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Quem diria que o Jacksonville Jaguars iria “varrer” todos os seus adversários da AFC Norte em 2017? E como poderíamos prever que o Kansas City Chiefs, que começou a temporada com cinco vitórias seguidas, fosse ser derrotado pelos Giants? Além disso, as estatísticas indicam que você não deveria ter ficado surpreso com a derrota dos Titans para os Steelers por um placar elástico, e nem com a performance ruim do ataque dos Rams.
Por mais uma semana, é hora de analisar alguns dos principais fatos da NFL tendo apenas os números, dados e estatísticas em mente. Afinal, a temporada da liga está chegando à sua reta final, e está cada vez mais difícil entender tudo o que está acontecendo nela. Os Números Não Mentem e eles provam que…
“King of the North”: Jacksonville Jaguars
A cada semana que passa, o Jacksonville Jaguars tem provado ser uma das surpresas positivas desta temporada 2017 da NFL. Consequentemente, a franquia já tem sete vitórias na temporada, lidera a AFC Sul e, portanto, vai deixando de lado o status de “saco de pancadas” da liga e, especialmente, da Conferência Americana. Uma prova disso foi os números que os Jaguars alcançaram contra as equipes da AFC Norte após a vitória por 19-7 sobre os Browns nesta semana 11.
Neste ano, os Jaguars totalizaram campanha 4-0 diante de Ravens, Steelers, Bengals e Browns, sendo que nenhum desses adversários conseguiu marcar mais de nove pontos contra o sistema defensivo de Jacksonville. Ademais, saiba que com exceção de Pittsburgh, os outros três times desta divisão conseguiram sequer ultrapassar as 190 jardas totais nos confrontos diante do Jacksonville Jaguars.
No fim das contas, nesses quatro encontros, o Jacksonville Jaguars obteve 1.415 jardas totais e 80 first downs, enquanto seus adversários totalizaram 889 e 52 nesses mesmos quesitos, respectivamente.
Kareem Hunt parou de produzir, e os Chiefs começaram a perder
Lembra daquele Kansas City Chiefs que começou a temporada derrotando os Patriots em New England e depois acabou completando as primeiras cinco semanas do calendário com uma campanha 5-0, marcando em média 32,8 pontos por partida? Pois então, os Chiefs têm sido um dos piores times da NFL nas últimas cinco rodadas, tendo vencido apenas um confronto que disputou (contra Denver, que também é uma das piores equipes da liga neste período). Enquanto essa queda de rendimento não aparenta ameaçar as chances de Kansas City chegar à pós-temporada (matemáticos indicam que as chances de classificação da equipe é superior a 90%), é preciso encontrar uma razão para essa má fase – e isso não é difícil.
Não é uma mera coincidência que nas primeiras cinco semanas da temporada o calouro Kareem Hunt havia totalizado em média 175 jardas de scrimmage por partida, pelo menos 100 jardas terrestres em quatro jogos, seis touchdowns, e apenas um turnover. Nesse período, Hunt teve quase sete jardas por corrida. Entretanto, desde a semana 6, isso tem sido diferente: o time marcou em média 19,6 pontos por confronto, sendo que Kareem Hunt não alcançou as 100 jardas corridas nenhuma vez e apenas em duas ocasiões atingiu as 100 jardas de scrimmage – sua média de jardas por tentativa despencou para pouco mais de três.
O resultado de tudo isso foi uma campanha 1-4 neste período, sendo que a última derrota do Kansas City Chiefs aconteceu para os Giants (que vinham de apenas uma vitória na temporada), sem que a franquia anotasse ao menos um TD. Kareem Hunt fechou a tarde com 77 jardas totais. E só.
Está claro porquê os Titans foram derrotados
Apesar da ampla vantagem do Pittsburgh Steelers sobre o Tennessee Titans no Thursday Night Football desta semana 11, quem assistiu ao confronto sabe que o placar final não representa exatamente o que foi a partida. Todavia, enquanto o marcador possa ter sido enganador, não pense que os Titans deveriam ter saído como vitoriosos na noite. Os números indicam que, tendo como base a atuação de Marcus Mariota, isso era basicamente impossível.
Mariota fechou o TNF com 306 jardas, um touchdown e quatro interceptações, a qual foi a maior marca de sua carreira na NFL. Diga-se de passagem, esta foi a sétima vez desde que o camisa #8 chegou à liga em que ele teve 2/+ interceptações. Quando isso aconteceu, então, Tennessee nunca (!) saiu de campo com a vitória (0-7), sendo que seus oponentes tiveram a vantagem por um placar combinado de 254-140. Em contrapartida, quando Marcus Mariota não lança nenhuma interceptação, seu retrospecto é de 14-7.
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Defensivamente, o Baltimore Ravens pode ser um time de Super Bowl
Poucos times desta temporada são mais incosistentes que o Baltimore Ravens, ofensivamente falando. Tanto que a franquia tem uma campanha 5-5 neste momento, apesar das ótimas performances defensivas ao longo do campeonato; Isso faz com que ainda seja cedo para cravar o que esperar dos Ravens para o restante do ano. Todavia, levando em conta apenas a defesa de Baltimore, as estatísticas indicam que ela pode disputar um Super Bowl.
A vítima mais recente do sistema defensivo do Baltimore Ravens foi o ataque dos Packers (sem Aaron Rodgers), que saiu zerado do Lambeau Field. Aliás, esta foi a terceira (!) vez em 2017 que Baltimore consegue um shutout. Nos últimos 30 anos, o time se tornou apenas o 5º a conseguir isso na NFL (Redskins 1991, Ravens 2000, 49ers 2001 e Patriots 2003), sendo que três desses grupos chegaram ao Super Bowl e conquistaram o troféu.
Assim sendo, conclui-se que esta é apenas a segunda vez na história da franquia em que ela vence três jogos com o oponente saindo zerado. A primeira ocasião aconteceu em 2000 – e já sabemos o fim dessa história.
Você não deveria ficar surpreso com a performance defensiva dos Vikings contra os Rams
Um dos grandes confrontos desta semana 11 foi entre Minnesota Vikings e Los Angeles Rams, duas das principais franquias da Conferência Nacional em 2017. Contudo, com a partida em andamento, os Vikings (especificamente sua defesa) fizeram com que as coisas não ficassem tão interessantes assim. O placar final foi 24-7 para Minnesota.
Chama atenção o fato do Minnesota Vikings ter cedido a sua menor quantidade de pontos a um adversário neste ano, e isso aconteceu justamente com o segundo melhor ataque da liga em pontos por jogo (30,3 em média). Além disso, você não deveria ficar surpreso com as 37 jardas corridas de Todd Gurley ao longo da partida – os Vikings ainda não permitiram mais de 100 jardas terrestres para um running back nesta temporada. Entre os quarterbacks que enfrentaram essa defesa, este cenário não fica muito melhor: apenas dois ultrapassaram as 300 jardas aéreas, mas ainda assim combinaram para quatro interceptações nessas ocasiões.
A estreia de Nathan Peterman na NFL foi pior do que parece
Uma das grandes histórias desta rodada foi a estreia profissional do novato Nathan Peterman, após os Bills terem colocado Tyrod Taylor no banco de reservas para o duelo diante do Los Angeles Chargers. O calouro, entretanto, não jogou bem e teve uma das piores performances da história da NFL; pior até do que seus próprios números (6/14, 66 jardas, 0 TD e 5 INT) possam parecer.
Agora, apenas três quarterbacks na história da NFL lançaram cinco interceptações com seis ou menos passes completados (Peterman é um deles). Ainda, o calouro já lançou mais interceptações que Colin Kaepernick teve em todo o ano de 2016. Acredite ou não, mas os Chargers ganharam 84 jardas lançadas por Peterman; os Bills ganharam 66.
Por fim, saiba que Peterman se tornou o primeiro jogador desde 1970 a totalizar cinco interceptações no primeiro tempo de um jogo, e o segundo de todos os tempos com mais picks em sua estreia. Diga-se de passagem, apenas Tom Tupa lançou mais INTs em sua estreia na liga que o QB dos Bills – e Tupa, mais tarde, tornou-se um punter.
Tem alguma outra estatística de destaque da semana 11? Mande para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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