Os Chiefs terão forças para pelo menos se manterem no topo da AFC Oeste até o fim da temporada regular? Como Cowboys e Redskins podem “salvar suas campanhas” e ao menos garantirem uma ida para os playoffs? Além disso, a semana 11 da NFL deixou claro que, mesmo com certa demora, tudo está normal em New England. Em contrapartida, as coisas não vão bem para os Packers, que perderam mais uma e viram os Vikings (com sua grande defesa) triunfarem novamente.
Como de costume, separei alguns dos principais fatos da semana 11 da National Football League e falei um pouco mais sobre eles!
Enquanto as coisas estão ficando interessantes na AFC Oeste…
O que está acontecendo com o Kansas City Chiefs? Depois de ter começado a temporada com campanha 5-0, a equipe acumula retrospecto 1-4 nas últimas cinco semanas (o último revés veio para os Giants no domingo) e está vendo seus rivais encostarem na AFC Oeste – a diferença de Kansas (1º) para Los Angeles e Oakland é de dois jogos apenas. Mas você já deveria saber que isso poderia acontecer.
No começo da temporada eu havia dito que a campanha dos Chiefs em 2017 não seria tão brilhante quanto parecia, até porque Alex Smith não é tão bom quanto ele estava sendo, e que Kareem Hunt era o jogador mais valioso deste elenco (as quatro derrotas de Kansas City no ano aconteceram justamente quando Hunt teve média de 58,7 jardas de scrimmage por confronto). A verdade é que os Chiefs não vêm jogando bem há mais de um mês e correm riscos de perderem a liderança de sua divisão – e talvez até ficarem fora dos playoffs – até o fim da temporada regular.
Isso pois, além da queda de rendimento do time, o Los Angeles Chargers tem melhorado de produção a cada semana. Verdade seja dita, os Chargers têm dificuldades quando enfrentam fortes adversários, mas vale ressaltar que apenas um adversário de Los Angeles até o fim do calendário tem mais vitórias do que derrotas, que é justamente o Kansas City Chiefs. Ademais, não devemos descartar o Oakland Raiders desta conversa; pelo menos não ainda. De fato, Oakland está entre as minhas maiores decepções de 2017, entretanto um grupo com tanto talento dos dois lados da bola pode protagonizar uma empolgante sequência de vitórias a qualquer momento.
…o mesmo não pode ser dito para a NFC Leste
Enquanto as coisas parecem estar cada vez mais indefinidas na AFC Oeste, na NFC Leste, em contrapartida, o destino da divisão vai ganhando definições concretas. Após esta semana 11, com a tranquila vitória do Philadelphia Eagles sobre o Dallas Cowboys e derrota do Washington Redskins para o New Orleans Saints, a franquia comandada por Carson Wentz agora lidera a divisão com quatro jogos de vantagem sobre o segundo colocado Cowboys. Em outras palavras, isso indica que Philly pode garantir o título divisional antes mesmo de chegarmos no mês de dezembro (de acordo como o site FiveThirtyEight, os Eagles têm 99% de chances de conseguirem isso).
Por outro lado, para Washington e Dallas, o futuro não aparenta ser empolgante. Os Redskins vêm sendo um dos times mais inconstantes da NFL nesta temporada e, ao menos que a essência do elenco mude, isso deverá permanecer até a semana 17. Já os Cowboys, simplesmente parecem não saber como vencer sem Ezekiel Elliott e Tyron Smith. Em duas partidas sem eles, a equipe sofreu 12 sacks, três turnovers, e não conseguiu ultrapassar os dez pontos marcados.
Alguma dúvida que os Bills erraram ao colocar Tyrod Taylor no banco?
Por algum motivo, Sean McDermott decidiu colocar Tyrod Taylor no banco de reservas e deixar o calouro Nathan Peterman como o titular do Buffalo Bills diante do Los Angeles Chargers. Enquanto o head coach talvez explique as duas derrotas seguidas da franquia (para Jets e Saints até então), sua decisão continua sem sentido, uma vez que perceptivelmente Taylor não era o culpado pelo mau momento dos Bills. Pelo contrário, o camisa #5, desde que se tornou titular em Buffalo, foi um dos quarterbacks que melhor protegeu a bola na NFL. Por exemplo, em 254 passes tentados, Tyrod Taylor sofreu apenas três interceptações em 2017.
Diga-se de passagem, três interceptações foram facilmente alcançadas por Peterman nesta semana 11: em apenas dois períodos ele igualou essa marca. Na verdade, o novato teve quatro interceptações nos seus nove primeiros passes profissionais na liga, sendo que ele acabou retornando para o banco de reservas após ter lançado cinco interceptações ao todo – chegando nesta 11ª rodada, três franquias tinham lançado menos picks que isso no campeonato inteiro. “Coincidentemente”, no primeiro tempo, o Buffalo Bills somou sete pontos. No segundo (sob o comando de Taylor), por sua vez, foram 17 tentos anotados.
Com esta defesa, os Vikings podem chegar longe
O Los Angeles Rams entrou em campo neste domingo (19), acumulando três jogos seguidos com pelo menos 33 pontos anotados, tendo totalizado 117 tentos neste período. Não à toa, o ataque da franquia está ranqueado como o 2º melhor da NFL nesta temporada em pontos anotados, marcando em média 30,3 por partida, e 4º em jardas totais, com 375,4 por confronto. Em geral, isso explica porquê os Rams já venceram sete partidas em 2017 – e também porquê o time conheceu sua terceira derrota do ano para o Minnesota Vikings.
A defesa dos Vikings, vale ressaltar, é a 4ª melhor da National Football League em pontos cedidos por jogo, 17,2. Nesta semana 11, então, Minnesota teve uma de suas melhores atuações defensivas da temporada, sofrendo apenas sete pontos, 254 jardas totais e 15 first downs. Pela primeira vez em 2017, o ataque dos Rams se pareceu mais com o do ano passado, o qual foi o pior da NFL – e os Vikings merecem créditos por isso.
Minnesota agora tem seis vitórias seguidas mesmo sem poder contar com seus dois quarterbacks (Teddy Bridgewater e Sam Bradford) e running back (Dalvin Cook) titular. Nada disso seria possível se não fosse pela defesa armada por Mike Zimmer, a qual, aliás, é a principal razão dos Vikings terem qualquer chance em uma futura pós-temporada.
Não queira ver Baltimore com um ataque produtivo
Se você não é torcedor do Baltimore Ravens, não queria ver a franquia com um bom ataque. Em 2017, os Ravens mais uma vez têm apresentado uma defesa de alto nível. Até agora na temporada, o sistema defensivo de Baltimore cede em média 17,1 pontos por jogo (3ª melhor marca da NFL), tendo zerado seus oponentes em três confrontos. Mas essas boas performances da defesa não é acompanhada pelas atuações ofensivas da franquia – Baltimore tem o 31º e 18º ataque da liga em jardas totais e pontos por partida, respectivamente.
Joe Flacco é simplesmente o pior quarterback desta temporada em média de jardas por confronto, com apenas 165,2, e suas 11 interceptações (para nove touchdowns), mostram que a fase do camisa #5 não é boa. Outro problema para Baltimore é que a baixa produção de Flacco é agravada com a ausência do elenco de um jogo corrido consistente e ótimos recebedores.
De qualquer maneira, já vimos o Baltimore Ravens com ótimas defesas em outros anos, e seus respectivos ataques acabaram se encontrando, em algum momento da temporada. Isso faz com que suposições de como os Ravens de 2017 seriam se seu sistema ofensivo fosse melhor aumentem ainda mais. Se isso acabar acontecendo neste ano, tenho certeza que Baltimore estará nos playoffs (o Wild Card da AFC não deve ter ótimos competidores para a equipe) e será um complicado desafio para quem tiver que enfrentá-lo.
Outras rápidas conclusões
– Problemas em Green Bay! Agora já são cinco partidas em que os Packers não contaram com Aaron Rodgers. Nesses confrontos, o time venceu apenas uma vez, teve média de 13,4 pontos por jogo e sofreu seu primeiro shutout desde 2006.
– Jay Cutler? Aos poucos, o Miami Dolphins vai se distanciando dos playoffs da Conferência Americana, e agora são quatro derrotas seguidas para a franquia. A última delas veio para os Buccaneers (que não contaram com Jameis Winston), por 30-20, na qual Jay Cutler teve 6/12 nos lançamentos, para 83 jardas, 1 TD e 3 INT, sendo retirado do jogo ainda em andamento. Já não é hora de Matt Moore assumir a titularidade em Miami?
– Tudo normal em New England! Os Patriots não tomaram conhecimento dos Raiders e conseguiram uma grande vitória por 33-8. Agora, os Pats não sabem o que é perder desde o dia 1º de outubro, que foi justamente a última vez que o time cedeu mais de 20 pontos nesta temporada.
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