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Chegou a hora de analisar a semana 3 da NFL de uma maneira “alternativa”. Ao invés de ver quem jogou bem ou mal, saiba como aquele jogador foi bem ou quais os principais problemas que algum time teve na rodada.
Esta semana, é hora de destacar mais um recorde de Odell Beckham Jr., o ano especial dos quarterbacks estreantes, e os péssimos rendimentos de Kelvin Benjamin, Ryan Fitzpatrick e Carson Palmer.
Odell Beckham Jr. está no caminho certo para se tornar um dos maiores de todos os tempos
Com as sete recepções que teve na última partida contra o Washington Redskins, Odell Beckham Jr. chegou (e já ultrapassou) à marca de 200 recepções na carreira. Ele se tornou o jogador a conseguir esse feito mais rápido, em apenas 30 partidas.
Para se ter uma noção do quão impressionante é sua marca, os três líderes de recepções na história da NFL, Jerry Rice, Tony Gonzalez e Marvin Harrison, tiveram, respectivamente, 135, 87 e 125, recepções. O camisa #13, certamente, ainda precisa evoluir muito em diversos aspectos para chegar ao nível dos outros três jogadores citados; contudo, numericamente falando, Beckham caminha a passos largos para escrever cada vez mais seu nome na história da liga.
2016 vem sendo um bom ano para estrear quarterbacks
Nunca é fácil estrear um jogador na NFL, ainda mais se tratando de quarterback. O jogo é muito dinâmico, a intensidade é totalmente diferente do college football e a pressão é ainda maior. Contudo, a temporada 2016 tem se mostrado um bom ano para aquelas franquias que desejam lançar seus quarterbacks titulares.
Até agora na temporada, seis quarterbacks já estrearam oficialmente (sem nunca antes ter atuado como titular em uma partida da liga): Trevor Siemian (Broncos), Jimmy Garoppolo (Patriots), Jacoby Brissett (Patriots), Dak Prescott (Cowboys), Carson Wentz (Eagles) e Cody Kessler (Browns). Juntando as performances que eles tiveram em suas respectivas partidas de estreia, além de quatro vitórias e duas derrotas, eles combinaram para uma média de 63% de aproveitamento nos passes, 215,6 jardas por partida, 0,67 touchdown por jogo, 0,33 interceptação e 84.06 de rating.
Não, não são números de outro planeta, mas de fato, para jogadores que nunca haviam lançado oficialmente uma bola de futebol americano como titular antes, não está nada mal.
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Kelvin Benjamin nunca havia ficado tão apagado em um partida
No último domingo os torcedores do Carolina Panthers não viram mais uma vez uma grande atuação da equipe, o que acabou resultando em mais uma derrota na temporada, desta vez para o Minnesota Vikings. E se fossemos citar os fatores responsáveis por mais um revés do atual campeão da Conferência Nacional, o baixo rendimento ofensivo estaria no topo lista.
Essa baixa produção do ataque de Carolina teve impacto direto na atuação de Kelvin Benjamin, um dos melhores wide receivers da atualidade: Benjamin só teve um passe lançado em sua direção em toda a partida e ele acabou sendo incompleto. Os números mostram que, com exceção da temporada 2015 quando o camisa #13 esteve fora de todos os jogos por lesão, ele nunca havia terminado uma partida tão apagado quanto a do último fim de semana. Sua performance mais apática havia sido provavelmente contra os Saints no dia 30 de outubro de 2014, quando em dez vezes que Benjamin foi o alvo da jogada, ele recebeu apenas dois passes para 18 jardas.
Ryan Fitzpatrick simplesmente não consegue jogar bem fora de casa
Argumentalmente o pior quarterback da semana 3 da NFL foi Ryan Fitzpatrick. O jogador do New York Jets, na derrota para o Kansas City Chiefs, completou apenas 45% dos passes que tentou, para 188 jardas, nenhum touchdown e seis (!) interceptações. Sua marca de interceptações por pouco não igualou a pior marca deste quesito na história da NFL (7).
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Mas os números indicam que ninguém deveria estar surpreso com a derrota dos Jets para os Chiefs fora de casa e muito menos com uma atuação ruim de Fitzpatrick jogando como visitante: de acordo com a ESPN Americana, Ryan Fitzpatrick tem campanha 0-23 quando enfrenta times com aproveitamento de vitórias igual ou superior a 50% fora de casa. Além disso, é discrepante a diferença entre seus números como mandante ou visitante ao longo de sua carreira.
Desde 2005, quando entrou na NFL, salvo as temporadas de 2006 e 2007 em que Fitzpatrick não atuou, o atual quarterback dos Jets, como mandante totaliza 90 touchdowns e 52 duas interceptações, com um rating de 83.7. Em contrapartida, quando joga como visitante, em uma quantidade de partidas basicamente idêntica, o camisa #14 passa a somar 68 touchdowns e 71 interceptações, sendo que seu rating despenca para 73.97.
A defesa dos Bills fez algo que poucas já conseguiram contra Carson Palmer
Uma das grandes surpresas da rodada foi a goleada do Buffalo Bills sobre o Arizona Cardinals, por 33-18. E o espanto de muitos pode ser “facilmente” solucionado olhando pela performance da defesa dos Bills, a qual forçou muitos erros de Carson Palmer.
Na partida, Palmer terminou com 26/50, 287 jardas, nenhum touchdown e quatro interceptações. Aliás, desde a temporada de 2003, apenas quatro times conseguiram interceptar o camisa #3 em quatro oportunidades – a qual é a pior marca da carreira do quarterback. Nessas quatro oportunidades, incluindo a do último domingo, os times comandados por ele venceram apenas uma vez. E esse retrospecto pode cair ainda mais: nesse mesmo período, Carson Palmer já teve 14 jogos com três ou mais interceptações e ele conseguiu vencer apenas quatro dessas partidas.
Ainda, o rating de 36.0 que Palmer alcançou nesta semana 3 foi o terceiro pior de toda sua carreira profissional em jogos que começou como titular. Diga-se de passagem, Carson Palmer nunca venceu uma partida em que seu rating estivesse abaixo dos 44.0. Tudo explicado.
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