Redskins, na semana 8. Até lá, ele perderá os duelos ante a Giants, Broncos, Cardinals, Rams, Packers, 49ers, além da semana de folga dos Cowboys, que acontece na semana 6.
No fim das contas, duas coisas ficaram claras, desde a temporada passada: a NFL está se tornando mais rigorosa em termos de casos de violência doméstica, e Ekeziel Elliott precisa melhorar seu comportamento fora das quatro linhas.
Trocas envolvendo Bills, Rams e Eagles
O que aconteceu: Na última sexta-feira (11), o Buffalo Bills anunciou duas trocas, envolvendo o Los Angeles Rams e o Philadelphia Eagles. A primeira delas mandou Sammy Watkins e uma escolha de 6ª rodada (2018) para os Rams, em troca do cornerback E. J. Gaines e uma escolha de 2ª rodada (2018).
Depois disso, os Bills mandaram o cornerback Ronald Darby para os Eagles, e adquiriam o wide receiver Jordan Matthews, além de uma escolha de 3ª rodada (2018).
Bills tentando desesperadamente melhorar seu elenco, e Rams e Eagles terminam com nomes pontuais
Definitivamente, o Buffalo Bills ainda faz ajustes em seu elenco para a temporada 2017, e o fato da equipe estar sob o comando de um novo head coach (Sean McDermott) aponta para isso também. Além disso, pode-se dizer que, com as trocas, os Bills optaram por tentar deixar as maiores incertezas de lado, para buscar nomes de impacto quase que imediato.
O futuro de Sammy Watkins em Buffalo já era uma incógnita. O wide receiver, em três temporadas na NFL, perdeu 11 partidas por conta de lesões, incluindo oito no ano passado. Tudo isso fez com que Buffalo optasse pelo quinto (e último) ano do contrato de calouro do jogador, dando a entender que a permanência do camisa #14 por lá dependeria de sua produção em 2017. Com isso em mente, por que não apostar em um wide receiver que também está em seu último de contrato vigente, mas que produziu mais nas últimas temporadas, adquirindo ainda uma escolha de segunda rodada por isso? A ideia dos Bills em não terem mais Watkins, mas sim Matthews, como WR1 foi essa.
Todavia, o Buffalo Bills não poderia simplesmente chegar para o Philadelphia Eagles oferecendo Ronald Darby por Jordan Matthews. Fazendo isso, Buffalo até ficaria com o wide receiver de sua preferência, contudo, deixaria um grande vazio em sua secundária. Justamente por isso os Rams entraram nessa história. Los Angeles precisa de wide receivers explosivos e verticais, exatamente como Sammy Watkins pode ser. Desta maneira, os Bills decidiram dar Watkins aos Rams, em troca de E. J. Gaines, que vinha sendo um bom cornerback na rotação titular da equipe californiana.
Com Gaines no elenco, os Bills se viram em posição ideal para mandar Darby para os Eagles, em troca de Matthews. E isso fez sentido para os dois lados: Matthews estava “parado” em Philadelphia, já que a franquia assinou com Alshon Jeffery e Torey Smith na última offseason. Além disso, Philly tem buscado improvisar sua secundária, a qual ainda não conta com tantos nomes talentosos.
Assim sendo, em tese, pode-se dizer que as trocas são positivas para os três times, afinal, elas apenas acrescentam titulares interessantes para cada um deles, sem que esses tenham perdido tanto. Entretanto, no caso de Bills e Rams, os reforços estão rodeados por incertezas. Jordan Matthews tem cacife para ser o claro WR nº1 de um time? Sammy Watkins conseguirá se manter saudável? Se for para definir “vencedores” nessas transações, em ordem decrescente, fico com Eagles, Rams e Bills.
Roberto Aguayo cortado…
O que aconteceu: Apenas uma temporada após ter selecionado o kicker Roberto Aguayo, o Tampa Bay Buccaneers decidiu dispensar a escolha de segunda rodada do Draft de 2016. Aguayo fez uma temporada de calouro muito abaixo da média, tendo acertado apenas 71% dos field goals que tentou, sendo seu mais longo desses de 43 jardas.
Era para ser uma competição interessante
Em um texto publicado na semana passada, falei de algumas das principais competições individuais desta pré-temporada. Entre elas, estava a de kickers do Tampa Bay Buccaneers, que colocava frente a frente Roberto Aguayo e Nick Folk. Todavia, bastou apenas uma partida para que Nick Folk se concretizasse com o titular dos Bucs para a temporada 2017.
O fim da linha para Aguayo chegou após uma performance ruim na semana 1 da pré-temporada contra o Cincinnati Bengals. Na ocasião, o kicker ex-Florida State perdeu um extra point e um field goal, relembrando a todos de seus erros do ano passado. Essa definitivamente não foi uma decisão difícil para os Buccaneers, que em momento algum tiveram em Aguayo a produção de um kicker escolhido em segunda rodada.
O corte de Roberto Aguayo também levanta questionamentos a respeito de selecionar kickers nas primeiras rodadas de Draft na NFL. Ao que tudo indica, está cada vez mais claro que recrutar chutadores entre as primeiras escolhas da classe não é vantajoso – os exemplos de Sebatian Janikowski (17ª escolha geral de 2000) e principalmente Roberto Aguayo (59ª escolha geral de 2016) ilustram bem isso.
…Roberto Aguayo assina com os Bears
O que aconteceu: Pouco tempo depois de ser dispensado pelo Tampa Bay Buccaneers, Roberto Aguayo foi contratado pelo Chicago Bears. Ele disputará a titularidade da posição novamente com Connor Barth.
Uma segunda e última chance?
De fato, Roberto Aguayo teve uma temporada de calouro decepcionante na NFL. Entretanto, pelo que foi visto dele no futebol americano universitário, foi correto do Chicago Bears em dar uma segunda chance a ele. Para Chicago, isso significa apostar em um dos melhores chutadores que o college football já viu. Para Aguayo, será sua segunda – e provavelmente última – chance de provar que ele pode ser um sólido titular na liga.
E ah, se essa aquisição der certo, lembre-se que Bears e Bucs se enfrentam na semana 2 da temporada regular.
Quais são os principais fatos desta pré-temporada da NFL? Mande para nós sua opinião nos comentários ou pelas redes sociais!
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