A temporada 2019 não começou da maneira esperada para o Denver Broncos. Tampouco para o Chicago Bears.
E o embate entre os times na semana 2 mostrou que, embora tenha acontecido uma melhora ou outra, muita coisa precisa ser consertada para que as franquias correspondam às expectativas neste ano.
Nos Bears, o jogo corrido ter funcionado (153 jardas), mesmo que com altos e baixos nas campanhas, é algo que Matt Nagy certamente fica contente para implantar seu plano de jogo ofensivo.
Jogadas como a corrida de 46 jardas de Cordarrelle Patterson — e os bloqueios de Chicago merecem destaque — precisam ser mais recorrentes para um ataque com um quarterback limitado.
Mitchell Trubisky, mais uma vez, pouco fez. Os 16/27 e 120 jardas, apesar do triunfo no fim do dia, é abaixo daquilo que um QB rodeado por várias peças de qualidade deveria produzir.
De fato, ele fez jogadas (uma em especial, o passe para Allen Robinson) para colocar seu time em posição de vencer o confronto. Contudo, a campanha derradeira pode ser mais conferida às recorrentes falhas do sistema defensivo dos Broncos, as quais acontecem em todos os níveis, e, claro, à uma incoerência nas regras da NFL.
Independentemente de qualquer coisa, Eddy Pineiro foi a principal grata surpresa da tarde dos Bears com o chute da vitória.
Falando na defesa de Denver, o baixo rendimento dessa é o que dita o começo ruim de trabalho de Vic Fangio no Colorado. Com dois jogos disputados, os Broncos não têm nenhum sack ou turnover. Inacreditável.
É de se ressaltar que os QBs adversários estão lançando a bola muito rápido quanto enfrentam Von Miller e Bradley Chubb. Entretanto, o material humano que Fangio tem hoje, bem como o investimento depositado no treinador, requer mais.
As quase nulas atuações do pass rush sobrecarregam o já limitado interior do grupo de linebackers, e que escancara ainda mais as fragilidades de uma secundária a ser ajustada.
Do outro lado da bola, Joe Flacco passando a bola 50 vezes por partida, mesmo com Emmanuel Sanders ainda produzindo, não é o caminho. Não com uma linha ofensiva que já “tira o sono” do torcedor.
A variação no ataque terrestre entre Philip Lindsay (13 corridas) e Royce Freeman (11 corridas) é interessante, mas produz muito abaixo do que Flacco e seu discreto ataque suportam.
Os Broncos se tornaram o terceiro time da história a conseguir uma conversão de dois pontos nos 30 segundos finais de uma partida e ainda assim saírem de campo derrotados. As outras duas ocasiões haviam acontecido em 1961 e 1965.
E os malucos momentos finais de Denver e Chicago simbolizam os atuais momentos das equipes, de um modo geral.
Os Broncos foram prejudicados (incoerentemente) por um hit no QB adversário e não conseguiram segurar uma previsível campanha de passes lideradas por Trubisky.
Já os Bears, venceram em embate emocionante com um nome que o torcedor do time lamenta não ter feito parte do elenco ano passado, quando a franquia, pelo menos num primeiro momento, mostrou-se mais competitiva do que nas duas primeiras semanas de 2019.