Os playoffs estão definidos!
Parece que foi ontem que a temporada 2018 da NFL começou. Parece que foi ontem que os Eagles, de Nick Foles, derrotaram os Falcons, em um confronto abaixo das expectativas. Desde então, muita coisa aconteceu, dentro e fora de campo. Por exemplo, vimos um fenômeno surgir em Patrick Mahomes. Vimos também cinco QBs calouros sendo titular neste ano. E um dos grandes jogos da história da liga. Entre vários outros fatos. Fora das quatro linhas, longe dos EUA, temos até uma nova coluna sobre futebol americano por aqui. Mas por ora, tudo isso que aconteceu nos gramados da NFL, não importa mais.
A partir de agora, até o começo de fevereiro, é hora de falar em playoffs. A semana 17 definiu aqueles times que ainda sonham com o Super Bowl LIII. Como de costume, teve emoção, partidas surpreendentes e confrontos espetaculares agendados.
Assim ficaram as coisas pela Conferência Americana e Nacional:
AFC
#1 Kansas City Chiefs e #2 New England Patriots (ambos folgam na Rodada de Wild Card)
#3 Houston Texans (campeão AFC Sul)
#4 Baltimore Ravens (campeão AFC Norte)
#5 Los Angeles Chargers
#6 Indianapolis Colts
NFC
#1 New Orleans Saints e #2 Los Angeles Rams (ambos folgam na Rodada de Wild Card)
#3 Chicago Bears (campeão NFC Norte)
#4 Dallas Cowboys (campeão NFC Leste)
#5 Seattle Seahawks
#6 Philadelphia Eagles
Confrontos playoffs:
Sábado, 05 de janeiro
- 19h35min – Houston Texans vs Indianapolis Colts
- 23h15min – Dallas Cowboys vs Seattle Seahawks
Domingo, 06 de janeiro
- 16h – Baltimore Ravens vs Los Angeles Chargers
- 19h40min – Chicago Bears vs Philadelphia Eagles
Uma defesa refinada e um final feliz desta vez
O torcedor do Baltimore Ravens temeu por alguns minutos que um filme parecido ao de 2017 se repetisse neste ano no que diz respeito às chances de playoffs do time. Afinal, os Browns tiveram a última posse da partida, dois pontos atrás no placar. Naquele momento, os fãs em Maryland sabiam que os Steelers já haviam derrota os Bengals. Ou seja, um revés tardio de Baltimora tiraria a equipe da pós-temporada (de novo).
Contudo, como tem sido de costume nas últimas rodadas, a defesa do Baltimore Ravens apareceu bem. A interceptação de C. J. Mosley fecha este campeonato regular como a jogada mais importante da franquia no ano. Antes disso, aliás, havia sido o retorno de fumble para touchdown de Tavon Young. Além de ser a melhor da NFL em jardas e pontos cedidos por partida, essa defesa vem fazendo jogadas chave em momentos cruciais.
Isso, sem dúvidas, é o que faz de Baltimore um real candidato nos playoffs. Veja bem: defesas ganham campeonatos, você já deve saber disso. Claro, não ganham sozinhas. Elas precisam ter um mínimo apoio do sistema ofensivo, com certa eficiência. E este Baltimore Ravens também tem isso, diga-se de passagem.
Desde o começo da temporada 2012, os Ravens perderam 20 jogos em que entraram no último período vencendo. Apagões no sistema defensivo e ofensivo do time têm acontecido nos últimos anos. A questão é que agora essa defesa está mostrando o contrário, decidindo suas partidas. Tenha certeza que todos querem evitar o confronto diante de estrelas como C. J. Mosley e Terrell Suggs. E o mesmo pode ser dito para nomes surpreendentes, como Patrick Onwuasor, por exemplo. Uma secundária com muito (muito!) talento, idem. Este grupo é o único da NFL neste ano a ser Top 5 em pontos, jardas, jardas corridas e jardas aéreas permitidas por jogo.
O fator Lamar Jackson
A reta final da temporada do Baltimore Ravens foi uma das melhores da NFL. Desde a semana 11, a franquia perdeu apenas uma partida, contra os Chiefs em Kansas City na prorrogação. Foi justamente na semana 11 que Lamar Jackson se tornou o titular. E aquela experiência que começou somente pela lesão de Joe Flacco deu certo. Deu certo a ponto de adiantar um projeto que parecia de muito longo prazo. Em seis semanas, os Ravens encontraram um novo titular.
Com Jackson, Baltimore tem um estilo de jogo único e raro na NFL atualmente. Contra Cleveland, por exemplo, foram 47 corridas. O que é ainda mais impressionante: essas resultaram uma média de 6,3 jardas por tentativa. Ao todo, então, os Ravens tiveram 296 jardas terrestres na partida, a qual configurou a terceira melhor marca da história do time.
Lamar Jackson aumenta consideravelmente o leque de opções de jogadas ofensivas. Com Flacco, era basicamente apenas corridas com os running backs. Agora, é possível usar e abusar dos read option. E o ponto principal é que Jackson corre como um RB. Não por acaso, ele tem 695 jardas corridas e cinco touchdowns em sete jogos como titular no ano.
Verdade seja dita, Jackson precisa melhorar como passador. Em uma temporada em que vários quarterbacks terminaram com estatísticas aéreas excelentes, as quais até subiram o patamar de como avaliar o rating da posição, o calouro obteve um índice de produtividade de 82. É muito baixo. Seus 58% de aproveitamento nos passes também podem melhorar.
Times que correm bem com a bola, complicam qualquer adversário
267, 242, 207, 194, 242, 159 e 296, esses foram o total de jardas corridas do Baltimore Ravens por partida desde a semana 11. Não por acaso, com média de 32min27seg por jogo, a franquia lidera a liga em média de tempo de posse de bola em 2018. Além de ganhar território/posição de campo, correr com a bola estraga qualquer plano de jogo. Lembre-se: mais tempo de ataque em campo, significa mais cansaço para os defensores. E outra, no caso de sólidos quarterbacks adversários, estar em campo significa que tais jogadores estarão longe da ação.
Para este Baltimore Ravens, o sólido jogo corrido é ainda mais importante. Afinal, Lamar Jackson tem muito o que melhorar como passador. Assim, correr bem com a bola melhora as situações para play actions, abrindo espaço no sistema defensivo adversário.
Ter um plano de jogo à la college football é perigoso na NFL. Tenha em mente que parte do sucesso dos Ravens pelo chão se dá devido ao pouco tempo para estudo/ajustes dos oponentes. Lembre-se: Jackson se tornou o titular na reta final do campeonato. Portanto, suas limitações como lançador ficam menos em evidência pelo sucesso dos corredores. Contudo, isso é um projeto a curto prazo. Em breve, Lamar Jackson precisará evoluir. Nesse caso, evoluir significa lançar melhor a bola. Por ora, o camisa #8, orquestrando um ataque corrido amedrontador, e apoiado por uma defesa de elite, continua sonhando.
A pressão sobre Kirk Cousins hoje talvez seja a maior sobre um QB desde 2006
A história que tinha o Super Bowl como realidade teve um fim precipitado e decepcionante. O Minnesota Vikings viu sua temporada 2018 chegando ao fim diante dos Bears sem sequer uma classificação ao mata-mata. Assim, aquele time que chegou à final de conferência com Case Keenum agora assiste os playoffs de casa com Kirk Cousins.
Para Cousins especificamente, a temporada 2018 foi muito ruim. Claro, houveram lampejos. Porém, de um modo geral, o camisa #8 falhou em sua primeira missão e agora está ainda mais pressionado. 4.298 jardas, 30 TDs e dez INTs não são números ruins, contudo, tenha em mente que muito disso aconteceu com jogos já decididos. O que mais pesou contra Kirk Cousins foi, sem dúvidas, seu rendimento contra fortes adversários. Ele teve campanha 1-6 contra oponentes que terminaram o campeonato com mais vitórias do que derrotas. Isso depois de receber um contrato que o garantiu US$ 84 milhões.
Por incrível que pareça, a posição de quarterback segue causando dor de cabeça aos Vikings em 2019. Para Cousins, a pressão só aumenta. Aliás, ele talvez seja o QB mais pressionado na NFL desde Peyton Manning antes de vencer o Super Bowl XLI.
Ben Roethlisberger deve ser o titular dos Steelers em 2019
Parece que um processo de renovação está prestes a começar no Pittsburgh Steelers. Mike Tomlin está cada vez mais pressionado, Le’Veon Bell já se foi, Antonio Brown pode estar de saída e Ben Roethlisberger já está em reta final de carreira. Ademais, dois jovens e promissores QBs na AFC Norte já estão pedindo passagem.
Todavia, essa nova era dos Steelers pode ser “gradual”. Com isso, refiro-me ao fato de que não são todas as posições do elenco que devem ser alteradas instantaneamente. O principal exemplo disso é a de quarterback. De fato, Big Ben teve muitos turnovers e atuações inaceitáveis nesta temporada. Contudo, ele ainda é competitivo e capaz de liderar este time. Quem acompanha a equipe de Pittsburgh sabe que os problemas vão muito além de quem está under center. As chances de saída de Roethlisberger existem, talvez ele até opte por pendurar as chuteiras. Porém, se estiver ativo, ele é, de longe, o melhor nome para os metaleiros. Não tem por que ganhar uma preocupação na posição mais importante do elenco agora.
Os Dolphins não deveriam ter demitido Adam Gase
Adam Gase, Steve Wilks, Vance Joseph, Dirk Koetter, Todd Bowles e Marvin Lewis. Esses foram os head coaches demitidos na Black Monday da NFL. Com exceção de um, aliás, achei as decisões acertadas por parte de cada diretoria. O que não concordei nesse caso foi com a saída de Gase. De fato, ele teve falhas em 2018, principalmente por “jogar para não perder” em vários momentos. Contudo, poucas pessoas esperavam que o Miami Dolphins fossem brigar por playoffs antes do começo do ano. E isso aconteceu. Lembre-se também que as lesões atrapalharam nomes como Ryan Tannehill, Albert Wilson, Josh Sitton. Em geral, os Dolphins foram competitivos com um elenco limitado e desfalcado. Adam Gase tem mérito nisso.
Os Cardinals acertaram ao mandar Steve Wilks embora
Quem me acompanha sabe que sou a favor de dar tempo de trabalho aos treinadores. Contudo, no caso de Steve Wilks, acho que o Arizona Cardinals acertou ao demiti-lo depois de uma temporada. Estamos falando de um time que teve o pior ataque da NFL e uma das piores defesas também. Foi uma temporada muito abaixo da média dos Cardinals em 2018, a qual resultou na pior campanha da liga. Wilks, um especialista em defesas, não acertou nos ajustes que fez, tampouco deu indícios convincentes de que era o nome certo para trabalhar ao lado de Josh Rosen. Justiça seja feita, a comissão técnica de Arizona em geral foi mal. Demitir Wilks pode colocar um técnico mais adequado para desenvolver Rosen, que é o futuro da equipe.
Notre Dame foi esmagada por Clemson, mas tinha que estar no Top 4
A grande questão após a primeira semifinal não abordou diretamente o jogo entre Notre Dame e Clemson. O que apareceu em pauta, contudo, era por que os Fighting Irish estavam nos playoffs. Para muitos, o time não é um dos quatro melhores do college football no momento, fato que ganhou ênfase após o revés por 30 a 3. Aliás, dentro de campo, vimos aquilo que era esperado. A defesa de Clemson jogou muito bem, e teve do outro lado da bola um quarterback seguro. Trevor Lawrence (327 jardas e três TDs) protegeu bem a bola e teve eficiência mais uma vez.
Todavia, a boa atuação da ótima equipe de Clemson não deve apagar o porquê de Notre Dame ter chegado à semifinal. De fato, pelo nível que vimos de Georgia, por exemplo, um mata-mata entre Tigers e Bulldogs provavelmente teria sido mais equilibrado. Porém, a temporada do college football não exige somente o “teste do olho”. É preciso levar em conta o quão impecável cada equipe foi diante dos desafios a ela impostos. Nesse sentido, Notre Dame deu show. Afinal, os Fighting Irish derrotaram quatro adversários ranqueados, e tiveram média de 30/+ pontos feitos e 17/- pontos sofridos por jogo. Isso, claro, terminando o ano invicta.
Como citado, se fosse um time da SEC ou Big Ten, Clemson talvez tivesse mais dificuldade. Contudo, as coisas não funcionam assim na NCAA atualmente. Se algo precisa ser questionado nisso, é o sistema da competição – e não a presença de Notre Dame nos playoffs.
Alabama vs Oklahoma ocorreu como o prognóstico indicava
Há uma semana, falei sobre o que esperar de cada semifinal. Para o embate entre Alabama e Oaklahoma, foi destacado o encontro de dois dos melhores quarterbacks universitários dos últimos anos. Entrou em pauta também o confronto entre ataque dos Sooners e defesa dos Crimson Tide. Bem como o desempenho defensivo de Oklahoma frente o setor ofensivo de Alabama.
Em campo, Tua Tagovailoa e Kyler Murray combinaram para 626 jardas aéreas, 118 jardas corridas, sete touchdowns totais e nenhuma interceptação. Ou seja, exatamente como previsto. Ainda, a atuação do ataque de Oklahoma, o qual é o melhor do college football no momento, chamou atenção. Isso também foi previsto. Por fim, algo que também fora alertado, foi a resposta da defesa dos Sooners. Em mais uma rodada, a defesa de Lincoln Riley falhou. Ao todo, Alabama obteve 528 jardas totais e 28 first downs, além de 45 pontos anotados.
No fim das contas, 34 tentos para Oaklahoma contra a defesa de Nick Saban também merece créditos. Merece créditos e prova que faltou poderio defensivo para os Sooners serem mais sólidos. Exatamente como o diagnóstico prévio da semifinal apontava.
Quatro vezes Alabama vs Clemson – e não tem como cansar desse duelo!
A final universitária que todos já estavam esperando acontecerá. Pela quarta vez nos últimos quatro anos, Alabama e Clemson se encontram nos playoffs, sendo dois dos encontros anteriores em decisão. Isso mesmo, essa será a terceira final recente entre Crismon Tide e Tigers! Contudo, acredite ou não, ninguém está cansado disso. Neste caso, em termos de repetitividade de domínio no que diz respeito à conferências/campeonato, Alabama vs Clemson está para a NCAA assim como Golden State Warriors vs Cleveland Cavaliers LeBron James está para a NBA.
No dia 07 de janeiro, no Levi’s Stadium, Alabama e Clemson farão mais um grande jogo de futebol americano. Tenha em mente que essas foram as duas melhores ranqueadas durante a temporada regular. Ah, elas chegam para o embate com uma campanha combinada em 2018 de 28-0. Aliás, essa será a primeira vez na era dos playoffs do college football que dois times invictos se enfrentam na final. E desde 1987, quando Penn State terminou 15-0, um programa não vence 15 partidas em um campeonato. Isso terminará agora!
Alabama e Clemson colocará frente a frente dois dos melhores técnicos universitários de todos os tempos em Nick Saban e Dabo Swinney. Será também o encontro de duas das principais faculdades da atualidade produzindo prospectos para a NFL. Nesse sentido, Tua Tagovailoa e Trevor Lawrence são dois dos QBs mais promissores do momento. E não se esqueça que estamos falando das duas defesas mais talentosas do college football.
Em finais, desde que o novo sistema de playoffs foi implantado, está 1-1 essa rivalidade. Alabama, contudo, venceu a semifinal da temporada passada, antes de ser campeã nacional contra Georgia. Agora, a parte IV desse clássico volta a valer taça. Pode ser a revanche de Clemson. Ou, quem sabe, a confirmação de fato da soberania de Alabama.
–
Os QBs mais bem pagos decepcionaram. Aaron Rodgers, Matt Ryan, Kirk Cousins, Jimmy Garoppolo, Mathew Stafford e Derek Carr, esses são os seis quarterbacks mais bem pagos da NFL. Nenhum deles jogará neste mês de janeiro.
George Kittle está na história. Kittle terminou a temporada com uma atuação brilhante diante dos Rams. Ao todo, o camisa #85 teve nove recepções, 149 jardas e um touchdown. Com isso, George Kittle fechou 2018 com o recorde de jardas recebidas por um tight end em um campeonato na história da liga (1.377).
A ótima dupla de calouros dos Browns. Nick Chubb se tornou o primeiro RB dos Browns a totalizar 1.000 jardas em uma temporada desde Peyton Hillis em 2010. Além disso, Baker Mayfield quebrou o recorde de jardas passadas em uma temporada na história da franquia (agora de 3.725), assim como o de passes para TD de um calouro na NFL (27).
Mais um para Larry Fitzgerald. O wide receiver dos Cardinals agora totaliza 2.000/+ jardas recebidas contra três (!) times em sua carreira. Apenas Jerry Rice havia conseguido isso até então.
Ainda invicto. Andrew Luck agora tem campanha 11-0 em sua carreira contra o Tennessee Titans.
Jogador Ofensivo: Nick Foles, quarterback, Philadelphia Eagles
O inexplicável chamado Nick Foles continua acontecendo em Philadelphia. Agora, liderados pelo camisa #9, os Eagles somam três vitórias seguidas e confirmaram vaga nos playoffs. O embate que garantiu a classificação foi contra os Redskins, no qual Foles fez seu melhor jogo em 2018. Ao todo, Nick Foles teve 28/33, 221 jardas, dois TDs e uma interceptação. Aliás, desses 28 lançamentos certos, 25 foram consecutivos, igualando um recorde da NFL. E mais: o recorde de Philly no quesito agora também é dele (19).
Jogador Defensivo: Fletcher Cox, defensive tackle, Philadelphia Eagles
Enquanto Foles apareceu no ataque, do outro lado da bola foi Fletcher Fox quem liderou o Philadelphia Eagles. Cox totalizou três sacks e um fumble forçado contra o Washington Redskins na semana 17. E mais uma vez bato na tecla: ele fez isso em um jogo crucial para Philly!
Técnico da semana: Frank Reich, Indianapolis Colts
O Indianapolis Colts mostrou na semana 17 por que merece uma vaga nos playoffs. Em geral, na segunda metade do campeonato, Indy foi o mais consistente entre os candidatos à última vaga via Wild Card. Tanto que venceu nove dos últimos dez jogos que fez.
O mais recente desses triunfos foi diante do Tennessee Titans, em um confronto de caráter “mata-mata antecipado”. Em campo, os Colts de Frank Reich dominaram em todos os lados da bola. Foi mais uma atuação coletiva sólida de um elenco repleto de limitações na offseason. Agora, o Indianapolis Colts de Frank Reich em 2018 se tornou o terceiro time da era Super Bowl a se classificar aos playoffs depois de começar a temporada 1-5.
Comeback Player of the Year: Andrew Luck, QB, Indianapolis Colts
Um ano depois de perder toda a temporada devido à uma lesão, Andrew Luck totalizou 4.539 jardas aéreas e 39 touchdowns. Além disso, foi o MVP de um Indianapolis Colts classificado aos playoffs.
Calouro Defensivo do Ano: Derwin James, S, Los Angeles Chargers
Derwin James e Darius Leonard foram impecáveis e praticamente sem falhas em suas temporadas de calouro. O que muitos consideram a favor de Leonard é que ele se destacou com um sistema defensivo limitado ao seu redor, algo que não pode ser dito no caso de James. Todavia, prefiro olhar para essa situação de outra forma: James sobressaiu (talvez sendo até o melhor defensor) de um setor com vários outros bons nomes.
Dito isso, saiba que Derwin James liderou todos os safeties em “incômodos em dropbacks de QBs adversários”, além de liderar os Chargers em tackles, passes defendidos e interceptações. De quebra, contribuiu ainda com 3,5 sacks.
Calouro Ofensivo do Ano: Saquon Barkley, RB, New York Giants
A forma como Baker Mayfield terminou a temporada complica bastante as votações neste prêmio. Contudo, o campeonato como um todo precisa pesar neste caso, e não apenas a combinação de estatísticas e impacto da posição.
Quando olhamos para Saquon Barkley, vemos um running back que obteve 1.307 jardas corridas (média de cinco jardas por tentativa), 91 recepções e um total de 2.328 jardas e 15 TDs. Duas mil jardas para um novato, para se ter uma noção, é algo que só havia acontecido duas vezes na história da NFL.
Técnico do Ano: Matt Nagy, Chicago Bears
O Chicago Bears tem a melhor defesa da NFL em geral. Do outro lado da bola, Matt Nagy fez ajustes ofensivos e elevou o nível de nomes cruciais para o setor, como Mitchell Trubisky, Tarik Cohen, Taylor Gabriel, entre outros. Em um ano, Chicago foi de “vergonha” a candidato ao Super Bowl. É difícil imaginar isso acontecendo sem Nagy por lá.
Jogador Ofensivo do Ano: Patrick Mahomes, QB, Kansas City Chiefs
Em média, Patrick Mahomes “garantiu” ao Kansas City Chiefs 22,7 pontos por partida sozinho com seus 52 TDs totais em 2018. Desses, 50 foram lançados, algo que somente outras duas vezes foi alcançado. Em todas elas, o jogador levou este prêmio para casa.
Jogador Defensivo do Ano: Aaron Donald, DT, Los Angeles Rams
É quase uma “regra” que um jogador com 20/+ sacks tenha que levar o prêmio de Jogador Defensivo do Ano. Quando esse nome também lidera a NFL em pressões no QB e tackles para perda de jardas, fica algo, de fato, indiscutível. Aaron Donald, aliás, merece ser lembrado entre os MVPs.
MVP: Patrick Mahomes, QB, Kansas City Chiefs
Aaron Donald teria que ter feito mais que quebrar o recorde de sacks na história em uma temporada entre defensive tackles para ser o MVP. Quem sabe se ele conseguisse ultrapassar os 22,5 sacks de Michael Strahan em 2001. A lesão de Todd Gurley na reta final do campeonato o manteve longe dos 30 touchdowns totais. E a natural queda de rendimento de Drew Brees nas últimas rodadas, por mais que o camisa #9 ainda tivesse errado pouco, baixou consideravelmente sua produção ofensiva. Já Philip Rivers, por sua vez, teve partidas abaixo da média e ficou atrás dos Chiefs na divisão.
Tudo isso deixa Patrick Mahomes, ao meu ver, como o MVP (quase indiscutível) da NFL em 2018. Mahomes atua na posição mais importante do futebol americano e fechou um campeonato com 5.000 jardas e 50 passes para touchdown. Desses TDs, 13 aconteceram em dezembro, mês que confirmou os Chiefs como a melhor campanha da AFC. O que pesa muito para mim neste voto, além de tudo isso, é que, mesmo nos piores jogos de Mahomes, ele produziu muito, dando chances a Kansas City mesmo em um dia instável.