As temporadas da NFL sempre ficam marcadas por serem curtas, porém repletas de desafios. Ao mesmo tempo que muita coisa acontece semana após semana, apenas 16 partidas para cada time em um campeonato aumenta o peso de cada confronto. Portanto, sequências são de suma importância no futebol americano, em especial no mês de dezembro e janeiro.
Por mais que ainda estejamos relativamente distantes do fim de 2018 e começo de 2019, algumas equipes precisam se preocupar em “pegar fogo” agora para chegar nas rodadas decisivas com chances. E este tem sido um mês determinante para algumas organizações.
Importante ressaltar que não vamos analisar Rams, Saints, Patriots, Chiefs, visto que essas equipes, se já não eram as mais favoritas na offseason, pelo menos jogaram bem desde a semana 1.
Para Chargers, Texans e Lions, outubro em geral vem sendo um período positivo. Especialmente pois estamos falando de três times que foram mal no primeiro mês de temporada regular. Depois de sete semanas, nenhuma dessas equipes têm campanhas negativas, pelo contrário. Uma delas lidera sua divisão, e as outras duas estão uma partida atrás do líder. Combinados, Los Angeles, Houston e Detroit têm 10 vitórias consecutivas.
Definitivamente, você precisa ficar de olho nesses times!
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Los Angeles Chargers (5-2)
Pelo que vimos na temporada passada e o que a teoria apontava para 2018, o Los Angeles Chargers deveria fazer barulho. Todavia, o começo do campeonato foi desanimador para a franquia. Os três primeiros jogos terminaram com apenas uma vitória (uma sonolenta contra os Bills) e duas derrotas marcadas por drops, turnovers capitais sofridos e inconstância no time de especialistas.
Entretanto, os Chargers vêm melhorando gradativamente. Desde o apertado triunfo contra os 49ers (sem Jimmy Garoppolo), Los Angeles evoluiu defensivamente, fez mudanças nos special teams e protagonizou grandes jogadas no ataque. O novo kicker Mike Badgley ainda precisa melhorar os kickoffs, mas não errou nenhum field goal até agora. O sistema defensivo não sofreu 20/+ pontos aos adversários em outubro. E o setor ofensivo tem média superior a 400 jardas totais por confronto.
O resultado disso em campo foi uma fácil vitória contra os Raiders, um triunfo imponente sobre o interessante Browns e, mesmo sem Melvin Gordon, um novo resultado positivo contra o imprevisível Titans. Não foram adversários de elite, porém a forma como o Los Angeles Chargers se impôs merece destaque. O placar combinado para L. A. nesses confrontos foi 84-43.
No fim das contas, a campanha inicial de 1-2 agora dá lugar o retrospecto de cinco vitórias e duas derrotas. Esses dois reveses, aliás, foram para Rams e Chiefs, os quais combinam para uma campanha 13-1 neste momento.
Quatro vitórias seguidas, um quarterback de elite, um dos melhores grupos de recebedores da NFL, Melvin Gordon, Joey Bosa ainda para estrear… O Los Angeles Chargers talvez não faça como nos últimos anos, quando entrou em forma na reta final da temporada. A equipe talvez já esteja fazendo isso.
Houston Texans (4-3)
Não tenho dúvidas que ainda é cedo demais para empolgar com o Houston Texans e olhar o time como real candidato na AFC, como os Chargers. A questão é que os Texans começaram a vencer seus jogos. Além disso, estamos falando de um grupo com muito talento individual. Se a campanha da equipe ajudar e as estrelas do elenco despontarem, Houston poderá fazer barulho na NFL.
Nas três primeiras semanas do campeonato o Houston Texans teve cinco turnovers, nenhum jogo com mais de 22 pontos e três derrotas. A franquia, por exemplo, foi a única derrotada pelos Giants até agora. No entanto, os últimos quatro confrontos foram marcados por quatro triunfos.
Desde a semana 4, os Texans demonstraram força no ataque contra os Colts. Pass rush sólido contra os Cowboys. E defesa acima da média contra Bills e Jaguars. De fato, os oponentes também não foram os mais fortes da NFL, pelo contrário. Contudo, o restante do calendário do time não é muito diferente disso e o resultado final é o mais importante.
A questão para o Houston Texans agora é ter mais consistência para reunir esses pontos positivos mais vezes nos mesmos jogos. São raras as atuações realmente sólidas da franquia até agora em todos os setores do elenco. Ainda assim, Houston vem de quatro vitórias seguidas e acabou de assumir a liderança da AFC Sul. Lembrando que este é um grupo que conta com Deshaun Watson, DeAndre Hopkins, J. J. Watt e Jadeveon Clowney.
Detroit Lions (3-3)
Até mesmo pela competitividade da NFC, o Detroit Lions não tem o mesmo status de Chargers e Texans na conferência. Contudo, este é um time que venceu três dos últimos quatro jogos após começar a temporada de maneira pífia. Os dois primeiros duelos dos Lions foram duas derrotas (contra Jets e 49ers), sendo o primeiro deles uma goleada em casa na estreia.
Depois disso, então, Detroit melhorou. Novos alvos interessantes apareceram, o jogo corrido teve ótimos lampejos e a defesa se tornou mais eficiente. Os três triunfos da equipe nesta temporada foram diante de New England, Green Bay e Miami.
Verdade seja dita, os Lions derrotaram os Patriots ainda desconfigurados, os Packers no pior jogo da carreira de Mason Crosby e os Dolphins sem Ryan Tannehill. Por isso, pode ser cedo demais para concretizar o time de Detroit na briga na Conferência Nacional.
De qualquer maneira, a NFC Norte está completamente aberta e ninguém duvida do poderio ofensivo do Detroit Lions (31,5 pontos por jogo desde semana 6). É evidente que a franquia está evoluindo e tem espaço para crescer ainda mais.