Um dos “eventos” mais interessantes das temporadas da NFL é a “segunda-feira negra”, que acontece após o último domingo de cada temporada regular. Nela, as franquias que ficaram fora dos playoffs começam a avaliar (e tomar decisões) quanto a quem será seu treinador na temporada seguinte. Portanto, para os head coaches, a segunda-feira negra pode significar o fim da linha.
Após 2017, cada qual por suas razões, vimos sete times contratando novos técnicos. Foram eles: Steve Wilks (Cardinals), Matt Nagy (Bears), Matt Patricia (Lions), Frank Reich (Colts), Pat Shurmur (Giants), Jon Gruden (Raiders) e Mike Vrabel (Titans). Esses agora esperam ter sucesso na NFL para não ficarem pressionados em breve. Contudo, a maioria dos substitutos, que acabaram perdendo seus empregos no ano passado, estão em busca de um novo destino, o qual pode surgir já neste ano. E quais seriam as franquias mais prováveis nesse caso?
Abaixo, então, foram destacados três grupos de head coaches: os realmente pressionados e que devem ser demitidos caso não mudem drasticamente as performances neste ano (ou pelo menos é assim que deveria ser. Certo, Bengals?); aqueles que podem ficar em uma corda bamba antes do esperado (seria como subir para o primeiro grupo já em 2019. Isso, é claro, se eles estiverem empregados até lá); e, por fim, os nomes que não estão necessariamente pressionados, mas não falta muito para chegar a esse ponto.
Vamos aos candidatos:
Hue Jackson (Cleveland Browns)
Campanha na franquia: 1-31 (0,3%)
Como não questionar o trabalho de Hue Jackson sabendo que o treinador tem retrospecto 1-31 desde quando chegou aos Browns em 2016? De fato, Cleveland atravessa uma enorme “seca” de quarterbacks titulares e tem um elenco limitado; todavia, pelos interessantes Draft que a equipe fez recentemente, é esperado mais deste elenco. Jackson talvez nem precise de muito para salvar seu cargo após 2018. Entretanto, ele estará em apuros se os torcedores em Ohio presenciarem mais uma pífia campanha.
P. S Na carreira como head coach na NFL, Jackson tem nove vitórias e 39 derrotas.
Dirk Koetter (Tampa Bay Buccaneers)
Campanha na franquia: 14-18 (43,8%)
Surgiram questionamentos para com Dirk Koetter e se ele permaneceria em Tampa já após o ano passado. Por pouco, ele não perdeu seu cargo. Isso pois os Bucs, que se mostraram um dos elencos mais promissores da NFL há dois anos, decepcionaram em 2017 ao vencer somente cinco jogos e apresentar um elenco muito abaixo da média. Não tenha dúvidas que um outro nomes estará nas sidelines dos Buccaneers se o time fracassar novamente.
Marvin Lewis (Cincinnati Bengals)
Campanha na franquia: 123-112 (52,3%)
Acredite ou não, mas Marvin Lewis ganhou uma renovação de dois anos no começo deste ano e, ao que tudo indica, permanecerá em Cincinnati por mais um tempo. Isso é o que aparentemente vai acontecer, não o que deveria: nas duas últimas temporadas, os Bengals só venceram 13 partidas. Na carreira, Lewis tem retrospecto 0-7 em pós-temporada.
Vance Joseph (Denver Broncos)
Campanha na franquia: 5-11 (31,3%)
Sei que pode ser precipitado pensar em demitir Vance Joseph, mas a verdade é que o desempenho do Denver Broncos em geral no ano passado foi muito abaixo do elenco que a franquia tem – um time com uma defesa como a dos Broncos precisa almejar mais. John Elway assegurou Joseph para a temporada 2018 da NFL, mas não seria uma surpresa se o GM mudasse de ideia em caso de uma nova campanha ruim, ainda mais com a presença de um novo quarterback titular.
Jason Garrett (Dallas Cowboys)
Campanha na franquia: 67-53 (55,9%)
Jason Garrett já fez ótimos anos pelo Dallas Cowboys e Jerry Jones claramente confia nele. Mas até quando? Esse questionamento é pertinente para com um head coach que esteve fora dos playoffs em duas das últimas três temporadas, e teve seu último triunfo em mata-mata em 2014. Em oito temporadas completas no comando dos Cowboys, Garrett só conseguiu três campanhas vitoriosas e foi à pós-temporada duas vezes (quando teve campanha 1-2). Não gosto de colocar Jason Garrett aqui e talvez o grupo mais apropriado para ele neste texto seja o segundo. Contudo, considerando a pressão que está ao redor da equipe de Dallas, não é um absurdo pensar que 2018 pode ser o último ano de Garrett por lá.
Podem se complicar em 2018
– Adam Gase: sei que os Dolphins estariam cometendo um grande erro se demitissem Adam Gase após 2018 – o elenco de Miami, que já não era ótimo, vem de mais perdas do que ganhos nesta offseason. Contudo, é assim que as coisas funcionam no esporte e, em caso de mais uma temporada ruim da franquia da Florida, Gase pode ficar na corda bamba (ou até pior que isso).
– Jay Gruden: este será o ultimo ano de contrato de Gruden em Washington e, dependendo de como as coisas acontecerem na temporada 2018 da NFL, os Redskins podem pensar duas vezes antes de assinarem uma renovação. Afinal, em quatro anos por lá, foram 28 vitórias e 35 derrotas (um empate também) e uma ida aos playoffs. Jay pode não ser o culpado por isso, mas…
– Todd Bowles: as três temporadas de Todd Bowles com os Jets foram bem distintas. A primeira delas muito boa, a segunda decepcionante e a terceira surpreendente. Poucas pessoas acreditavam que New York teria um time competitivo e capaz de vencer cinco jogos no ano passado. Para 2018, então, uma era marcada por nomes promissores começará no New York Jets – Bowles só precisa provar que é o nome certo para fazer parte dela.
Podem subir para o segundo grupo em 2019
– Bill O´Brien: os Texans aparentemente terão seus melhores jogadores saudáveis em 2018. Caso uma inesperada campanha ruim aconteça, O´Brien pode ficar ameaçado.
– Mike McCarthy: a situação de McCarthy só não é crítica porque Aaron Rodgers é o QB em Green Bay.
– Quantos (e quais) treinadores será demitidos após a temporada 2018 da NFL?
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