A temporada da NFL, mesmo sendo limitada a 16 jogos, costuma ter momentos diferentes para cada time. É incomum que uma equipe domine o campeonato da primeira até a última rodada, e o mais normal, portanto, é variações entre os meses de setembro e dezembro.
Clima, cansaço, lesões, pressão, ajustes… Enfim, há várias explicações para altos e baixos ao longo dos meses de campeonato.
É com isso em mente, então, que decidi colocar em perspectiva o que mais me chamou atenção positiva e negativamente em cada time após seis semanas.
Conferência Americana
AFC Norte
Cleveland Browns (2-4)
Gostei: a defesa dos Browns têm aparecido precisamente em dois dos pontos mais importantes na NFL atualmente: o time é o quarto melhor da temporada em sacks (19) e novo conversões de terceiras descidas cedidas (33,8%).
Não gostei: Baker Mayfield não mostrou evolução nos principais defeitos de seu jogo, como aproveitamento nos passes e interceptações, sendo um dos dois piores titulares em ambos os quesitos (com 56,6% e 11, respectivamente). Freddie Kitchens também merece críticas neste caso.
Baltimore Ravens (4-2)
Gostei: e a forma como Lamar Jackson evoluiu com um ano a mais de experiência é o que mais me chama atenção nos Ravens. A capacidade de playmaker continua com o segundo anista, que agora melhorou lançando a bola. Os 11 touchdowns aéreos de Jackson na temporada configuram a terceira melhor marca da AFC.
Não gostei: o quesito sacks, tanto no ataque quanto na defesa, ainda é algo a ser consertado pelos Ravens. Afinal, a franquia cedeu a sexta maior quantidade de sacks até agora (16), enquanto amarga a oitava pior marca de sacks conquistados (11).
Pittsburgh Steelers (2-4)
Gostei: a forma como jovens defensores estão aparecendo, se continuarem encaixando rapidamente neste ano, pode confirmar uma defesa sólida em todos os níveis. Os Steelers têm 11 escolhas de primeira rodada no sistema defensivo neste momento.
Não gostei: JuJu Smith-Schuster, influenciado pela instabilidade no backfield é verdade, ainda não se encontrou. Tampouco quem será o WR nº 2 do elenco, com a posição de tight end também incerta. Depois de seis semanas, Pittsburgh tem menos recepções (124-143), jardas (1.232-1.465) e TDs (8-10) totais recebendo a bola do que os adversários enfrentados.
Cincinnati Benalgs (0-6)
Gostei: os Bengals fizeram a melhor partida do ano na estreia da temporada, contra os Seahawks. O time saiu derrotado, mas o plano de jogo de Zac Taylor prevaleceu sobre o de Pete Carroll de uma forma que nem sempre se vê quando um time viaja até Seattle. Essa deve ser a referência central de um dos piores times da liga em 2019.
Não gostei: são vários os pontos preocupantes de Cincinnati. O mais decepcionante deles talvez seja o jogo corrido, que é o pior da NFL em jardas por partida. Joe Mixon tem um touchdown — recebido — em 2019.
AFC Sul
Jacksonville Jaguars (2-4)
Gostei: a classe de novatos de 2019 dos Jaguars, simbolizada principalmente por Gardner Minshew, merece destaque. Em cinco aparições como titular, o calouro teve duas vitórias, com 60,3% de aproveitamento nos passes, 1.167 jardas, sete touchdowns e uma interceptação.
Não gostei: a defesa dos Jaguars não dá indícios que voltará a ser dominante como outrora. Por mais que em pontos sofridos a equipe seja 13ª na NFL, Jacksonville está abaixo da média em jardas totais (372.7) e jardas por tentativa (7,5) cedidas, além de ser última em turnovers forçados, com dois.
Tennessee Titans (2-4)
Gostei: nenhum time marcou mais de 20 pontos nos Titans até agora. A equipe de Mike Vrabel pressiona bem os QBs adversários e tem demonstrado versatilidade contra diferentes sistemas ofensivos.
Não gostei: nas duas últimas temporadas, as duas piores marcas de sacks cedidos em uma partida pertencem aos Titans. Em 2019, os quarterbacks do time já foram sackados 29 vezes, pior marca da liga. O rendimento desta linha ofensiva é questionável, principalmente em confrontos diretos de divisão.
Indianapolis Colts (3-2)
Gostei: os ajustes feitos por Frank Reich depois de ter perdido Andrew Luck há duas semanas da estreia da temporada são impressionantes. Jacoby Brissett tem hoje um jogo corrido consistente, ótima linha ofensiva e defesa pontual. Detalhe: nomes como Darius Leonard perderam a maioria do campeonato até agora por lesão.
Não gostei: era esperado que a secundária dos Colts fosse uma das mais profundas da NFL na atualidade. Todavia, a evolução de alguns jovens jogadores não aconteceu como esperado — Quincy Wilson talvez seja o melhor exemplo neste caso. O cornerback escolha de segunda rodada em 2017 amarga uma temporada ruim e já se prepara para atuar como safety.
Houston Texans (4-2)
Gostei: mesmo que nem sempre contra excelente pass rushes, a linha ofensiva dos Texans demonstrou evolução. Sem ceder nenhum sack nos dois últimos jogos, o setor agora totaliza 18 sacks sofridos neste ano, mas com 12 desses vindo nas primeiras três semanas. É difícil encontrar uma notícia melhor que essa com Deshaun Watson under center.
Não gostei: o sistema defensivo de Houston precisa de mais consistência, em especial na secundária. Cedendo 268 jardas aéreas em média por rodada, o setor é um dos 10 piores da NFL. Jovens jogadores como Justin Reid e o calouro Loonie Johnson, os quais até vêm em certa ascensão na temporada, precisam de mais regularidade.
AFC Leste
Buffalo Bills (4-1)
Gostei: por incrível que pareça, o sistema defensivo de Buffalo atual possivelmente é o melhor da era Sean McDermott. Terceira melhor da NFL em pontos e jardas cedidas, esta defesa limitou os quarterbacks rivais a 250/- jardas aéreas em 13 partidas seguidas, a sequência mais longa da liga.
Não gostei: não esperava ver alguns “erros de calouro” de Josh Allen, neste que é segundo ano profissional do quarterback. Lances como a interceptação no segundo tempo contra os Bengals, e duas das picks lançadas contra os Patriots na semana 4, não podem acontecer. Allen acumula sete interceptações em cinco jogos em 2019.
New England Patriots (6-0)
Gostei: seria esta a melhor defesa da era Bill Belichick nos Patriots? O que o sistema defensivo de New England tem feito é impressionante: depois de seis jogos, este sistema defensivo tem 16 turnovers forçados e três touchdowns marcados.
Não gostei: a linha ofensiva demonstra mais problemas a cada rodada, e este aparenta ser o único grande defeito deste time atualmente. Atuando frente a um Tom Brady mais lento, nem mesmo a baixa quantidade de sacks permitidos até agora (11) deve ofuscar as atuações abaixo da média do grupo de bloqueadores de New England.
New York Jets (1-4)
Gostei: os Jets tiveram poucas notícias empolgantes no ano. Os melhores jogadores do time continuam em alta, como Jamal Adams, por exemplo, e provavelmente o fato mais animador até agora veio justamente no único triunfo do time em 2019: Sam Darnold retornou de lesão (mono), totalizando 23/32 nos passes, para 338 jardas, dois touchdowns e uma interceptação.
Não gostei: as chamadas ofensivas e organização de Adam Gase para com seu ataque vão na contramão do que New York esperava para uma comissão técnica trabalhando ao lado de um promissor quarterback como Darnold e um running back como Le’Veon Bell. O fato de Darnold ter disputado somente duas partidas até agora pode ter escondido isso.
Miami Dolphins (0-5)
Gostei: os Dolphins são, de longe, o pior time da NFL. O que mais me instiga a ver os jogos do time neste ano são as campanhas lideradas por Josh Rosen, apesar de os números do jovem quarterback e principalmente a atuação contra Washington na semana 6 serem muito abaixo da média. Atuações como diante de Dallas e Los Angeles, mesmo com vários drops dos recebedores, indicam o que Rosen pode fazer com um elenco estruturado.
Não gostei: não é difícil encontrar “coisas ruins” para um time com cinco derrotas em cincos jogos, pior ataque e pior defesa da temporada. Mas o fato de a linha ofensiva dos Dolphins já ter permitido 23 sacks e 48 hits aos seus quarterbacks mostra que o processo de reformulação do sistema ofensivo vai muito além de encontrar um sólido passador.
AFC Leste
Denver Broncos (2-4)
Gostei: por mais que tenha sido contra dois adversários em baixa na temporada, o que foi visto da defesa dos Broncos nas duas últimas semanas é o que se esperava do setor neste ano. Foram seis turnovers forçados, menos de 20 first downs cedidos por jogo e 13 pontos sofridos ao todo, o que explica o porquê de o time ter conhecido os dois primeiros resultados positivos da temporada.
Não gostei: meu destaque negativo para os Broncos também fica na defesa, a qual, por mais que tenha melhorado em outubro, teve um setembro para ser esquecido. O fato de Denver, agora com Vic Fangio nas sidelines, não ter totalizado nenhum sack em quatro das primeiras cinco partidas do campeonato (e nenhum turnover forçado nas quatro rodadas iniciais) ilustram o começo 0-4 da franquia.
Los Angeles Chargers (2-4)
Gostei: a temporada 2019 dos Chargers tem respaldo negativo até agora. No âmbito individual, é interessante a produção de Austin Ekeler, o qual mostrou bons sinais principalmente quando titular nas primeiras quatro partidas. Em seis jogos, o camisa #30, que será free agent restrito em 2020, acumulou 611 jardas de scrimmage e seis touchdowns.
Não gostei: este não é aquele time que muitos acreditavam — por mais um ano — estar em posição de vencer o primeiro Super Bowl da história da franquia. A linha ofensiva apresenta fragilidades, o pass rush decepciona e a secundária não se manteve uma das melhores da NFL. A “boa” notícia é que vários nomes importantes estão fora por lesão, o que pode melhor esse cenário, mais cedo ou mais tarde.
Kansas City Chiefs (4-2)
Gostei: oito jogadores diferentes já marcaram touchdown pelos Chiefs em 2019, sendo que sete deles também têm 10/+ recepções (exceção: Tyreek Hill). Para um quarterback como Patrick Mahomes, e com os adversários tentando cada vez mais tentando decifrar o plano de jogo de Andy Reid, ter diferentes alvos confiáveis é uma excelente notícia.
Não gostei: é possível argumentar que o sistema defensivo de Kansas City piorou neste ano, em comparação à temporada passada. Em quatro dos seis confrontos disputadas a equipe permitiu 420/+ jardas totais, e os 29 first downs concedidos em semanas consecutivas para Baltimore e Detroit pioraram com as 35 primeiras descidas permitidas a Houston.
Oakland Raiders (3-2)
Gostei: a linha ofensiva dos Raiders é uma das mais subestimadas da NFL atualmente. Até agora, o setor é o sétimo melhor da liga em sacks e ajuda um jogo corrido com média de 4,9 jardas por tentativa.
Não gostei: a defesa dos Raiders continua muito abaixo da média. Foram apenas nove sacks e cinco turnovers em cinco partidas, o que coloca representa um setor que cede mais de 24 pontos por jogo. Mais experiência para Clelin Ferrell e o retorno de Johnathan Abram podem mudar esse cenário, entretanto.
Conferência Nacional
NFC Norte
Green Bay Packers (5-1)
Gostei: é difícil falar em outra coisa que não seja a defesa dos Packers quando o assunto é a temporada 2019 do time. Estamos falando de um sistema defensivo que não é dominante em todos os sentidos, porém tem capacidade de roubar a bola (11 turnovers em 2019) e pressionar o quarterback adversário (18 sacks e 37 QB hits) que faz qualquer elenco mais competitivo, principalmente um comandado por Aaron Rodgers.
Não gostei: ceder menos jardas na defesa (quase 364 jardas totais permitidas por partida), é um ponto com espaço para melhora. Não forçar turnovers em dois dos últimos três jogos foi algo surpreendente — e desafiador — para este sistema defensivo nas semanas 4 e 6.
Minnesota Vikings (4-2)
Gostei: finalmente, os Vikings estão vendo de Dalvin Cook tudo aquilo que era esperado quando o time recrutou o running back na segunda rodada de 2017. Após seis confrontos, Cook totaliza 108 corridas, 583 jardas terrestres (5,4 jardas/tentativa) e seis touchdowns, liderando o terceiro melhor ataque da nFL em jardas pelo chão.
Não gostei: o ataque aéreo de Kirk Cousins e companhia continua oscilando, e o rendimento diante de Packers e Bears — as duas melhores defesas enfrentadas neste ano — foi muito abaixo do que o torcedor de Minnesota espera. De fato, o show diante dos Eagles, que são um corrente direto na NFC, anima. Todavia, a secundária de Philadelphia é um dos problemas da equipe e não deve “enganar” os torcedores em Minnesota.
Chicago Bears (3-2)
Gostei: na semana 6 de 2018, Chicago também tinha campanha 3-2, mas com um sistema ofensivo consideravelmente melhor que o atual. Isso mostra, em geral, como a defesa da equipe continua jogando em altíssimo nível mesmo com a saída de nomes importantes. Os Bears cedem hoje menos de 14 pontos por confronto.
Não gostei: o ataque dos Bears é um dos seis piores da NFL tanto lançando quanto correndo com a bola. Técnico do Ano em 2018, Matt Nagy não conseguiu fazer os ajustes necessários em 2019, e a pressão sobre Mitchell Trubisky aumenta cada vez mais.
Detroit Lions (2-2-1)
Gostei: o momento que mais gostei dos Lions neste ano foi a atuação contra os Chiefs, embora saído de campo derrotado. Não é absurdo dizer que Detroit merecia a vitória, sentimento parecido com o que a franquia enfrentou contra os Packers no Lambeau Field. Estamos falando de duas sólidas atuações de Detroit, com sinais positivos em vários setores do elenco, diante de duas das melhores equipes da liga.
Não gostei: nos embates contra Kansas City e Green Bay, os Lions converteram apenas quatro touchdowns em nove aparições na red zone dos rivais. Isso não pode acontecer quando enfrentando grandes quarterbacks, e serve de aviso se Detroit almejar maior competitividade em janeiro.
NFC Sul
Tampa Bay Buccaneers (2-4)
Gostei: os Buccaneers já enfrentaram Matt Breida (e companhia), Christian McCaffrey (duas vezes), Saquon Barkley (por um pouco mais de um quarto, contudo), Todd Gurley e Alvin Kamara. Apesar disso, Tampa Bay tem a melhor defesa da liga cedendo jardas terrestres por partida.
Não gostei: visivelmente, a chegada de Bruce Arians impactou positivamente no jogo de Jameis Winston. Entretanto, os altos e baixos do quarterback persistem. Ele ainda não teve dois jogos seguidos sem ser interceptado, e acabou de lançar cinco interceptações na semana 6 depois de ter entrado na rodada com 6 TDs/1INT nos dois embates anteriores.
Carolina Panthers (4-2)
Gostei: os jogos dos Panthers em 2019 têm em Christian McCaffrey um atrativo muito especial. O camisa #22 lidera a NFL toques na bola (162), jardas de scrimmage (923) e touchdowns (9) após seis semanas, números que o colocam merecidamente até nas conversas para MVP.
Não gostei: o que devemos esperar de Cam Newton a partir de agora? O quarterback não terminou a temporada passada jogando bem, e começou 2019 limitado fisicamente. Ele já perdeu quatro partidas neste ano, nas quais Kyle Allen saiu vitorioso em todas. Enquanto saber que Allen pode se firmar como titular eventualmente é algo positivo para os Panthers, a incerteza quanto ao futuro de Newton preocupa.
New Orleans Saints (5-1)
Gostei: sem Drew Brees, os Saints não dominam seus oponentes. Todavia, a forma como o elenco como um todo subiu de patamar após a lesão do camisa #9, principalmente o sistema defensivo, merece destaque positivo. O trabalho feito por Sean Payton neste momento possivelmente o coloca como o favorito ao prêmio de Técnico do Ano.
Não gostei: os Saints ainda buscam um outro recebedor capaz de contribuir constantemente ao lado de Michael Thomas e Alvin Kamara. Salvo os dois jogadores, nenhum outro nome da equipe tem 17/+ recepções na temporada. Verdade seja dita, Jared Cook vem em ascensão, mas precisará mostrar mais jogando com Brees under center.
Atlanta Falcons (1-5)
Gostei: apesar de estar lançando a bola como nunca na carreira e ter sofrido mais turnovers que o habitual em determinado momento, Matt Ryan parece estar de volta à forma que fez dele um dos melhores quarterbacks da liga nos últimos anos. Liderando a liga em passes para touchdown, Ryan acumula 72,1% de aproveitamento nos lançamentos, 2.011 jardas e 15 TDs em 2019.
Não gostei: poderia escolher tanto o jogo corrido (quarto pior da NFL em jardas/partida) quanto a defesa (segunda pior em pontos sofridos), e minha opção pelo sistema defensivo se dá pois esse é comandado por um head coach especialista em defesa que não demonstra ajustes pontuais pela segunda temporada consecutiva. Atlanta soma apenas cinco sacks neste campeonato.
Philadelphia Eagles (3-3)
Gostei: é muito bom saber que Carson Wentz está 100% fisicamente. Depois de duas temporadas em que o quarterback sofreu com lesões (principalmente em 2018), Wentz demonstrou até agora (1.458 jardas, 12 TDs, 3 INTs) por que é um dos mais promissores quarterbacks da NFL.
Não gostei: a defesa dos Eagles vem jogando abaixo do que era esperado. Começando pelo pass rush, se não fosse os 10 sacks contra a pífia linha ofensiva dos Jets, Philadelphia teria apenas quatro sacks no ano, o que tem impacto ainda pior dentro de campo com uma secundária que cede mais de 280 jardas de passe por partida.
Dallas Cowboys (3-3)
Gostei: de fato, os Cowboys marcaram apenas um touchdown nas duas últimas partidas como visitante. Todavia, com seis confrontos disputados, Dallas tem ataque e defesa Top 10 tanto em pontos quanto em jardas permitidas.
Não gostei: começar a temporada 3-0 com vitórias sobre Giants, Redskins e Dolphins, e ter campanha 3-3 após seis embates, com derrotas contra Saints, Packers e Jets (na volta de Darnold), pode mostrar mais do que um time com brusca queda de produção. O que foi visto de Dallas recentemente permite os questionamentos quanto à real competitividade do elenco de Jason Garrett.
New York Giants (2-4)
Gostei: as primeiras quatro partidas como titular de Daniel Jones, nas quais ele acumula 904 jardas, cinco touchdowns e seis interceptações, foram melhores do que a maioria esperava. Jones se mostrou capaz de sobreviver à NFL, confirmou a habilidade atlética acima da média, e mostra que o futuro dos Giants, no fim das contas, pode estar em boas mãos.
Não gostei: a defesa novaiorquina é uma das mais frágeis da liga, especialmente quando o assunto é secundária. Em ordem, desde a semana 1, estes foram os totais de jardas cedidas pelos Giants: 494, 388, 499, 176 (vs. WAS), 490 e 427.
Washington Redskins (1-5)
Gostei: o que foi visto de Terry McLaurin dentro das quatro linhas indica que os Redskins, finalmente, podem ter encontrado um wide receiver para o futuro do time. Com 23 recepções, 408 jardas e cinco touchdowns, McLaurin parece ser nome certo no processo de reformulação de Washington a partir de agora.
Não gostei: Case Keenum, de novo, não respondeu. Colt McCoy, mesmo que em boa forma, tem limitações. E Dwayne Haskins, de talento indiscutível mas que claramente não está pronto, teve péssima primeira aparição profissional. O que será dos Redskins na posição de QB? A diretoria da franquia precisa ter isso em mente antes de contratar um novo treinador.
NFC Oeste
Seattle Seahawks (5-1)
Gostei: depois de seis partidas disputadas, Russell Wilson soma 72,5% nos passes, 1.704 jardas e 14 touchdowns, sem ter sido interceptado. O camisa #3 caminha a passos largos para ter a melhor temporada da carreira, a qual tem sido de suma importância para fazer dos Seahawks, que não necessariamente têm um elenco brilhante, um dos principais times da NFC.
Não gostei: a secundária dos Seahawks teve a melhor partida do campeonato na semana 6 contra os Browns, permitindo 249 jardas aéreas e interceptando três passes. No entanto, antes disso, o rendimento do setor em geral foi decepcionante, com mais de 270 jardas aéreas por confronto sofridas e só duas interceptações de defensive backs.
San Francisco 49ers (5-0)
Gostei: o equilíbrio entre ataque (29,4 pontos por jogo) e defesa (12,8 tentos sofridos por partida) impressionam em San Francisco, e sustentam um time até então invicto que corre em média 179,8 jardas por confronto, segunda melhor marca da NFL.
Não gostei: os turnovers são hoje o quesito que mais me preocupa neste 49ers. Na semana 1 contra os Bucs (três TOs), semana 3 contra os Steelers (cinco) e semana 6 diante dos Rams (dois), não tomar conta da bola poderia interferir no resultado final em um confronto que os Niners deixaram claro que foram superiores. Perder a bola constantemente não é algo que faz parte do dicionário das equipes em janeiro.
Los Angeles Rams (3-3)
Gostei: Cooper Kupp lidera a NFL em targets (69), totalizando 45 recepções, 522 jardas e quatro touchdowns em seis jogos, menos de um ano depois de ter rompido os ligamentos do joelho. Sem dúvidas, Kupp é hoje um dos MVPs do sistema ofensivo de Sean McVay.
Não gostei: primeiramente, o jogo corrido dos Rams não é o mesmo — e fica claro na produção de Todd Gurley. Além disso, a defesa do time, mediana nos quesitos gerais (como jardas cedidas), é uma das piores do campeonato no assunto pontos sofridos, com mais de 25 por embate.
Arizona Cardinals (2-3-1)
Gostei: assistindo aos jogos dos Cardinals semanalmente, é possível ver melhora no ataque do time gradativamente. E por mais que contra alguns sólidos adversários, como os Ravens na semana 2, o time tenha decepcionado, confrontos como diante de Bengals e Falcons mostram que Arizona está longe de ser o pior time da NFL meses depois de ter carregado tal posto.
Não gostei: o melhor indicador da defesa de Arizona até agora talvez seja os 14 sacks, que deixam o time abaixo da média da liga. Em outras palavras, isso mostra como a equipe vem defendendo mal em todos os níveis do setor, e em todos os quesitos (28,5 pontos e 414 jardas totais cedidas por partida).