Se você está acompanhando a temporada do college football em 2017, certamente sabe quem é Sam Darnold. Afinal, ele é um dos favoritos para as principais disputas individuais do futebol americano universitário no ano: o Heisman Trophy e a primeira escolha geral do próximo Draft da NFL.
Tudo isso é conferido a Darnold pelo que ele apresenta dentro e fora das quatro linhas. Ele é um quarterback com ótimo porte físico e estatura para a posição, com um braço (muito) acima da média e presença no pocket nem sempre vista nos QBs universitários. Além disso, ele chega neste ano após ter vencido o Rose Bowl no ano passado (sendo que ele obteve 453 jardas e 5 TDs na ocasião) e totalizado ao longo da temporada 3.086 jardas, 31 touchdowns e apenas nove interceptações.
Uma vez com a temporada 2017 em andamento, então, Sam Darnold tem justificado todas as ótimas expectativas sobre ele. USC está ranqueada como #5 do país atualmente, vem em uma sequência de mais de dez jogos invicta e, se vencer a Pac-12, provavelmente estará nos playoffs do college football no fim do ano. Conhecer mais sobre Darnold é entender porquê USC é um dos candidatos a derrotar Alabama neste ano e, principalmente, conhecer um dos quarterbacks que mais tem chance de tomar as rédeas do futuro da NFL nesta posição.
Um pouco mais sobre ele
Sam Darnold é o quarterback titular do USC Trojans desde o começo da temporada de 2016 – ele está na universidade desde 2015, mas foi reserva em seu primeiro ano por lá. Nascido na própria California, Darnold começou sua trajetória esportiva jogando basquete, desde os cinco anos de idade. Quando entrou no high school, então, o esportista passou a jogar basquete e futebol americano, como quarterback e linebacker. O sucesso no football foi maior e ele definiu que tentaria a carreira no esporte uma vez na universidade.
Desde quando iniciou sua jornada em USC, portanto, Sam já acumulou diversas conquistas, tanto individuais quanto coletivas: ele venceu o Prêmio Archie Griffin (o MVP do college football) em 2016 e um Rose Bowl em 2017. Com 1,93m e 102kg, Darnold tem os atributos físicos necessários para um quarterback de elite. Além disso, ele chama atenção pela presença de pocket que tem, pela combinação entre precisão e força em seus lançamentos (é difícil anular os passes do QB) e por apresentar boa mobilidade. Ele não é um Cam Newton, mas consegue se mover quando necessário e realizar jogadas em movimento também.
O que ele tem feito neste ano justifica as expectativas
Verdade seja dita, Sam Darnold esteve longe de ser espetacular nas duas últimas partidas de USC. Contra Texas e Cal, o camisa #14 não foi um quarterback perfeito, tanto é que totalizou 62% de aproveitamento nos passes, 620 jardas, 5 touchdowns e 3 interceptações – diga-se de passagem, neste ano ele acumula 7 interceptações em quatro jogos; em todo o ano de 2016, foram 9 INTs para ele. Entretanto, Darnold continua deixando os Trojans em perfeita posição para vencer seus jogos.
Diante dos Longhorns, por exemplo, em uma das grandes rivalidades do college football, Sam Darnold teve dificuldades, errou muitos passes e ainda foi interceptado duas vezes. Porém, ainda assim, é preciso destacar que ele marchou 52 jardas em 40 segundos para deixar seu kicker em posição de levar o duelo para a prorrogação. E no overtime preciso de apenas cinco jogadas ao todo para dar dez pontos a USC e acabar com as chances de Texas. Na semana passada, contra os Golden Bears, a defesa dos Trojans roubou a cena e Darnold sabia que não precisava ser genial para garantir o 13º triunfo seguido de sua universidade, e ainda assim liderou USC a 30 pontos no confronto.
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E vale lembrar ainda que Sam Darnold tem feito tudo isso com um elenco ofensivo tecnicamente inferior do que no ano passado. USC perdeu seus dois tackles titulares de 2016 no último Draft (Chad Wheeler e Zack Banner, para Giants e Browns, respectivamente), além do principal wide receiver, Juju Smith-Schuster, que foi para o Pittsburgh Steelers. Em 2017, após quatro jogos disputados, Darnold acumula 67% de aproveitamento, 1.225 jardas, 9 TDs e 7 INTs.
Tem sido um ano muito bom para Sam Darnold, porém não ótimo, pelo menos ainda não. Entretanto, quando sua produtividade não está alta e/ou erros acontecem, ele tem encontrado uma maneira de fazer seu time vencer, seja com ótimos passes, leituras precisas ou chamadas pontuais; assim como um quarterback realmente competitivo precisa fazer.
De olho na NFL
Há quem diga que Sam Darnold não tem algo realmente especial, apesar de todo o seu talento. Mas pode ser meio cedo para tirar esse tipo de conclusão, até porque, mesmo sabendo que Darnold não é um prospecto do nível que Peyton Manning ou Andrew Luck eram, ele tem demonstrado sim algo especial: sua capacidade de liderar seu time à vitória não é algo visto todo dia. Você já deve ter ouvido na NFL que não se pode dar a segunda chance a Tom Brady, por exemplo. No college, Darnold não costuma desperdiçar segundas oportunidades também.
No fim das contas, o camisa #14 tem feito exatamente aquilo que era necessário para que, no começo do ano que vem, ele seja o primeiro quarterback do Draft e quem sabe até a primeira escolha geral, dependendo de qual time tiver posse dela. Darnold é possivelmente o jogador mais valioso do futebol americano universitário pelo segundo ano consecutivo, com mais habilidade de encontrar a decisão certa nos momentos mais importantes do que qualquer outro prospecto de futebol americano do planeta. Um quarterback grande com um ótimo braço, espetacular precisão nos passes e decente mobilidade; Sam Darnold tem tudo para ser o 1º QB escolhido no Draft 2018.
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