Quem conseguirá parar o New Orleans Saints, que agora acumula sete vitórias consecutivas? E o que mais podemos dizer sobre o ataque do Los Angeles Rams, o qual já é o melhor da franquia desde o começo dos anos 2000? Ademais, a semana 10 da NFL provocou (ou pelo menos deveria) movimentações na posição de quarterback de Broncos, Giants, Browns e 49ers, cada qual com suas peculiaridades. Sobre San Francisco, especificamente, saiba que a equipe enfim venceu sua primeira partida no ano.
É com isso em mente que analisei os principais fatos da décima rodada da National Football League em 2017. Cada vez mais os confronto ganham relevância e, enquanto algumas franquias já pensam no Draft 2018 (certo, Giants?), outras ainda sonham em atuar no próximo mês de janeiro!
Este New Orleans Saints foi construído para vencer nos playoffs
Esta não é a primeira – e nem será a última – vez que você irá ler (ou ouvir) algo feito por mim sobre o New Orleans Saints em 2017. Pelo menos não se a franquia continuar jogando desta maneira. A cada semana que passa, os Saints parecem melhorar em aspectos dos dois lados da bola, dando ao time cada vez mais domínio sobre seus adversários. Nesta semana 10 da NFL, contra o sólido Buffalo Bills, isso ficou claro mais uma vez.
Tenha em mente que New Orleans anotou 47 pontos e Drew Brees terminou a partida sem nenhum passe para touchdown. Por outro lado, o jogo corrido da equipe foi o diferencial: os Saints totalizaram seis (!) TDs terrestres, além de 298 jardas em 48 tentativas. Não à toa, nas estatísticas finais do confronto, o New Orleans Saints venceu seu adversário em jardas totais (482-198), tempo de posse (41:23-18:37) e first downs (32-10).
No fim das contas, temos visto em New Orleans um elenco que tem um dos melhores QBs de todos os tempos, um backfield que agora tem pelo menos 200 jardas de scrimmage em três partidas seguidas e uma linha ofensiva que está jogando melhor que praticamente todas da liga neste momento. Do outro lado da bola, os Saints não são brilhantes, mas fazem aquilo necessário para vencer em grandes jogos: ser incrivelmente efeito em situações específicas.
Os Cowboys precisam encontrar uma maneira de vencer sem Ezekiel Elliott
De fato, no último domingo (12), a linha ofensiva do Dallas Cowboys teve sua pior atuação das últimas três temporadas, pelo menos (Atlanta obteve oito sacks na noite), fato que certamente complicou as chances de vitória dos Cowboys diante dos Falcons. Paralelamente a isso, contudo, é preciso ressaltar que Dallas não contou com Ezekiel Elliott na noite – e o ataque do time não agradou.
O running back dos Cowboys que mais se destacou no confronto foi Alfred Morris, com 11 corridas para 53 jardas – o segundo melhor corredor da equipe foi Dak Prescott, com apenas seis tentativas. O que é muito pouco jogando fora de casa, diante de uma defesa em uma noite inspirada.
Quem acompanha as partidas do Dallas Cowboys nos dois últimos anos sabe que a franquia tem mais sucesso quando consegue controlar o relógio e enfrentar terceiras descidas curtas, deixando Dak Prescott com o playbook inteiro à disposição, por exemplo. Isso acontece quando seu ataque terrestre funciona. Sem Elliott, todavia, Dallas não conseguiu fazer isso, e o fato do camisa #21 perder possivelmente mais cinco jogos desta temporada, pelo menos neste momento, deixa as chances de classificação aos playoffs da equipe em xeque.
DeShone Kizer teve a melhor atuação de sua carreira profissional
Por alguns minutos, pensei que o Cleveland Browns iria conseguir ir até Detroit e derrotar os Lions, afinal, o time esteve na liderança do marcador em vários momentos do confronto. Essa boa performance dos Browns como visitante, então, foi possível porque DeShone Kizer finalmente fez uma atuação que, apesar de nada brilhante, desperta alguma esperança em Cleveland.
Kizer teve sua melhor tarde desde que chegou à NFL, completando 21 passes para 232 jardas, 1 touchdown e 1 interceptação. Além disso, o camisa #7 correu para 57 jardas e 1 TD, mas acabou deixando o duelo por conta de uma lesão. No fim do dia, o elenco dos Lions prevaleceu e acabou vencendo por 38-24. Todavia, levando em conta que DeShone Kizer não tem exímios talentos à sua volta no sistema ofensivo e a situação que os Browns vivem na posição de QB nas últimas décadas, foi bom ver o calouro dando certa competitividade ao grupo. Ainda restam sete jogos no calendário e Kizer terá novas oportunidades para mostrar que o Cleveland Browns não precisa se preocupar em escolher um novo quarterback nas primeiras escolhas do próximo Draft.
Os Giants devem selecionar um QB no Draft 2018
É quase inacreditável que o New York Giants, que entrou em 2017 como um dos candidatos da Conferência Nacional a estar no Super Bowl, venceu apenas uma partida após nove disputadas. Lesões de jogadores muito importantes, Draft questionáveis e principalmente um técnico descontrolado e inexperiente, esses talvez sejam os principais fatores que culminaram nessa desastrosa campanha novaiorquina neste ano. Contudo, isso é assunto para outro ocasião. Neste momento, estou mais preocupado com os Giants no futuro.
Ao que tudo indica, o time irá reformular sua comissão técnica e deverá buscar nomes sólidos para a linha ofensiva e backfield principalmente. Entretanto, lembre-se que Eli Manning já tem 36 anos e sua produção não é a mesma de alguns anos atrás (em 2017, ele ultrapassou as 300 jardas aéreas só uma vez). Combinando tudo isso ao fato que o Draft 2018 estará repleto de quarterbacks talentoso (e esses incluem prospectos da 1ª até a 4ª rodada pelo menos), está na hora de New York pensar adiante. Eu ainda vejo Manning atuando pelo menos mais uma temporada como titular do New York Giants, situação essa que seria a ideal para um jovem QB calouro que ainda precisa aprender um pouco sobre a dinâmica da National Football League.
Você viu o que C. J. Beathard fez em San Francisco?
Assim como DeShone Kizer, C. J. Beathard teve sua melhor atuação na NFL nesta décima semana. O novato do San Francisco 49ers, escolhido na 3ª rodada do último Draft, foi o grande responsável pela primeira vitórias dos Niners na temporada. Beathard terminou a tarde com 19/25 nos passes, 288 jardas, 2 TDs e 1 INT, além de 15 jardas e 1 touchdown terrestre. Seu rating de 123,4 foi o segundo maior entre os QBs calouros de 2017.
Por incrível que pareça, uma possível ascenção de C. J. Beathard pode estar vindo em um momento que os torcedores de San Francisco “não” querem precisam, uma vez que Jimmy Garoppolo deve estrear pela equipe em breve. A opção por adquirir Garoppolo com uma temporada já encerrada (em termos de chance de pós-temporada), sendo que um novato estava no banco do elenco e nomes como Kirk Cousins possivelmente estarão no mercado, pode ser bastante questionada. Valerá a pena se Jimmy Garoppolo jogar muito bem – e os 49ers, por aparentemente não terem garantindo uma oferta de contrato longo ao QB, sabem muito bem disso.
Brock Osweiler está à frente de Trevor Siemian, mas é Paxton Lynch quem deve ser o titular
O Denver Broncos mais uma vez decepcionou seus torcedores, desta vez contra o New England Patriots, e agora a franquia não sabe o que é marcar mais de 25 pontos em um jogo desde a semana 2 desta temporada da NFL. Não à toa, Denver venceu apenas um dos sete confrontos que disputou desde então, chegando à uma campanha 3-6, a qual praticamente encerrou as chances de playoffs no Colorado.
Diante dos Pats, Brock Osweiler totalizou 221 jardas, 1 TD e 1 INT na noite e, em especial durante as chamadas e leituras das jogadas, mostrou que está mais apto para ser o titular dos Broncos do que Trevor Siemian. Por exemplo, Osweiler encontrou sete recebedores diferentes na noite, sendo que dois deles tiveram pelo menos cinco recepções, Emmanuel Sanders (137 jardas) e Demaryius Thomas (44 jardas e um touchdown). Todavia, ao mesmo tempo que o camisa #17 deu relativamente maior competitividade aos Broncos, ficou claro que ele não será o quarterback do futuro para a franquia.
No mais, foi noticiado que Paxton Lynch, QB selecionado na 1ª rodada de 2016, está recuperado de lesão e pode ser escalado pelo técnico Vance Joseph. Assim sendo, escalar Lynch nesta reta final da temporada regular da NFL seria o mais sensato a fazer em Denver. A equipe, então, poderá avaliar se o camisa #12 é uma esperança para o futuro ou se terá que buscar um novo nome para a posição na próxima offseason.
Outras rápidas conclusões
– O ataque dos Rams segue impressionando. O time derrotou os Texans por 33-7 neste domingo, garantindo seu 4º triunfo da temporada por pelo menos 25 pontos de diferença no placar. Los Angeles/St. Louis havia conseguido isso apenas três vezes entre 2004 e 2016.
– O Atlanta Falcons venceu facilmente o Dallas Cowboys, impulsinado pelo show… da sua defesa! Na vitória por 27-7, os Falcons tiveram oito sacks, forçaram dois turnovers e permitiram apenas 233 jardas totais e sete pontos aos Cowboys.
– O Houston Texans segue tendo problemas com a ausência de Deshaun Watson. Os Texans agora estão com campanha 0-2 sem Deshaun Watson, e isso inclui o fato do time ter totalizado só 21 pontos nessas duas partidas – com Watson, diante apenas dos Seahawks, foram 41 tentos anotados.
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