O New York Jets tem um problema em mãos neste Training Camp. Na verdade, esse empecilho talvez se estenda até após vários meses da temporada regular. O ponto central da questão aqui é quem será o quarterback titular da franquia para o campeonato: Josh McCown, Sam Darnold ou, num cenário mais improvável, Teddy Bridgewater? Entretanto, este não é o único tópico em aberto, visto que não seria vantajoso para os Jets ver esses três nomes no elenco oficial para 2018. Ou seja, além de definir quem estará under center em todo o ano, é presumível que New York tenha que “abrir mão” de um deles.
Mas qual contexto está por trás do New York Jets e suas dúvidas na posição mais importante do jogo neste momento? Quais os possíveis cenários que a equipe pode enfrentar durante o mês de agosto com o Training Camp e pré-temporada em andamento? É hora de colocar os três QBs em perspectiva e avaliar a conjuntura enfrentada por cada um deles!
Sam Darnold
Por que apostar nele? Estamos falando de um dos melhores prospectos na posição de quarterback dos últimos anos. Sam Darnold é um daqueles QBs que, a menos que um bust histórico aconteça, estará under center por muitos anos. E mais: ele mostrou que sabe decidir jogos. Além disso, Darnold é, de longe, o mais talentoso dos quarterbacks que New York tem no elenco. Diga-se de passagem, ele é um dos mais talentosos que já passou pela equipe.
Por que não apostar nele? Sam Darnold é um calouro, e calouros cometem erros. Principalmente os que atuam na posição mais importante do futebol americano. É preciso lembrar ainda que Darnold, atuando por USC, teve a alta quantidade de turnovers um dos maiores problemas em seu jogo. Ao todo, em duas temporadas, foram 22 interceptações e 21 fumbles, com 14 desses perdidos. Desta maneira, por se tratar de um novato chegando à NFL, e que tem os turnovers como preocupação, pode ser arriscado apostar em Darnold até que isso seja corrigido.
Josh McCown
Por que apostar nele? Basicamente porque ele foi o titular do New York Jets em 2017. Em 13 partidas, Josh McCown teve 18 touchdowns e apenas nove interceptações. Além disso, liderou a franquia a cinco triunfos, algo que antes da temporada passada começar era improvável. McCown é o mais experiente, mais familiarizado ao ataque dos Jets e tem o “momento” ao seu lado.
Por que não apostar nele? A carreira de McCown sempre foi marcada por altos e baixos. Em primeiro lugar, saiba que ele nunca (!) conseguiu disputar os 16 jogos de uma temporada. Ademais, é preciso dizer que ele jamais alcançou duas temporadas seguidas com mais TDs que INTs – e em 2017 ele conseguiu isso. O camisa #15 merece os méritos pelo desempenho no ano passado em geral. Todavia, não seria uma surpresa se ele decepcionasse desta vez, ainda mais aos 39 anos de idade.
Teddy Bridgewater
Por que apostar nele? Em termos de expectativa e sucesso profissional alcançado, Teddy Bridgewater foi quem se saiu melhor dos três. Lembre-se que ele já foi titular em 28 jogos na carreira e venceu 17, sendo 11 desses em 2015, como segundo-anista. Aliás, os dois primeiros anos de Bridgewater na liga foram marcados por um total de 28 touchdowns. O camisa #5 teve uma das melhores temporadas de um QB calouro na história do Minnesota Vikings.
Por que não apostar nele? O grande problema para Bridgewater é que ele praticamente não atuou em 2016 e 2017. Isso devido à uma grave lesão no joelho, a qual ainda pode limitar a mobilidade dele, que é crucial para o QB na NFL. Ninguém sabe ainda como Teddy estará a partir de agora. Essa enorme incerteza é o grande desafio para ele neste momento.
Darnold e mais um
Por que os Jets fariam isso?
Obviamente, o New York Jets não irá se desfazer de Sam Darnold. Todavia, por meio de troca ou até mesmo um corte, é possível que McCown ou Bridgewater deixem o elenco antes do fechamento do grupo de 53 para a temporada. Por quê? Veja bem: se Sam Darnold corresponder às expectativas como novato, ele fará uma boa pré-temporada e disputará a titularidade durante o campeonato, como mostrado acima. Isso acontecendo, mesmo que Teddy Bridgewater e Josh McCown apareçam muito bem no mês de agosto, não faria sentido mantê-los no elenco. Primeiramente, pois eles impactariam US$ 16 milhões combinados no teto salarial. Em segundo lugar, uma pré-temporada acima da média, principalmente no caso de Bridgewater, pode chamar a atenção para troca de outros times interessados em quarterback, o que reforçaria o elenco do New York Jets em outro setor.
Por exemplo, dependendo do que os Bills virem de Allen e McCarron, Bridgewater teria lugar no elenco. Quem sabe até os Browns. Este pode ser o caso de qualquer time que tenha um titular que não esteja saudável ou “balançando” na titularidade.
Darnold, McCown e Bridgewater jogando muito bem seria a potencialização das duas principais questões para os Jets no Training Camp. Seria mais complicado definir quem começará a temporada. E decidir se algum sairá ou não do elenco, idem.
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Por que os Jets não fariam isso?
Imagine que Sam Darnold tenha uma pré-temporada para ser esquecida. Ao mesmo tempo, considere que Josh McCown apareça bem, assim como Teddy Bridgewater, o qual vem se recuperado cada vez melhor da lesão. Nesse cenário, seria quase descartado que Darnold, pela inexperiência, seja o titular em algum momento de 2018. Essa disputa ficaria entre McCown e Bridgewater, dois quarterbacks que sofrem com lesões frequentemente desde que chegaram à NFL. Em outras palavras, seria arriscado para os Jets não ter um backup preparado sabendo que, independentemente de qual for o titular, ele não jogou uma temporada completa desde 2015, pelo menos.
Desta maneira, seria McCown ou Bridgewater disputando as funções 1 e 2 da posição durante o ano (até porque não é garantido um bom desempenho por parte de ambos), e Darnold como “plano C”. Na verdade, o plano C para a temporada; plano A para o futuro, melhor dizendo.
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