Sete semanas da temporada do futebol americano universitário em 2017 já se passaram e várias coisas continuam as mesmas, assim como esperávamos antes do começo do ano. Por exemplo, Alabama segue sendo a equipe mais dominante do campeonato e Baker Mayfield continua sendo um pesadelo para as defesas adversárias – ele tem 17 TDs e apenas 1 interceptação até agora.
Todavia, o mesmo não pode ser dito para todas as equipes do college football nesta temporada. Na verdade, isso não pode ser referido para a maioria dos times. Esse fato talvez explique porquê nem Clemson, nem Ohio State e nem Oklahoma estão no Top 5 da AP neste momento; e como South Florida e UCF estão ranqueadas como 16ª e 20ª, respectivamente.
Definitivamente, o futebol americano universitário em 2017 está imprevisível e, ao que tudo indica, muita coisa ainda irá acontecer até o comitê definir as quatro melhores equipes da competição. Assim sendo, é hora de analisar as maiores surpresas deste ano e cravar se elas são ou não realidades para a temporada.
Georgia Bulldogs
Praticamente ninguém viu os Bulldogs chegando. Antes do começo da temporada, a maioria dos analistas previa um bom ano para o time, com reais chances de conquistar sua divisão, porém em momento algum era esperado que Georgia fosse estar invicta após sete partidas – e com chances reais de disputar os playoffs.
Liderada por Nick Chubb e Sony Michel, a equipe tem o 9º melhor jogo corrido da atualidade (282,9 jardas por partida), fato que combinado com os 12,6 pontos permitidos por confronto da defesa (4ª melhor), deixa o quarterback Jake Fromm em ótima posição – e esse vem jogando muito bem.
Pelo que temos visto do time da Georgia, é difícil imaginar alguém que seja capaz de pará-lo até o último mês do college football em 2017. Todavia, quando esse chegar, as coisas devem ficar mais complicadas, já que visitar Auburn e Georgia Tech são sempre grandes desafios. De qualquer maneira, não é nenhum absurdo considerar que os Bulldogs terminem a temporada regular invictos e decidam a SEC contra os também invictos Crimson Tide. Até mesmo em caso de derrota para Alabama nessa eventual decisão, uma campanha 12-1 nessa situação poderia colocar Georgia nos playoffs.
TCU Horned Frogs
Quem diria que TCU estaria invicta após sete semanas, sendo que já houve confrontos contra Arkansas, Oklahoma State (fora de casa) e West Virginia. Mas a realidade é que Kenny Hill vem jogando bem (1.450 jardas e 10 TDs no ano), o ataque dos Frogs está pontuando e a defesa, a qual poucos esperavam boas performances, tem permitido menos de 18 pontos de média aos adversários. Esse ótimo momento de TCU faz com que a Big 12 seja uma das principais e mais imprevisíveis conferências desta temporada no futebol americano universitário e, se alguns resultados ao longo do campeonato ajudarem, porquê não cravar um representante dela no mata-mata.
Confesso que ainda não estou totalmente vendido para este time dos Horned Frogs – pelo menos não ainda; não vejo eles conseguindo essa sequência imbatível até o fim da temporada. TCU ainda tem um calendário que coloca a sua frente Texas, Oklahoma e Texas Tech, sendo dois desses oponentes fora de casa.
Miami Hurricanes
Não tenho dúvidas que Miami pode vir a ser a grande surpresa desta temporada do college football – dentre as grande potências, é claro. A equipe neste momento totaliza uma campanha 5-0 e, mais que isso, vem jogando com uma intensidade raramente vista. Os Hurricanes vêm de três grandes triunfos, contra Duke, Florida State e Georgia Tech.
É impressionante como Mark Richt conseguiu dar outra cara ao time de Miami apesar de perdas consideráveis após o ano passado. Além da agressividade defensiva, sua grande conquista individual talvez tenha acontecido com o quarterback Malik Rosier, que simplesmente tem elevado o nível de vários companheiros ao seu lado.
O que pesa contra Miami na segunda metade da temporada é o calendário. Pela frente, a equipe tem Syracuse, Virginia Tech e Notre Dame, sendo que uma eventual decisão da ACC pode (e deve) ser diante de Clemson. Os Hurricanes precisarão ser uma enorme surpresa se quiserem retornar os bons e velhos dias de ótimo futebol americano à universidade.
South Florida/UCF
A chegada de Charlie Strong em South Florida fez muito bem à equipe, ofensiva e defensivamente falando. Enquanto o ataque liderado por Quinton Flowers já teve quatro partidas com mais de 40 pontos nesta temporada, a defesa está ranqueada como a 16ª do país, permitindo pouco mais de 17 tentos por jogo. Não à toa, os Bulls estão invictos até agora, com um placar combinado da temporada de 297-102 e listada como o 16º melhor time do college football na atualidade. Certamente, ninguém esperava por isso!
Juntamente com South Florida, UCF pode ser visto como a grande surpresa (entre as não potências do futebol americano universitário) em 2017. E nada disso aconteceria se não fosse pelo ótimo trabalho do head coach Scott Frost. Nesta temporada, os Knights apresentam o melhor ataque do college, que marca 48,8 pontos por partida, e a 14ª melhor defesa, sofrendo apenas 16,8 pontos por confronto. Cinco jogos e cinco vitórias; UCF não está invicta por acaso.
–
De fato, ainda é cedo para cravar quais serão as quatro equipes determinadas pelo comitê para disputar os playoffs do college football (muita coisa ainda vai acontecer). De qualquer forma, tudo que temos visto nos rankings mais importantes para o futebol americano universitário nos dá uma noção de como esta temporada vem sendo imprevisível até agora – e que não podemos prever nada daqui pra frente.
Qual o seu palpite para os playoffs do college football em 2017? Acredita nele para a NFL? Deixe sua opinião nos comentários ou nas redes sociais!
–
Siga-nos no Twitter @ShotgunFA
Curta no facebook.com/shotgunfootball