A NFL viu a semana 6 se desenrolar de maneira espetacular: reação dos Texans contra os Colts, Saints sobrevivendo aos Panthers, Seahawks parando os Falcons, Cowboys encerrando o jejum em Wisconsin… Enfim. Foram muitos fatos espetaculares e que, consequentemente, geraram algumas reações aos fãs de futebol americano.Ainda, recordes, lesões e reviravoltas marcaram mais um fim de semana de bola oval.
Deste modo, é nessa conjuntura que destacamos quatro fatos principais das partidas que aconteceram no domingo e quem merecem discussão a partir de agora.
A defesa dos Packers contra o jogo corrido não é tão boa quanto os números indicam
Um dos confrontos mais interessantes da rodada envolvia dois dos melhores times da Conferência Nacional: de um lado, o Green Bay Packers, de Aaron Rodgers; do outro, o Dallas Cowboys, dos calouros Dak Prescott e Ezekiel Elliott. Melhor dizendo, era a defesa contra o jogo corrido dos Packers (a melhor da NFL até então) diante do melhor ataque terrestre da liga, o dos Cowboys.
Green Bay, como falado, ao contrário do que estamos acostumados, impressionava em 2016 pela consistência de seu front seven: nas cinco primeiras semanas da temporada, a franquia cedia em média apenas 42,8 jardas terrestres por partida – a segunda melhor marca da NFL desde 1967.
Entretanto, Dallas foi capaz de produzir 191 jardas corridas, sendo 157 de Elliott e deixou claro que, por melhor que a defesa de Green Bay seja – e isso é outro ponto de discussão -, ela está longe de ser uma das maiores que a liga já viu.
Sim, ceder uma média inferior a 43 jardas por confronto após nove partidas é algo impressionante, mas esta marca, neste caso, parece ter acontecido muito mais pelos fracos ataques corridos adversários do que pela solidez defensiva dos Packers: desde a semana 1, Green Bay enfrentou, nesta ordem, Jaguars, Vikings, Lions e Giants, além dos Cowboys. E é importante dizer que os três piores ataques terrestres da NFL em termos de jardas são justamente New York (76), Jacksonville (71) e Minnesota (70,6), sendo que Detroit não vai muito longe disso, ocupando a 26º posição (em 32 times).
Redskins – não os Eagles – são os favoritos para vencer a NFC Leste juntamente com os Cowboys
Pela maneira como a temporada 2016 começou, parecia que o Philadelphia Eagles – invicto até a semana 3 – seria um dos reais candidatos a competir na NFC Leste e quem sabe até na conferência como um todo. Contudo, após a folga dos Eagles na semana 4, algo parece ter mudado e Philadelphia, que não havia cometido nenhum turnover ofensivo nas primeiras três partidas, já tem dois nos dois últimos jogos.
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E o revés dos Eagles na semana 6 veio justamente em um importante confronto de divisão, contra o Washington Redskins. O time dos Redskins, aliás, parece vir firme na temporada. Não, a equipe não tem um elenco brilhante, mas tem bons jogadores dos dois lados da bola e encontrado resultados nisso. O triunfo por 27-20 contra os Eagles, marcando a terceira das últimas quatro partidas disputadas que a franquia anota pelo menos 27 tentos, mostrou isso. Wasghinton agora tem quatro vitórias seguidas na temporada (venceu oito dos últimos dez jogos que fez em temporada regular) e, com Cousins, Jones, Reed, parece realmente ser um candidato legítimo na NFC Leste – mais que os Eagles.
O ótimo momento dos Bills tem uma razão clara
Após mais um começo de temporada apático, perdendo as duas primeiras partidas do ano, tudo indicava que o Buffalo Bills estava se preparando para mais uma temporada decepcionante. Entretanto, algo parece ter mudado drasticamente o rendimento da equipe dentro de campo – e Rex Ryan tem méritos aqui – a ponto não só de melhorar as performances do time, mas sim converter os bons momentos em vitórias. Agora, nas últimas quatro semanas, Buffalo venceu quatro vezes.
Na semana 6, contra o San Francisco 49ers ficou claro porquê os Bills vêm tão bem, e não pense que é pela defesa, a qual foi uma das melhores da NFL nas últimas temporadas: o jogo corrido de Buffalo é a principal razão disso. Contra os Niners, por exemplo, foram 312 jardas terrestres, a maior marca da franquia desde 1992. Aquelas 151 jardas corridas combinadas contra Ravens e Jets nas semanas 1 e 2, foram convertidas em 208, 134, 193 e 312, respectivamente, nas últimas quatro rodadas.
As chances de playoffs dos Panthers estão por um triz
Poucas histórias vêm sendo mais decepcionantes em 2016 para seus torcedores como a do Carolina Panthers. A equipe terminou a temporada passada com 15 vitórias em 16 jogos, brilhou nos playoffs e chegou até o Super Bowl. Todavia, neste ano, isso não vem se repetindo, pelo contrário.
Após seis partidas, os Panthers venceram apenas uma vez – contra os 49ers, que têm apenas um triunfo em 2016. Cam Newton displicente em alguns momentos, jogo corrido inconstante e defesa frágil (pelo menos 33 pontos em dois dos últimos três jogos), esses vêm sendo, de modo geral, os principais problemas da franquia. E a história neste aspecto não é gentil ao Carolina Panthers: nenhum dos cinco campeões de Super Bowl que começaram a temporada seguinte com campanha 1-5 – como Carolina está agora após a derrota de 41-38 para os Saints na semana 6 – foram aos playoffs.
Além disso, desde 1970, apenas os Bengals daquele ano e os Chiefs da temporada passada começaram uma temporada 1-5 e chegaram à pós-temporada no mesmo ano, sendo que nenhum deles passou da rodada Divisional.
Pela atual conjuntura da Conferência Nacional, dificilmente algum time que não seja campeão de divisão irá ao mata-mata com menos de dez vitórias – o que implica que o Carolina Panthers vença nove dos últimos dez jogos, ou algo parecido. Portanto, é valido dizer que as chances de playoffs dos Panthers estão por um triz.
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