Pela segunda temporada consecutiva, os torcedores do Washington Redskins não terminaram o ano contente com a franquia. Isso porque, pela segunda vez seguida, o time falhou em conquistar mais de oito vitórias e configurou a segunda temporada em sequência sem classificação aos playoffs. Tanto no ataque quanto na defesa, o desempenho dos Redskins não foi bom; e uma série de razões podem ser destinadas a isso, sendo o baixo rendimento da maioria dos principais jogadores do time a principal delas.
Verdade seja dita, as lesões de vários nomes importantes para o Washington Redskins também foi um grande desafio durante a campanha 2017 da equipe: é possível dizer que o melhor running back, tight end, offensive lineman, wide receiver e o mais promissor defensive lineman de Washington sofreram contusões consideráveis durante a campanha.
Desta maneira, a diretoria da franquia decidiu ir atrás de reforços imaginando que esses, combinados às recuperações dos atletas contundidos, colocarão os Redskins em posição de vencer seus jogos e competir dentro da NFC Leste novamente. Mas será que as contratações feitas foram, de fato, precisas? Este grupo tem qualidade suficiente para incomodar seus rivais divisionais? Eu sou o único que pensa que Washington melhorou alguns setores mais ainda tem incertezas e vazios consideráveis em pontos cruciais do elenco? Abaixo, listei três motivos principais que me fazem não ter tanta confiança no Washington Redskins em 2018.
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O elenco não se reforçou como deveria
O Washington Redskins chegou à offseason com necessidades principalmente em três setores: wide receiver, secundária e linha defensiva. Além dessas, a posição de quarterback surgiu como uma obrigação visto que a curto e longo prazo Kirk Cousins não seria a solução mais viável. Contudo, os Redskins acabaram por encontrar grandes reforços para somente dois desses espaços. Da´Ron Payne deverá ser o que falta para, juntamente a Jonathan Allen saudável, ajeitar a linha de defesa do time. Ainda, com a saída de Cousins, Alex Smith será o novo líder de Washington. Sobre Smith, por melhor que tenha se saído em 2017 e que as conclusões a respeito de Cousins costumem supervalorizadas, na comparação direta desses dois QBs, vejo Kirk como o mais competitivo.
Tenha em mente que Alex Smith já teve várias temporadas regular muito acima da média e, quando chegou nos playoffs, teve problemas. Quer um exemplo melhor do que no ano passado? Estatisticamente falando, o camisa #11 teve o melhor ano da carreira, porém acabou eliminado em casa para os Titans após ir para os vestiários vencendo por 18 pontos. Ainda não podemos tirar este tipo de conclusão de Kirk Cousins, contudo, não confio em Smith para vencer na pós-temporada e, portanto, considero que Washington regrediu na posição com essa “troca”.
No mais, o melhor wide receiver adquirido pelo Washington Redskins nesta intertemporada foi Paul Richardson, ex-Seahawks. Entre os defensive backs, Orlando Scandrick (31 anos) foi contratado para fazer dupla com Jorsh Norman. Convenhamos, é uma dupla titular com limitações, principalmente por uma das partes.
A NFC Leste promete
A última vez que o Washington Redskins chegou aos playoffs foi em 2015, quando a equipe – acredite ou não – teve campanha 9-7 e ainda assim conseguiu vencer a divisão. Um cenário como esse, para o ano de 2018, é quase impensável.
Isso porque a NFC Leste chega como uma das divisões mais interessantes da temporada. Verdade seja dita, apenas o Philadelphia Eagles salvou nesse grupo no ano passado, uma vez que, além do que já foi dito sobre os Redskins, o Dallas Cowboys teve altos e baixos e o New York Giants esteve entre os piores times da NFL. Em contrapartida, com todos os reforços e ajustes feitos durante a offseason, é esperado que essa divisão volte a ter mais de um candidato na pós-temporada.
Em outras palavras, para chegar ao mata-mata, Washington tem que se preocupar em competir diretamente com Philadelphia, New York e Dallas, equipes que neste momento parecem ter mais talentos individuais em seus elencos.
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Alex Smith não passa confiança
Voltemos a falar sobre Alex Smith! Se você acompanha o Shotgun há algum tempo, sabe que não sou um grande fã de Smith. De fato, ele é um dos quarterbacks mais inteligentes e que melhor controla o relógio e chama jogadas da NFL, entretanto, quando olhamos para a capacidade do camisa #11 de executar grandes jogadas, principalmente nos momentos e jogos mais importantes, ele deixa a desejar. Na carreira, Smith tem somente um temporada acima das 4.000 jardas e nunca totalizou mais de 26 touchdowns.
Confesso que pensei que essa narrativa seria diferente em 2017, afinal, estatisticamente, Alex Smith protagonizou seus melhores números (mais de 4.000 jardas e o total de 26 TDs). Seu rating também foi o melhor pessoal, de 104,7. Ele liderou Kansas City a dez vitórias mas, jogando em casa contra um instável time do Tennessee Titans, foi derrotado na pós-temporada. Em sete confrontos de playoffs na carreira, Alex Smith tem a incrível marca de 14 touchdowns e duas interceptações, e o bom rating de 97,4. Contudo, só venceu duas vezes. Como adiantado, ele não passa confiança no que tange vencer os grandes jogos – e ele é o encarregado de levar o Washington Redskins a outro patamar agora.
Mas e se tudo isso estiver a favor dos Redskins?
Por mais que os três pontos analisados anteriormente façam sentido e tenham fundamento, é preciso dar abertura para um cenário, o qual seria totalmente favorável ao Washington Redskins. Sabemos que alguns jogadores experientes do elenco não estão rendendo como deveriam, que Alex Smith vem da melhor temporada de sua carreira, que as rivalidades na NFC Leste estão entre as maiores da NFL e que as lesões, assim como a linha defensiva, não podem atrapalhar mais que em 2017.
Em outras palavras, imagine se as lesões diminuírem, os veteranos retornarem aos seus melhores dias, a rivalidade divisional sobressair sobre o talento individual dos adversários, os ótimos prospectos da linha defensiva engrenarem como titulares e Alex Smith, enfim, conseguir ser competitivo?
Sim, são muitos “e se”, todavia, nada levantado é algo de outro mundo, com chances quase que utópicas. Como introduzido pela maioria deste texto, o Washington Redskins não está entre meus times favoritos para esta temporada da NFL – e os motivos já foram apresentados. Motivos esses que, se tudo acabar dando certo, serão as explicações e respostas para esse sucesso.
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