Que o New Orleans Saints ganhou ao assinar com Adrian Peterson, não deve ser novidade para ninguém, afinal não é todo dia que uma franquia da NFL contrata um dos maiores running backs de todos os tempos. Contudo, como já vimos na liga, a mudança de destino dos grandes jogadores gera impactos bem além do espaço em que ela de fato acontece. Muitas vezes, até quem “não tem nada a ver com o assunto”, sofre com consequências de uma contratação.
É com isso em mente que separamos alguns ganhadores e perdedores da principal transação desta semana, a qual recolocou Peterson na National Football League e em um dos principais ataques da atualidade. O impacto disso, certamente, não ficará apenas em New Orleans.
Quem ganhou
Drew Brees
Durante a temporada 2016, já começaram a surgir alguns questionamentos sobre o braço de Drew Brees. Sendo sustentadas ou não essas incertezas, elas devem ser vistas como naturais para um quarterback de 38 anos que já teve lesões consideráveis no braço direito.
Com a chegada de Adrian Peterson, todavia, Brees terá “um novo melhor amigo” no backfield. Em outras palavras, a chegada do ótimo running back deverá tirar ainda mais o peso das costas do quarterback e ao mesmo tempo facilitar suas chamadas ofensivas. Se esta parceria der certo, sabendo do que AP#28 representa na NFL (em termos de legado), podemos considerar que Drew Brees terá alguém à sua altura como companheiro de time.
Sean Payton
Ultimamente, falamos dos trabalhos de Sean Payton e o relacionamos com os fortíssimos ataques que os Saints tiveram. Contudo, apesar do sucesso aéreo, saiba que Payton adora correr com a bola – se isso não aconteceu muitas vezes em New Orleans foi por causa da inconstância desse ataque terrestre.
Assim sendo, o head coach terá em mãos agora Mark Ingram (o qual vem de sua melhor temporada profissional) e Adrian Peterson como seus dois principais corredores e sabe que, pelo estilo desses jogadores, poderá elaborar uma série de combinações de corridas, play actions e passes curtos em qualquer tipo de descida.
NFC Sul
Lembra da AFC Norte há alguns anos, quando Steelers, Ravens e Bengals chegaram a estar nos playoffs no mesmo ano? Então, talvez seja hora de olharmos para a NFC Sul com estes mesmos olhos. Certamente que na Conferência Nacional o leque de times com chances reais de pós-temporada está enorme, contudo, saiba que as quatro franquias desta divisão devem estar neste grupo.
Os Falcons vêm de uma ótima campanha no ano passado e ainda merecem total respeito. A mesma coisa com os Panthers, que perderam apenas uma partida em 2015 e ainda têm grandes estrelas no time. Os Bucs, por sua vez, vinham em plena ascensão e devem manter este ritmo com a chegada de DeSean Jackson e mais um ano de experiência para Jameis Winston. Já os Saints, além de Drew Brees, têm um novo Hall of Famer certo no elenco.
Os fãs
Por algum tempo, os fãs de futebol americano chegaram a desconfiar que Adrian Peterson não retornaria mais aos gramados – e isso seria uma perda enorme para uma geração marcante na história da National Football League. Mas não, ele voltou. E podemos dizer mais: pelo que conhecemos de Peterson, ele fará de tudo para mostrar o quanto New Orleans acertou em contratar seus serviços – e as outras 31 franquias pecaram em não terem escolhido-o.
Quem perdeu
Mark Ingram
Antes de qualquer coisa é preciso dizer que existe uma real possibilidade de Mark Ingram e Adrian Peterson encaixarem e formarem uma das duplas de running backs mais interessantes da NFL. Todavia, como principal recebedor do elenco, a chegada de Peterson pode “tirar as luzes” de Ingram.
Em 2016, o camisa #22 ultrapassou as 1.000 jardas corridas pela primeira vez na carreira e ainda fechou a temporada com média de 5,1 jardas por carregada. Tais números podem não se repetir dependendo da maneira como AP#28 entrar neste time.
Minnesota Vikings
Minnesota pode argumentar qualquer coisa acerca da dispensa de Adrian Peterson na última offseason, porém ainda não me convenci de que a equipe tomou a decisão correta. Sim, o futebol americano é um negócio para os executivos nele envolvido, mas os Colts pensaram assim com Peyton Manning há alguns anos e talvez não tenha dado tão certo.
Além de terem perdido um dos maiores corredores de football que o mundo já viu, os Vikings ainda terão que enfrentá-lo logo na abertura da temporada – e já sabemos como Peterson virá para este confronto. Boa sorte a quem estiver no seu caminho.
Principais QBs e RBs do Draft 2017
Não diria que os prospectos quarterbacks e running backs deste ano “perderam” com a ida de Adrian Peterson ao New Orleans Saints, porém, eles sofrerão alguma consequência (negativa, aliás) com isso. E a explicação é simples: os Saints cogitavam selecionar um running back ou até mesmo um quarterback na primeira rodada do Draft 2017, para um planejamento a longo prazo.
Todavia, com Peterson por lá, os analistas já consideram New Orleans um candidato na Conferência Nacional. Para que isso realmente se concretize, o time deverá concentrar suas primeiras escolhas de Draft nas maiores necessidades do elenco – e elas estão no sistema defensivo.
Alguém mais perdeu ou ganhou na ida de Peterson aos Saints? Mande-a para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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