Agora é oficial: a temporada 2018 da NFL começou! Como de costume, as primeiras horas após a abertura do novo ano na National Football League, assim como as semanas que o antecederam, foram marcadas por várias transações, afinal, vários nomes de peso testaram o mercado e as franquias já estão pensando em como melhorar o elenco para o próximo campeonato – a Free Agency é o período ideal para isso.
Desta maneira, seguindo uma tradição do Shotgun, decidi avaliar e analisar brevemente as principais transações da Free Agency da liga. Lembrando que nomes interessantes ainda estão no mercado e, em breve, decidirão seus destinos; movimentações essas que também serão avaliadas aqui.
P. S Se a contratação do seu time não apareceu aqui, logo mais ela estará nas outras análises do site. Afinal, foram várias as movimentações e seria inviável colocar todas em apenas um artigo; priorizamos as principais para a liga de um modo geral neste primeiro momento. Portanto, considere este texto apenas a primeira parte das avaliações da Free Agency 2018.
LEIA TAMBÉM: Avaliando as principais transações da NFL em 2018 (pré-Free Agency)
Kirk Cousins (QB) → Minnesota Vikings
Nota: B+
A minha vontade inicial era dar pelo menos um A para os Vikings por terem contratado Kirk Cousins. Contudo, duas coisas precisam ser ressaltadas: 1) Cousins ainda não se concretizou como um QB de altíssimo nível na NFL (ele está muito próximo disso); e 2) Minnesota garantiu mais de US$ 80 milhões ao quarterback no contrato (algo que jamais havia acontecido na era moderna da liga). Sem dúvidas, o Minnesota Vikings subiu de patamar under center ao ir de Bridgewater/Bradford/Keenum para Kirk Cousins – mas quanto será essa evolução? Cousins era o melhor free agent disponível entre QBs e os Vikings acertaram na contratação. O único porem é, de fato, o montando garantido ao jogador no acordo.
Case Keenum (QB) → Denver Broncos
Nota: B
Antes de qualquer coisa, a pergunta que deve ser feita é: Case Keenum é um titular competitivo na NFL? Afinal, chegando nesta free agency, essa foi a principal incerteza ao redor do quarterback, que vem de uma temporada muito boa nos Vikings. De qualquer maneira, o contrato que Denver fez com Keenum foi de 2 anos, US$ 36 milhões, fato que não impede a franquia de buscar um prospecto no próximo Draft. Ainda tenho dúvidas quanto à competitividade de Case Keenum. Contudo, a aposta dos Broncos, tendo em mente o preço pago por ela, foi precisa e sensata.
Sam Bradford (QB) → Arizona Cardinals
Nota: C+
Desde que chegou à NFL, Sam Bradford tem sido um quarterback mediano na liga e, ao que tudo indica, ele deverá permanecer assim nos próximos anos. O problema para os Cardinals foi que o time deu a ele um contrato de alto nível ao assinar por 1 ano e US$ 20 milhões (sendo US$ 15 mi garantidos) – em 2018, por exemplo, Drew Brees fará US$ 25 milhões. De qualquer maneira, Arizona ainda parece estar interessado em selecionar um QB no Draft 2018 e, nesse caso, Bradford seria uma saída para que a equipe estivesse “na média da liga” até o prospecto escolhido ganhar mais experiência. Essa ideia não é ruim, porém o valor pago por Sam Bradford foi exagerado e era possível encontrar melhores opções.
AJ McCarron (QB) → Buffalo Bills
Nota: B+
A boa nota para a contratação de AJ McCarron se dá muito mais pelo contrato que foi feito do que pela opção do Buffalo Bills em si. A franquia conseguiu assinar com McCarron por 2 anos, US$ 10 milhões – isso em uma free agency que Cousins garantiu mais de US$ 80 milhões e Bradford quase US$ 20 mi. Além disso, é preciso lembrar que AJ McCarron era visto como um dos principais QBs no mercado, já que busca ganhar espaço entre os titulares da NFL (até agora na carreira, ele teve poucas oportunidades, mas apareceu bem quando requisitado). Não fui a favor dos Bills terem perdido Tyrod Taylor e nem sou grande fã de AJ McCarron, porém o contrato de McCarron combinado com o que ele pode oferecer ao time nos próximos anos faz Buffalo sair ganhando neste caso.
Jimmy Graham (TE) → Green Bay Packers
Nota: B-
A ideia de ter Jimmy Graham recebendo passes de Aaron Rodgers é empolgante para os torcedores do Green Bay Packers. Contudo, a diretoria dos Packs parece não ter avaliado o passado recente do tight end ao garantir a ele US$ 22 milhões em um contrato de total de 3 anos US$ 30 milhões – em média anual, seu salário será o maior da posição na NFL em 2018. Graham já tem 31 anos e vem de temporadas instáveis em Seattle.
Sammy Watkins (WR) → Kansas City Chiefs
Nota: C+
Pouquíssimas pessoas aprovaram a contratação de Sammy Watkins pelos Chiefs como um todo pelo simples fato do time ter assinado um contrato com ele valendo US$ 48 milhões por 3 temporadas (sendo 30 milhões de dólares garantidos). Quem pensa assim, não está errado. Afinal, não existe nenhuma garantia que Watkins irá vingar esse valor; pelo contrário. Todavia, lembre-se que Pat Mahomes irá precisar de mais wide receivers talentosos e decisivos em seu ataque, fatores que chamaram a atenção em Sammy Watkins há alguns anos.
Andrew Norwell (G) → Jacksonville Jaguars
Nota: A
Verdade seja dita, o Jacksonville Jaguars não estava entre os prováveis destinos de Andrew Norwell. De qualquer maneira, devemos lembrar que Norwell era um dos melhores offensive linemen desta free agency e chega para melhorar ainda mais o meio da linha de bloqueadores dos Jaguars. Reforços de qualidade para linha ofensiva são sempre bem-vindos na NFL – e Jacksonville mostrou que sabe disso!
Nate Solder (LT) → New York Giants
Nota: B+
O valor pago por Nate Solder é muito alto (4 anos, US$ 62 milhões com US$ 35 mi garantidos), principalmente por se tratar de um jogador de 30 anos de idade com um passado recente marcado por lesões. Contudo, tendo em vista as pouquíssimas opções para a posição de offensive tackle nesta free agency, a enorme procura por nomes sólidos de linha ofensiva e, em especial, o rendimento da OL do New York Giants na temporada passada, é preciso reconhecer que a franquia fez a coisa certa em assegurar um acordo com o jogador. Solder chegará para solucionar uma das fragilidades do grupo de bloqueadores novaiorquinos.
Malcolm Butler (CB) → Tennessee Titans
Nota: A
O grupo de cornerbacks do Tennessee Titans agora tem Logan Ryan, Adoree´ Jackson e… Malcolm Butler – a franquia assinou um contrato com Butler valendo US$ 61 milhões por mais de cinco temporadas. Enquanto esse acordo entre os Titans e o CB pode parecer “grande demais”, lembre-se que Malcolm Butler tem sido um dos defensive backs mais sólidos da NFL desde a interceptação no Super Bowl XLIX e fez por merecer tais valores nesta free agency. Butler tem tudo para repetir os bons desempenhos em Tennessee, e isso fatalmente faria jus ao valor pago por ele.
Allen Robinson (WR) → Chicago Bears
Nota: B-
O fato de Robinson ter participado de apenas uma partida no ano passado devido à uma lesão e sua queda de produtividade em 2016 (se comparada a 2015) são fatores que pensam contra o wide receiver nesta transação. Em contrapartida, as 1.400 jardas e 14 TDs recebidos há três anos mostram que Mitchell Trubisky terá o primeiro alvo realmente interessante em seu sistema ofensivo. Considero Allen Robinson um nome superestimado pela maioria dos fãs de futebol americano, porém reconheço a enorme importância que ele pode ter para Trubisky no Chicago Bears.
Carlos Hyde (RB) → Cleveland Browns
Nota: B
Quando saudável, considero Carlos Hyde um dos running backs mais subestimados da NFL – o valor pago pelos Browns, de certa forma, mostra isso. Todavia, a verdade é que Cleveland conseguiu contratar um possível (e quem sabe até provável) corredor titular de 27 anos pagando apenas US$ 5 milhões por ano. Lembrando que Hyde totalizou 1.926 jardas e 14 TDs corridos nas duas últimas temporadas. No fim das contas, a aquisição de Carlos Hyde, levando em conta tanto a produtividade quanto o contrato do jogador, foi vantajosa para o Cleveland Browns.
Trumaine Johnson (CB) → New York Jets
Nota: B
Por que não gostar desta contratação? O New York Jets precisava desesperadamente de melhores nomes para a posição de cornerback (e Johnson é um bom jogador). A franquia conseguiu assinar com ele por cinco temporadas garantindo US$ 34 milhões do contrato, valor aceitável para um sólido CB de 28 anos. E, por fim, os Jets conseguem agrupar experiência em um promissor grupo de defensive backs. Trumaine Johnson não vem de uma temporada brilhante, mas já pode ser considerado o melhor cornerback dos Jets neste momento.
Dion Lewis (RB) → Tennessee Titans
Nota: B
Tennessee precisava de mais um running back talentoso no elenco, já que dispensou DeMarco Murray há alguns dias. A equipe foi certeira, portanto, uma vez que Dion Lewis era um dos principais disponíveis no mercado. Além disso, vale lembrar que Lewis é ótimo recebendo passes, fato que pode incrementar ainda mais o ataque de Marcus Mariota. Se estiver saudável, Lewis pode (e deve) ser uma peça importante do ataque dos Titans – lembrando que o corredor tem sofrido com lesões nos últimos anos. De qualquer maneira, a aposta é válida e sensata pelo contrato assinado (4 anos, US$ 20 milhões).
LEIA TAMBÉM: Avaliando as principais transações da Free Agency 2018 (parte 2)
Até agora, qual foi a melhor contratação da Free Agency 2018 da NFL? Mande sua opinião para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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