Estamos cansados de saber a importância que o Draft tem para as franquias da NFL. Afinal, é a partir dele que novos talentos entram nos times, brilham, constroem seus legados e alcançam conquistas com os times da liga. Na teoria, tudo parece perfeito; mas não é. Ir até o Draft recrutar os melhores universitários disponíveis é uma tarefa mais complicada do que parece – tente fazer um Mock Draft de exemplo para ver.
Nem sempre, quer dizer, muitas (!) vezes, aquele jogador que todos acreditavam ser um fenômeno vai extremamente mal. Ou talvez um prospecto subestimado, que cai algumas rodadas no dia do evento, chega ao nível profissional e faz coisas imagináveis nos tempos de universidade. Esta é a “lei” do Draft; esta é a NFL.
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Para perceber isso, não precisamos voltar tanto no tempo (como no link acima), basta olhar no Draft de temporadas recentes. No ano passado, por exemplo, se o Draft fosse acontecer novamente hoje, sabendo como cada calouro se adaptou à NFL e quais os principais problemas dos times ao longo do ano*, muita coisa seria diferente. Mas como ficaria a classe de 2016 exatamente?
É com isso em mente que refiz a primeira rodada do Draft 2016 da NFL tendo como base a temporada passada de cada jogador, as necessidades das franquias no ano passado e como foram as campanhas de cada uma delas também.
Lembra que falei em diferenças? Então, saiba que apenas dez das 31 escolhas feitas na 1ª rodada de 2016 se mantiveram aqui.
*Ao analisar o Draft 2016 refeito, desconsidere os fatos que aconteceram nesta free agency. Foi levado em consideração o desempenho de cada calouro no ano passado, as necessidades dos times na época e como a temporada se derenrolou para eles. Assim sendo, por exemplo, na ida de DeSean Jackson para os Buccaneers, a transação em si não é interessante. Mas como foi o grupo de recebedores dos Redskins e dos Bucs no ano passado sim.
1) Los Angeles Rams (via Titans): Dak Prescott (QB)
Escolha original: Jared Goff (QB)
Os Rams claramente precisavam e pretendiam selecionar um quarterback no Draft 2016. Entre os calouros desta posição, nenhum foi melhor que Dak Prescott, o qual venceu o prêmio de Calouro Ofensivo do Ano. Prescott, sem dúvidas, seria a 1ª escolha geral do Draft passado se ele fosse feito agora.
2) Philadelphia Eagles (via Browns): Carson Wentz (QB)
Escolha original: Carson Wentz (QB)
A temporada passada foi repleta de altos e baixos para Carson Wentz, o qual começou a sua carreira na NFL brilhando, mas não terminou seu primeiro ano em alta. Todavia, mesmo com alguns contratempos, Wentz se encaixou bem em Philadelphia e demonstrou talento por lá – o suficiente para agarrar (novamente) a confiança dos Eagles.
3) San Diego Chargers: Joey Bosa (DE)
Escolha original: Joey Bosa (DE)
Mesmo perdendo alguns jogos na temporada passada, Joey Bosa foi capaz de levar o Prêmio de Calouro Defensivo do Ano em 2016. Além disso, ele deu ao pass rush do San Diego Chargers uma força não vista por lá há algum tempo – e times competitivos precisam disso.
4) Dallas Cowboys: Ezekiel Elliott (RB)
Escolha original: Ezekiel Elliott (RB)
O casamento entre Dallas Cowboys e Ezekiel Elliott deu tão certo que é como se o running back estivesse na franquia há um bom tempo. Nenhum corredor da NFL foi melhor que Elliott na temporada passada e nenhum outro nome seria melhor aos Cowboys do que “Zeke The Freak”.
5) Jacksonville Jaguars: Jack Conklin (OT)
Escolha original: Jalen Ramsey (CB)
Jalen Ramsey foi simplesmente um dos melhores cornerback da NFL no ano passado mesmo sendo apenas um novato. Contudo, o maior problema do Jacksonville Jaguars em 2016 esteve no ataque e proteger Blake Bortles com o melhor offensive lineman da classe seria uma ótima ideia!
6) Baltimore Ravens: Jalen Ramsey (CB)
Escolha original: Ronnie Stanley (OT)
As duas maiores preocupações do Balimore Ravens no último Draft foram secundária e linha ofensiva. Neste momento do Draft, Jalen Ramsey e Laremy Tunsil, respectivamente, seriam as melhores opções para tais necessidades. E Ramsey vence nesta primeira comparação.
7) San Francisco 49ers: Jared Goff (QB)
Escolha original: DeForest Buckner (DE)
A ausência de grandes quarterbacks no Draft do ano passado fez com que o San Francisco 49ers deixasse de lado sua grande necessidade na classe. Na época, em tese, com Jared Goff e Carson Wentz escolhidos nas duas primeiras escolhas, faltaram QBs para San Francisco. Nesta simulação, em contrapartida, o questionável Goff ainda estaria disponível, e os Niners apostariam nele.
8) Tennessee Titans: Laremy Tunsil (OT)
Escolha original: Jack Conklin (OT)
A ideia do Tennesse Titans em formar uma linha ofensiva extremamente sólida funcionou bem em 2016 e o rendimento de Marcus Mariota mostra isso. Com isso em mente, apesar de polêmicas extra-campo, Laremy Tunsil seria a melhor opção para a franquia, já que Conklin não estaria mais disponível.
9) Chicago Bears: Leonard Floyd (OLB)
Escolha original: Leonard Floyd (OLB)
Leonard Floyd deu outra cara ao pass rush do Chicago Bears, tornando-o como possivelmente o ponto mais forte da equipe neste momento. Apesar de outras opções também se encaixarem para Chicago a esta altura do Draft, Floyd não é um daqueles jogadores para se jogar fora a qualquer momento.
10) New York Giants: Ronnie Stanley (OT)
Escolha original: Eli Apple (CB)
É possível dizer que o New York Giants não draftou um offensive lineman pois os melhores (disparados) da classe já estavam fora. Todavia, neste caso, Ronnie Stanley estaria aqui e, visto alguns problemas dos Giants na linha ofensiva em 2016, podemos dizer que o ex-jogador de Notre Dame ajudaria consideravelmente Eli Manning.
11) Tampa Bay Buccaneers: Vernon Hargreaves (CB)
Escolha original: Vernon Hargreaves (CB)
Pode-se dizer que várias opções fariam sentido para o Tampa Bay Buccaneers a esta altura do Draft, uma vez que a equipe ainda tem alguns pontos para serem corrigidos. Entretanto, considerando o rendimento de Vernon Hargreaves e como ele se adaptou ao sistema defensivo dos Bucs, ele fica no time.
12) New Orleans Saints: Sheldon Rankins (DT)
Escolha original: Sheldon Rankins (DT)
Talvez hajam dezenas de motivos para o New Orleans Saints não querer Sheldon Rankins se o Draft 2016 da NFL acontecesse de novo. Todavia, devemos lembrar do impacto que ele teve para a defesa dos Saints quando esteve saudável. Combinando isso ao talento que o pass rusher ainda pode levar para a NFL, e sua permanência em New Orleans está justificada.
13) Miami Dolphins: Joe Thuney (OG)
Escolha original: Laremy Tunsil (OT)
O que é mais importante para um time: melhorar a proteção sobre seu quarterback ou o grupo de linebackers? A resposta para isso, de fato, está longe de ser óbvia e o fato de Deion Jones ainda estar disponível aqui pesa para o Miami Dolphins. Todavia, lembre-se de como Ryan Tannehill melhorou sendo protegido por uma boa linha ofensiva, a qual teve o grande reforço de Laremy Tunsil. Neste sentido, para repetir este processo, a surpresa de 3ª rodada do New England Patriots Joe Thuney seria o escolhido.
14) Oakland Raiders: Karl Joseph (SS)
Escolha original: Karl Joseph (SS)
O Oakland Raiders está se preparando para voltar a vencer. Selecionar Karl Joseph, o qual além das coberturas é ótimo parando corridas, foi um grande acerto. Nenhuma mudança neste caso.
15) Cleveland Browns: Paxton Lynch (QB)
Escolha original: Corey Coleman (WR)
Já pensou como isto seria interessante? Certamente que Paxton Lynch ainda não mostrou muita coisa na NFL e pode se tornar desde um mero backup a um ótimo Pro Bowler. Contudo, já sabemos a enorme necessidade do Cleveland Browns na posição de quarterback e, na 15ª escolha da classe, nenhum nome seria melhor que o de Lynch pensando na reformulação da franquia.
16) Detroit Lions: Jordan Howard (RB)
Escolha original: Taylor Decker (OT)
Os dois grandes problemas do ataque do Detroit Lions na atualidade são: proteção ao quarterback e falta do jogo corrido, fato que sobrecarrega (e muito) Matthew Stafford. Na 16ª posição, se levarmos em conta as opções disponíveis, veremos que Jordan Howard rendeu bem mais que outros nomes em seu primeiro ano, sem importar a posição. O vice-colocado em jardas corridas de 2016 seria ótimo para os Lions!
17) Atlanta Falcons: Deion Jones (LB)
Escolha original: Keanu Neal (SS)
Pode parecer estranho ver os nomes de Deion Jones e Keanu Neal no Atlanta Falcons aqui sabendo que de fato esse foi o destino desses dois defensores. Contudo, saiba que Jones foi selecionado apenas na segunda rodada, algo que dificilmente aconteceria se o Draft 2016 acontecesse novamente – nem mesmo nos Falcons.
18) Indianapolis Colts: Ryan Kelly (C)
Escolha original: Ryan Kelly (C)
Talvez o time com mais necessidades pontuais no Draft 2016 da NFL tenha sido o Indianapolis Colts. Por isso, muitas pessoas possam dizer agora que Ryan Kelly não deveria ter sido escolhido sabendo como todos os prospectos daquele ano se saíram. Entretanto, analise isso de uma outra forma: os Colts aparentemente asseguraram um jogador para a década em uma das posições mais importantes (e subestimadas) do futebol americano. Que continue assim.
19) Buffalo Bills: DeForest Buckner (DE)
Escolha original: Shaq Lawson (DE)
Defensivamente falando, o Buffalo Bills precisava se reforçar, tendo em vista que a defesa do time foi uma das melhores da liga em 2014 mas acabou decepcionando em 2015. Para isso, nada mais certo que acrescentar talentoso pass rusher – e DeForest Buckner seria uma opção melhor que Lawson. Um wide receiver aqui também não seria mal negócio para Buffalo.
20) New York Jets: Jatavis Brown (ILB)
Escolha original: Darron Lee (ILB)
Claramente, o New York Jets precisa se reformular. No ataque, isso começa por um quarterback; na defesa, pelo grupo de linebackers. Com isso em mente, os Jets foram atrás de Darron Lee e até tiveram uma bos resposta do calouro. Porém, sabendo como Jatavis Brown rendeu pelos Chargers, seu nome aqui não seria uma má ideia.
21) Houston Texans: Will Fuller (WR)
Escolha original: Will Fuller (WR)
Não, Will Fuller não é o jogador disponível mais talentoso a esta altura do Draft – e talvez nem o wide receiver. Contudo, olhando para o que o recebedor fez pelo Houston Texans na temporada passada (mesmo com Brock Osweiler de quarterback) é possível ver o camisa #15 rendendo bons frutos à franquia.
22) Washington Redskins: Michael Thomas (WR)
Escolha original: Josh Doctson (WR)
Ao buscar Josh Doctson, o Washington Redskins se concentrou em um grande alvo, com excelente capacidade de receber passes, um futuro wide receiver nº1. Contudo, pelo que vimos no ano passado, Josh Docston pode realmente não ser um desses. Em contrapartida, Michael Thomas teve quase 100 recepções e dez touchdowns como calouro.
23) Minnesota Vikings: Derrick Henry (RB)
Escolha original: Laquon Treadwell (WR)
Essa opção não se passa nem devido às dificuldades de Laquon Treadwell em se adaptar ao estilo de jogo da NFL. Houve um momento da temporada em que o Minnesota Vikings tinha a melhor campanha da liga, e o pior jogo corrido também. Adrian Peterson sofreu com lesões, Matt Asiata não é um running back que levará seu time aos playoffs e Ronnie Hillman muito menos. Derrick Henry poderia ser o futuro da franquia na posição de RB.
24) Cincinnati Bengals: Darron Lee (ILB)
Escolha original: William Jackson III (CB)
De repente, passamos a olhar para o time do Cincinnati Bengals e encontrar inúmeras vulnerabilidades, especialmente no sistema defensivo. E toda reconstrução defensiva começa pelo grupo de linebackers, na teoria. Para isso, ninguém melhor que um dos defensores mais dinâmicos da classe.
25) Pittsburgh Steelers: Artie Burns (CB)
Escolha original: Artie Burns (CB)
A secundária do Pittsburgh Steelers era um dos pontos mais questionados da franquia no começo da temporada passada. Todavia, a escolha de Artie Burns “caiu como uma luva” no setor, o qual, mesmo que longe de ser espetacular, surpreendeu às expectativas. Sem mudanças aqui.
26) Denver Broncos: Su’a Cravens (LB/S)
Escolha original: Paxton Lynch (QB)
Pode parecer estranho ver o Denver Broncos indo atrás de uma peça defensiva mesmo tendo uma das melhores defesas da liga, ainda mais com o ataque da equipe repleto de fragilidades. Contudo, é difícil encontrar algum jogador que mudasse drasticamente a conjuntura ofensiva da franquia. Ao mesmo tempo, Su’a Cravens acrescentaria uma versatilidade necessária aos Broncos, principalmente para combater o calcanhar de Aquiles deste setor: o jogo terrestre.
27) Green Bay Packers: Yannick Ngakoue (DE)
Escolha original: Kenny Clark (DT)
De um defensive end de 3ª rodada, os Jaguars viram oito sacks, quatro fumbles forçados e uma interceptação – algo ideal para uma equipe que quisesse reforçar seu pass rush, como o Green Bay Packers. Yannick Ngakoue pode não ocupar o centro da linha defensiva, mas sua presença nela aparenta valer por si só.
28) San Francisco 49ers (via Chiefs): Cody Whitehair (OG)
Escolha original: Joshua Garnett (OG)
A segunda escolha do San Francisco 49ers na primeira rodada do Draft 2016, naturalmente, iria para a linha ofensiva, ainda mais tendo selecionado um quarterback anteriormente. Enquanto Garnett não se adaptou como esperado em seu primeiro ano, ter um bloqueador com a versatilidade de Cody Whitehair (tackle em Kansas State e guard nos Bears) é o ideal para um time com tantas incertezas na linha ofensiva como os 49ers.
29) Arizona Cardinals: Hunter Henry (TE)
Escolha original: Robert Nkemdiche (DT)
Poucos times da NFL sofreram mais a ausência de um tight end de segurança quanto o Arizona Cardinals, com Jermaine Gresham como titular da posição. Paralelamente a isso, os Cardinals viram muito pocuo Robert Nkemdiche em seu primeiro ano. Em San Diego, todavia, Hunter Henry foi um dos principais alvo de Philip Rivers – e deu conta do recado.
30) Carolina Panthers: Taylor Decker (OT)
Escolha original: Vernon Butler (DT)
Em 2016, o Carolina Panthers não esteve nem perto de ser aquele time que disputou o Super Bowl em 2015. Muito disso se deve ao fato que Cam Newton não foi o mesmo também, devido à, entre alguns motivos, fraca proteção de sua linha ofensiva. Taylor Decker, de certa forma, poderia ser considerado um steal na 30ª posição da primeira rodada.
31) Seattle Seahawks: Chris Jones (DT)
Escolha original: Germain Ifedi (OG)
Sem grandes opções para a linha ofensiva disponíveis, o foco do Seattle Seahawks passaria a ser o pass rush. Considerando que os linebackers dos Seahawks passam por um bom momento, podemos considerar que Pete Carroll adoraria ter mais habilidade atlética, força e um jogador de 140 quilos na linha defensiva – prazer, Chris Jones!
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