As seis equipes da Conferência Nacional que chegaram até os playoffs certamente estão satisfeitas por terem completado com sucesso essa primeira etapa da temporada 2017 da NFL. Além disso, todas elas sabem que ainda precisam melhor em algum aspecto (ou alguns aspectos, melhor dizendo) para terem qualquer chance de alcançarem o objetivo máximo do campeonato: chegar ao Super Bowl LII!
Com isso em mente, separei e analise uma pergunta básica (que é a mais importante, aliás) para cada equipe da NFC chegando à pós-temporada!
#1 Philadelphia Eagles – Os Eagles conseguirão prosperar sem Carson Wentz?
Desde a semana 14, o Philadelphia Eagles vem tendo que atuar com Nick Foles como quarterback, já que o titular da posição Carson Wentz rompeu os ligamentos do joelho na reta final da temporada. E toda vez que um time precisa fazer uma transição do QB titular para o reserva existe um risco, ainda mais quando isso acontece depois de 13 rodadas disputadas com o primeiro nome do elenco. No caso dos Eagles, então, é preciso lembrar que Wentz vinha sendo um dos MVPs do campeonato, fato que aumenta ainda mais a preocupação de Philly. Se já difícil substituir um QB titular normalmente, imagine quando este está sendo possivelmente o melhor jogador do campeonato. É com isso em mente que os Eagles entram na pós-temporada.
Foles foi o titular nas últimas três partidas do calendário, contra Giants, Raiders e Cowboys (quando os titulares pouco jogaram). Todos esses oponentes, quando enfrentaram os Eagles, já estavam eliminados. Nick Foles venceu duas vezes, e isso é o que mais importa no fim das contas. Contudo, ainda não vimos algo realmente concreto que prove que Philadelphia terá um quarterback competitivo nesta pós-temporada – e é isso que todos querem saber por lá. Na verdade, nas três últimas rodadas da liga, o Philadelphia Eagles foi o time que menos conquistou first downs. Assim sendo, é preciso destacar que a defesa e o jogo corrido dos Eagles, que vêm jogando muito bem ao longo do ano, seja roubando bola, seja marcando TDs explosivos, talvez precisem melhorar ainda mais neste mês de janeiro. Se isso não acontecer, eu não ficaria surpreso se a equipe amargasse mais uma eliminação precoce no mata-mata.
#2 Minnesota Vikings – Case Kennum precisa continuar jogando bem. Isso irá acontecer?
O que está acontecendo com o Minnesota Vikings nesta temporada é impressionante. A equipe começou o ano perdendo Adrian Peterson, um dos melhores jogadores da história da franquia, e com Sam Bradford (ou Teddy Bridgewater, se esse conseguisse se recuperar a temporada) como quarterback. Para o lugar de Peterson, então, os Vikings colocaram o calouro Dalvin Cook, o qual se lesionou no começo do ano e não retornou aos gramados. Ao mesmo tempo, Bradford também se contundiu, dando espaço para o terceiro QB do elenco, Case Keenum.
Ainda assim, ao término da temporada, Minnesota terminou a campanha com a segunda melhor campanha da Conferência Nacional, apesar de ter atuado pela maioria das partidas sem os melhores jogadores nas duas posições mais importantes do ataque. Mas isso só aconteceu porque Keenum, o qual foi uma das grandes surpresas individuais do campeonato jogou muito bem, apoiado por uma linha ofensiva sólida e uma defesa de elite. Aliás, estatisticamente falando, nenhum sistema defensivo foi melhor do que o dos Vikings em 2017- para se ter uma noção, nas últimas três semanas da temporada, o time sofreu um total de 17 pontos.
Desta maneira, o Minnesota Vikings sabe que precisará contar com seu quarterback para triunfar durante os playoffs. Por melhor que a defesa do time seja e o grupo de bloqueadores esteja jogando, haverá um momento em que Case Keenum precisará agir como um exímio líder – e ele conseguirá fazer isso?
#3 Los Angeles Rams – A defesa dos Rams acompanhará o ataque do time?
Nenhum ataque da NFL foi tão explosivo, produtivo e surpreendente quanto o do Los Angeles Rams nesta temporada. Afinal, de pior da liga em pontos por partida em 2016, esse marcou 29,9 tentos por confronto neste ano, a melhor marca do campeonato. O que Jared Goff, Todd Gurley e Sean McVay fizeram neste ano, após tantas fracas atuações no ano passado sob o comando de Jeff Fisher, de fato, foi incrível!
Mas os playoffs vão começar, e nós já vimos vários ótimos ataques decepcionando durante o mata-mata da NFL. Enquanto o atual sistema ofensivo dos Rams não dá sinais que irá tropeçar, é preciso olhar atentamente para a defesa do time. O setor liderado por Aaron Donald é recheado de talentos individuais, porém ainda precisa melhorar de uma maneira geral: ele permitiu em média 339,5 jardas por partida ao longo da temporada – e sabemos que ataque vencem jogos, e defesas ganham campeonatos. Desta maneira, é preciso estar atento à defesa do Los Angeles Rams e como essa se portará durante a pós-temporada. Um ataque como o dos Rams não precisa de tanto, mas pelo menos de algum auxílio do outro lado da bola para triunfar.
#4 New Orleans Saints – Drew Brees continuará tendo o apoio necessário para vencer?
O New Orleans Saints entrou nesta temporada amargando três campanhas consecutivas sem mais vitórias que derrotas e, portanto, sem classificações para a pós-temporada. Na verdade, durante a offseason, era esperado que essa sequência de não classificação dos Saints aumentasse, já que o time ainda tinha Drew Brees, porém o restante do elenco aparentava precisar de mais tempo para engrenar. Todos estavam enganados.
Em 2017, acredite ou não, mas Brees não foi nem o fator mais produtivo do ataque de New Orleans, já que os running backs Mark Ingram e Alvin Kamara combinaram para mais de 3.000 jardas de scrimmage. Além disso – e aqui temos o fato mais impressionante do time, o sistema defensivo dos Saints se mostrou sólido durante a temporada, principalmente nos quesitos pontos cedidos por confronto (20,4) e turnovers forçados (25).
Certamente que New Orleans não tem uma defesa de elite e que vai “resolver os jogos por conta própria”. Todavia, esse grupo tem jogado muito bem e, impulsionado por fatores ofensivos inesperados (linha ofensiva e ataque terrestre sólidos), Sean Payton tem um elenco ainda melhor em mãos e que precisa manter a consistência durante o mata-mata para almejar coisas grandes. Se isso continuar durante esses playoffs, Drew Brees terá um enorme auxílio em busca do bicampeonato.
#5 Carolina Panthers – E aí, Cam Newton?
Carolina teve a chance de vencer a NFC Sul na semana 17 e ficar numa posição ainda melhor para a pós-temporada. Todavia, a equipe não jogou bem mais uma vez e terá que encarar desafios fora de casa se quiser retornar ao Super Bowl depois de duas temporadas. Verdade seja dita, não será o fator mando de campo que determinará diretamente até onde os Panthers irão nesses playoffs, mas sim o rendimento do jogador mais importante do elenco – o Carolina Panthers sabe que depende de Cam Newton.
Em 2017, o sistema defensivo da franquia foi um dos mais sólidos da NFL, terminando como o 7º em jardas totais cedidas por partida. Aliás, com Luke Kuechly saudável, a defesa dos Panthers é sempre uma ameaça. Entretanto, Newton fez mais uma temporada de altos e baixos e novamente não esteve próximo de repetir as excelentes atuações de dois anos atrás, quando foi nomeado MVP – e esse é o problema para Carolina.
Assistindo aos jogos do Carolina Panthers, fica claro que a equipe irá até onde Cam Newton conseguirá liderá-la. A linha ofensiva é apenas decente, o grupo de recebedores deixa a desejar e os running backs, individualmente falando, não são tão perigosos correndo com a bola apenas. Assim sendo, dependerá de Newton assumir a responsabilidade de liderar este ataque durante a pós-temporada, sabendo que terá do outro lado uma defesa de alto nível. Resta saber qual Super Cam estará em campo neste mês de janeiro.
#6 Atlanta Falcons – Este Falcons é uma real ameaça neste momento?
Apesar de ter chegado aos playoffs e da campanha 10-6, o Atlanta Falcons não foi um time que empolgou nesta temporada. Aquele ataque que no ano passado foi um dos melhores de todos os tempos, marcou 22,1 pontos por partida em 2017, apenas a 15ª melhor marca da NFL. Desde a semana 12, Atlanta nãos abe o que é marcar mais de 25 tentos em um confronto. Como consequência de tudo isso, o sistema defensivo da equipe foi o principal setor do time no campeonato, apesar de não ter sido brilhante.
É com isso em mente que o Atlanta Falcons chega para os playoffs da NFC, em uma conjuntura totalmente daquela experimentada pela franquia na temporada passada. Aquele Falcons que teve a melhor campanha da conferência em 2016, neste ano amarga o seed #6, e levanta questões quanto à competitividade de elenco. De fato, Matt Ryan, Devonta Freeman, Julio Jones, Vic Beasley e companhia ainda estão por lá, contudo, os Falcons ainda não apresentaram uma sequência de atuações convincentes dos dois lados da bola que justificassem a presença do time neste mata-mata. Pelo que vimos até agora, fica difícil acreditar em Atlanta chegando longe nesta pós-temporada. Definitivamente, algo precisa mudar na Georgia.
O que devemos esperar dos playoffs na Conferência Nacional? Deixe sua opinião nos comentários ou nas redes sociais!
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