A semana 5 do college football se aproxima e naturalmente as equipes pensam em playoffs. Isso pois – entenda uma coisa – nunca é cedo demais para pensar em pós-temporada no college football. Literalmente, uma derrota, ou até mesmo uma atuação abaixo do esperado, pode mudar os rumos de um campeonato. Lembre-se: no futebol americano universitário, não há uma receita definida para chegar aos playoffs. É preciso ser o mais impressionante possível. Sempre.
É com isso em mente que devemos olhar para o confronto do Happy Valley no sábado. De um lado, Penn State. Do outro, Ohio State. São os dois melhores ataques da NCAA em pontos por partidas. São os dois líderes da Big Ten East neste momento. Quem vencer, controlará seu destino pelo menos até a final da Big Ten, a qual pode (e deve) ser contra Wisconsin, mesmo após a derrota dos Badgers na semana 3.
No caso dos Nittany Lions, o embate diante dos Buckeyes indica o primeiro grande desafio na temporada e a chance de encontrar algumas respostas. A defesa do time, por exemplo, não vem bem: 38 pontos cedidos para Appalachian State, 24 para Illinois… Isso precisa melhorar se o time quiser ir longe. Em especial para uma equipe que tem o ataque comandado pelo bom Trace McSorley.
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Imagine uma vitória de Penn State na semana 5 do college football. A equipe, mesmo tendo ainda que enfrentar Wisconsin, Michigan State e Michigan, poderia estar em posição até de perder um desses confrontos, terminar na liderança da Big Ten East com uma derrota e ir para a decisão da conferência.
Para Ohio State, estamos falando do maior desafio para o time até o encontro contra Michigan State Spartans – e o principal do campeonato até agora. Além de Penn State, OSU só enfrenta dois times ranqueados atualmente nesta temporada. Um deles é Michigan State, o qual está abaixo das expectativas, e o outro é Michigan, na última rodada. Em outras palavras, os Buckeyes precisam aproveitar as “poucas” oportunidades que terão de impressionar – leia-se: vs. Nittany Lions e Wolverines. É a chance de os Buckeyes concretizarem em campo (com vitórias e possível título de conferência) aquilo que desconfiamos: o time tem nível para enfrentar Alabama e Clemson.
O que pode fazer a diferença nesta partida? Primeiramente, esteja atento à reformulada defesa de Penn State. O setor tem oscilado na temporada e enfrentará um dos grandes talentos na posição de quarterback em Dwayne Haskins. Além disso, saiba que o pass rush de Ohio State não terá Nick Bosa, o qual é o melhor pass rusher/jogador do elenco. A (não) pressão em Trace McSorley e jogo corrido com Miles Sanders serão chave para o ataque dos Nittany Lions.
Um mata-mata adiantado?
Outro confronto que merece atenção é entre #8 Notre Dame e #7 Stanford. O duelo contra Stanford não poderia ter acontecido em hora melhor para Notre Dame. Afinal, os Cardinal vêm em ótima fase no college football, ou seja, é uma boa chance para os Fighting Irish mostrarem que são, de fato, competitivos. Lembrando que o time já derrotou Michigan na estreia, mas viu potenciais sólidos oponentes engrenarem atuações ruins, como Virginia Tech, Florida State e USC. Em outras palavras, Stanford talvez seja o último grande teste para Notre Dame, que tem 35% de chances de chegar aos playoffs neste momento, a sexta maior marca de 2018. (Fonte: ESPN Playoff Predictor)
Para Stanford, é a chance de mostrar que a equipe tem reais chances de ir longe. Após a maior virada dos Cardinal nas duas últimas décadas (17 pontos no intervalo) contra Oregon, o pensamento do time é se manter invicto e buscar o título da inconstante Pac-12. Para isso, considerando o que as tabelas mostram agora, restam três duelos relevantes: Notre Dame, Washington e California. Daí, a importância do confronto do próximo sábado.
Sabemos que muito dificilmente Notre Dame e Stanford estarão nos playoffs do college football em 2018. É um ou outro, e os times precisarão vencer sua conferência invictos para terem uma chance real nesse caso. Essa invencibilidade acontece para ambos até agora, mas estará em xeque na semana 5. Três coisas para ficar de olho no embate. 1) Bryce Love: mesmo com Love, Stanford tem média de apenas 3,6 jardas corridas por jogo; o running back ainda não engrenou. 2) Ian Book: o quarterback atuou contra Wake Forest e liderou seu time a 56 pontos; sua titularidade ainda não foi confirmada novamente. E 3) Stanford venceu os últimos três encontros contra Notre Dame.
Na semana 5 do college football, ainda estarei atento em…
No duelo entre #25 Texas Tech e #12 West Virginia. Os Red Raiders vêm de sua primeira vitória fora de casa contra Oaklahoma State desde 2001 e tem média de 52 pontos por partida. Os Mountaineers são comandados por Will Grier, o qual totaliza 14 passes para TD em três jogos disputados.
E também no encontro entre a defesa de #24 California e o ataque de #19 Oregon. Os Bears cederam em média menos de 20 pontos por confronto até agora. Os Ducks, por sua vez, marcaram mais de 45 tentos semanalmente. Esse é mais um de quatro encontros entre ranqueados da semana 5 do college football. O único que faltou citar, então, é #11 Washington vs. #20 BYU.
Não podemos nos esquecer de #22 Duke, a qual está ranqueada pela primeira vez desde 2015. Os Blue Devils encaram Virginia Tech, que estava ranqueada até a semana 4, entretanto saiu do Top 25 após ser surpreendida por Old Dominion. Agora, os Hokies precisam vencer todas as partidas e conquistar a ACC contra Clemson. Ou seja, as chances são basicamente utópicas. Uma vitória de Duke coloca o time em primeiro na ACC Coastal.
Por fim, porém não menos importante, vale ficar atento em #14 Michigan contra Northwestern. Isso pois os confrontos dentro da Big Ten fora de casa costumam ser intrigantes para os favoritos. O time de Jim Harbaugh perdeu para Notre Dame na estreia, mas o ótimo momento dos Fighting Irish mostra que Michigan está na briga ainda. Desde a semana 2, os Wolverines derrotaram seus oponentes por um placar combinado de 167-43.