NFL

2019 All-Pro Team: minha seleção desta temporada da NFL

Para fechar a cobertura da temporada pelo theScore — se você ainda não viu meus posts por lá, basta clicar aqui (infelizmente, quem está no Brasil não tem o acesso ao aplicativo) — nossa equipe de NFL e college football fez uma votação para definirmos nosso All-Pro Team do campeonato.

Com isso em mente, decidi colocar meus jogadores escolhidos para a seleção deste ano aqui. Além disso, como complemento, comentei a respeito de cada um deles e mencionei qual nome de cada posição eu não queria ter deixado de fora, porém, pela competição, tive que fazer isso. 

Esclarecimentos básicos: o time joga na formação tradicional, tanto no ataque quanto na defesa. Ou seja, temos dois wide receivers, um running back, um tight end e um flex (pode ser um nome de qualquer uma das posições de ataque). Left tackle é left tackle — e não apenas offensive tackle. Ah, e como fullback não estará mais no All-Pro Team oficial da NFL, então optei por não colocar Kyle Juszczyk dos 49ers abaixo também. 

Do outro lado da bola, o sistema é 4-3, enquanto a secundária tem dois safeties, dois cornerbacks e um defensive back extra (de qualquer uma das funções de fundo do campo).

Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Quarterback: Lamar Jackson, Baltimore Ravens

Sem grandes surpresas na posição mais prestigiada do futebol americano. Tivemos alguns outros quarterbacks jogando muito bem, como Russell Wilson, Drew Brees, Aaron Rodgers, Dak Prescott, Patrick Mahomes, porém nenhum deles teve a regularidade, explosão, produção e domínio sobre os adversários como o signal-caller dos Ravens. 

Entrando na semana 17, Jackson lidera a NFL em touchdowns, com 36. Desde a semana 8, o segundo anista totaliza 29 touchdowns (quatro corridos) e três turnovers

Quem eu não queria ter deixado fora: por mais indiscutível que seja o Lamar aqui, Wilson merece a menção honrosa.

Running back: Christian McCaffrey, Carolina Panthers

Como corredor puro, McCaffrey talvez não tenha sido o melhor da temporada. Todavia, a produção do camisa #22 faz com que a escolha dele seja basicamente indiscutível. A estrela dos Panthers terminará a temporada com mais de 400 toques na bola, mais de 2.000 jardas totais (talvez até se tornando o terceiro jogador da história com 1.000 jardas corridas/1.000 recebidas) e possivelmente 20 touchdowns totais.

Quem eu não queria ter deixado fora: Nick Chubb, Cleveland Browns. 

Wide receiver: Michael Thomas, New Orleans Saints

Em termos de previsibilidade nesta seleção, Thomas está para a posição de wide receiver assim como Jackson está para a de quarterback. Afinal, o camisa #13 dos Saints terminará a temporada regular liderando todos os recebedores em passes lançados em sua direção, recepções (incluindo a quebra do recorde) e jardas. Um ano magnífico.

Quem eu não queria ter deixado fora: DeAndre Hopkins, Houston Texans.

Wide receiver: Chris Godwin, Tampa Bay Buccaneers

Um dos motivos de Tampa Bay ter produzido tanto no ataque no que diz respeito à jardas é Godwin. O recebedor dos Bucs teve 86 recepções para 1.333 jardas e nove touchdowns em 14 partidas neste ano, apesar de ser, em tese, o WR#2 do elenco. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Kenny Golladay, Detroit Lions. 

Tight end: George Kittle, San Francisco 49ers

É difícil argumentar contra a temporada de Kittle, em todos os sentidos. Mais que a produção em campo (78 recepções, 967 jardas e cinco TDs em 13 jogos até aqui), o camisa #85 é impecável nos bloqueios e permite que os 49ers até arquitetem um sistema ofensivo em torno dele, algo raro quando se tratando de tight ends.

Quem eu não queria ter deixado fora: Travis Kelce, Kansas City Chiefs.

Flex: Julio Jones, WR, Atlanta Falcons

Em 14 confrontos disputados, Jones somou 92 recepções, 1.316 jardas e seis touchdowns. E isso parece muito normal para ele.

Quem eu não queria ter deixado fora: Derrick Henry, RB, Tennessee Titans.

Left tackle: Ronnie Stanley, Ravens

Nas 13 aparições que fez protegendo o lado cedo de Jackson, Stanley não permitiu nenhum sack e aceitou somente seis pressões. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Laremy Tunsil, Houston Texans.

Left guard: Quenton Nelson, Indianapolis Colts

Pelo segundo ano consecutivo, Nelson foi o melhor guard da NFL. Principalmente no jogo corrido, o jogador de 23 anos de idade simplesmente já parece estar em um hall que poucas vezes vimos no futebol americano profissional.

Quem eu não queria ter deixado fora: Joel Bitonio, Ceveland Browns. 

Center: Jason Kelce, Philadelphia Eagles

A explosão de Kelce logo após o snap também é algo que não se vê todo dia. E isso faz com que ele seja capaz de executar bloqueios, principalmente para corridas, em distâncias significativamente maiores em relação do ponto de snap do que outros nomes de sua posição. Vinha sendo assim nas oito temporadas anteriores, e continua em 2019.

Quem eu não queria ter deixado fora: Erik McCoy, Saints.

Right guard: Zack Martin, Dallas Cowboys

É difícil encontrar um guard capaz de executar bloqueios para o passe tão bem quanto para corridas — e Martin provou novamente que é capaz disso. Foi mais um ano de solidificação para o guard mais versátil de sua geração. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Marshal Yanda, Ravens.

Right tackle: Ryan Ramczyk, Saints

Ramczyk não permitiu nenhum sack em 15 partidas nesta temporada — e tenha em mente que ele teve dois quarterbacks diferentes no campeonato, o que pode fazer uma diferença considerável neste caso. Tê-lo em campo significa que New Orleans tem sempre uma resposta precisa para o melhor pass rusher adversário. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Mitchell Schwartz, Kansas City Chiefs. 

Defesa

Edge: Chandler Jones, Arizona Cardinals

Jones é um dos jogadores mais subestimados da NFL, muito pelo fato de jogar em uma equipe que não atravessa boa fase e de mercado menor na liga. Nesta temporada, ele é o melhor em fumbles forçados (8) e sacks (19). 

Quem eu não queria ter deixado fora: Cameron Jordan, Saints.

Edge: T.J. Watt, Pittsburgh Steelers

Em termos de impacto geral em um sistema defensivo, ninguém se iguala a Watt em 2019. Atenção para tais números: 14 sacks, 34 hits em QB, 14 tackles para perda de jardas, 50 tackles totais, sete fumbles forçados, sete passes defendidos e duas interceptações. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Shaq Barrett, Buccaneers. 

Defensive tackle: Aaron Donald, Los Angeles Rams

O fato de Donald não ter repetido os impressionantes 20,5 sacks que teve ano passado não significa que a temporada foi ruim para ele, pelo contrário. Não existe um defensive tackle melhor que o camisa #99, que lidera a liga em tackles para perda de jardas, e sua posição em pressões feitas.

Quem eu não queria ter deixado fora: Kenny Clark, Green Bay Packers.

Defensive tackle: Cameron Heyward, Steelers

A velocidade que Heyward na linha defensiva simplesmente não é normal, tampouco a agilidade do camisa #97, que faz com que ele seja talvez o melhor trunfo defensivo nas trincheiras para o combate ao jogo corrido. Em 15 confrontos, este defensive tackle tem 79 tackles.

Quem eu não queria ter deixado fora: Grady Jarrett, Falcons. 

Linebacker: Bobby Wagner, Seattle Seahawks

Por mais um ano, a essência da posição de linebacker esteve representada em Wagner. Assim como Kuechly (ver mais abaixo), o impacto do camisa #54 dos Seahawks não abrangeu todas as estatísticas como em 2018, porém a regularidade e importância para o sistema defensivo — algo que muitas vezes vai além dos números — foram impressionantes. Wagner lidera a NFL em tackles, com 152.

Quem eu não queria ter deixado fora: Fred Warner, 49ers.

Linebacker: Luke Kuechly, Carolina Panthers

A temporada 2019 de Kuechly tem sido relativamente abaixo dos padrões do camisa #59. Ainda assim, ele chega à semana 17 com 138 tackles, 11 passes defendidos, duas interceptações e um safety forçado. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Darius Leonard, Colts.

Linebacker: Eric Kendricks, Minnesota Vikings

Quando falamos dos melhores linebackers da NFL, o nome de Kendricks nem sempre vem à tona. Mas o defensor dos Vikings, principalmente pela versatilidade, tem se tornado um dos LBs mais refinados do futebol americano — e 2019 provou isso. Foram 110 tackles, 12 passes defendidos e dois fumbles forçados em 15 jogos. 

Quem eu não queria ter deixado fora: Demario Davis, Saints. 

Cornerback: Stephon Gilmore, New England Patriots

Gilmore é o jogador mais importante de uma das melhores defesas da NFL. Mais que isso, o ex-Bills chegou a um patamar nesta temporada que raríssimas vezes se viu na última década: os recebedores em que o camisa #24 está na cobertura são praticamente nulos em campo. Gilmore lidera a liga em interceptações (6) e passes defendidos (19). 

Quem eu não queria ter deixado fora: Marlon Humphrey, Ravens. 

Cornerback: Tre’Davious White, Buffalo Bills

White no sistema defensivo dos Bills é mais um caso em que o cornerback talvez seja o nome mais especial do setor. A forma como o defensive back de Buffalo lê as jogadas impressiona e não é comum para um jogador de 24 anos de idade. A secundária dos Bills é uma das mais dominantes do futebol americano, e é difícil imaginar isso acontecendo se não fosse o camisa #27.

Quem eu não queria ter deixado de fora: Shaquill Griffin, Seahawks.

Safety: Minkah Fitzpatrick, Steelers

Como os Steelers, que perderam seu quarterback, running back e wide receiver nº 1 ao mesmo tempo por grande parte da temporada, estão na briga pelos playoffs na semana 17? Pois a defesa simplesmente subiu consideravelmente de patamar com o campeonato em andatamento. E isso “coincidentemente” ganhou tal depois da troca por Fitzpatrick. O ex-Dolphins tem cinco interceptações, dois fumbles forçados e dois touchdowns marcados.

Quem eu não queria ter deixado de fora: Marcus Williams, Saints. 

Safety: Jamal Adams, New York Jets 

Depois de ter ficado fora do Pro Bowl como calouro, Adams disse que foi a primeira e última vez que seu nome não estaria no Jogo das Estrelas da NFL. Nos dois anos seguintes, ele não só foi eleito para o evento, como se tornou o safety mais completo da liga. 

Quem eu não queria ter deixado de fora: Harrison Smith, Vikings.

Defensive back: Richard Sherman, 49ers

Quem diria que Richard Sherman, aos 31 anos de idade, estaria jogando em altíssimo nível. O veterano se encaixa perfeitamente nas coberturas em zona dos 49ers, o que explica o papel de liderança do ex-Seahawks em um sistema defensivo desacreditado no começo do ano. Os 11 passes defendidos por Sherman em 2019 estabeleceram sua melhor marca desde 2016.

Quem eu não queria ter deixado de fora: Quinton Dunbar, CB, Washington Redskins.

Times especiais

Kicker: Justin Tucker, Ravens

Apesar de três erros ao longo do ano (dois extra points), Tucker terminará 2019 com mais de 96% de aproveitamento em field goals e a maior quantidade de extra points chutados e convertios. Ele continua sendo, de longe, o chutador mais confiável e decisivo da NFL. 

Quem eu não queria ter deixado de fora: Will Lutz, Saints.

Punter: Tress Way, Redskins

Depois de algumas temporadas subestimadas, enfim chegou o ano de Way poder ser definido como o melhor punter da liga. O chute de punt mais longo do ano foi dele (79 jardas), assim como a melhor média de jardas por punt (49,2). 

Quem eu não queria ter deixado de fora: Brett Kern, Titans.

Kickoff return: Cordarrelle Patterson, Chicago Bears

Por mais uma temporada, Patterson foi uma grande arma nos retornos de kickoff. Não por acaso, o retorno mais longo do campeonato (102 jardas) e a maior quantidade de jardas combinadas em retornos (826) nas 16 semanas disputadas até agora pertencem a ele.

Quem eu não queria ter deixado de fora: Steven Sims, Redskins. 

Punt return: Deonte Harris, Saints

Harris lidera todos os jogadores em jardas retornadas em punt (319), bem como em jardas de kickoff e punt combinadas (963). 

Quem eu não queria ter deixado de fora: Tarik Cohen, Bears.

Special Team: Taysom Hill, Saints

Como não colocar Hill depois de mais um campeonato com enorme contribuição retornando, tackleando e bloqueando para um dos principais grupos de especialistas da NFL?

Quem eu não queria ter deixado de fora: Matthew Slater, Patriots.

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