O Washington Redskins se prepara para mais uma temporada e, por mais um ano, a franquia se depara com instabilidades fora das quatro linhas. Para 2017, os Redskins ainda não sabem quem será seu general manager (e é mais provável que a equipe termine o ano sem um). Além disso, vale lembrar que o time está com dois coordenadores novos, ofensivo e defensivo.
Ainda assim, é possível ver um bom elenco em Washington para esta temporada, o qual, logicamente, ainda precisa evoluir muito se comparado ao ano passado, em especial no seu lado defensivo. De qualquer forma, em meio à incertezas na diretoria, os Redskins mantiveram sua base das temporadas anteriores e apostaram em jogadores interessantes.
Ataque
O ataque do Washington Redskins foi o ponto forte do time na temporada passada, e terminou o ano como o 3º em jardas totais e o 2º em jardas aéreas. Todavia, ele chega em 2017 com várias mudanças.
A primeira delas está fora dos gramados, já que Sean McVay foi demitido e Matt Cavanaugh será o novo coordenador defensivo da franquia. Ele terá a função de organizar o ataque dos Redskins em torno de Kirk Cousins (4.917 jardas, 25 TDs e 12 INTs em 2016). Cousins, que também foi ao Pro Bowl no ano passado, vem de sua segunda temporada sólida consecutiva, a qual, todavia, não o garantiu um novo acordo em Washington – e pela lógica salarial, esse deve ser seu último ano por lá.
Ademais, outra mudança – e essa é a que mais pode impactar o plano ofensivo – está no grupo de recebedores da equipe. Isso porque Cousins não terá mais seus dois principais wide receivers de 2016: DeSean Jackson e Pierre Garçom, que combinaram para 2.046 jardas na temporada passada, não estão mais no elenco. Sem eles, contudo, apesar de mais incertos (pela transição), Washington tem os substitutos planejados. São eles: Terrelle Pryor (77 recepções para 1.007 jardas como principal receiver de Cleveland em 2016) e Josh Doctson (que terá uma oportunidade de ser titular na franquia após ter sido escolhido na primeira rodada de 2015). Ainda, a presença de Jordan Reed e Vernon Davis como tight ends fazem os Redskins terem uma das duplas mais completas na posição de toda a NFL.
A base do sistema ofensivo de Cousins, por sua vez, segue a mesma, com uma rotação de corredores formada por Rob Kelley (704 jardas e 6 TDs ano passado), Chris Thompson e Samaje Perine, a qual pode dar ao time boas opções no back field para todos os tipos de jogadas. Além disso, lembre-se que os Redskins seguem sendo apoiados por uma das melhores linhas ofensivas da NFL, que cedeu apenas 23 sacks no ano passado. Entre os bloqueadores, mais uma vez, o destaque fica para o offensive tackle Trent Williams.
Defesa
O fato do Washington Redskins ter focado muito no ataque há dois anos surtiu muito efeito no setor, fazendo dele um dos melhores da liga, como visto. Porém, isso acabou deixando o sistema defensivo da franquia vulnerável. A consequência principal disso foi uma defesa frágil durante grande parte da temporada passada, que cedeu 377,9 jardas por partida. Com isso em mente, os Redskins fizeram algumas movimentações para 2017 – além de terem contratado um novo coordenador defensivo em Greg Manusky, aliás.
Tudo começa pelas chegadas dos defensive linemen Terrell McClain e Stacy McGee, e do linebacker Zach Brown, o qual jogou muito bem em Buffalo no ano passado e chegou ao Pro Bowl. Essas aquisições, combinadas ao recrutamento do DL Jonathan Allen e LB Ryan Anderson nas duas primeiras escolhas do último Draft devem dar uma outra (e necessária) cara ao front seven de Washington, que cedeu mais de 119 jarda terrestres por confronto no ano passado. Esse front seven, é claro, continuará sendo guiado pelo ótimo Ryan Kerrigan (11 sacks e Pro Bowl em 2016).
Na secundária do Washington Redskins, novas mudanças. As ótimas atuações de Su’a Cravens como calouro não só o promoveram oficialmente para a função de strong safety, como garantiram-no uma vaga na equipe titular. Assim sendo, ele formará dupla com D. J. Swearinger, o qual claramente tem explosão, força e habilidade atlética, mas ainda não se encontrou no futebol americano profissional. Além de ambos, as laterais da defesa serão ocupadas pelo conjunto que atuou majoritariamente no ano passado: enquanto de um lado Josh Norman se prepara para mais uma sólida temporada com a camisa dos Redskins – ele permitiu um rating de apenas 74,3 em suas marcações individuais –, o terceiro anista Bashaud Breeland ocupará o outro. Lembrando ainda que Fabian Monreau (escolha de 3ª rodada deste ano) pode surgir como um nome interessante nessa rotação de defensive backs.
Conclusão
Este time do Washington Redskins está bastante interessante para 2017; curioso, melhor dizendo. No papel, levando em conta as incertezas sobre os calouros, o elenco deste ano está pior que o do ano passado. Entretanto, olhando para esse Redskins, é racional imaginar uma campanha superior a 8-7-1. Certamente que a franquia não chega como uma das favoritas na Conferência Nacional, e apenas uma classificação aos playoffs será o maior objetivo do time no ano. No fim do dia, as performances de Kirk Cousins e da defesa da equipe especialmente serão os fatores mais determinantes para a temporada. Washington começa 2017 como um dos fortes candidatos na disputa pelo Wild Card da NFC.
Principais chegadas (posição, antigo time)
– Terrelle Pryor (WR, Browns);
– Zach Brown (LB, Bills);
– Stacy McGee (DE, Raiders);
– Terrell McClain (DE, Cowboys);
– D. J. Swearing (S, Texans).
Principais saídas (posição, time de destino)
– DeSean Jackson (WR, Buccaneers);
– Pierre Garçon (WR, 49ers);
– John Sullivan (C, Rams);
– Chris Baker (DE, Buccaneers);
– Rick Jean-Francois (DE, Packers).
Notas do time
– Ataque: B+
- Quarterback: B+
- Running backs: B-
- Wide receivers: B
- Linha ofensiva: A-
– Defesa: B-
- Linha defensiva: C+
- Linebackers: B-
- Secundária: B-
– Calendário: D (54,3%)
Estatística determinante
Com as saídas de DeSean Jackson e Pierre Garçom, o Washington Redskins se tornou a primeira franquia da história a perder dois recebedores que ultrapassaram das 1.000 jardas na mesma temporada em apenas uma offseason.
Nomes para ficar de olho
Kirk Cousins – Kirk Cousins tem sido o principal jogador do Washington Redskins na última temporada, e as boas atuações do quarterback têm sido responsável pelas competitivas campanhas recentes da franquia – os Redskins venceram a NFC Leste em 2015 e estiveram a um triunfo de voltarem aos playoffs no ano passado. Neste período, Cousins somou 54 touchdowns e 23 interceptações, incluindo suas 4.917 jardas e 67% de aproveitamento nos passes em 2016. Em 2017, todavia, pode (e, ao que tudo indica, deve) ser o último ano de Cousins em Washington. Portanto, esteja de olho no camisa #8, seu futuro na NFL definitivamente estará em jogo durante esta temporada inteira.
Terrelle Pryor – Terrelle Pryor chega para ser a “salvação” do grupo de recebedores de Washington, agora que DeSean Jackson e Pierre Garçom não estão mais por lá – e os torcedores têm motivos para estarem animados. Pryor, em sua primeira temporada efetiva como wide receiver, em Washington, ultrapassou as 1.000 jardas, com uma média de 13,1 jardas por recepção. Ele agora está sob a liderança de um quarterback de alto nível, em uma franquia bem mais competitiva e em uma das divisões mais acirradas da National Football League. Será um desafio interessante para a carreira dele, e isso pode ser espetacular!
Ryan Kerrigan – Está será a sétima temporada de Ryan Kerrigan na NFL, o qua foi draftado na primeira rodada de 2011. Desde então, ele tem sido simplesmente espetacular, tornando-se o líder do sistema defensivo do Washington Redskins. Onipresente, Kerrigan se destacou também pela durabilidade, afinal, ele ainda não sabe o que é ficar de fora de uma partida da liga. Em todo esse tempo, já foram 322 tackles, 58,5 sacks e 19 fumbles forçados.
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Este é mais um texto da série Perguntas Para a Temporada (PPT), que analisa como será o ano de cada franquia da NFL, de acordo com a ordem do Draft. Para ter acesso aos outros artigos desta série, CLIQUE AQUI – em algum momento, seu time estará por lá!
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