Você acredita em mágica?
Você certamente já leu, ouviu e assistiu a isso: Nick Foles liderou o Philadelphia Eagles em uma vitória como zebra nos playoffs. E não é por acaso que começo a 30MFA desta semana com isso em pauta. Sim, mais uma vez, Nick Foles liderou o Philadelphia Eagles em uma vitória como zebra nos playoffs. Desta vez, a vítima foi o Chicago Bears, dono da possível melhor defesa da NFL, na Windy City.
Sabíamos que o confronto entre Eagles e Bears em Chicago teria dois desdobramentos. Ou a equipe de Matty Nagy venceria com certa facilidade. Ou presenciaríamos um embate equilibrado, físico e decidido nos pequenos detalhes – e foi exatamente isso que aconteceu. Ambas as defesas tiveram boa atuação e, em geral, anularam os ataques. Esses, aliás, que apresentaram já conhecidas limitações, acabaram aparecendo nas campanhas mais decisivas. Como citado, o confronto foi parecido para ambos os lados.
Venceu o time que errou minuciosamente menos. O qual, aliás, também era o time mais experiente, atual vencedor do Super Bowl. Ah, e que também é o elenco que conta com uma das histórias mais incríveis da NFL nos últimos anos. Simplesmente, o que acontece com Nick Foles por lá é incrível. Agora, Foles acumula quatro vitórias consecutivas com os Eagles, sendo três dessas responsáveis por levar o time aos playoffs e a outra, a mais recente delas, diante de uma das melhores equipes da liga. Em pós-temporada, Nick Foles tem campanha 4-1, tendo sua derrota acontecido em 2013!
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Já falamos disso antes e não é demais ressaltar: o que acontece em Philly no que diz respeito aos QBs Carson Wentz e Nick Foles é algo sem precedentes. Sabemos que Wentz é o franchise quarterback, que ele é melhor e que não há uma controvérsia sobre a titularidade da posição. Contudo, é inexplicável a história escrita por Foles nas duas últimas temporadas. Falcons, Vikings, Patriots e agora Bears. O livro deste Nick Foles não acabou, e a questão hoje talvez seja entender de qual gênero ele se trata.
Você acredita em mágica? Eu não. Ainda não. Mas depois do que o Soldier Field viu, não dá para achar que tudo é normal em Philly quando Nick Foles está por lá.
Quarterback
Uma das primeiras lições para quem começa a acompanhar o futebol americano é saber da importância da posição de quarterback. Dentre todos os esportes, aliás, essa talvez seja a função mais importante. Neste caso, estamos falando de pós-temporada, quando QBs ficam ainda mais em pauta.
Tenha em mente que é preciso um quarterback em ótimo momento para triunfar nos playoffs. Porém, a ótima forma desse QB não passa necessariamente por 300 jardas e quatro touchdowns semanalmente. No mata-mata, a narrativa pode ser diferente. É preciso saber vencer. Errar pouco, em especial no último período, e saber qual decisão deve ser tomada jogada após jogada.
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Não é só mera coincidência que Lamar Jackson, Deshaun Watson e Mitchell Trusbiky, os quais fizeram suas respectivas estreias em playoffs, tenham sido eliminados por Philip Rivers, Andrew Luck e Nick Foles, que agora combinam para 22 jogos como titular em janeiro. Claro, há mais coisas por trás disso, porém a experiência under center conta – e muito.
Luck teve atuação mais consistente do que Watson, e nem precisamos pegar os números para concluir isso. Jackson começou o confronto nervoso, cometeu dois fumbles nas oito primeiras jogadas da partida e só deu sinais de reação com seus lançamentos nos minutos finais. E, convenhamos, foi algo muito mais emocional do que técnico. Do outro lado, contudo, vimos Rivers longe de um dia brilhante, entretanto sem cometer grandes erros. Foi o necessário.
Por fim, entre Foles e Trubisky, houve equilíbrio entre os quarterbacks de um modo, porém com o camisa #9 levando a melhor após um último período impecável. Tenha em mente que até mesmo no embate entre os experientes no assunto – Russell Wilson e Dak Prescott -, sorriu por último o QB que jogou mais. Sim, Prescott foi fundamental no triunfo de Dallas sobre Seattle.
Lembre-se: nos playoffs, o quarterback não precisa inicialmente ter produtividade absurda. O essencial passa por não errar demais, saber o que está em jogo, ter conhecimento de cada momento e fazer chamadas e leituras de jogadas corretas. “Simples” assim.
Linha ofensiva
De um modo geral, as quatro linhas ofensivas que jogaram melhor em suas jogos, saíram com a vitória – e isso não é uma coincidência. Primeiramente, um bom trabalho dos bloqueadores alivia a pressão sobre o quarterback e facilita o que foi destacado no item acima. Além disso, uma OL consistente consegue abrir espaço para o jogo corrido. Correr bem com a bola, cansar o adversário, controlar o relógio… Tudo isso é chave em equilibradas partidas na NFL.
Veja a atuação do Indianapolis Colts, por exemplo. Andrew Luck foi muito bem protegido mais uma vez, e o ataque terrestre teve média de 5,7 jardas por corrida. E que tal a linha ofensiva do Dallas Cowboys, a qual permitiu apenas cinco hits ao todo em Prescott, além de 4,8 jardas por tentativa? Ainda, mesmo sem correr bem com a bola, o Los Angeles Chargers permitiu somente um sack em Rivers. Por fim, vimos a linha ofensiva do Philadelphia Eagles brilhar em Chicago. Ceder um sack e cinco hits no QB contra a defesa dos Bears não é para qualquer um.
Time de especialistas
Os Chargers venceram com cinco field goals de Mike Badgley. Justin Tucker, derrotado, errou seu primeiro FG em playoffs na carreira. Errar também aconteceu com Sebastian Janikowski, de Seattle, time que se viu em situação até de onside kick nos segundos finais, porém falhou. Não se esqueça ainda (como se fosse possível) da tentativa derradeira de Cody Parker, a qual bateu em duas traves e não entrou.
Salvo a partia entre Houston e Indianapolis, os outros três jogos da rodada de Wild Card foram definidos por uma posse de bola. Desses, dois aconteceram por uma diferença de dois ou menos pontos. Em clássicos tão equilibrados assim, são os pequenos detalhes que fazem diferença. Na NFL, esses detalhes frequentemente são encontrados no time de especialistas – e isso ficou claro nessa rodada.
Sim, as defesas ficaram “em segundo plano”
Ataques vencem jogos, defesas ganham campeonatos. Isso é verdade. Porém, frequentemente esquecemos de colocar um asterisco nisso: tais defesas precisam ter apoio com mínima competitividade/eficiência do ataque, além de acertar nos pequenos detalhes. Detalhes esses que, na maioria das vezes, resumem-se em decisões da comissão técnica e execução do time de especialistas. Equilíbrio em todos os lados da bola é necessário em todos os esportes, sob todas as circunstâncias, incluindo ótimas defesas no futebol americano.
Nessa rodada de Wild Card, a combinação de tudo isso fez com que os dois melhores sistemas defensivos caíssem.
Os técnicos não deveriam ficar em segundo plano
Não deixe de lado a importância do head coach e coordenadores ofensivo e defensivo em uma partida de futebol americano. Nesta rodada de Wild Card, por exemplo, decisões, chamada de jogadas, timeouts, desafios… Enfim, tudo isso pesou bastante em alguns confrontos.
Em Colts vs Texans, Bill O’Brien certamente não conseguiu extrair o melhor de seus jogadores e o ataque de Houston foi pífio na red zone. Basicamente o contrário do que aconteceu com Frank Reich e Indianapolis. Isso é parte do trabalho do treinador. Já em Seahawks vs Cowboys, como não questionar as chamadas de jogadas dos Hawks? Seattle totalizou 8,6 jardas por passe e três jardas por corrida. No fim do duelo, a equipe terminou com 27 lançamentos e 24 corridas feitas.
Ademais, não poderia deixar de ser destacado a fidelidade dos Eagles para com seu plano de jogo, mesmo atuando fora de casa contra uma sólida defesa. O pedido de timeout de Doug Pederson que culminou no segundo (e errado) field goal, idem.
O Indianapolis Colts tem chances reais de vencer o Super Bowl LIII
Sabemos que os playoffs da NFL são influenciados pelo momento de cada time. E que não é algo sem precedentes ver equipes de Wild Card terminando no topo; pelo contrário. Nesse sentido, é preciso olhar para o Indianapolis Colts com outros olhos. Estamos falando do time mais quente da liga no momento, e que tem um quarterback de elite, uma linha ofensiva sólida e um candidato a Técnico do Ano em mãos. Mais que isso, provavelmente pela ótima fase atravessada, Indy tem visto outros setores subindo de produção, como o jogo corrido e a defesa. Sem contar que a pressão sobre a equipe é mínima neste momento.
A impressão que fica hoje é que os Colts podem derrotar qualquer adversário. Se alguém pensava que isso valeria apenas para a temporada regular, a resposta foi dada em Houston.
Não subestime os Chargers pela atuação “sofrida”
Você ficou preocupado com a atuação dos Chargers? Se sim, saiba que é algo natural pelo passado recente do time. Além disso, o desempenho do elenco contra os Ravens nesta Rodada de Wild Card foi abaixo do esperado. Philip Rivers passou zerado, o jogo corrido teve média final de 2,7 jardas por tentativa, foram só 243 jardas totais… Nada isso corresponde ao talento que Los Angeles tem, tampouco às atuações que predominaram na equipe durante o campeonato regular. Contudo, tenha em mente que o Los Angeles Chargers conseguiu derrotar um dos adversários mais “quentes” da NFL, fora de casa, e dono de uma das defesas mais sólidas da temporada.
Sem dúvidas, os Chargers fizeram apenas o necessário para triunfar em Baltimore – e as 90 jardas corridas dos Ravens talvez resuma isso. Certamente agora, contra os Patriots em New England, será preciso mais para sair com um resultado positivo. O jogo promete, portanto, pois L. A. tem talento suficiente para se adaptar a um oponente tão “calejado”. A sofrida atuação em Baltimore não serve de parâmetro neste caso.
Por ora, a pressão pela derrota dos Texans deve cair em O’Brien
Não hesite em afirmar: a eliminação precoce do Houston Texans foi uma decepção. Mais uma para a franquia, aliás. Verdade seja dita, se não fosse pelo talento individual de alguns jogadores de Houston, um placar ainda mais desigual teria acontecido. No âmbito coletivo, houve muitas falhas, sendo as 200 jardas corridas de Indy a principal delas. Individualmente, as principais peças dos Texans não renderam como deveriam. A mais importante delas – Deshaun Watson – poderia ter aparecido mais. Quando fez algo, algumas vezes foi atrapalhado pelas penalidades, linha ofensiva e/ou drops.
Este foi o segundo ano de Watson com os Texans. Por enquanto, um novo revés precoce com um elenco talentoso em mãos vai para a conta de Bill O’Brien. Todavia, saiba que o próximo dessa “lista de culpados” é Deshaun Watson. É assim que as coisas funcionam na NFL.
Este não deve ser o último jogo de Harbaugh com os Ravens
A pressão em John Harbaugh existe, e não é de hoje. As campanhas recentes do Baltimore Ravens (sem playoffs entre 2015 e 2017) foram, de fato, decepcionantes. E agora, com o revés diante dos Chargers, a última vitória de Harbaugh em mata-mata foi em 2014. Entretanto, o respaldo da temporada 2018 foi positivo e deve dar uma sobrevida ao head coach.
Veja bem: John Harbaugh teve que trocar de QB titular com o campeonato em andamento, sendo o vencedor da posição um calouro. Ademais, Baltimore não conta com uma super-estrela entre running backs, tampouco entre os wide receivers. Ainda assim, a equipe foi capaz de vencer dez partidas e terminar em primeiro lugar da divisão. Em geral, o trabalho de Harbaugh foi positivo, apesar do jejum de triunfos em pós-temporada persistir.
Joe Flacco e Nick Foles estarão no mercado. Alguma dúvida sobre qual deles é a melhor opção?
Em meio aos confrontos da pós-temporada, foi noticiado que dois quarterbacks interessantes estarão disponíveis na offseason 2019. Um deles será Joe Flacco, o qual perdeu posição para Lamar Jackson em Baltimore. Ao que tudo indica, os Ravens querem trocar Flacco e, caso isso não aconteça, estão dispostos a dispensar o jogador. O outro nesse caso é Nick Foles. O Philadelphia Eagles já declarou que está aberto a receber propostas de troca pelo quarterback. Então provavelmente dois vencedores de Super Bowl estão livres. Qual dos dois escolher?
Enquanto Foles ainda está vivo nesta temporada e Flacco acabou de ir para o banco de reservas, não há dúvida quanto a melhor opção nesta comparação. Para um campeonato como um todo, a competitividade de Joe Flacco é maior que a de Nick Foles. Portanto, já deixei claro quem o Jacksonville Jaguars, time que mais precisa de um QB titular atualmente na NFL, deve buscar entre ambos. E, pasmem, não pensei muito sobre isso, até porque não tem como entender exatamente tudo o que está acontecendo com Foles em Philly atualmente.
Jogador Ofensivo: Ezekiel Elliott, running back, Dallas Cowboys
137 jardas corridas, 32 jardas recebidas, um touchdown, uma corrida de 44 jardas e outra de 17 na campanha mais importante do jogo. Elliott mostrou mais uma vez por que é o jogador mais importante dos Cowboys.
Jogador Defensivo: Darius Leonard, linebacker, Indianapolis Colts
O primeiro jogo de pós-temporada de Leonard, assim como na temporada regular, foi quase impecável. Como esse calouro é bom! Darius Leonard liderou os Colts em tackles com 13, além de ter desviado um dos lançamentos mais importantes do confronto, em um terceira descida para dez jardas no último período.
Técnico da semana: Doug Pederson, Philadelphia Eagles
Sim, os Eagles saíram de Chicago vivos. Não foi o “confronto mais bonito do mundo”, porém Philly mostrou fidelidade e foco no plano de jogo mais uma vez. Nick Foles teve relativo sucesso contra um ótimo sistema defensivo. E a secundária dos Eagles fez boas jogadas apesar de devastada pelas lesões ao longo do ano. Doug Pederson tem méritos nisso. E o treinador ainda pediu o timeout derradeiro, o qual culminou na segunda tentativa de field goal (desperdiçada) dos Bears.
Em todos os aspectos do jogo, Clemson dominou Alabama
Há muito (muito!) tempo, Alabama não era tão dominada nos aspectos básicos de um jogo como na decisão da temporada 2018 do college football. Com exceção do ataque corrido, os Clemson foi superior em todos os demais quesitos, dentro e fora de campo. E sim, isso inclui o embate entre os head coaches.
Dabo Swinney simplesmente conseguiu extrair o melhor da maioria de seus jogadores. Além disso, o treinador não comprometeu com chamadas/decisões questionáveis e foi premiado com um sólido desempenho. Pasmem, os Tigers venceram seus dois confrontos nos playoffs por um placar combinado de 74-19. Definitivamente, a forma do time laranja apresentada na semifinal não era apenas por desmérito de Notre Dame.
Tenha em mente que Clemson foi superior a Alabama em jardas totais (482-443), conversões de terceira descida (10/15-4/13), turnovers (0-2) e penalidades (1-6). Além disso, ao todo, os Tigers marcaram 30 pontos (na defesa dos Crimson Tide) não correspondidos (por um ataque que conta com o segundo colocado no Heisman Trophy 2018) para obter um placar final de 44-16. Simplesmente, impressionante!
A história escrita pelos Tigers
Pela primeira vez na história do college football (era moderna), um time terminou uma temporada com campanha 15-0! Não por acaso, a equipe de Clemson em 2018 entra nas conversas como uma das melhores de todos os tempos. Afinal, ademais, lembre-se que ela evitou que seu adversário também entrasse na história dessa mesma forma. Alabama tem um grande time de futebol americano – e esse foi amassado por Clemson.
Verdade seja dita, desde que o futebol americano universitário começou a ser praticado, houve uma vez em que um time venceu as 15 partidas que disputou durante um campeonato. Isso aconteceu com Penn, em 1897. Exato: 121 temporadas se passaram desde então! Para se ter uma noção, o avião ainda nem havia sido inventado naquela época.
Uma derrota que não se vê todo dia nos Crimson Tide
É difícil encontrar algum fã brasileiro de college football que tenha visto Alabama sofrer uma derrota tão “fácil” quanto à final nacional desta temporada. Afinal, Nick Saban assumiu a universidade em 2007 e, desde então, isso jamais havia acontecido.
Primeiramente, saiba que esta foi a maior diferença no placar em uma derrota na carreira de Saban. Antes disso, o pior revés fora de 14 pontos – Clemson venceu com 28 tentos de folga. Ainda, em 167 partidas comandando os Crimson Tide, essa foi apenas a quinta vez que Saban viu seu time perdendo um jogo tendo cedido 40/+ pontos.
Além de tudo isso, é preciso destacar outros dois aspectos que, quem assistiu à decisão, deve ter reparado: Alabama foi dominada em praticamente todos os sentidos e Nick Saban (ao lado de sua comissão técnica) cometeu vários erros. O head coach simplesmente não teve respostas pelo desempenho ofensivo e defensivo de Clemson e, quando tentou encontrar uma solução, não foi feliz.
Por exemplo, chamar um fake punt na primeira campanha do segundo tempo, perdendo por duas posses, é questionável. E fica ainda mais se levarmos em conta que a tentativa era de 40 jardas e que Joseph Bulovas já tinha até errado um extra point no jogo. Clemson visivelmente estava preparada para um fake. E detalhe: mesmo que fosse para funcionar, Saban deveria ter pensado algo diferente do que colocar um holder para correr em direção a linha defensiva dos Tigers. Ah, e correr quatro vezes em uma primeira descida para TD contra a DL de Clemson não é uma boa ideia.
Conclusões finais (e tardias) após os playoffs
- Se fosse apenas o “teste do olho”, tendo como base o agora, os playoffs teriam sido diferentes. Clemson, Alabama, Georgia e Oklahoma fariam de fato o chaveamento dos quatro melhores times do college football na temporada 2018. Dificilmente algo mudaria a conquista de Clemson, verdade seja dita, mas talvez o desafio fosse maior.
- Trevor Lawrence é o melhor QB prospecto desde, no mínimo, 2012. O melhor jogador da final foi o quarterback true freshman Trevor Lawrence. O camisa #16 totalizou 347 jardas e três touchdows, sem ter cometido nenhum turnover. Mais que analisar as estatísticas de Lawrence, esteja atento ao que foi ressaltado: ele é um true freshman, o que significa que terá pelo menos mais duas temporadas no college football. Sim, ele ainda pode melhorar. Por enquanto, ele já é o melhor QB prospecto desde Andrew Luck em 2012.
- Mal posso esperar pela Parte V de Clemson vs Alabama. Então agora Clemson e Alabama se enfrentaram quatro vezes nas últimas quatro temporadas, sendo todas elas nos playoffs. O placar geral está 2-2, com dois títulos para os Tigers e um para os Crimson Tide. Lembrando que a única vez que a rivalidade não ocorreu em uma decisão, Nick Saban foi campeão após derrotar Dabo Swinney na semifinal. Falamos da Parte IV deste clássico como uma confirmação da soberania de Alabama, ou mais um capítulo de uma das grandes rivalidades dos esportes na atualidade. A segunda opção entrou em cena – e mal posso esperar pela quinta parte desse filme.
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A receita para vencer nos playoffs: os aspectos destacados no começo da 30MFA também são comprovados pelos números. Ao todo, os vencedores da rodada de Wild Card levaram a melhor em first downs (84 vs 59), jardas-TDs corridos (495-4 vs 333-1), sacks permitidos (3 vs 13) e aproveitamento de field goals (77,8% vs 67,7%).
Invicto. Com mais uma vitória, Nick Foles agora está invicto nas duas últimas temporadas quando foi titular (e terminou a partida) entre o mês de dezembro e fevereiro (9-0).
Nos playoffs da AFC, serão todos contra Tom Brady. Patrick Mahomes, Philip Rivers e Andrew Luck, esses são os outros três quarterbacks que, ao lado de Brady, sonham em chegar ao Super Bowl na AFC. E sabe qual é a campanha de todos esses contra o camisa #12 de New England na carreira? 0-14. Aliás, se considerarmos os já eliminados Lamar Jackson e Deshaun Watson, isso fica ainda pior: 0-16.
20/+ pontos = vitória! Os Cowboys têm campanha 10-0 em jogos em marcou pelo menos 20 pontos nesta temporada.
A pior derrota da carreira de Nick Saban? A derrota para Clemson por 28 pontos de diferença na final do college football foi a maior desvantagem em um revés na carreira de Saban. Pasmem, antes disso, o head coach jamais havia sido derrotado por uma diferença maior que 14 tentos.
Assim ficaram definidos os confrontos dos playoffs após a rodada de Wild Card:
Sábado, 12 de janeiro
- 19h35min – Kansas City Chiefs vs Indianapolis Colts
Ninguém quer enfrentar o Indianapolis Colts neste momento, nem mesmo o poderoso ataque do Kansas City Chiefs. Será interessante ver como a instável defesa dos Chiefs enfrenta Andrew Luck e companhia (lembre-se como Indy correu bem com a bola diante de Houston). Do outro lado, será talvez o teste mais complicado para o sistema defensivo dos Colts: Kansas City marcou pelo menos 27 pontos em todos os jogos de 2018. Quem está por trás disso é Patrick Mahomes com seus 50 touchdowns, Tyreek Hill, Travis Kelce… Enfim, é um setor completo. Será um bombardeio no Arrowhead Stadium. Em confrontos assim, costuma levar a melhor quem for mais eficiente.
- 23h15min – Los Angeles Rams vs Dallas Cowboys
O ataque dos Rams e a defesa dos Cowboys não terminaram o campeonato em suas melhores formas. Todavia, Dallas mostrou que está de volta à competitividade ideal do setor contra os Seahawks. Por outro lado, a folga de Los Angeles nesses playoffs dá a possibilidade ao time de fazer ajustes ofensivos (Jared Goff precisa melhorar, por exemplo) e ter nomes como Todd Gurley recuperado. Estou curioso para ver o confronto entre Ezekiel Elliott e linha defensiva dos Rams. Sem dúvidas, será o ponto crucial deste embate.
Domingo, 13 de janeiro
- 16h05min – New England Patriots vs Los Angeles Chargers
Mesmo com algumas oscilações durante a temporada regular, o New England Patriots chega ao confronto como favorito. Jogar em Foxborough, ambiente onde Philip Rivers jamais teve sucesso, piora ainda mais as coisas. Para L. A., a dupla de pass rushers Joey Bosa-Melvin Ingram vem melhorando a cada rodada. Por outro lado, temos visto um bom trabalho do jogo corrido dos Patriots nos últimos jogos. Assim sendo, a forma como New England correrá com a bola será de suma importância no duelo. Se a equipe conseguir boa produção com James White, Sony Michel e companhia, Tom Brady terá menos pressão. Em compensação, se o camisa #12 tiver que fazer 40/50 lançamentos, pode significar problemas. Os Chargers certamente se apoiam no fato de terem acabado de limitar o melhor ataque terrestre da NFL desde o mês de novembro em 90 jardas.
- 19h40min – New Orleans Saints vs Philadelphia Eagles
Confesso que este é o jogo que mais me chama atenção. Claro, os Saints são favoritos e ninguém ficaria surpreso se Drew Brees aplicasse mais uma goleada. Todavia, a mística por trás de Nick Foles e do Philadelphia Eagles neste momento é incrível. Já imaginou se Foles consegue derrotar Brees em New Orleans? Além de tudo isso, quero ver o comportamento da linha defensiva dos Eagles, a qual melhorou bastante na proteção para o passe recentemente, contra o front seven dos Saints. Bem como o comportamento dos recebedores secundários de New Orleans. Sabemos que os receivers ao lado de Michael Thomas são limitados e que as lesões atrapalharam bastante os defensive backs de Philadelphia. O encontro entre Sean Payton e Doug Pederson será bastante interessante.