Tendo a temporada 2018 da NFL como referência, somente uma franquia pode dizer “não quero melhorar em nada”, o Philadelphia Eagles, que é o atual campeão. Até mesmo para os Eagles, pensar dessa maneira seria algo falho, uma vez que todos os elencos da liga têm algo a melhorar. De fato, alguns chegaram à essa offseason com muitas preocupações e questionamentos, enquanto outros tinham menos, como no caso de Philly. Mas a verdade é que de 32 times, apenas 12 foram aos playoffs, quatro disputaram as finais de conferência, dois estiveram ao Super Bowl e um levantou troféu. Sabendo que a free agency da NFL tira e coloca jogadores nas franquias constantemente, desconsidere o que foi cogitado no começo desse parágrafo: todas as equipes precisam melhorar seus elencos consideravelmente ano após ano.
E a verdade é que todos os times se preocupam em fazer isso durante a offseason, afinal, é comum ver free agents de alto nível disponíveis, assim como prospectos interessantes e promissores no Draft. Na verdade, saiba que alguns nomes notáveis ainda estão disponíveis (Dez Bryant, por exemplo). Considerando que existe também a possibilidade de trocas, é possível considerar, portanto, que as franquias da NFL têm três frentes pertinentes para reforçar seus elenco – acredite ou não, mas algumas ainda assim fracassam.
Com tudo isso em mente, fica a pergunta: qual time melhor se reforçou, negociou e colocou em prática o planejamento nesta offseason (combinando free agency e Draft)? Tenha em mente que o ato de adquirir um ótimo jogador, por si só, não garante que a transação seja ótima para uma equipe; é preciso ter em mente também o planejamento da franquia, o contrato desse jogador e quais nomes ainda estavam disponíveis naquele momento. Considerando tudo isso, esses foram os melhores – e piores – times da offseason 2018 da NFL:
Melhores
Minnesota Vikings
Verdade seja dita, devido ao elenco que a franquia tem, o Minnesota Vikings não precisava fazer muito para sair desta offseason com um respaldo positivo. A prioridade de Minnesota foi a posição de quarterback que, por mais que Case Keenum tenha jogado bem no ano passado, existe uma grande diferença entre um QB realmente competitivo e aquele que atravessa um bom momento. Foi com a ideia de elevar o nível da posição mais importante do jogo e realmente estar preparada para retornar ao Super Bowl (algo que não acontece desde 1976) que a equipe contratou Kirk Cousins. Além disso, a aquisição de Sheldon Richardson e extensão contratual de Eric Kendricks são pontos relevantes e certeiros desta intertemporada.
Los Angeles Rams
Logo após a temporada 2016, se alguém lhe dissesse que em 2018 o Los Angeles Rams estaria como um dos reais candidatos para representar a NFC no Super Bowl, esse sujeito seria considerado maluco. Afinal, o time teve o pior ataque da NFL em 2016, porém impressionantemente protagonizou o melhor sistema ofensivo da liga no ano passado. A chegada de Sean McVay fez bem aos Rams, os quais “esqueceram” seu ótimo ataque nesta offseason e priorizaram a defesa. O resultado disso foi as chegadas de Ndamunkong Suh, Marcus Peters e Aqib Talib, nomes que pelo talento, experiência e carreira que têm, devem colocar a defesa de Wade Phillips como uma das mais sólidas da liga. Em geral, a maior perda foi de Sammy Watkins, porém, a chegada de Brandin Cooks deve compensá-la muito bem.
Cleveland Browns
A offseason do Cleveland Browns só não foi perfeita pois o Draft da franquia, de imediato, não aparenta ter sido impecável como deveria. Contudo, colocando na balança tudo que os Browns fizeram até agora pare reforçar seu elenco, os resultados são empolgantes mais uma vez. Ofensivamente, o time se preocupou em encontrar um QB (chegaram Tyrod Taylor e Baker Mayfield) e reforçar o arsenal ofensivo para quem estiver under center (chegaram Carlos Hyde e Nick Chubb ao backfield, Jarvis Landry ao grupo de recebedores, e Chris Hubbard e Austin Corbertt como novos bloqueadores) – lembrando que Todd Haley é o novo coordenador ofensivo. Na defesa, o ponto principal foi a secundária, a qual só deverá ter entre os titulares um nome do ano passado (Jabrill Peppers): chegaram Demarious Randall, E. J. Gaines, TJ Carrie e Denzel Ward. A maior perda dos Browns na offseason foi a aposentadoria de Joe Thomas.
Menções honrosas: Chicago Bears, New York Jets, New York Giants, Tennessee Titans, Cincinnati Bengals, Tampa Bay Buccaneers.
Piores
Miami Dolphins
O Miami Dolphins não conta mais com Jarvis Landry, Ndamukong Suh, Mike Pouncey e Julius Thomas. Considerando que Jay Ajayi saiu com a temporada 2017 em andamento e Ryan Tannehill está recuperado de lesão, o quarteto QB-RB-TE-WR (referindo aos principais nomes de cada uma das posições) que o time terá na semana 1 será totalmente diferente daquele que estreou no ano passado. Miami não perdeu em grande quantidade, porém perdeu em qualidade pois acabou se reforçando com nomes experientes, como no caso de Frank Gore, Danny Amendola e Josh Sitton. No papel, o elenco dos Dolphins do ano passado era mais sólido e empolgante em relação a este ano. A chegada de Minkah Fitzpatrick foi, de longe, a melhor coisa que aconteceu para o time nesta offseason.
Seattle Seahawks
É difícil encontrar fatores realmente positivos na offseason do Seattle Seahawks, uma vez que a franquia viu as saídas de Michael Bennett, Richard Sherman, Cliff Avril, Sheldon Richardson, entre outros nomes (lembrando que Chancellor e Thomas ainda estão incertos). Tudo bem que um processo de renovação deverá começar em Seattle, mas a verdade é que nem os novos nomes da equipe realmente empolgam, como no caso de Rashaad Penny, a primeira escolha dos Hawks no último Draft. Além disso, tenha em mente o ponto principal: a essência da offseason em termos de Draft e free agency é reforçar os setores mais necessitados do elenco. Os Seahawks têm possivelmente a pior linha ofensiva da NFL e fizeram muito pouco para reforçá-la, com D. J. Fluker sendo o principal reforço para o setor.
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(Offseason mais arriscada) Buffalo Bills
Defensivamente, o Buffalo Bills foi bem nesta offseason, apesar de ter gastado um pouco mais do que deveria com alguns jogadores. De qualquer forma, as chegadas de Trent Murphy, Star Lotulelei, Vontae Davis, Tremaine Edmunds, e alguns outros nomes, combinadas aos bons sinais que o sistema defensivo do time demonstrou no ano passado, deverá fazer o setor estar melhor para a temporada 2018 da NFL. Os pontos incertos em Buffalo, no entanto, estão no ataque, que não tem mais Tyrod Taylor (equivocadamente), e agora terá que apostar em A. J. McCarron (o qual tem 86 lançamentos tentados em sua carreira) e Josh Allen (sétima escolha geral deste ano que claramente tem talento como QB, mas precisará de tempo para dar resultados). Além disso, o grupo de wide receivers dos Bills segue incompleto e a linha ofensiva, se tiver que mudar, será para pior.
No fim das contas, essa offseason do Buffalo Bills se resumirá a A. J. McCarron e especialmente Josh Allen. Se Allen vingar, tudo isso estará errado. Todavia, considerando o risco que os Bills estão correndo com esse jogador, entre outros fatores porque também não tem um arsenal ofensivo ideal para ele, seria errado glorificar a intertemporada protagoniza pelo time.
Menções honrosas: Atlanta Falcons, Kansas City Chiefs, Dallas Cowboys.
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