Quer entender melhor a coluna “Os Números Não Mentem” e saber como ela realmente funciona? Clique aqui!
–
A melhor maneira de argumentar a favor de um fato, é provando algo ao seu respeito. E tem forma melhor para fazer isso do que apresentar números?
Na semana 11 da NFL, analisamos estatisticamente a estreia de Jared Goff, mais um triunfo de Ben Roethlisberger em Cleveland, a surpreendente derrota dos Chiefs e a performance de Richard Sherman – e muita coisa pode ser concluída. Os números não mentem e eles mostram que…
A estreia de Jared Goff foi abaixo da média dos Rams
Uma das história mais interessantes da semana 11 da NFL foi a estreia oficial de Jared Goff, pelo Los Angeles Rams. Goff foi a 1ª escolha geral do última Draft, o que conferia a ele naturais altas expectativas como profissional. Entretanto, o camisa #16 não foi tão bem em sua primeira partida e teve números inferiores à média de quarterbacks em estreias pelos Rams.
LEIA TAMBÉM: Cinco fatos que merecem destaque após a semana 11 da NFL
Desde 1995, o Los Angeles/St.Louis Rams teve 24 quarterbacks titulares diferentes, incluindo nomes como Kurt Warner e Sam Bradford. Analisando a partida de estreia de todos esses jogadores com a camisa dos Rams, temos uma média de 59,7% de aproveitamento nos passes, 198,5 jardas aéreas, um touchdown e 1,3 interceptação. Assim sendo, a porcentagem de 54% nos lançamentos, as 134 jardas e nenhum touchdown de Goff diante dos Dolphins mostram que, muito mais que pouco produtivo, o calouro não saiu da mesmicee vivida pela franquia, pelo contrário, piorou-a.
Por viés de comparação, vale dizer que Jared Goff é o primeiro quarterback a ser selecionado como primeira escolha geral pelos Rams desde Sam Bradford, e antes de Bradford, isso havia acontecido apenas em 1964. Na primeira partida de Sam Bradford com a camisa de St.Louis/Los Angeles, ele completou 58% dos passes que tentou, para 253 jardas, um touchdown e três interceptações.
Ben Roethlisberger é de Cleveland
Quem acompanha esportes sabe que existem casos em que o time visitante “gosta” de jogar fora de casa. Em outras palavras, diante de algumas equipes nem sempre é vantajoso mandar suas partidas em seu próprio mando de campo. Por mais que isso não pareça verdade, os números não mentem e mostram que Ben Roethlisberger adora jogar em Cleveland.
Diante dos Browns, Big Ben tem sido simplesmente mortal desde que entrou à NFL em 2004. Neste período, o camisa #7 tem campanha 10-2 quando atua no FirstEnergy Stadium, em Cleveland (OH). Para se ter uma noção do quão absurda é essa marca, nenhum quarterback do próprio Cleveland Browns tem um aproveitamento melhor ao de Roethlisberger no estádio desde 1999; Derek Anderson, que atuou por lá entre 2006 e 2009, é o melhor dos Browns neste período, com campanha também 10-2. Isso mesmo, nas últimas 18 temporadas, Big Ben é o quarterback que mais prosperou quando jogou em Cleveland.
Há quem diga que o veterano esteja apenas mostrando ao time de Ohio o que perdeu ao deixá-lo passar no Draft de 2004.
A surpreendente derrota dos Chiefs em casa é facilmente explicada
Uma das grandes surpresas da semana 11 da NFL foi o triunfo do Tampa Bay Buccaneers diante do Kansas City Chiefs no Arrowhead Stadium, estádio onde os Chiefs costumam dominar seus adversários. A vitória dos Bucs quebrou uma sequência de resultados positivos de Kansas City em casa que durava desde outubro do ano passado. Todavia, por mais que seja uma surpresa o vencedor do último domingo, pelas estatísticas finais da partida, é possível mostrar claramente porquê Kansas saiu derrotado.
Desde 2013, quando Alex Smith chegou aos Chiefs, a franquia perdeu apenas oito partidas jogando como mandante. Nesses oito reveses, com exceção da derrota para os Broncos em 2013, em todos Kansas City teve pelo menos dois turnovers e em seis marcou menos de 20 pontos. Contra os Buccaneers foram 17 pontos marcados e dois turnovers sofridos.
Como falado, a única ressalva neste caso ficou para 2013, quando o Kansas City Chiefs teve apenas um turnover, marcou 28 pontos e ainda assim saiu derrotado. O adversário da vez foi o Denver Broncos de Peyton Manning na melhor temporada de sua carreira. Tudo explicado mais uma vez.
Richard Sherman teve motivos para falar demais depois do jogo
A defesa do Seattle Seahawks mostrou mais uma vez porquê é tão elogiada: em um importante duelo contra o Philadelphia Eagles, os Seahawks permitiram apenas 15 pontos, pouco mais de 300 jardas totais e ainda forçaram dois turnovers de Carson Wentz. Ao fim do jogo, Richard Sherman foi “polêmico” em mais uma entrevista, dizendo, em outras palavras é claro, que a performance de Wentz justamente nos padrões de um calouro. Contudo, de um modo geral, a atuação de Sherman dá a ele certa liberdade para a falar – e os números não mentem.
O camisa #25 foi quase perfeito em suas marcações e deu pouquíssima chance de sucesso a Wentz nos passes lançados em sua direção. Richard Sherman, em quatro lançamentos tentados nele, cedeu apenas uma recepção, sendo que ainda desviou um passe e interceptou outro. O rating de Carson Wentz quando lançou sob a cobertura de Sherman foi de 7.3!
Tem alguma outra estatística de destaque da semana 11? Mande para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
–
Siga-nos no Twitter @ShotgunFA
Curta no facebook.com/shotgunfootball